Número de mortos após repressão a
islamitas no Egito passa de 500
Islamitas voltam às ruas pedindo recondução do presidente deposto Morsi.
Comunidade internacional condenou o massacre e o estado de emergência.
A violenta dispersão dos acampamentos de manifestantes no Cairo que exigiam o retorno do presidente deposto Mohamed Morsi ao poder e os confrontos espalhados pelo Egito deixaram pelo menos 525 mortos, 482 deles civis, segundo um novo balanço oficial divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (15).
Este foi o dia mais violento desde a revolta que derrubou o ditador Hosni Mubarak do poder, no início de 2011.
De acordo com o porta-voz, 137 pessoas morreram na praça Rabaa al-Adawiya doCairo, principal área ocupada pelos manifestantes que exigiam o retorno ao poder do presidente islamita destituído em 3 de julho pelo exército.
Em outra praça, Al-Nahda, um pouco menor e também ocupada há um mês e meios pelos partidários de Morsi, 57 pessoas morreram na quarta-feira.