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segunda-feira, 11 de março de 2013
sexta-feira, 8 de março de 2013
PT tenta negociar 'franquia' de Lincoln... com a História
GUILHERME FIUZA - 08/03/2013 12h38 - Atualizado em 08/03/2013 12h38
E o Oscar de efeitos especiais vai para... o PT
GUILHERME FIUZA
Abraham Lincoln e Luiz Inácio da Silva não são a mesma pessoa, mas quase. Na festa de 30 anos da CUT, o filho do Brasil e pai da maior máquina de perpetuação no poder já vista neste país voltou a se queixar em grande estilo, como é próprio das vítimas profissionais. Declarou que ele e o companheiro Lincoln são uns injustiçados: “Fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860. Igualzinho bate em mim”.
As semelhanças não param por aí: Lincoln não ganhou o Oscar, Lula também não. Mais uma armadilha do sistema capitalista contra os heróis do povo. Como um sujeito que sai limpinho do mensalão, convencendo mais de 100 milhões de pessoas de que não sabia de nada, pode não ser premiado com o Oscar? É muita injustiça social mesmo. Só pode ser preconceito das elites contra o ex-operário.
Lincoln e Lula, os irmãos siameses da resistência contra a imprensa burguesa, passarão juntos à história da CUT apesar do boicote de Hollywood. Mas que os americanos não se animem muito com essa dobradinha. Mesmo com as incríveis semelhanças entre os dois estadistas, Lula é melhor. Lincoln jamais seria capaz de eleger uma Dilma e, depois de um governo inoperante, preguiçoso, fisiológico, perdulário, destruidor das instituições com tarifas mentirosas e contabilidade idem, se encaminhasse para reelegê-la. Com todo o respeito à mitologia ianque e ao talento de Steven Spielberg, uma façanha dessas não cabe na biografia de Lincoln. Como transformar uma militante inexpressiva em símbolo feminino nacional, sem que ela manifeste um único pensamento original em anos de vida pública? Lincoln teria de nascer de novo duas vezes para aprender essa com Lula.
Enquanto o líder máximo de todos os tempos das Américas demonizava a imprensa, ensinando a classe operária a suspeitar da informação livre, odiar o contraditório e só confiar no que seu guru diz, notava-se ao lado os sorrisos divertidos de Gilberto Carvalho, o chefe de gabinete vitalício do Brasil. Carvalho é uma espécie de entroncamento entre Lula e Dilma, um avalista da continuação do final feliz petista no berço esplêndido do Estado brasileiro. Como se sabe, para que esse final feliz dure bastante, é necessário que o conto de fadas do oprimido prevaleça sobre a vida real – daí a implicância sistemática com a imprensa.
As semelhanças não param por aí: Lincoln não ganhou o Oscar, Lula também não. Mais uma armadilha do sistema capitalista contra os heróis do povo. Como um sujeito que sai limpinho do mensalão, convencendo mais de 100 milhões de pessoas de que não sabia de nada, pode não ser premiado com o Oscar? É muita injustiça social mesmo. Só pode ser preconceito das elites contra o ex-operário.
Lincoln e Lula, os irmãos siameses da resistência contra a imprensa burguesa, passarão juntos à história da CUT apesar do boicote de Hollywood. Mas que os americanos não se animem muito com essa dobradinha. Mesmo com as incríveis semelhanças entre os dois estadistas, Lula é melhor. Lincoln jamais seria capaz de eleger uma Dilma e, depois de um governo inoperante, preguiçoso, fisiológico, perdulário, destruidor das instituições com tarifas mentirosas e contabilidade idem, se encaminhasse para reelegê-la. Com todo o respeito à mitologia ianque e ao talento de Steven Spielberg, uma façanha dessas não cabe na biografia de Lincoln. Como transformar uma militante inexpressiva em símbolo feminino nacional, sem que ela manifeste um único pensamento original em anos de vida pública? Lincoln teria de nascer de novo duas vezes para aprender essa com Lula.
Enquanto o líder máximo de todos os tempos das Américas demonizava a imprensa, ensinando a classe operária a suspeitar da informação livre, odiar o contraditório e só confiar no que seu guru diz, notava-se ao lado os sorrisos divertidos de Gilberto Carvalho, o chefe de gabinete vitalício do Brasil. Carvalho é uma espécie de entroncamento entre Lula e Dilma, um avalista da continuação do final feliz petista no berço esplêndido do Estado brasileiro. Como se sabe, para que esse final feliz dure bastante, é necessário que o conto de fadas do oprimido prevaleça sobre a vida real – daí a implicância sistemática com a imprensa.
Lincoln teria de nascer
de novo duas vezes para
aprender com Lula as façanhas da permanência no poder
de novo duas vezes para
aprender com Lula as façanhas da permanência no poder
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho está sempre nos fóruns partidários prometendo à militância que o governo criará uma imprensa nova, confiável. Parece piada chavista, mas é verdade. Por acaso, foi um subalterno de Carvalho que voltou de Cuba com um dossiê contra a blogueira Yoani Sánchez, caprichosamente gravado num CD. É o velho estilo petista de conspirar com o rabo de fora.
Na chegada da blogueira cubana ao Brasil, surgiram subitamente patrulhas organizadas de apoio ao regime de Fidel Castro, um movimento que ninguém imaginava que existia, que nunca mostrara sua cara em lugar nenhum. De repente, num Brasil supostamente democrático e tolerante às diferenças ideológicas, esses grupos surgidos do nada simplesmente impediram os debates públicos com Yoani – no grito, na marra. Quem será que instrumentalizou essa turminha braba?
A inacreditável operação abafa contra uma blogueira, nesse espetáculo deprimente de censura que o Brasil engoliu, veio mostrar que o chavismo só não prosperou no Brasil porque o oxigênio da liberdade por aqui ainda é maior do que na Venezuela. Mas o estado-maior petista não desistiu de sua doutrina da democracia dirigida e baba de inveja dos índices fabricados pela companheira Cristina Kirchner, em sua cruzada bolivariana pela informação de laboratório. Assim como Lincoln e Lula, Cristina também é uma vítima da imprensa reacionária, que tem essa mania mórbida de querer divulgar indicadores públicos verdadeiros.
O lucro do BNDES acaba de ser maquiado, graças a mais uma manobra genial dos companheiros que produzem superavit de proveta e passam blush na inflação. Quando se trata de picaretagem para se agarrar ao poder, é impressionante como a mediocridade do governo popular se transmuta em brilhantismo. Como disse Lula na CUT: “Nós sabemos o time que temos”.
É mesmo um timaço. Merece no mínimo o Oscar de efeitos especiais.
Na chegada da blogueira cubana ao Brasil, surgiram subitamente patrulhas organizadas de apoio ao regime de Fidel Castro, um movimento que ninguém imaginava que existia, que nunca mostrara sua cara em lugar nenhum. De repente, num Brasil supostamente democrático e tolerante às diferenças ideológicas, esses grupos surgidos do nada simplesmente impediram os debates públicos com Yoani – no grito, na marra. Quem será que instrumentalizou essa turminha braba?
A inacreditável operação abafa contra uma blogueira, nesse espetáculo deprimente de censura que o Brasil engoliu, veio mostrar que o chavismo só não prosperou no Brasil porque o oxigênio da liberdade por aqui ainda é maior do que na Venezuela. Mas o estado-maior petista não desistiu de sua doutrina da democracia dirigida e baba de inveja dos índices fabricados pela companheira Cristina Kirchner, em sua cruzada bolivariana pela informação de laboratório. Assim como Lincoln e Lula, Cristina também é uma vítima da imprensa reacionária, que tem essa mania mórbida de querer divulgar indicadores públicos verdadeiros.
O lucro do BNDES acaba de ser maquiado, graças a mais uma manobra genial dos companheiros que produzem superavit de proveta e passam blush na inflação. Quando se trata de picaretagem para se agarrar ao poder, é impressionante como a mediocridade do governo popular se transmuta em brilhantismo. Como disse Lula na CUT: “Nós sabemos o time que temos”.
É mesmo um timaço. Merece no mínimo o Oscar de efeitos especiais.
"Chávez não morreu, se multiplicou"...
Mundo
Sexta-feira, 08/03/2013
LUTO
08/03/2013 | 13:27 | FOLHAPRESS
Em fila, seguidores dizem que Chávez "não morreu, se multiplicou"
Nesta sexta-feira (8), Nicolas Maduro deve fazer juramento como presidente interino. Chefes de Estado viajam à Venezuela para se despedir do "comandante"
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A fila para ver o corpo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, diminuiu na manhã desta sexta-feira (8). O mandatário, que morreu na terça (6), continua sendo velado na Academia Militar de Caracas, onde está desde a madrugada de quinta (7).
Diferente de quinta, quando os seguidores do presidente enfrentaram o calor e a falta de água e comida, há um grande número de ambulantes nas proximidades do local do velório. A maioria deles vende camisetas, bonés, bandeiras. O governo distribui garrafas de água a quem está na fila.
Diferente de quinta, quando os seguidores do presidente enfrentaram o calor e a falta de água e comida, há um grande número de ambulantes nas proximidades do local do velório. A maioria deles vende camisetas, bonés, bandeiras. O governo distribui garrafas de água a quem está na fila.
Durante a madrugada, enquanto esperavam na fila monumental, cerca de cem pessoas gritavam: "Chávez não morreu, se multiplicou!". Hoje milhares de pessoas seguiam esperando a sua vez de se despedir de Hugo Chávez. "Não importa as horas que esperaremos, mas aqui vamos continuar até que possamos vê-lo", disse Luiz Herrera, um motorista de 49 anos.
Jogar baralho, cantar e entoar gritos de ordem em apoio ao líder morto estão entre as maneiras que as pessoas encontraram para fazer passar o tempo até chegar à sua vez de prestar homenagens a Chávez.
O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse na noite de ontem que o corpo do presidente será embalsamado e permanecerá em exposição, em uma urna de vidro, por mais sete dias. Depois, ficará exposto no Museu da Revolução, em Caracas.
Maduro, que assumirá a presidência nesta sexta-feira, comparou a exposição do corpo de Chávez ao líder socialista russo Vladimir Lênin e o ex-ditador chinês Mao Tsé-tung. O museu será criado em um quartel do bairro caraquenho de 23 de Enero, local onde Chávez organizou sua intentona golpista, em 1992.
Maduro afirmou ainda que o museu será o "primeiro local de repouso" do corpo e que, depois, serão tomadas medidas "que o povo pediu", em provável referência à transferência futura de Chávez ao Panteão Nacional, onde está enterrado Simón Bolívar. Os detalhes do eventual enterro, portanto, ainda não estão claros.
Jornalista foi agredida por milicianos bolivarianos em Caracas durante seu trabalho
06/03/2013
às 21:40 \ Direto ao PontoO ataque à jornalista da TV colombiana mostra a cara repulsiva da Venezuela que Chávez empurrou para perto das cavernas
Designada pela TV RCN para cobrir a morte de Hugo Chávez, Carmen Andrea Rengifo juntou-se à multidão que velava o chefe do lado de fora do hospital em Caracas sem camuflar quatro estigmas de altíssima periculosidade: é jornalista, é colombiana, trabalha para uma emissora da Colômbia e nunca usou a camisa grená que identifica integrantes da seita bolivariana. Nem precisou fazer perguntas: tanto bastou para que fosse agredida e expulsa do local por milicianos enfurecidos com a orfandade definitiva.
Vejam o rosto ensanguentado de Carmen. Confiram o vídeo que mostra o rebanho de fanáticos inconsoláveis com a perda do pastor onipresente, onipotente e onisciente. Isso é o chavismo. Sob o tacão de um bolívar-de-hospício, assim ficou a Venezuela. Bem mais perto do tempo das cavernas.
quinta-feira, 7 de março de 2013
"Parabéns pra você" foi cantado por milhares de servidores federais em 2 anos do governo Dilma e produziu uma despesa de 132 milhões de reais ou um orçamento que 85% dos municípios não conseguem alcançar
04/03/2013 Governo Dilma bate recorde de gastos com festividades e homenagens |
Gabriela Salcedo Do Contas Abertas |
Em dois anos, o governo de Dilma Rousseff ficou próximo de gastar com festividades e homenagens o mesmo que foi desembolsado nos quatro anos do segundo mandato do governo Lula. Em valores constantes (atualizados pelos IGP-DI, da FGV), enquanto o ex-presidente desembolsou R$ 144,6 milhões entre 2007 e 2010, a atual presidente já utilizou 91,1% desse valor em apenas dois anos de governo, o que significa montante de R$ 131,7 milhões.
O governo Dilma pode ser considerado o mais “festeiro” desde, pelo menos, 1999. As despesas com festividades e homenagens nos anos passado e retrasado bateram recordes. Em média, foram R$ 65,9 milhões por ano de mandato, enquanto seu antecessor desembolsou a média de R$ 36,1 milhões por ano no segundo mandato e R$ 11,9 milhões nos primeiros quatro anos de governo. No segundo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o gasto médio anual foi de R$ 14,6 milhões.
O ano passado bateu recorde com gastos em festividades e homenagens, com dispêndios de R$ 74,3 milhões. A cifra representou aumento de R$ 16,8 milhões quando comparada com os R$ 57,3 milhões de 2011, em valores constantes.
A Fundação Nacional de Arte (Funarte) foi a entidade “campeã”, com R$ 11,3 milhões em 2012. Entre os contratos realizados para eventos de festividades e homenagens, o mais significativo em valor foi o celebrado com a “Romepar Consultoria, Representações e Participações”, do Rio de Janeiro, quando foram pagos R$ 1 milhão para o arrendamento de local em Lisboa para a comemoração do ano “Brasil em Portugal”.
Em seguida, nas mesmas rubricas, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) gastou R$ 9,3 milhões. O maior contrato foi celebrado com o “Di Gagliardi Buffet”, de Brasília, quando foram pagos R$ 1,4 milhões para a empresa prestar serviços em cerimoniais.
Em terceiro lugar, ficou o Fundo Nacional de Cultura, que aplicou R$ 6 milhões no ano passado com esse gênero. Entretanto, não foram localizados os contratos realizados entre o Fundo e as empresas de prestação de serviços.
O Contas Abertas entrou em contato com a assessoria do MRE e do Ministério da Cultura, que responderia pela Funarte e pelo Fundo Nacional da Cultura, para saber os motivos que fizeram os órgãos liderarem em gastos na rubrica “festividades e homenagens”. Entretanto, até o fechamento desta reportagem, elas apenas retornaram pedindo mais informações sobre a qualidade dos gastos, sem terem feito qualquer tipo de esclarecimento.
Uma curiosidade da lista de gastos com festividades e homenagens é que entre os 20 primeiros orgãos que fizeram uso de verba pública com este fim, seis são de unidades orçamentárias do Ministério da Defesa. As repartições militares, se somadas as despesas do Comando da Marinha, Fundo e Comando do Exército, Fundo e Comando da Aeronáutica e Justiça Militar da União, despenderam R$ 7,1 milhões com festas e homenagens.
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