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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Notícias indecorosas que vem de Brasília... // coluna de Cláudio Humberto / Diário do Poder


23 DE ABRIL DE 2015




APÓS APROVAR O AFANO, PMDB JOGA PARA PLATEIA
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), criticou com a lei que triplicou o fundo partidário, mas nada fez para impedir a iniciativa do seu próprio partido. Foi Renan quem indicou o autor da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que aliás lhe presta obediência, para ser o relator do Orçamento. A proposta original, já absurda, previa R$ 289,5 milhões, mas o fundo partidário terá R$ 867,5 milhões.
ÚLTIMO A SABER
Com fundo partidário de R$ 867,5 milhões, os políticos já adotaram o financiamento público de campanha sem avisar quem paga a conta.

DE FATO, UM ESCÁRNIO
O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa continua sintonizado com a opinião pública: chamou de “escárnio” o valor do fundo partidário.

MATANDO A UNHA
Apesar de declarar-se contra o impeachment, deputados próximos a Eduardo Cunha duvidam que ele vá se empenhar para salvar Dilma.

MARCANDO SOB PRESSÃO
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, passou a quarta-feira percorrendo gabinetes em Brasília, pedindo a aprovação do projeto da terceirização.

CONTINUA MISTÉRIO DO ROUBO DE VIGAS DE 40T NO RIO
Dezessete meses depois, continua um mistério o furto de cinco vigas de 20 toneladas cada uma, no Rio, extraídas da demolição do Elevado da Perimetral, na zona portuária da cidade. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) não se manifesta: “nada de novo”, diz a assessoria. A Polícia Civil garante que as buscas “continuam”. As vigas – avaliadas em R$ 14 milhões – mediam 40m de cumprimento e 60cm de espessura.

INACREDITÁVEL
O furto das vigas ocorreu em outubro de 2013, sem testemunhas até hoje. Não apareceu imagem de câmera de segurança, de celular, nada.

PREFEITURA LAVA AS MÃOS
As cinco vigas de 40 toneladas foram furtadas de um terreno cedido pela prefeitura do Rio, que, é claro, lavou as mãos.

A QUEM INTERESSAVA O FURTO?
As vigas furtadas no Rio são feitas de um aço especial capaz de resistir à corrosão por 400 anos, por isso valem ouro na construção civil.

DESARTICULOU GERAL
O governo “jogou a toalha”: estava desarticulado na CCJ da Câmara, na votação da admissibilidade da proposta que limita a 20 o número de ministérios. Ninguém do governo, do PT ou de qualquer partido aliado cabalou votos. Apesar disso, perdeu por pouco: 34x31.

SUS, NÃO
O ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento) foi submetido ontem a cateterismo em São Paulo. Evitou o SUS: preferiu o admirado Hospital Sírio Libanês, como preferem dez em cada dez estrelas governistas.

CONFISCO
Deputados Chico Alencar (Psol) e Jandira Feghali (PCdoB) bateram boca na Câmara por causa do aumento do fundo partidário, que pulou para R$ 867,5 milhões. Ela adorou a tunga no bolso do cidadão.


ESQUERDA PUNHOS DE RENDA
“Bolivarianos” idolatram baixarias autoritárias tipo venezuelana, mas na escolha de embaixada para trabalhar, preferem a democrática Europa. O diplomata bolivariano Antonio Simões escolheu Madri, onde há cargo prometido à sua mulher. A Espanha ainda não digeriu sua indicação.

ESPELHO MEU
Esta coluna revelou em 2014 um aluguel painéis eletrônicos, pelo Detran-DF, que é caso de polícia. Além de subutilizados, custam R$ 4,4 milhões anuais. O Tribunal de Contas do DF constatou sobrepreço.

O ‘FANTASMA’ DE KÁTIA
A ministra Kátia Abreu (Agricultura) jura que o “adido agrícola” que ela nomeou para a embaixada do Brasil em Moscou participa “ativamente” dos preparativos para assumir a boquinha. Mas na sua repartição, a superintendência federal de Agricultura na Bahia, jamais foi visto.

FICOU MUDO
O ministro Manoel Dias (Trabalho), que não precisa fazer muito esforço para demonstrar inutilidade da sua repartição, mantém silêncio constrangedor sobre o projeto da terceirização.

SILÊNCIO CÚMPLICE
O Ministério Turismo finge naturalidade diante da revelação da coluna sobre uma servidora graduada, Marcela Dieckmann Jeolas, que ganha R$ 22,4 mil por mês sem trabalhar, segundo colegas, há quase 1 ano.

PENSANDO BEM...
...Dilma, que já está no olho do furacão, preferiu não ver de perto, como deveria, a tragédia do tornado em Xanxerê (SC), inédito no Brasil.


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