https://br-mg6.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=dq2ej7331sa5t#8813996467
Um pouco de filosofia...!
“Por carregar o legado de sua própria história impresso dentro de seus circuitos, o cérebro recebeu como recompensa a imunidade mais poderosa contra possíveis tentativas de copiar seus mais íntimos segredos e arte”
Trecho do livro ‘Muito Além do Nosso Eu’ – Companhia das Letras de Miguel Nicolelis, o neurorrevolucionário, segundo a revista Veja e o único brasileiro merecedor de uma capa da revista Science em 131 anos de publicação.
“Você é quem?”
Esta pergunta não é urbana. É da roça. Vem de longe. De um tempo em que a maioria de nossos parentes trabalhava na terra e com a terra. E interessante, nesse período havia filosofia em casa, na família. Parece que as perguntas estavam para serem respondidas e cada uma obtinha mais perguntas. As respostas não satisfaziam. E vinham mais perguntas.
Você é quem? Há uma resposta boa ou honesta para a pergunta?
Penso que somos muitos talentos, indivíduos que se atomizam durante a vida. Admito que a interrogação seja melhor do que a resposta. Mas, é admissível entender que se durante a vida vamos mudando, nos tornando experiente, acrescentando conhecimento, ganhando peso ou o contrário...
Vou ao espelho e ele me diz que sou assim! E vejo outro sujeito. As fotos me dizem: fui assim!
E de repente me pergunto se posso afirmar que sou aquele...
Você é quem? Suspiro e me vejo vivenciando um acontecimento ou uma surpresa daquelas fortes, assustadoras e elas me sinalizam que não sou mais aquele. Então, sou outro?
É, pode ser que sim! E vou mais adiante. Fui criança e com esta figuração fui dependente. Fui rapaz e parecia mais forte do que o mundo. Fui, fui; fui, fui... Quantos papéis de atuação...
Você é quem? Difícil responder com segurança. Algumas atuações foram forçadas pela cultura da época. A cultura se modifica e nos leva junto. Assim mesmo, fui o último a vestir calça jeans. Mesmo com pouca convicção deixei crescer bigode e cabelo comprido nesse tempo.
Você é quem? Foram muitos personagens. Havia corajosos, outros medrosos. Cada estação me sugeria um caminho. Era atleta em companhia de uma bola...Um tímido na presença de uma garota... Escondia minha pouca extensão de voz com companheiros de um coral... Me vestia como podia. A roupa como sempre sugestiona algumas ações. Mas, em boa parte de atuações havia prazer. E havia também aquelas de compulsão...
Quem sou eu? Estou chegando ao fim da dilaceração sem muita convicção.
Me sobrou uma resposta entre muitas e desprendida. Ela é um tanto bizarra e desloca o lugar do cérebro no pódio de um livro de 552 páginas, de um cientista de renome planetário:
Sou um delinquente hormonal...!
um beijo em todos eus e vocês
Fifica
Mostrando postagens com marcador Páginas amareladas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Páginas amareladas. Mostrar todas as postagens
sábado, 5 de julho de 2014
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Páginas Amareladas // Luis Fernando Veríssimo no JB na revista Domingo em 1992
Um texto de Luis Fernando Veríssimo na revista Domingo do Jornal do Brasil em 17 de julho de 1992.
Percebe-se que ele é bom, irônico, inteligente, articulado, admirável há muito tempo...
domingo, 21 de outubro de 2012
Indigência funcional // Páginas Amareladas
Dois veículos
de comunicação cariocas, O GLOBO e o Jornal do Brasil, trataram, no mesmo dia, 10/10/2003, de duas
agressões ao patrimônio público ocorridos em dois locais diferentes e nobres da
cidade do Rio de Janeiro por autoridades que deveriam zelar pelos espaços
agredidos.
O GLOBO
mostrou em sua reportagem o autoritarismo de um guarda municipal que
estacionava de maneira irregular seu carro dentro da Praça Nossa Senhora da
Paz, em Ipanema.
O Jornal do
Brasil dirigiu sua atenção para um crime de natureza ambiental perpetrado pela
Prefeitura do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no Horto, um terreno contíguo
ao Jardim Botânico.
As duas
matérias jornalísticas demonstravam a
incapacidade de dois encarregados de gerir e manter o bem público em condições
de utilização pelos moradores da cidade
carioca.
A
arbitrariedade do guarda municipal foi sanada pela retirada do veículo e o seu
afastamento do exercício de zelador do próprio público que ele deveria cuidar.
Um ofício administrativo debelou o ato falho de um funcionário.
No caso do
prefeito do Jardim Botânico o prejuízo é muito maior do que todas as medidas
possíveis de se minimizar as avarias ao patrimônio público. O impacto da
derrubada de angicos e palmeiras para gerar um terreno para a construção de uma
garagem não será recompensado por uma
ação ou punição de ordem administrativa.
Esses dois
acontecimentos narrados pelos dois jornais cariocas pertencem ao universo da
violência urbana da cidade do Rio de Janeiro. A diferença de tratamento
jornalístico é de natureza sociopolítica , pois, não aparecem nas páginas
policiais e sim nos cadernos ‘Rio’ e ‘Cidade’.Os dois veículos usaram a mesma
“centimetragem” para contar as duas histórias.
As
reportagens registram dois modos de
punição. No primeiro, do guarda municipal, já providenciada, a pena é o
afastamento do cidadão de nível de conhecimento de 2º grau para uma área de
menor responsabilidade funcional. No caso do Jardim Botânico, o responsável
pelo agravo ao patrimônio público
tem nível de graduação de 3º grau e pode
se defender de um processo que, por costume, pode durar anos para um
julgamento.
Os dois casos são emblemáticos e documentam o
nível de indigência funcional dos
encarregados de proteger o bem público.
Ao mesmo
tempo, pode ser percebido que existe outro modo de analisar os dois incidentes.
Trata-se da demonstração do grau de espírito crítico que o jornalismo alcançou e que pode ser
medido pelo interesse com que os veículos
de informação abordam acontecimentos que interagem com as demandas dos diversos
níveis de interesse da sociedade.
Assinar:
Postagens (Atom)