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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Veja a foto dos dois prédios que desabaram no centro do Rio. O mais alto de construção recente, com 18 andares, e ao lado dele o mais antigo com 10 andares...

Defesa Civil do Rio considera vazamento de gás a hipótese mais provável para a tragédia


Destacados em vermelho, os dois edifícios no local do desabamento, no centro do Rio, vistos a partir da Avenida Almirante Barroso (Reprodução/Google Street View)

A explosão ocorrida no Centro do Rio de Janeiro no início da noite desta quarta-feira pode ter derrubado pelo menos mais um prédio. A informação não tem confirmação oficial, mas a extensão da área atingida e isolada pela Defesa Civil estadual reforça o que pessoas que trabalham na região afirmam: a tragédia pode ser bem maior do que a que se desenhou inicialmente. A situação é muito confusa no local, com muita gente aflita à procura de notícias de parentes e amigos. No prédio que desabou funcionava um curso de inglês, que segundo testemunhas ainda estava funcionando. Há pelo menos onze feridos, que estão sendo levados para o Hospital Souza Aguiar.
A Defes Civil acredita que a explosão tenha sido provocada por gás, mas trata-se de uma hipótese apenas inicial. Testemunhas relatam ter ouvido estalos antes do desabamento, o que pode apontar para problemas estruturais. O presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do CREA, Luiz Antonio Cosenza informou que havia obras em dois andares do prédio, o que pode ter provocado algum tipo de abalo. Segundo Cosenza, o CREA já está procurando os responsáveis técnicos pela obra. Everton Generoso de Assunção Ferreira procurava por seu pai, que tinha um escritório de administração no local. Segundo Ferreira, o prédio não tinha condições de funcionar. Os elevadores sofriam pane frequente, e há alguns dias porteiros teriam reclamado de cheiro de gás.
O prédio, de 18 andares, ficava na esquina da Avenida Almirante Barroso com a Rua Treze de Maio, ao lado do Theatro Municipal. A região é a mais importante do Centro do Rio. A Treze de Maio desemboca na Cinelândia, ao lado da Câmara dos Vereadores, e abriga edifícios comerciais e de uso misto. A área foi isolada para facilitar o trabalho dos bombeiros e a aproximação de ambulâncias. A estrutura dos prédios vizinhos foi abalada, ainda não se sabe em que grau. Testemunhas que estavam no prédio em frente contam ter sentido um forte abalo no momento do desabamento, que provocou falta momentânea de luz.