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quarta-feira, 17 de abril de 2013

"Um coração triste" ... // conto de Arnaldo Jabor

Arnaldo Jabor
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Um coração triste

16 de abril de 2013 | 2h 12



Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo

A recente regulação trabalhista das empregadas domésticas tem provocado grande desconsolo em patroas peruas. Em pânico, descobriram que há 'classes sociais' e que as criaturas que limpam banheiros e fazem feijão não foram trazidas por um vento, sem endereço, sem sobrenomes, sem carteiras.
Por isso, lembrei-me de Um Coração Simples, de Flaubert, um dos maiores contos da história da literatura. Minha família também teve uma empregada perfeita, como a Felicité do conto, que durante a vida toda cuidou de uma família francesa de província como de um templo sagrado. Nossa Felicité chamava-se Hermínia. Era quase um fiapo, quase nada, pretinha, magrinha, mirrada e viera da roça como todas as empregadas da época. Achávamos que 'roça' era um lugar de onde vinham as pessoas pobres, outro país, com batatas e mandiocas, pastos de bois e empregadas que se agregavam a famílias urbanas. A 'roça' era o resto de um país de escravos libertos que continuavam escravizados por salários magros e se alojavam no quartinho perto do tanque. Hermínia trabalhava com meus avós que moravam ao lado de meus pais. Ela cozinhava, arrumava a casa, lavava, passava, com pequeno salário que guardava, pensando num futuro onde havia um enxoval e uma casinha. Viera muito mocinha; era da idade de minha mãe e minha tia e cresceu junto com elas, que casaram e tiveram filhos; ela não teve filhos nem casou, mas continuou rindo sem inveja, cuidando das crianças que não teve, a quem amava com devoção de 'mãe preta', como se nomeara. Talvez como consolo, falava sempre de um namorado que nunca ninguém viu chamado Ormezindo (lembro do nome que me fascinava e pensava: "Como será o Ormezindo?").
Ele nunca apareceu, nunca o vi. Em um fim de ano, ela o esperou para uma visita prometida. Não veio num dia, nem no outro. Até que uma prima ligou de um telefone público e ela se trancou no quartinho do quintal. Eu vi pelas frestas que ela chorava no chão, agarrada numa imagem de São Jorge, de capa vermelha, lança e dragão. Não tive coragem de entrar no quartinho, pois percebi que ela estava longe dali, chorando e falando com alguém em algum lugar da terra de onde viera. No dia seguinte, botou um vestido preto e foi à tenda espírita, de onde voltou mais calma, pois a mãe do centro lhe disse que um dia ela ia encontrar o Ormezindo de novo. Minha avó segredou-me que o Ormezindo aparecera morto na estrada de Pati do Alferes, onde se conheceram.
E a vida continuou. Todo mundo envelhecendo e só Hermínia continuava igual, como se o tempo não passasse sobre ela. Ali, sob o caramanchão do quintal, lembro de meu avô de pijama engraxando os sapatos, minha tia lavando os cabelos, minha avó regando as flores, e de mim mesmo, que ela fazia girar num corrupio que me arrancava risadas infinitas.
Sua presença atemporal me dava a sensação de que nossa vida suburbana era imutável. Hermínia era a empregada perfeita, tão diferente das criadas de mamãe, como a América, cozinheira maluca que (ela afirmava) voava até o teto, onde ficava grudada como uma lagartixa. Todas invejavam vovó com seus cabelos azuis que Hermínia tingia no quintal em uma bacia de louça. "Empregada boa é sorte..." - diziam as vizinhas.
Minha avó morreu de repente e meu avô, lentamente. Vovó deu um suspiro e finou-se; meu avô foi ficando lelé. Hermínia levava-o para passear e ele gostava de ver a estrela de néon da cervejaria Princesa, onde ele me levava sempre na infância.
Depois, ela foi morar com ele num apartamento de Copacabana, onde ele falava confusamente sobre seu passado. Consciente da memória frágil, um dia perguntou-me rindo: "A vida não tem sentido ou sou eu que estou gagá?" Ela cuidou de meu avô até o fim e me ajudou a pô-lo no caixão da Santa Casa.
Depois da morte de vovô, Hermínia foi trabalhar com minha mãe, mas não foi feliz. Minha mãe tinha caído numa progressiva depressão bipolar tendo horríveis fobias, como a cisma de que o gato do vizinho a odiava e lhe mostrava as garras ferozmente. Hermínia levou-a a um centro espírita 'linha branca' e a vidente lhe garantiu, com voz grossa de caboclo, que ninguém a perseguia, nem o gato. Não adiantou; piorou, pois mamãe acusou-a de ter parte com o Demônio do centro espírita. Hermínia aceitou a humilhação com a resignação do sofrimento pobre, aprendido entre milharais e pastos de capim-gordura.
Papai não falava quase, lendo revista na sala, de pijama, ouvindo os delírios de mamãe, pastoreada pela criada, virada em acompanhante.
Até que morreram os dois. Só ficou Hermínia, que foi morar com vagas primas em Caxias. Todo mês, eu mandava um dinheiro fixo para que cuidassem bem da minha babá já velhinha - se ela morresse, acabava a grana.
De vez em quando, ela me telefonava de Caxias. Dava para ouvir no fone o outro mundo onde ela vivia, agora no presente, com sons de rádios evangélicos, gritos de criança, latidos, ruídos de subúrbio longínquo. Sua voz soava um pouco como um anseio em busca do passado que tinha acabado. E como era estranho ouvi-la no presente, sua voz longe de nossa casa, como se ela tivesse sobrado da casa desabada, procurando meus avós! Ao telefone, sua voz ficava 'tatibitate' como se eu ainda tivesse 7 anos: "Oi, Arnaldinho, meu amorzinho?"
Até que um dia, ligou uma das primas para informar que Hermínia tinha feito a 'passagem' de noite. A 'passagem' fora muito calma: ela estava deitada na cama abraçada na estatueta de São Jorge.
Quando ela ainda era viva, de vez em quando eu mandava um táxi buscá-la. Ficava comigo no apartamento e eu a beijava muito, pois não havia assunto possível. Me tratava sempre como menino e ficava um pouco constrangida de estar na poltrona de veludo de mamãe que ela bem conhecia. De repente, se levantava e ia para a cozinha. Entrava com ar de titular diante da empregadinha e começava a lavar a louça. Eu protestava, mas ela fazia questão. Lavava pratos e copos com zelo. "Olha aqui o copo de cristal que seu avô gostava tanto...". Ouvindo os barulhos da louça, parecia mesmo que o passado tinha voltado.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Suspeita de superfaturamento na compra da sede da CBF

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2013/04/1263285-marin-pagou-r-70-milhoes-por-sede-da-cbf-imovel-poderia-ter-custado-r-39-milhoes.shtml
16/04/2013 - 03h05

Marin pagou R$ 70 milhões por sede da CBF; imóvel poderia ter custado R$ 39 milhões

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LEANDRO COLON
MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
SÉRGIO RANGEL
DO RIO
Seleção BrasileiraO presidente da CBF, José Maria Marin, assinou um negócio superfaturado na compra da futura sede da entidade no Rio, apontam documentos obtidos pela Folha.
O prédio, com oito salas comerciais e 6.642,83 metros quadrados na Barra da Tijuca (bairro nobre na zona oeste da cidade), custou à confederação R$ 70 milhões.
Marin anunciou o negócio por esse valor em 27 de junho de 2012, mas só formalizou a compra em 31 de agosto.

Novo prédio da CBF

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Daniel Marenco/Folhapress
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Novo prédio da CBF, localizado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, passa por obras; nova sede foi comprada por R$ 70 milhões
Neste intervalo, a empreiteira que ergueu o prédio negociou cinco das oito salas para intermediários por R$ 12 milhões. As mesmas salas foram repassadas para a CBF por R$ 43 milhões.
As outras três salas foram vendidas diretamente para a entidade por R$ 27 milhões.
Caso tivesse pagado o mesmo valor que os intermediários pelas cinco salas (R$ 12 milhões), a CBF teria desembolsado no máximo R$ 39 milhões pelo complexo todo. Ou seja, R$ 31 milhões a menos do que os R$ 70 milhões que efetivamente pagou.
Procuradas, a entidade e as empresas envolvidas negaram haver irregularidades.
O NEGÓCIO
A CBF pagou R$ 15,2 milhões por três das cinco salas que comprou de intermediários. A Aprazível Empreendimentos recebeu um cheque de R$ 12,2 milhões e outros R$ 3,05 milhões foram pagos, segundo os documentos obtidos pela Folha, "anteriormente", sem mais detalhes.
Dois meses antes, em 28 de junho, a Aprazível havia recebido as três salas por R$ 8,5 milhões, da BT Empreendimentos, que ergueu o prédio.
Em 10 de julho, a D'Araújo Incorporação registrou a compra de uma sala e de garagens no prédio por R$ 2,5 milhões --mencionando acerto que havia ocorrido em dezembro de 2009.
A D'Araújo vendeu sua unidade à CBF, em 31 de agosto, por R$ 13,95 milhões (5,5 vezes superior ao que havia pago para a BT). Do total, R$ 11,1 milhões foram pagos em cheque e R$ 2,79 milhões em "moeda corrente já recebidos anteriormente".
No mesmo 31 de agosto, Marin registrou a compra de uma outra sala (e garagens) por R$ 13,75 milhões, sendo 70% da Zayd Empreendimentos 2025 Ltda. e 30% da BT.
Deste valor, foram R$ 11 milhões em cheque. Os demais R$ 2,75 milhões em "moeda corrente", "recebidos anteriormente". Os papéis indicam que a valorização desta parte específica do prédio pode ter sido de até dez vezes.
Semanas antes, no dia 17 de julho, a Zayd 2025 registrou em cartório que seus 70% foram comprados por R$ 902 mil da BT, mencionando que este negócio fora acertado em junho de 2009.
Só essa empresa recebeu R$ 9,9 milhões da CBF. Outros R$ 3,8 milhões ficaram com a BT.
Há ainda outras três salas vendidas diretamente pela BT para a CBF. Por elas, Marin pagou R$ 27 milhões.
A futura sede está em reforma e, por isso, a CBF ainda desembolsa R$ 130 mil mensais de aluguel para ocupar um andar em um condomínio de luxo na Barra, que ocupa desde 2002.

Isto é José Maria Marín

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Ricardo Moraes/Reuters
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José Maria Marin, presidente da CBF, em coletiva de imprensa, no Rio Leia mais
COFRES CHEIOS
Marin, 80, assumiu a presidência da CBF em março de 2012 após Ricardo Teixeira, alvo de suspeitas de corrupção, deixar o cargo.
Com isso, Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, amigo de Marin, tornou-se vice-presidente e primeiro na linha sucessória da entidade.
Enquanto Marin ficou com a presidência da CBF e do comitê organizador da Copa-2014, Del Nero herdou o assento de Teixeira no Comitê-Executivo da Fifa.
Marin e Del Nero assumiram a confederação com cofres cheios. Segundo o último balanço disponível, a entidade teve um lucro de R$ 73 milhões em 2011.
Editoria de Arte/Folhapress

Há uma maneira de conscientizar os jovens para dirigir sem ingerir bebidas alcoólicas ?

JAIRO BOUER - 16/04/2013 12h23 - Atualizado em 16/04/2013 12h25
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Por que eles bebem e dirigem?

JAIRO BOUER
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JAIRO BOUER é médico formado pela USP, com residência em psiquiatria. Trabalha com comunicação e saúde. E-mail: jbouer@edglobo.com.br (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA)
A adoção de uma lei seca mais rigorosa no Estado de São Paulo não bastou. Os dados da Secretaria de Segurança Pública revelam uma redução de quase 20% de acidentes com mortes no trânsito nos primeiros meses de 2012 para 2013 no Estado depois da lei, mas, no mesmo período, dois acidentes impressionaram. Um deles amputou o braço de um jovem ciclista em plena Avenida Paulista, uma das principais artérias de São Paulo. O outro matou um garoto de 15 anos que andava de skate numa rua de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ambos foram vítimas de motoristas alcoolizados. O convívio dos motoristas com ciclistas, motoqueiros, skatistas e pedestres nas ruas, cada vez mais estranguladas pelo trânsito nas médias e grandes cidades do país, se tornou insano. Quando a bebida entra nessa relação tensa, os efeitos são ainda mais catastróficos.
Várias propostas têm sido discutidas no mundo para reduzir a violência no trânsito. Em muitos países, ela é a principal causa de mortes entre os jovens. Entre as medidas, aumentar a carga tributária (e, por tabela, o preço das bebidas), diminuir os pontos de venda de álcool à noite, regulamentar a publicidade, fiscalizar com mais rigor e impor penas mais duras. Tudo isso parece causar um impacto inicial nos números. O grande desafio é aprimorar os resultados e torná-los permanentes.

Há questões estruturais importantes que devem, também, ser atacadas. Nas grandes cidades, transporte público de qualidade e barato, estendido madrugadas adentro, que garanta um meio tranquilo de o jovem chegar em casa, é um deles. Criar áreas seguras nas ruas (com ciclovias protegidas) também pode ser uma medida importante. Alguns países estudam a instalação de detectores de álcool (uma espécie de bafômetro pessoal) acoplados a caminhões, ônibus e até carros particulares. Para ligar o motor, o próprio carro exige um controle do consumo de bebida.

Além desses fatores, não se pode esquecer o comportamento. Mais que ensinar a guiar e a respeitar quem está nas ruas, a educação para o trânsito deveria passar pela percepção do risco envolvido no ato de guiar embriagado ou sob efeito de outras drogas. É aí que se esbarra numa das questões mais difíceis. Como sensibilizar o condutor do veículo, principalmente o jovem motorista, do risco que ele corre e, pior, que ele pode oferecer aos outros? Sem mexer nesse componente humano, de noção de responsabilidade e limite, será difícil solidificar as conquista
s deste início de ano.

Arenas para a Copa das Confederações estão com atraso e preocupam a Fifa...

Tarja - Copa das Confederações 2013
http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/com-mais-um-prazo-ignorado-fifa-assustada-vai-a-capital

Futebol

Com mais um prazo ignorado, Fifa, assustada, vai à capital

Estádio Brasília, o palco da abertura da Copa das Confederações, só deve ser entregue em maio. Representantes do COL vão inspecionar o local nesta terça

Estádio Mané Garincha em abril de 2013
Estádio Mané Garincha em abril de 2013 - Ueslei Marcelino/Reuters
O governo do DF justificou o adiamento da inauguração culpando as fortes chuvas dos últimos dias. Esse tipo de clima, porém, é tradicional na região nesse período do ano. Não seria difícil, portanto, saber que a reta final das obras seria prejudicada por isso
Representantes da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 deverão visitar as obras do Estádio Nacional de Brasília ainda nesta terça-feira. Os dirigentes estão alarmados com a notícia de que o governo do Distrito Federal adiou a inauguração do local, palco da abertura da Copa das Confederações, com a partida entre Brasil e Japão, em 15 de junho. Inicialmente, a abertura da arena estava marcada para o próximo domingo, dia 21 - a poucos dias, portanto, do limite do prazo estabelecido pela Fifa, que exigia a entrega de todos os estádios do torneio neste mês de abril. Agora, porém, o local só será inaugurado em 18 de maio, a menos de um mês do início do torneio, que servirá de teste para o Brasil antes do Mundial do ano que vem. Em nota divulgada na noite de segunda, a Fifa e o COL disseram ter "grande preocupação" com a situação de Brasília. A visita desta terça, diz o texto, servirá para "avaliar a situação em detalhes e melhor compreender o ajuste do cronograma para a entrega da arena".
O governo do DF justificou o adiamento da inauguração culpando as fortes chuvas dos últimos dias. Esse tipo de clima, porém, é tradicional na região nesse período do ano. Não seria difícil, portanto, saber que a reta final das obras seria prejudicada por isso - o que exigiria um planejamento mais cauteloso e detalhado. De acordo com o secretário extraordinário da Copa no DF, Cláudio Monteiro, a grama preparada para o estádio poderia sofrer danos caso fosse fixada nos próximos dias, justamente em função dos temporais. "As chuvas estão fortes há 15 dias, inclusive à noite. Isso não tem permitido que a drenagem seja construída", explicou ele. De acordo com o secretário, realizar a inauguração agora poderia atrapalhar o processo e fazer com que o gramado ficasse prejudicado a longo prazo. A reinauguração do estádio, que contaria com a presença da presidente Dilma Rousseff, aconteceria na comemoração do 53º aniversário da fundação de Brasília.
Leia também:
Copa dá arenas a quem não precisa e ignora quem as quer
Na reta final, surge o temor sobre os 'puxadinhos' da CopaComo a Copa vai obrigar o país a enfrentar seus problemas

Com o adiamento, a inauguração do estádio acontecerá somente na final do Campeonato Brasiliense, o Candangão. A arena deverá receber até 30.000 torcedores, menos da metade da lotação máxima, de 72.000 torcedores. A mudança na data da inauguração não vai alterar a partida entre Santos e Flamengo, na rodada de abertura do Brasileirão, no dia 26 de maio. O jogo será um dos eventos-teste para a Copa das Confederações - e será o primeiro com venda de ingressos para todos os setores do estádio. O estádio receberá o primeiro jogo da Copa das Confederações em 15 de junho, quando a seleção brasileira encara o Japão. Em 2014, o estádio do Distrito Federal receberá sete jogos da Copa do Mundo. Até o momento, foram entregues o Castelão, em Fortaleza, o Mineirão, em Belo Horizonte, e a Arena Fonte Nova, em Salvador. Para este mês, está prevista a entrega do Maracanã, no Rio de Janeiro, que será a sede das finais da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Antes das bombas explodirem etíope venceu a Boston Marathon com 2h 10min23s



Em Boston, etíope Lelisa Desisa vence segunda maratona em três meses


Por Paulo Gomes | 15/04/2013 - Atualizada às 14:18

Desisa ganha força para o Mundial de Moscou
Desisa ganha força para o Mundial de Moscou
Foto: Divulgação/ Standard Chartered Dubai Marathon
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Atualizado às 17h05: explosões na chegada dos amadores deixaram feridos. Ainda não se sabe se foi um atentado ou acidente.
Nesta segunda-feira (15), o etíope Lelisa Desisa venceu a Maratona de Boston em 2h10min23, em acirrada disputa. A prova marca o ínicío da temporada de grandes maratonas. No Dia dos Patriotas, nos Estados Unidos, foi realizada a segunda WMM (World Marathon Majors, as principais maratonas do mundo) do ano – Tóquio estreou no circuito em fevereiro.

A vitória do etíope é ainda mais notável se considerado que, menos de três meses atrás ele triunfou também na rápida Maratona de Dubai (25/01), com 2h04min45. Superar os 42 quilômetros na mais tradicional das maratonas – foi a 117ª edição da prova em Boston – não foi nada simples.

Calor não apareceu- Para alívio dos 23.181 maratonistas que largaram na manhã desta segunda-feira em Boston, as altas temperaturas que atrapalharam a prova no ano passado – gerando desistências e também altos tempos – não se fizeram presentes. A variação até foi considerável – entre 7°C e 14°C – mas a média durante a prova foi na casa dos 10°C e não prejudicou o andamento do evento.

Os estadunidenses Jason Hartmann, Fernando Cabada e o canadense Robin Watson tomaram a frente nos quilômetros iniciais, mas era esperado que eles não conseguissem manter. Aos dez quilômetros já eram os etíopes Markos Geneti e Gebre Gebremariam que lideravam, com 30min53.

O pelotão de frente se manteve entre oito ou nove homens na maior parte do tempo, todos africanos – etíopes e quenianos. No vigésimo quilômetro (alcançado em 1h01min31), eram onze, com a presença novamente de Hartmann e Watson. O canadense chegou a forçar o ritmo e puxar o grupo, passando a marca da meia em 1h04min54. No 25º, já era seguido de perto pelo pelotão e, a partir do 30ºkm, a disputa ficou restrita a seis corredores: os quenianos Dickson Chumba, Levy Matebo e Micah Kogo; e os etíopes Gebre Gebremariam, Deriba Merga e Lelisa Desisa.

Estreante incômodo- Na medida em que os fundistas apertaram o passo, apenas três ficaram na briga pela vitória. O experiente Gebremariam talvez fosse a aposta mais óbvia, apesar do compatriota Desisa viver o bom momento após a vitória em Dubai. Mas era o queniano Micah Kogo quem destoava – ele estava em sua estreia em maratonas e já foi recordista mundial de dez quilômetros. 

No final, quem teve mais fôlego foi Desisa, completando em 2h10min22. Kogo completou em 2h10min27 e Gebremariam em 2h10min28. O norte-americano Jason Hartmann conquistou um honroso quarto lugar e o campeão de 2012, Wesley Korir, completou o pódio.

Confira na próxima página como foi entre os cadeirantes e os tempos dos vencedores.

Efeitos colaterais do ataque com bombas na Boston Marathon atingem aeroportos de NY e Boston

EUA: avião em Boston e parte de aeroporto em Nova York são esvaziados

Portal Terra
Dois incidentes voltaram a colocar autoridades e civis em alerta nos Estados Unidos na manhã desta terça-feira. No Aeroporto Internacional Logan Boston, um avião foi esvaziado, mas não há detalhes dos motivos que levaram a esse procedimento.
Parte do Aeroporto LaGuardia, em Nova York, também foi esvaziada depois que um pacote suspeito foi encontrado na área de compras, de acordo com emissoras de TV americanas.
Nesta segunda feira, duas explosões durante a maratona de Boston deixaram três mortos e mais de 170 feridos. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque e as autoridades reforçam a segurança enquanto investigam as motivações do atentado.
Tags: ataques, estado, eua, feridos, mortos, terror