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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Deixando o serviço público....

Stephen Kanitz - Artigos e Comentários 

Link to O Blog do Stephen Kanitz


Posted: 24 Aug 2012 04:00 PM PDT
Traduzi um texto do Prof. Terran Lane, prof. Titular da University of New Mexico, que deixou um cargo vitalício e seguro para trabalhar numa empresa privada, o Google.
Sua decisão gerou consternação geral nos seus colegas, e sua carta que resumi é interessantíssima pelos temas atuais que aborda.

Como quase todo mundo sabe, renunciei ao meu cargo na Universidade do Novo México e estou trabalhando para o Google, em Cambridge (MA).
 Inúmeras pessoas, desde meus amigos ao meu (ex) reitor tem perguntado "por quê?".
Por que desistir de uma [alguns dizem 'confortável'] posição no corpo docente estável e vitalício para a engrenagem da vida corporativa?
Eu estou preocupado que os EUA - uma das potências de inovação do mundo - irão prejudicar o seu próprio futuro consideravelmente se continuarmos a fazer a profissão de professor desinteressante.
Em última análise, eu escolhi a ciência a fim de fazer uma diferença positiva no mundo.
Google é um exemplo de uma organização que realmente está usando a ciência da computação para fazer uma diferença real e positiva no mundo.
Embora seja também difícil fazer um impacto em uma empresa imensa, como o Google, no atual clima parece que tenho mais chances no Google do que na Academia.
No meu tempo na UNM, eu servi sob quatro presidentes de universidades, três reitores e dois diretores.
O padrão consistente de mudanças de gestão foi a centralização do controle, centralização de recursos e aumento da pressão sobre os departamentos e professores.
Esta forma gradual, mas bastante perceptível, produziu:
Hiperespecialização e estreiteza de visão. 
As pressões econômicas também se transformaram em pressões intelectuais.
Quando os seres humanos sentem pânico tendem a se tornar mais conservadores e avessos ao risco - nós vamos com a coisa certa.
O problema é a criatividade sobre o risco exploratório. O objetivo é encontrar coisas novas - para ir além do estado-da-arte e descobrir ou criar coisas que o mundo jamais viu.
É uma contradição ao mesmo tempo, forjar-se no desconhecido e insistir em uma aposta certa.
Tradicionalmente, os EUA e as universidades têm proporcionado um lar seguro para esse tipo de exploração. Há apoio federal, estadual e financiamento das empresas.
No entanto, no clima atual todas estas entidades bem como os próprios cientistas estão se afastando de uma pesquisa exploratória e insistindo nessas apostas certas.
A maioria dos recursos vão para ideias e técnicas (e pesquisadores) que comprovaram ser rentáveis no passado, embora seja difícil e cada vez mais difícil se obter ideias fora do mainstream ou aceitas pela revisão por pares, com o apoio da universidade ou financiados por agências de concessão.
O resultado é a visão cada vez mais estreita em uma variedade de campos científicos, e uma intolerância de exploração criativa. 
 Incentivos pobres.
 Além disso, "publicar ou perecer" e "financiar ou perecer" são pressões que desencorajam a exploração fora da nossa própria especialidade.
É difícil fazer uma pesquisa exploratória ou interdisciplinar, quando é improvável produzir publicações novas em seu próprio campo ou ter novas fontes de financiamento.
(Sem falar que, digamos, ajudar os estudantes a concluir os seus graus.)
Mas muitas coisas que são socialmente importantes a fazer, não requerem necessariamente a pesquisa em todos os campos que participam, por isso há um forte desincentivo para trabalhar nelas.
Como apenas um exemplo da minha própria experiência: quando você não consegue obter crédito para ajudar a salvar bebês, então você sabe que há algo seriamente errado no sistema de incentivos.
Produção em massa de Educação.
Houve muita emoção na mídia acerca dos 100.000 estudantes de Stanford + no curso de informática, aulas de open-source do MIT, e outros esforços de massa, de educação à distância.
De certa forma, esses esforços são realmente emocionantes - e oferecem a verdadeira mudança profunda na forma como fazemos a educação em talvez mil anos.
Eles oferecem a democratização da educação - a abertura do acesso à educação de classe mundial para as pessoas de todo o mundo e de diversas origens econômicas e sociais.
 Mas eu tenho que alertar cautela com essa tendência.
 Primeiro, eu me preocupo se a produção em massa vai ter o mesmo efeito que teve na fabricação de mais de dois séculos: os administradores ansiosos para poupar dinheiro, vão criar cada vez classes maiores com menos professores para ensinar.
Será que estamos nos aproximando do dia em que haverá apenas um professor de ciência da computação para os EUA inteiro?
 Em segundo lugar, eu suspeito que os "vencedores terão tudo" irá distorcer a Academia da mesma forma que tem distorcido a indústria e a sociedade.
Quando libertado das limitações da distância e do ensino, por que não cada aluno escolher uma educação de Stanford ou MIT sobre, digamos, UNM?
Quando veremos os AT & T, Microsoft, Google da Academia.
Em quanto tempo teremos 1% das universidades e professores reunindo 99% dos alunos e os recursos?
E finalmente em terceiro lugar, esta tendência ameaça matar um pouco do que é mais valioso sobre a experiência acadêmica, para alunos e professores.
No nível mais fundamental, a educação acontece entre os indivíduos - uma ligação pessoal, longa ou curta, entre mentor e estudante.
Quer se trate de pessoalmente responder a uma questão levantada na sala de aula, passando de vinte minutos de trabalho por meio de uma ideia complicada no horário de expediente, ou gastar anos de estreita colaboração em um relacionamento de mentoria PhD, questões de conexão humana para ambos os lados.
Ela ressoa em nível muito mais profundo do que a mera transmissão de informações - nos ensina como ser social em conjunto e define modelos do que é para realizar em um campo, a pensar com rigor, para ser profissional e ser intelectualmente maduro.
Estou com muito medo de que nossos esforços para democratizar o processo vai matar essa conexão humana e esterilizar uma das facetas mais alegre desta instituição de mil anos de idade.

'O bom Juiz' /// Ricardo Noblat


Enviado por Ricardo Noblat - 
27.8.2012
 | 8h02m
COMENTÁRIO

O bom juiz, por Ricardo Noblat


Erra o juiz que leva em conta a opinião pública?
Por opinião pública entenda-se a opinião geral de uma sociedade. Da parcela majoritária ou dominante da sociedade que se expressa por meio de pesquisas e dos veículos de comunicação.
Ricardo Lewandowski, ministro-revisor do processo do mensalão, votou a favor da absolvição de réus que antes haviam sido condenados pelo ministro-relator Joaquim Barbosa.
Com os mesmos elementos, cada um deles enxergou sua "verdade processual". Certamente a partir de "fatos incontroversos".
Alvo de duras críticas, o próprio Lewandowski saiu em defesa do seu voto.
"Já esperava. As críticas, as incompreensões, isso faz parte do nosso trabalho", argumentou. "Mas eu tenho certeza de que o Brasil quer um Judiciário independente, um juiz que não tenha medo de pressões".
E por fim: "Eu acho que o juiz não deve ter medo das críticas porque o juiz vota ou julga com sua consciência e de acordo com as leis. Não pode se pautar pela opinião pública."
  Quem disse que um juiz não pode se pautar pela opinião pública?
Quem disse que o melhor juiz é o que vota em desacordo com ela?
Sem dúvida é mau juiz aquele que se orienta unicamente pela opinião pública. Mas não é bom o outro que parte do princípio de que a opinião pública deve ser desprezada.
Se num processo há elementos de convicção possíveis de justificar um voto para um lado ou para o outro por que tapar os ouvidos ao clamor popular?
Por que só ouvi-lo quando se trata de crime que choca a sociedade?
Até ser julgado, o casal Nardoni ficou longos meses preso, acusado de ter assassinado Isabella, de cinco anos de idade, jogada do sexto andar do edifício London, em São Paulo, onde passava o fim de semana com o pai e a madastra.
Salvo a indignação produzida por crime tão bárbaro, nada na lei autorizava um período extenso de detenção sem julgamento. Os acusados não tinham condições de fugir. Nem de prejudicar a coleta de provas.
Corrupção rima com indignação, mas as duas palavras raramente andam juntas.
Corrupção é vista como crime menor e corriqueiro. A impunidade dos casos de corrupção esteriliza a indignação das pessoas.
Sim, o Brasil quer um Judiciário independente. Mas isso é tudo o que ele infelizmente não tem.
Quem escolhe os ministros do Supremo Tribunal Federal?
O presidente da República. A escolha é referendada pelo Senado, que só reprovou uma desde 1891 - a do médico Barata Ribeiro.
Entre nós, a sabatina mais demorada de um ministro durou sete horas. Foi a de Dias Toffoli, empregado toda a vida do PT e dos seus principais líderes. E que agora irá julgar alguns deles. Dias Toffoli foi reprovado duas vezes em concursos para juiz da primeira instância. Falta-lhe "notório conhecimento jurídico" como exige a Constituição. Sobrou-lhe padrinhos.
A história da Corte Suprema dos Estados Unidos registra caso de ministro que levou sete meses para ter seu nome aprovado pelo Senado. Sete meses!
Certa vez, o presidente Bush, o pai, quis nomear ministra uma brilhante advogada que trabalhava para ele. Foi tal a reação contrária de senadores democratas e republicanos que Bush desistiu.
É um truísmo dizer-se que um juiz deve votar "com sua consciência e de acordo com as leis." É de se imaginar que assim procedeu Lewandowski ao absolver o deputado João Paulo Cunha (PT) e o publicitário Marcos Valério. E que assim também procedeu Joaquim Barbosa ao condená-los.
O Direito não é objetivo. É como o Kama Sutra - admite várias posições. Juiz algum é neutro.
"O fato incontroverso" e "a verdade processual" nem sempre estão na contramão da opinião pública.

Um conto /// " O desconhecido do MSN"


O desconhecido do MSN


Márcia iniciou o MSN e a janela com o convite se abriu: um certo Alessandro queria adicioná-la. Era bonito na foto e, no texto do convite - "Oi, te achei interessante. Posso te adicionar?"-, havia o endereço do perfil dele no Facebook. Decidiu, pois, dar uma checada antes. Viu que ele tinha apenas uns quarenta amigos - o que lhe pareceu pouco, talvez não estivesse há muito tempo naquela rede social -, notou que ele morava e trabalhava na mesma cidade, que tinham muitos interesses em comum, e o principal: pelas demais fotos via-se que era realmente um homem muito bonito, um sujeito a exalar um ar de confiança dos mais impressionantes. Claro, um piloto de helicóptero - uau! - não podia ser alguém sem auto-estima. O aparelho pode até preferir o combustível, mas os passageiros querem mesmo é alguém que lhes transmita segurança.

"Ok", pensou ela, "vou dar uma chance pra esse cara", e aprovou o convite. Ele, que já estava online, iniciou o contato imediatamente.

"Oi, ¿tudo bem?"

"Tudo, ¿e com você?", devolveu ela.

E iniciaram um longo diálogo que durou mais de três horas. Descobriram gostos em comum, falaram de livros, filmes, viagens, esportes radicais, gastronomia e até de astrologia, que a ela nunca interessou muito, mas que, em vista das descrições que ele lhe fazia com base apenas na sua data de nascimento, muito a tocou. Não era um homem qualquer. Via-se que conhecia os mais diversos temas. E como escrevia bem! Transmitia maturidade. Muito diferente de outros homens a quem ela dera uma brecha pela internet e que apenas a deixaram constrangida e irritada.

"Acho que estou prestes a cometer uma loucura", escreveu ela, por fim.

"E que loucura seria essa?"

"Acho que vou aceitar seu convite para esse passeio de helicóptero."

"¿Mesmo?"

"Mesmo."

"Isso não é tão louco assim. Eu piloto muito bem. Estará em boas mãos."

Ela hesitou alguns instantes. Mas preferiu abrir o jogo: "O problema é que sou casada".

"Hum, entendo. Mas não se preocupe, vou respeitar você."

"Rsrsrsrsrsrs", digitou ela. "Mas é que estou pensando em me separar do meu marido. A loucura que estou falando é a seguinte: ¿você consegue pilotar enquanto uma mulher te chupa?"

Ele demorou segundos demais para responder. Ela quase se arrependeu da ousadia. Então notou que ele digitava algo. E leu: "Bom, como profissional, acho que seria uma péssima idéia e realmente não deixaria você fazer isso comigo em pleno vôo. Mas podemos, antes ou depois do passeio - você escolhe a ordem - podemos passar uma tarde num motel".

"Perfeito!", disse ela. "¿Quando?"

Marcaram o encontro. E desconectaram. Ela estava decidida a ter essa aventura. Estava cansada da distância que o marido deixara crescer entre eles, cansada da sua falta de iniciativa, do seu desânimo, das suas reclamações e de sua eterna depressão. Ele vivia colocando a culpa dessa vida atolada no governo, nos ex-sócios, na falta de visão do brasileiro comum, enfim, a culpa era sempre de um outro, ele jamais assumia sua falta de atitude. Ele, que fora um homem cheio de sonhos e planos, uma pessoa criativa e muito inteligente, depois que se tornara Fiscal Federal na fronteira, costumava agora passar metade do mês noutra cidade, sempre se comunicando de uma forma amargurada, seca, como se não gostasse mais da vida ou, quem sabe, como se não gostasse mais dela. Já Rafael, o marido, não sabia o que pensar. Para não perder sua esposa, que tanto amava, de fato trocara seus sonhos por um emprego estável que pagava bem. ¿Quantas vezes ouvira os amigos a lhe dizer que precisava deixar de viver no mundo da Lua? ¿Quantas vezes lhe disseram que uma família precisa de segurança material e não de viagens na maionese artística? Mas agora estava fora de si. Não sabia se matava a si próprio, se matava Márcia, ou se as duas coisas. Desde o casamento, quatro anos antes, ele vivia criando perfis e contas de MSN falsos para testar a fidelidade da esposa. Mas essa estranha mania se acentuara com esse novo emprego, que o mantinha longe, numa cidade aborrecida, cultivando meramente os ciúmes e a preocupação. Sua imaginação não o abandonava, vivia martirizando-o. Imaginava a esposa sozinha, ainda jovem, bonita, sem filhos, sem ter o que fazer na capital. Entrava então no Flickr, copiava mil fotos de diversos estranhos, ficava dias preparando um perfil fake no Facebook, convidando pessoas aleatoriamente para dar uma certa credibilidade àquela vida falsa sem amigos reais, e, até aquele momento, por mais que tivesse tentado, na pele de um outro, seduzi-la com palavras, promessas, lascívia e até dinheiro, a esposa sempre se esquivara, alegando amar o marido e afirmando enfaticamente que havia aceitado o convite apenas por achar que se tratava de algum contato profissional. Desta vez, porém, ela não passou no seu teste.

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Conto extraído do meu livro Mestre de um universo.   YURI VIEIRA

Jornal descreve festas de R49 em Minas: cinco mulheres por homem e acompanhantes de R$ 3 mil - Futebol - UOL Esporte

Jornal descreve festas de R49 em Minas: cinco mulheres por homem e acompanhantes de R$ 3 mil - Futebol - UOL Esporte
26/08/2012 - 11h25

Jornal descreve festas de R49 em Minas: cinco mulheres por homem e acompanhantes de R$ 3 mil

Do UOL, em São Paulo Ronaldinho Gaúcho vive bom momento em campo no Atlético-MG, mas festas continuam
Após deixar o Flamengo sob acusações de indisciplina, Ronaldinho Gaúcho recuperou o bom futebol em Belo Horizonte e ajudou o Atlético-MG a fazer o melhor primeiro turno da história dos pontos corridos. Mas isso não significa que o jogador, eleito duas vezes o melhor do mundo, tenha abandonado de vez as baladas.
As festas em sua mansão continuam, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, que descreveu as baladas promovidas por Ronaldinho em um condomínio de luxo em Lagoa Santa, distante 30 quilômetros do centro de Belo Horizonte.
Segundo o jornal, a casa mais simples no condomínio onde mora Ronaldinho custa R$ 1 milhão. A mansão do jogador fica em um local de difícil acesso e tem proteção de seguranças 24 horas por dia. As festas continuam, e só não acontecem em vésperas de jogos, de acordo com a reportagem.
O jornal descreveu que as festas de Ronaldinho em Minas seguem o mesmo padrão das que ele promovia no Rio de Janeiro. Ao som de funk, os convivas aproveitam comida e bebida à vontade, além de muitas mulheres: cinco para cada homem.
As fontes ouvidas pelo jornal disseram que Ronaldinho manda trazer as mulheres de Santa Catarina. As acompanhantes cobrariam, em média, R$ 3 mil para participar das festas do jogador em Minas Gerais.
Depois de uma dessas festas, Ronaldinho chegou atrasado para a concentração do time antes do jogo contra o Vasco, que valia a liderança do campeonato. Segundo o jornal, o camisa 49 chegou a ser afastado da partida, mas a comissão técnica voltou atrás, e ele acabou sendo o destaque da vitória por 1 a 0 após entrar mordido em campo.
Mas, no geral, Ronaldinho tem sido elogiado pela comissão técnica, que destacou a dedicação do jogador nos treinos e a facilidade em perder peso. Segundo levantamento dos preparadores físicos do clube, o meia corre 9.000 metros por partida, em média. Seu objetivo, segundo amigos ouvidos pelo jornal, é voltar à seleção brasileira ou ao mercado internacional, a fim de encerrar a carreira por cima. 

Ronaldinho Gaúcho

"Conversa fiada" /// Ferreira Gullar / folha.com


ferreira gullar

 

26/08/2012 - 03h00

Conversa fiada

Sabe a razão pela qual a empresa estatal dificilmente alcança alto rendimento? Porque o dono dela --que é o povo-- está ausente, não manda nela, não decide nada. Claro que não pode dar certo.
Já a empresa privada, não. Quem manda nela é o dono, quem decide o que deve ser feito --quais salários pagar, que preço dar pela matéria-prima, por quanto vender o que produz--, tudo é decidido pelo dono.
E mais que isso: é a grana dele que está investida ali. Se a empresa der lucro, ele ganha, fica mais rico e a amplia; se der prejuízo, ele perde, pode até ir à falência.
Por tudo isso e por muitas outras razões mais, a empresa privada tem muito maior chance de dar certo do que uma empresa dirigida por alguém que nada (ou quase nada) ganhará se ela der lucro, e nada (ou quase nada) perderá se ela der prejuízo.
Sem dúvida, pode haver, e já houve, casos em que o dirigente de uma empresa estatal se revelou competente e dedicado, logrando com isso dirigi-la com êxito. Mas é exceção. Na maioria dos casos, indicam-se para dirigir essas empresas pessoas que atendem antes a interesses políticos que empresariais.
Isso sem falar nos casos --atualmente muito frequentes-- de gerentes que estão ali para atender a demandas partidárias.
Tais coisas dificilmente ocorrem nas empresas privadas, onde cada um que ali está sabe que sua permanência depende fundamentalmente da qualidade de seu desempenho. Ao contrário da empresa estatal que, por razões óbvias, tende a se tornar cabide de empregos, a empresa privada busca o menor gasto em tudo, seja em pessoal, seja em equipamentos ou publicidade.
E não é por que na empresa privada reine a ética e a probidade. Nada disso, é só porque o capitalista quer sempre despender menos e lucrar mais. Não é por ética, é por ganância.
A empresa pública, por não ser de ninguém --já que o dono está ausente-- é "nossa", isto é, de quem a dirige, e muitas vezes ali se forma uma casta que passa a sugá-la em tudo o que pode.
A Petrobras pagava a funcionários seus, se não me engano, 17 salários por ano e o Banco do Brasil, 15. Os funcionários da Petrobras gozavam também de um fundo de pensão (afora a aposentadoria do INSS), instituído da seguinte maneira: cada funcionário contribuía com uma parte e a empresa, com quatro partes.
Conheci um desses funcionários que, depois que se aposentou, passou a ganhar mais do que quando estava na ativa. Numa empresa privada, isso jamais acontece, não é? No governo Fernando Henrique aquelas mamatas acabaram, mas outras continuam.
Não obstante, o PT sempre foi contra a privatização de empresas estatais, "et pour cause". Lembram-se da privatização da telefonia? Os petistas foram para a rua denunciar o crime que o governo praticava contra o patrimônio público.
Naquela época, telefone era um bem tão precioso que se declarava no Imposto de Renda. Hoje, graças àquele "crime", todo mundo tem telefone, e a preço de banana.
Mas o preconceito ideológico se mantém. Os governos petistas nada fizeram para resolver os graves problemas estruturais que comprometem a competitividade do produto brasileiro e impedem o crescimento econômico, já que teriam de recorrer à privatização de rodovias e ferrovias.
Dilma fez o que pôde para adiá-la, lançando mão de medidas paliativas que estimulassem o consumo, mas chegou a um ponto em que não dava mais.
O PIB vem caindo a cada mês, o que a levou à hilária afirmação de que, mais importante, era o amparo a crianças e jovens... Disse isso mas, ao mesmo tempo, mandou que seu pessoal preparasse às pressas --já que as eleições estão chegando-- um plano para a recuperação da infraestrutura: investimentos que somarão R$ 133 bilhões em 25 anos. Ótimo.
Como privatização é "crime", pôs o nome de "concessão" e impôs uma série de exigências que limitam o lucro dos que investirem nos projetos e, devido a isso, podem comprometê-los.
Nessa mesma linha de atitude, afirmou que não está, como outros, alienando o patrimônio público. Conversa fiada. A Vale do Rio Doce, depois de privatizada, tornou-se a maior empresa de minério do mundo e das que mais contribuem para o PIB nacional. Uma coisa, porém, é verdade: cabe ao Estado trazer a empresa privada em rédea curta.
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar é cronista, crítico de arte e poeta. Escreve aos domingos na versão impressa de "Ilustrada".

Nova York fotografada do alto dos seus arranha-céus

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,GF89204-17578,00-A+INCRIVEL+VISTA+DOS+ARRANHACEUS+DE+NOVA+YORK.html#fotogaleria=1

GALERIAS DE FOTOS

A incrível vista dos arranha-céus de Nova York

Navid Baraty realiza série de imagens que dão uma ideia de como é se equilibrar em cima dos maiores prédios de Nova York... e olhar lá pra baixo! Outros trabalhos do fotógrafo você confere no site: navidbaraty.com

1 de 7 fotosiniciar slideshow
//Crédito: Navid Baraty - facebook.com/navidbaratyphotograpgy
Editora Globo / Editora Globo



domingo, 26 de agosto de 2012

Surfando entre ruas de Munique, Alemanha

Vejam o que a rapaziada descobriu em um rio de sua cidade...

Dora Kramer // O tranco da carroça


DORA KRAMER

O tranco da carroça

26 de agosto de 2012 | 3h 11
"Não existe centralidade nem forças antagônicas em disputa, quem decide é a maioria e, nesse sentido, o colegiado precisa se manifestar."
Há consenso quanto à resolução do que os ministros chamam de "incidentes", mas há ciência também sobre os limites do contraditório, que começam a ser ultrapassados quando o antagonismo obstrui a sequência dos trabalhos.
A partir daí o desgaste recai sobre a Corte.
Retirada. O ministro Cezar Peluso tem até a última sessão desta semana para pedir antecipação do voto, já que faz 70 anos na segunda-feira, dia 3.
O deferimento por parte do presidente Ayres Britto é certo, porque o pedido não fere o regimento. Mas, a questão da forma do voto em função da metodologia do julgamento por itens será debatida pelo colegiado antes de o assunto chegar à audiência pública.
O próximo. Próximo a se aposentar, o ministro Ayres Britto faz 70 anos em 18 de novembro e não quer nem pensar na hipótese de não votar em decorrência do prolongamento dos trabalhos.

Ser honesta no Brasil é perigoso... Vejam a reportagem de Veja

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/pensem-nesta-vergonha-senhoras-ministras-e-senhores-ministros-do-supremo-ate-agora-esta-inocente-e-a-unica-punida-do-mensalao/

26/08/2012
 às 5:01

Pensem nesta vergonha, senhoras ministras e senhores ministros do Supremo: até agora, esta inocente é a única punida do mensalão!

Vocês têm de espalhar na rede a história desta mulher porque ela é a evidência viva do modo como “eles” operam. Ela se negou a endossar a roubalheira dos mensaleiros no Banco do Brasil. Sabem o que aconteceu? Perdeu o emprego, não consegue mais trabalho e já foi ameaçada de morte três vezes. Leiam a reportagem de Gustavo Ribeiro e Hugo Marques na VEJA desta semana.
Danevita: ela fez a coisa certa e, por isso, perdeu o emprego e recebeu três ameaças de morte
A publicitária Danevita Magalhães não ajudou a desviar recursos públicos, como fez o PT e seus dirigentes, não fraudou empréstimos bancários, como o empresário Marcos Valério, nem sacou dinheiro sujo na boca do caixa de um banco, como fizeram os políticos. Sua situação, porém, é bem pior que a de muitos deles. Ex-gerente do Núcleo de Mídia do Banco do Brasil, Danevita foi demitida por se recusar a assinar documentos que dariam ares de autenticidade a uma fraude milionária.
Depois de prestar um dos mais contundentes depoimentos do processo — desconstruindo a principal tese da defesa, de que não houve dinheiro público no esquema —, Danevita passou a sofrer ameaças de morte e não conseguiu mais arrumar emprego. A mulher que enfrentou os mensaleiros cumpre uma pena pesada desde que contou o que sabia, há sete anos. Rejeitada pelos antigos companheiros petistas, vive da caridade de amigos e familiares, sofre de depressão e pensa em deixar o Brasil. Só não fez isso ainda por falta de dinheiro.
O testemunho da publicitária foi invocado várias vezes no corpo da sentença dos dois ministros que votaram na semana passada. Entre 1997 e 2004, Danevita comandou o setor do Banco do Brasil responsável pelo pagamento das agências de publicidade que fazem a propaganda da instituição. Sua carreira foi destruída quando ela se negou a autorizar uma ordem de pagamento de 60 milhões de reais à DNA Propaganda, do empresário Marcos Valério. O motivo era elementar: o serviço não foi e nem seria realizado. Mais que isso: o dinheiro, antes de ser oficialmente liberado, já estava nas contas da DNA, o que contrariava frontalmente o procedimento do banco. Ela, portanto, negou-se a ser cúmplice da falcatrua. Em depoimento à Justiça, Danevita contou ainda que ouviu de um dos diretores da DNA que a cam­panha contratada jamais seria realiza­da. “Como não assinei, fui demitida”, lembra.
Depois disso, ela não conse­guiu mais arrumar emprego e perdeu tudo o que tinha. Saiu de um padrão confortável de vida — incluindo um salário de 15000 reais, carro do ano e viagens frequentes — para depender da boa vontade de amigos e morar na casa da filha, que a sustenta. “Estou sofrendo as consequências desse esquema até hoje. O pior é que eu não participei de nada. Você deveria falar com Dirceu, Lula…”, disse.
Danevita hoje vive reclusa na casa da filha e evita conversar sobre o mensalão. Ela conta que sofreu três ameaças de morte. Sempre telefonemas anônimos, pressionando-a para mudar suas alegações às autoridades. Seu desespero é tamanho que, em entrevista a VEJA, ela pediu para não ser mais procurada: “Peço que me deixem em paz. Eu não tenho mais nada a perder”, disse. Danevita credita aos envolvidos no esquema — e prejudicados pelo teor do seu testemunho — as dificuldades que tem encontrado no mercado de trabalho. Apesar de um currículo que inclui altos cargos em empresas multinacionais, ela conseguiu apenas pequenos serviços. A publicitária não tem dúvida de que os mensaleiros a prejudicam, mas não cita nomes. “Fico muito magoada com isso. Já perdi meu dinheiro e minha dignidade”, desabafa. Ela não acredita que o Supremo Tribunal Federal vá punir os mensaleiros.
Situação parecida vive o advogado Joel Santos Filho. Ele foi o autor da gravação do vídeo no qual o ex-diretor dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo propina e contando como funcionava o esquema de arrecadação do PTB. A reportagem, publicada por VEJA em maio de 2005, está na gênese do escândalo. Foi a partir dela que o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson, revelou a existência do mensalão. Joel conta que foi chamado por um amigo empresário, que tinha os interesses comerciais prejudicados nos Correios, para colher provas de que lá funcionava um esquema de extorsão. Pelo trabalho de filmagem, não ganhou nada e ainda perdeu o que tinha. Durante as investigações do mensalão, Joel teve documentos e computadores apreendidos — e nunca devolvidos. Apesar de não ter sido acusado de nada, foi preso por cinco dias e ameaçado na cadeia: “Fui abordado por outro preso, que disse saber onde minha família morava e minhas filhas estudavam. Ele me alertou: ‘Pense no que vai falar, você pode ter problemas lá fora”. Joel sustenta sua família hoje por meio de bicos. “Fiquei marcado de uma forma muito negativa”, lamenta.
Por Reinaldo Azevedo

Vídeo da explosão de refinaria na Venezuela



VÍDEO MOSTRA EXPLOSÕES NA REFINARIA DE AMUAY NA VENEZUELA


Vídeo de anônimo no YouTube mostra explosões na refinaria Amuay, na Venezuela. Em postas mais abaixo aqui no blog há mais fotos e informações sobre esta tragédia que já deixou 24 mortos e mais de 80 feridos.
Na coluna Runrunes, do jornalista Nelson Bocaranda, há mais informações e relato sobre a situação.

Política Cristina Kirchner provoca reação de várias partes da sociedade argentina



Domingo 26 de agosto de 2012 | Publicado en edición impresa

El modelo cristinista desafía las libertades y la propiedad

Por Fernando Laborda | LA NACION
Nunca antes, durante el gobierno de Cristina Fernández de Kirchner, se asistió como en la última semana a la presencia de un coro de funcionarios rogando por inversiones en la Argentina frente a empresarios estadounidenses. Tampoco con anterioridad se había visto a hombres de negocios riéndose en la cara del representante gubernamental que buscaba convencerlos de que nuestro país está condenado al crecimiento y de que "jamás escucharán a la Presidenta echándoles la culpa a otros, haciendo reproches, olvidando pactos o desconociendo los problemas".
Semejante papelón lo protagonizó el jefe de Gabinete, Juan Manuel Abal Medina, el jueves pasado en el hotel Alvear, durante un seminario organizado por el Consejo de las Américas, en el que estuvo acompañado por los ministros de Economía, Hernán Lorenzino, y de Industria, Débora Giorgi. Casi al mismo tiempo, el presidente de YPF, Miguel Galuccio, no podía ocultar ostensibles dificultades para seducir a inversores de riesgo.
Desde hace mucho tiempo, los capitales no se dirigen a países donde no tienen garantías de que puedan salir. El modelo cristinista está trascendiendo las fronteras argentinas por los abusos derivados de las expropiaciones de empresas; la prohibición de comprar moneda extranjera; las restricciones al giro de utilidades al exterior; la falta de estadísticas oficiales confiables; la deuda impaga con el Club de París (unos 9000 millones de dólares) y con los bonistas que no adhirieron al canje (otros 3500 millones de dólares); los fallos del Ciadi contra la Argentina aún no cumplidos; la exclusión del país del sistema general de preferencias por el gobierno de Barack Obama; la denuncia de 40 países ante la Organización Mundial de Comercio por las restricciones a las importaciones y la falta de acceso al crédito internacional.
Al igual que ante el auge de la delincuencia, el Gobierno ahora intenta convencer a los inversores extranjeros de que aquellas cuestiones son sólo una sensación, alimentada por medios periodísticos y calificadoras de riesgo. En otras palabras, de la llamada cadena del miedo y del desánimo. El problema radica en que, en el transcurso de las últimas semanas, se han sucedido demasiados hechos asociados a un intervencionismo estatal arbitrario y a la inseguridad jurídica, que espantarían hasta al más inocente inversor.
El principal de esos hechos se vincula con algo tan preciado como la libertad para salir del país. Nunca los argentinos percibimos tantos obstáculos para viajar por el mundo. Son cada vez más quienes están convencidos de que no falta mucho para que el Gobierno imponga un impuesto a los consumos en el exterior con tarjetas de crédito. Esto explica que muchos de los que piensan visitar otro país el próximo verano ya estén anticipando el pago de los servicios aéreos y hoteleros, adelantándose a cualquier posible cambio en las reglas de juego.
Incluso si un residente en la Argentina decidiera vender su patrimonio en el país para radicarse en el exterior se encontraría con severos problemas. Si vendiera sus propiedades en pesos, no estaría habilitado para convertirlos en moneda extranjera. Y si tuviera la suerte de que por sus propiedades se le pagaran dólares, no podría transferirlos legalmente hacia su país de destino. Sólo le quedaría recurrir a algún circuito ilegal o bien hacer sucesivos viajes, transportando hasta 10.000 dólares en cada uno de ellos.
El derecho de propiedad se ha visto sacudido por la intervención y la virtual confiscación de las acciones de Repsol en YPF y también por el más reciente decreto de intervención de la ex imprenta Ciccone, emitido antes de la ley de expropiación sancionada por el Congreso. Este decreto no sólo sería ilegal e inconstitucional ya que ni el Poder Ejecutivo ni el Legislativo tienen facultades para intervenir una empresa privada, algo que sólo puede hacer la Justicia dentro de ciertas condiciones. También es inconstitucional por no existir las condiciones de necesidad y urgencia que lo justifiquen; la única urgencia era esconder las huellas de la corrupción y encubrir al vicepresidente Amado Boudou. Finalmente, el nombramiento del ministro Lorenzino y de la titular de la Casa de Moneda, Katya Daura, como interventores en la ex Ciccone violaría la ley de ética pública, que prohíbe que un funcionario ejerza funciones en empresas sujetas a su propio control o que sean proveedoras o contratistas del Estado. El artículo 17 de esa ley determina que los actos dictados en situación de incompatibilidad son nulos de nulidad absoluta.
Como para sembrar más temor, el ministro de Justicia, Julio Alak, y el jefe del bloque de diputados kirchneristas, Agustín Rossi, revelaron el martes que el Gobierno tenía en estudio un anteproyecto de ley tendiente a "garantizar la accesibilidad de todas las personas" a countries y barrios cerrados, a fin de "evitar zonas residenciales y de esparcimiento aisladas". El avance de esa iniciativa no sólo hubiera significado un golpe contra la natural tendencia de la población a refugiarse del flagelo de la inseguridad, sino también contra la propiedad privada. Los countries se han organizado bajo un régimen similar al de la propiedad horizontal, donde hay espacios comunes solventados por los copropietarios en proporción a la superficie que cada uno posee. Admitir la libre circulación en un barrio privado equivaldría a permitir el acceso de cualquier persona al hall o a la piscina de un edificio de departamentos.
Un días después, apercibidos por la propia Cristina Kirchner tras la negativa reacción de la opinión pública, Alak y Rossi negaron sus propios dichos y, como de costumbre, culparon al mensajero.
Como no podía ser de otra manera, la culpa de los desaciertos del oficialismo siempre es del periodismo. La Presidenta ya le ha puesto fecha a su próxima batalla. Comenzará el 7 de diciembre, día en que vencería el plazo de la medida cautelar presentada por el Grupo Clarín contra el artículo 161 de la ley de medios audiovisuales, que obliga a esa empresa a desprenderse de algunos medios de comunicación, desconociéndose las licencias otorgadas por el Estado con anterioridad a la sanción de esa norma y el principio de no retroactividad de la ley, además de los derechos de propiedad y de libertad de expresión.
Si hasta el 7 de diciembre no hay un pronunciamiento judicial sobre la cuestión de fondo, el Gobierno tendría resuelto avanzar hacia el desguace del Grupo Clarín y algunos de sus canales de televisión podrían salir del aire. La firma afectada sostiene que, en el caso de que ese día entrara a regir el artículo 161, hoy suspendido, tendría un año desde ese momento para adecuarse a la nueva norma, lapso durante el cual podría obtener una sentencia favorable.
Un ex ministro de Comunicación del gobierno venezolano de Hugo Chávez, Andrés Izarra, señaló que su objetivo no era otro que avanzar hacia "la hegemonía comunicacional e informativa del Estado".
Al referirse al modelo Chávez, el académico hispano-venezolano Marcelino Bisbal lo caracteriza así: "Uso indiscriminado de las cadenas por parte del presidente; menciones denigrantes o intimidatorias contra periodistas y propietarios de medios; agresiones contra reporteros y camarógrafos; ataques directos contra instalaciones de medios; uso de recursos administrativos como medidas de presión; desatención de las medidas cautelares a favor de comunicadores emanadas de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos; retiro de la publicidad oficial a aquellos medios críticos con el gobierno; falta de acceso a la información pública; sesgo informativo en los medios del Estado". Cualquier parecido con la realidad argentina no es mera casualidad..