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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Na corrida por triunfos o empresário sai na frente / The Guardian

http://www.theguardian.com/sport/2015/aug/12/o-empresario-carioca-na-esperanca-de-um-legado-olimpico-proprio-de-bilhoes?CMP=share_btn_fb





Os medalhistas das olimpíadas 2016 não serão decididos até o ano que vem, mas já existe um competidor que dispara na corrida ao ouro olímpico.
O magnata imobiliário brasileiro, Carlos Carvalho, não tem a fama de Usain Bolt, Mo Farah ou Serena Williams. Poucos conhecem seu nome mesmo no seu país de origem. Mas aos 91 anos de idade, esse enérgico empresário está no caminho de lucrar mais do megaevento que qualquer outra pessoa na história dos Jogos.
Com pelo menos 6 milhões de metros quadrados em terras - o equivalente a cerca de 8 mil campos de futebol - na área dos Jogos Olímpicos na Barra da Tijuca, Carvalho tem visto sua fortuna aumentar exponencialmente desde que o Rio foi escolhido como cidade-sede em 2009. Tudo isso, graças ao que ele descreve como “o pulo de bilhões e bilhões” em infraestrutura pública relacionada às olimpíadas.
Isso já o coloca nos altos escalões de riqueza mundial. Mas ele tem ainda mais em jogo com aproximadamente 1 bilhão de reais investido na Vila dos Atletas e no Parque Olímpico (que serão parcialmente vendidos após os jogos como residências de luxo). Ele também construiu recentemente um hotel cinco estrelas com 3 mil quartos em seu terreno próximo à Vila dos Atletas e do Parque Olímpico, local onde também estão previstos teatros, universidades e avenidas de 100m de largura que, segundo ele, fara a inveja de Nova Iorque.
Com a economia brasileira na maior crise dos últimos 20 anos, lucro não é garantido. Mas Carvalho diz que, no longo prazo, ele não só espera que seu investimento retorne de forma lucrativa, mas também remodele a cidade.

Carlos Carvalho
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 Carlos Carvalho mostrando a área em torno do Parque Olímpico no Rio. Foto: Jonathan Watts para o the Guardian

Na visão dele - em entrevista dada ao Guardian – essa área da Barra (este é o nome que consta em todos os documentos do Comitê Olímpico Internacional, embora a localização exata fique em Jacarepaguá, bairro vizinho) será o lar de uma “nobre” elite, sem a presença de comunidades pobres, e se tornará o centro de um lindo e novo Rio de janeiro.
Isso abre espaço à discordância, uma vez que o Brasil é uma das nações mais desiguais do mundo. A pobreza e a falta de moradia são problemas sérios no país e o uso dos Jogos Olímpicos para criar um novo lar para a elite não é o legado ao qual o COI deveria estar se referindo. Já está sendo questionado se o enorme gasto em infraestrutura não estaria beneficiando um punhado de latifundiários ricos e empreiteiras de forma desproporcional.

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