Marcha das Vadias combate a violência contra mulheres no Recife
24/05/2013 - 22:17
Do NE10
Foto: NE10/Arquivo
Este não é um evento sobre sexo, é sobre violência. O fato de algumas mulheres protestarem nuas ou com poucas peças de roupas chega a chocar os mais conservadores. Daí surgem inúmeros questionamentos a respeito da postura e o mais recorrente é: se elas querem ser respeitadas, por quê estão se comportando vulgarmente? Prontamente elas respondem que, independente da maneira de como se vestem, elas não são responsáveis pelas agressões que sofrem. Isto é, os homens não têm o direito de culpar as mulheres pelos seus atos violentos, mesmo que elas estejam desfilando peladas. Desconstruindo a cultura de que "o sexo feminino é frágil", ou de que "as mulheres pedem para ser estupradas" ou, ainda, para que todos entendam de uma vez por todas que a mulher, tanto quanto o homem, tem o direito de exercer sua sexualidade livremente, a Marcha das Vadias do Recife acontece neste sábado (25), a partir das 14h, com concentração na Praça do Derby, área central.
Marcado no Facebook, o evento já reúne quase 2.500 pessoas, entre mulheres e homens. O Movimento Slutwalk surgiu no Canadá, no início de 2011, e já ganhou o mundo. De acordo com a descrição da versão pernambucana, o primeiro ponto de reinvindicação é ressignificar o termo "vadia". "Somos constantemente chamadas de vadias e vagabundas pelo simples fato de exercermos nossa sexualidade livremente e por sermos seguras de quem somos. Se, no momento que nos declaramos livres, liberadas, felizes, conscientes e seguras sexualmente, somos vadias, então somos todas (e queremos ser todas) vadias", diz um trecho do texto disponibilizado na rede social.
O mapa de violência elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça aponta Pernambuco como o terceiro lugar em assassinatos de mulheres. No Brasil, aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas por ano. Além dos dados alarmantes, as mulheres que participam da Marcha das Vadias protestam contra as diferenças profissionais, sociais e afetivas entre o sexo feminino e o masculino. Elas lutam contra o moralismo e a favor da liberdade
Marcado no Facebook, o evento já reúne quase 2.500 pessoas, entre mulheres e homens. O Movimento Slutwalk surgiu no Canadá, no início de 2011, e já ganhou o mundo. De acordo com a descrição da versão pernambucana, o primeiro ponto de reinvindicação é ressignificar o termo "vadia". "Somos constantemente chamadas de vadias e vagabundas pelo simples fato de exercermos nossa sexualidade livremente e por sermos seguras de quem somos. Se, no momento que nos declaramos livres, liberadas, felizes, conscientes e seguras sexualmente, somos vadias, então somos todas (e queremos ser todas) vadias", diz um trecho do texto disponibilizado na rede social.
O mapa de violência elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça aponta Pernambuco como o terceiro lugar em assassinatos de mulheres. No Brasil, aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas por ano. Além dos dados alarmantes, as mulheres que participam da Marcha das Vadias protestam contra as diferenças profissionais, sociais e afetivas entre o sexo feminino e o masculino. Elas lutam contra o moralismo e a favor da liberdade
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