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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Mais do mesmo.... Rosemary Noronha e sua passagem pela Presidência da República

Corrupção

MP pede cópia de investigação paralela sobre Rosemary

Procuradoria quer cópia da sindicância feita pela Presidência da República revelada por VEJA; informações podem culminar em novo inquérito

Rosemary Nóvoa de Noronha: ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo
Rosemary Nóvoa de Noronha: ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo (Jorge Araujo/Folhapress)
O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo pediu à Presidência da República cópia integral da investigação aberta para investigar a conduta da ex-chefe do escritório presidencial na capital paulista Rosemary Noronha. Revelada por VEJA, a apuração foi aberta paralelamente à da Casa Civil, que revelou detalhes sobre a conduta de Rose, amiga íntima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o MPF, as informações da sindicância da Presidência podem servir para instautar inquérito civil público.

Coordenada pela Casa Civil, a apuração desvendou como a ex-funcionária usava a influência e a intimidade que desfrutava com o ex-presidente Lula para se locupletar do poder. Ao fim de dois meses de trabalho, os técnicos reuniram provas que resultaram na abertura de um processo disciplinar contra ela por enriquecimento ilícito. Porém, a Secretaria-Geral da Presidência da República montou um processo paralelo com a falsa intenção de “acompanhar e orientar” a apuração da Casa Civil - mas que não passava de uma tentativa de sabotar o trabalho de investigação.
O procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira requisitou, dia 24 de abril, acesso ao processo administrativo que reuniu detalhes sobre a suposta participação de Rosemary Noronha nas fraudes descobertas na Operação Porto Seguro, realizada pela Polícia Federal e pelo MPF. Ela e mais 23 pessoas foram denunciadas criminalmente em dezembro. De acordo com Oliveira, a documentação pode "contribuir com as investigações do Ministério Público e auxiliar na elucidação de algumas questões".

O MPF deu prazo de dez dias para que a chefia de gabinete da Presidência remeta a cópia à sede da Procuradoria da República no estado. Oliveira também pediu explicações caso alguma informação considerada "sigilosa" não seja repassada pela Presidência.

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