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quinta-feira, 1 de março de 2018

15 fotos para ficar encantado com o Planeta Terra / hypescience.com

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Lençóis Maranhenses


O fotógrafo brasileiro Cristiano Xavier ganhou o prêmio de fotografia aérea com esta visão belíssima dos Lençóis Maranhenses, no nordeste do Maranhão.

Chapada dos Veadeiros


O fotógrafo brasileiro Marcio Cabral ganhou o prêmio de exposição prolongada por essa imagem reveladora de galáxias, feita do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.

Bisti Wilderness Area


Huibo Hou, fotógrafa sedeada em San Diego, nos EUA, ganhou o terceiro lugar geral na competição com essa imagem da Bisti Wilderness Area, uma região selvagem do estado americano do Novo México.

Islândia


O fotógrafo Alex Nail, do Reino Unido, ganhou na categoria montanha por esta foto da região de Southern Highlands, na Islândia.

Patagônia


O fotógrafo Max Rive, da Holanda, ficou em primeiro lugar na competição “Fotógrafo Internacional de Paisagem do Ano” pelo conjunto da sua obra, que inclui essa foto da Patagônia

Mais acusações contra Lula,,,





Um total 43 e-mails trocados entre 2008 e 2013 foram entregues pelos advogados de Marcelo Odebrecht ao juiz Sérgio Moro, nesta quarta (27), provando o relacionamento entre o ex-presidente Lula e a empreiteira baiana.
As mensagens confirmam o que o empresário revelou em seu acordo de delação premiada sobre a relação da Odebrecht com Lula.
Marcelo só teve acesso a esse conteúdo depois que passou a cumprir prisão domiciliar, em dezembro, segundo seus advogados. É a terceira entrega de e-mails do computador pessoal que Marcelo Odebrecht. Moro vai decidir se vai admitir as mensagens como prova nos processos contra Lula.
Em um dos emails, de 21 de junho de 2011, Marcelo Odebrecht diz para um ex-diretor da empresa: "Quando mencionar ao amigo de BG que o acerto do evento foi com italiano/amigo de meu pai, e não com PT, importante não mencionar nada sobre minha conta corrente com italiano pois só ele e amigo de meu pai sabem".
A mensagem reforça o conhecimento de Lula sobre a conta corrente mantida com o ex-ministro Antônio Palloci, segundo a defesa de Marcelo Odebrecht.
De acordo com as investigações, Palocci era identificado na Odebrecht como “italiano” e Lula como “amigo de meu pai”. Palocci administraria a conta de propina que a Odebrecht tinha com o PT.
A defesa também destacou trocas de e-mails que, segundo os advogados, falam do andamento das obras no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia,que custaram R$ 1,02 milhão. Em 30 de dezembro de 2010, o engenheiro da Odebrecht escreve para Marcelo e executivos do grupo: "A equipe informou hoje pela manhã que esta tudo conforme programado. O mais importante nesse tipo de obra e' que não ha indefinicoes por parte do proprietário. Eu diria que temos como meta o dia 15 e não havendo imprevistos a alcançaremos. Temos um eng senior que se instalou em Atibaia e esta' cuidando pessoalmente do assunto com equipe de sua confiança”. Do site Diário do Poder

O ,movimento financeiro do crime do tráfico no Brasil faz parte dos elementos de sustentação do PIB ?

Facção paulista se une a quadrilhas do RJ 

que tentam tomar tráfico na Rocinha

Principal grupo criminoso de SP faz aliança com nova organização criada nos presídios fluminenses com apoio de ex-chefe do tráfico na comunidade.

Por Marco Antônio Martins, G1 Rio
 
Passarela na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Foto: Felipe Dana/AP)Passarela na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Foto: Felipe Dana/AP)
Passarela na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Foto: Felipe Dana/AP)
Documentos do sistema penitenciário do RJ e do serviço de inteligência que apoia a intervenção federal na segurança do estado mostram que o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, articulou novas alianças para expandir a atuação de seu grupo criminoso no Rio. Uma das áreas em questão é a Rocinha, favela mais populosa da cidade e localizada entre bairros nobres, como Leblon e São Conrado.
Nem é um dos chefes da facção Amigos dos Amigos (ADA) e está preso em uma penitenciária federal em Porto Velho (RO). Recentemente, entrou em guerra com Rogério 157, de quem foi aliado e que deixou a ADA para se unir ao Comando Vermelho (CV) – facção da qual Nem tenta tirar o controle do tráfico de drogas na Rocinha.
Nem firmou acordo da ADA com o Terceiro Comando Puro (TCP) para formar o TCA (Terceiro Comando dos Amigos). A nova facção se aliou ao Primeiro Comando da Capital (PCC), principal grupo criminoso de São Paulo que rompeu seu acordo de trégua com o CV. Com essa parceria, a quadrilha passou a ser chamada nos presídios de TCA-1533 (os números são uma referência ao PCC).
Mesmo preso, Nem financiou a compra de 200 fuzis para a quadrilha ao custo de R$ 7 milhões, segundo os órgãos de inteligência. O armamento foi recebido no ano passado na favela de Acari, na Zona Norte da cidade. Segundo os documentos da Seap e da inteligência federal, o PCC também repassa armas e drogas para o TCA-1533 em diferentes pontos da capital e interior do RJ.
A formação do TCA-1533 vem sendo acompanhada pelos serviços de inteligência da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e pelo governo federal. Segundo os investigadores, nos últimos dias de dezembro de 2017, no interior do presídio Jonas Lopes de Carvalho, Bangu 4, chefes da ADA confirmavam o acordo iniciado em 2016 com integrantes do TCP e criavam o Terceiro Comando dos Amigos.
Os documentos obtidos pelo G1 mostram que os traficantes presos uniram as duas quadrilhas e ainda contaram com a briga do PCC com o Comando Vermelho para obter o apoio financeiro da facção paulista.

Formação

O TCA-1533 começou a se desenhar quando, em 2016, integrantes do PCC romperam a parceria com o Comando Vermelho, considerada a maior facção carioca. Na ocasião, 120 detentos de São Paulo que cumpriam pena em três presídios pediram a transferência para unidades chamadas de "neutro". Todos dividiam unidades com o CV.
Por determinação do então subsecretário Sauler Sakalem foi tomado um procedimento diferente: os presos do PCC foram enviados para Bangu 4, onde ficam os detentos da ADA. O acordo entre as duas facções se consolidou.
Criminosos em liberdade e parentes passaram a ir morar em comunidades dominadas pela ADA como o Morro de São Carlos, na região central do Rio, e a favela da Rocinha, na Zona Sul.

Dinheiro apreendido com detentos das duas facções sob a guarda de um agente penitenciário (Foto: Divulgação)Dinheiro apreendido com detentos das duas facções sob a guarda de um agente penitenciário (Foto: Divulgação)
Dinheiro apreendido com detentos das duas facções sob a guarda de um agente penitenciário (Foto: Divulgação)
Em setembro, apareceu um indício de que a união entre TCP e ADA já estava encaminhada: o agente penitenciário Marcelo Aparecido de Lima foi preso pelo Ministério Público estadual guardando dinheiro das duas facções no presídio Carlos Tinoco, em Campos, no Norte Fluminense. Marcelo responde a processo preso.
Entre outubro e dezembro do ano passado, a movimentação de presos chamou a atenção dos órgãos de inteligência da Secretaria de Segurança e da PF: 840 presos solicitaram a transferência de Bangu 4 para a Lemos de Brito, cadeia do TCP. Novamente sem questionamentos das autoridades, todos foram transferidos.
A Seap informou que as transferências são determinadas pelo Subsecretário de Gestão Operacional da pasta. O Secretário de Estado de Administração Penitenciária, David Anthony Gonçalves Alves, admitiu que o número de transferências impressiona.
"É um número alto que me impressionou. Estou reunindo o 'staff' para que o quantitativo de transferências seja controlado e que estas só aconteçam por um motivo justificado. A rotina de incluir os dados de transferências da porta de entrada para as demais unidades será desconsiderada, pois assim aumentará o controle e transparência. Essa inclusive foi uma das demandas apresentadas na primeira reunião com a Defensoria Pública", afirmou.
Em 2016, mais de 65 mil transferências foram realizadas, contando os ingressos nas portas de entradas do sistema penitenciário e posterior deslocamentos para outras unidades prisionais, além de transferências para hospitais penitenciários.
A Seap investiga se houve irregularidades nas transferências, que juntaram itegrantes de ADA e TCP, e de PCC e ADA.

Transferências

Segundo um agente penitenciário, a criação da nova facção pode ter sido facilitada pela postura da gestão da época, que fazia transferências de membros das quadrilhas sem maiores questionamentos.
A distribuição dos detentos nos presídios do RJ ocorrem de acordo com as facções a que pertencem. Quando um detento comunica que quer deixar a quadrilha e se sente ameaçado, ele é enviado para uma ala isolada na cadeia de qualquer quadrilha.
Nos últimos dias de dezembro, logo depois do Natal, o preso Thiago Martins Cafieiro, o FM, que havia ido para a Lemos de Brito junto com os outros colegas, retornou para Bangu 4. Para os investigadores, FM tinha ido homologar o acordo com o TCP e voltava para comunicar a decisão aos chefes da ADA – entre eles Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, que tem dito não gostar da decisão.
Para agentes penitenciários há uma explicação para a postura do antigo chefe: Celsinho está perto de ganhar benefício judicial e passar a cumprir pena no regime semi-aberto. Qualquer envolvimento na criação da facção poderia impedir a obtenção do benefício.

MP e Seap

Sobre o surgimento do TCA-1533 nos presídios do RJ e as transferências que o motivou, a promotora Andreia Amin, coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) comentou:
"Não digo que a gestão anterior [da Seap] deixou correr frouxo, talvez tenha sido uma falha na análise sobre o que isso [a transferência] representava. O PCC estimulou um pacto de não agressão logo que rachou com o CV dando início à proximidade entre eles", explicou.
A Seap através de nota informou que "o atual secretário David Anthony Gonçalves Alves assumiu a pasta em 24 de janeiro, com o objetivo de reorganizar a mesma. Novas ações estão sendo operacionalizadas pela Seap, objetivando garantir a segurança do sistema penitenciário".
Ainda segundo a secretaria, entre as medidas estão o aumento das fiscalizações nas unidades prisionais, bem como o fortalecimento da Corregedoria com um trabalho integrado junto ao setor de Inteligência: "A Seap ressalta que a Superintendência de Inteligência desta pasta vem passando por uma reestruturação. O objetivo é ampliar sua capacidade operacional e de cooperação com as agências de inteligência dos demais órgãos de segurança pública".
O ex-subsecretário Operacional, Sauler Sakalem não foi encontrado para falar sobre as transferências de presos das facções.
Em nota, o MPRJ informa que desconhece a existência de relatório de inteligência que atribua à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) domínio territorial na comunidade da Rocinha. Segundo o órgão, a responsabilidade pela divulgação das informações são de responsabilidade exclusiva do promotor.
O MP informa ainda que a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público fluminense (CSI/MPRJ) está acompanhando os acontecimentos na Rocinha e até o momento não identificou dados que permitam conferir veracidade às informações veiculadas na mencionada matéria jornalística

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

"Big Brother Brasília" //João Pereira Coutinho

terça-feira, fevereiro 27, 2018

Big Brother Brasília

JOÃO PEREIRA COUTINHO

FOLHA DE SP - 27/02

Qualquer forma de política 'carismática' é um perigo brutal para a sobrevivência das democracias liberais

Luciano Huck para presidente? Ele diz que não. Acredito. Mas, se a decisão fosse outra, o Brasil estaria na vanguarda das democracias ocidentais —e Fernando Henrique Cardoso percebeu isso.

Anos atrás, na revista "Foreign Policy", FHC publicou um bom artigo sobre o futuro dos partidos políticos. "Futuro", vírgula: FHC não acreditava que houvesse futuro para os partidos. As tradicionais divisões ideológicas entre esquerda e direita já não tinham o mesmo significado —e a mesma militância.

E, além disso, a desilusão do eleitorado com o "establishment" faria emergir movimentos, grupos, "populistas" (termo meu, não de FHC) capazes de rivalizar com as estruturas decrépitas e assaz rígidas dos partidos. Fernando Henrique foi um visionário.

Claro: existe uma diferença entre mim e FHC. Para ele, essa nova realidade extrapartidária não parece ser um mal em si, sobretudo se os partidos não se souberem recriar para responder aos desafios do presente. O entusiasmo de FHC com Huck demonstra isso: o apresentador "areja", "põe em xeque os partidos", afirmou o ex-presidente.

Para mim, qualquer forma de política "carismática" representa sempre um perigo brutal para a sobrevivência das democracias liberais e das suas instituições. Mas admito que o "espírito do tempo" está mais próximo de FHC.
E mais próximo de Luciano Huck, já agora. Um exemplo: a revista "The Spectator" publicou um ensaio revelador sobre os possíveis candidatos democratas para as eleições norte-americanas de 2020. Não perco tempo com nomes menores. Prefiro avançar para os nomes maiores, que aliás surgem na capa da revista: Oprah Winfrey, Tom Hanks, George Clooney. O que têm os três em comum?

Sim, créditos progressistas imaculados. Mas o essencial não está na ideologia. Está na celebridade: os três são produtos da indústria de entretenimento. Exatamente como Donald Trump. A lógica é fulminante: se Donald Trump foi um produto midiático de sucesso, é preciso responder na mesma moeda.

Essa hipótese arrepia a minha costela platônica —e escrevo "platônica" no sentido próprio do tempo. Se existe uma ideia consensual na história da política moderna é a velha crença de que os melhores devem governar, como Platão defendia na sua "República".

Bem sei que a realidade nem sempre cumpre o ideal. Mas o ideal não existe para ser cumprido. Existe, quando muito, para que a realidade se aproxime dele.
Dito de outra forma: se a política é, ou deve ser, a mais nobre das artes, então espera-se de um governante algumas virtudes que exigem preparação e conhecimento.

Tudo isso está em causa nas "democracias midiáticas" em que vivemos. Não são os melhores que vencem; os melhores são aqueles que vendem. E vendem o quê? Uma imagem que corresponde às preferências voláteis e sentimentais dos consumidores.

Quando os democratas cogitam a hipótese de um George Clooney para a Casa Branca, ninguém perde um minuto para indagar as ideias do senhor. Ideias? Quais ideias? O que interessa é o sorriso, o olhar, o traje e dezenas de outras imbecilidades avulsas. As democracias midiáticas não querem políticos, mas estrelas pop.

E no futuro?

Não pretendo horrorizar ninguém. Mas imagino facilmente dois cenários.

O primeiro seria transformar os partidos políticos em organizações muito semelhantes às agências de modelos. Haveria o "estilista" ideológico --alguém responsável por um programa eleitoral mais ou menos clássico; e, depois, haveria o candidato-modelo para desfilar na "passerelle" dos comícios e dos debates.

O candidato-modelo seria apenas uma máscara, uma marionete do partido, com a única missão de apaixonar as massas. Uma vez eleito, ele continuaria o seu trabalho de fachada, deixando para os comuns mortais a mecânica burocrática do governo.

Outro caminho seria acabar com os partidos e, por exemplo, criar um show televisivo --um "Big Brother Brasília", digamos. Nesse caso, seriam as massas a escolher diretamente o presidente, depois de assistirem às suas proezas em sunga ou biquíni.

Hoje, olhamos para Donald Trump ou Oprah Winfrey como excentricidades. Dois nomes que representam o triunfo do entretenimento sobre a política.

Amanhã, quando o dilúvio chegar, ainda vamos olhar para trás e recordar Trump ou Oprah como os últimos grandes estadistas.

João Pereira Coutinho
É escritor português e doutor em ciência política.