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terça-feira, 4 de agosto de 2015

José Dirceu está preso e divide cela com dois contrabandistas...


https://www.dgabc.com.br/Noticia/1539061/dirceu-divide-cela-com-dois-contrabandistas

Publicado em terça-feira, 4 de agosto de 2015 às 20:35 Histórico

Dirceu divide cela com dois contrabandistas

Estadão Conteúdo

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) vai dividir espaço em uma cela com dois contrabandistas, na Custódia da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato. Ele foi preso na Operação Pixuleco, 17º capítulo da Lava Jato, na segunda-feira, 4.
José Dirceu é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro por meio de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, já desativada. Condenado no mensalão, ele cumpria prisão domiciliar em Brasília. Sua transferência para a PF, no Paraná, foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Ele (Dirceu) está (em uma cela) com dois presos por contrabando, nada com a Lava Jato", declarou o delegado Igor Romário de Pula, que integra a força-tarefa da Lava Jato. "O irmão (de Dirceu, advogado Luiz Eduardo de Oliveira) e os outros estão em outra ala da Custódia. Ele (Dirceu) está numa ala com alguns dos outros investigados, mas em celas diferentes."
O delegado Igor explicou que 'a separação (dos presos da Pixuleco) é para evitar articulação de respostas'. "Como dois (dos presos pela Pixuleco) já foram ouvidos, a preocupação é menor. Quanto aos outros seis o ideal é que não fiquem juntos."
O delegado informou que Dirceu está na mesma ala em que estão o doleiro Alberto Youssef e os ex-diretores da Petrobras (Internacional) Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, "mas em celas diferentes".
Cerca de 50 pessoas aguardavam a chegada do ex-ministro em frente à sede da Polícia Federal. Quando ele chegou manifestantes explodiram fogos de artifício, exibindo bandeiras do Brasil e faixas de protesto. "O sonho acabou", dizia uma delas.
A defesa de José Dirceu classifica como desnecessária e sem fundamento jurídico a prisão preventiva do ex-ministro, decretada pela Justiça Federal do Paraná nesta segunda-feira, e afirma que irá recorrer da decisão nos próximos dias.
Segundo o advogado Roberto Podval, o ex-ministro cumpre prisão domiciliar e já havia se colocado à disposição da Justiça por diversas vezes para prestar depoimento e esclarecer o trabalho de consultoria prestado às construtoras sob investigação.
"Como já havíamos argumentado no habeas corpus preventivo, José Dirceu não se enquadra em nenhuma das três condições jurídicas necessárias para a decretação de uma prisão preventiva: ele não apresenta risco de fuga, não tem como obstruir o trabalho da Justiça nem tampouco é capaz de manter qualquer suposta atividade criminosa", afirma. "Mesmo sem entrar no mérito apresentado pelo Ministério Público para justificar a prisão, o argumento da Procuradoria de que Dirceu teria cometido crime desde a época em que era ministro da Casa Civil até o período de sua prisão pela Ação Penal 470 também não tem fundamento porque, hoje, as atividades da JD Assessoria e Consultoria foram encerradas no ano passado e o meu cliente não tem qualquer contato ou recebeu qualquer recurso do delator Milton Pascowitch."
Roberto Podval alerta para o cálculo equivocado apresentado pela Polícia Federal sobre os supostos recebimentos ilícitos por meio da JDA. Na coletiva pela manhã, o delegado Márcio Anselmo afirmou que o montante chegaria a R$ 39 milhões. "Esse é o total faturado pela empresa em 8 anos de atividade, quando atendeu a cerca de 60 clientes de quase 20 setores diferentes da economia", diz Podval. "Não há qualquer razoabilidade imaginar que os pagamentos de multinacionais de diversos setores da indústria teriam relação com o suposto esquema criminoso na Petrobras."
Desde 2006, a JDA foi contratada por empresas como a Ambev, Hypermarcas, Grupo ABC, Telefonica, EMS, além dos empresários Carlos Slim e Gustavo Cisneros. Todos, quando procurados pela imprensa, confirmaram a contratação do ex-ministro para orientação de negócios no exterior ou consultoria política.
"Querem apontar a JDA como uma empresa de fachada, o que é muito inconsistente", completa Roberto Podval. "O ex-ministro sempre teve profundo reconhecimento internacional e desenvolveu importantes laços de relacionamento com destacadas figuras públicas ao longo de toda sua trajetória e militância política. Esse era o ativo e o valor de José Dirceu como consultor, sem que nunca fosse exigido dele, por parte dos clientes, o envio de relatórios ou qualquer outro tipo de comprovação dos serviços prestados."
A defesa do ex-ministro reitera que o trabalho de consultoria nunca teve qualquer relação com contratos da Petrobras e que Dirceu sempre trabalhou para ajudar as construtoras na abertura de novos negócios no exterior, em especial em países como Peru, Cuba, Venezuela e Portugal.

terça-feira, 26 de maio de 2015

As mulheres mais poderosas do mundo... // Forbes


Publicado em terça-feira, 26 de maio de 2015 às 15:53 Histórico

Dilma cai três posições e agora é a 7ª mulher mais poderosa do mundo, diz Forbes

Estadão Conteúdo

Divulgação Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
Assim como a economia brasileira, que vem sofrendo retrocessos, a presidente Dilma Rousseff também perde poder e influência. A mandatária brasileira caiu três posições no ranking das 100 mulheres mais poderosas da revista norte-americana Forbes e agora aparece na 7ª colocação. A metodologia avalia fortuna, aparições na mídia, esfera de influência e impacto, entre outros itens.
No texto referente a Dilma, a publicação lembra que protestos populares pediram sua renúncia no começo deste ano, pouco meses após a reeleição. "Rousseff, que na campanha prometeu aproveitar o petróleo e impulsionar a economia, agora enfrenta um escândalo de corrupção que envolve a estatal Petrobras", aponta a Forbes. A revista diz ainda que sua taxa de aprovação caiu para 13% e que o PIB do País deve encolher este ano.

Em Destaque

Em 2014, o Brasil tinha outras duas representantes na lista, que este ano não se classificaram entre as 100 mulheres mais poderosas do mundo: Maria das Graças Foster (na 16ª posição) e Gisele Bündchen (89ª). A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, aparece este ano na 16ª colocação, enquanto a presidente do Chile, Michelle Bachelet, está no 27º lugar.
No topo do ranking a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se mantém invencível no 1º lugar. Na sequência está a ex-secretária de Estado e presidenciável norte-americana Hillary Clinton. Depois vem a filantropa Melinda Gates; a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen; a executiva-chefe da GM, Mary Barra; e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. Na sequência do top 10, após Dilma, estão a diretora-operacional do Facebook, Sheryl Sandberg; a executiva-chefe do YouTube, Susan Wojcicki; e a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Mais uma crise, agora no cenário da segurança pública / Anistia Internacional / DGABC



Publicado em quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015 às 12:15 Histórico

Anistia destaca crise de segurança no Brasil e pede reforma da polícia


Estadão Conteúdo
A Anistia Internacional destaca em seu relatório anual, que será divulgado nesta quarta-feira, 25, o agravamento da crise da segurança pública no Brasil, com uma curva ascendente na quantidade de homicídios, e listou recomendações a serem tomadas para começar a reverter a situação. Entre as sugestões estão a elaboração de um plano nacional para redução imediata dos assassinatos, com uma articulação entre os governos federal e estaduais, e a desmilitarização e reforma das polícias no País.
O documento analisa o cenário de segurança e direitos humanos em 159 países. Na seção brasileira, que tem 10 páginas, a entidade faz uma retrospectiva de fatos preocupantes de violação de direitos, dando destaque à repressão violenta de protestos durante a Copa do Mundo. A quantidade crescente de homicídios, que já ultrapassam a marca de 56 mil casos por ano, a letalidade das operações policiais, em especial as realizadas em favelas e em regiões periféricas, e a situação dos presídios brasileiros foram outros temas que concentraram as preocupações. São citados o desaparecimento do pedreiro Amarildo no Rio e as rebeliões em Pedrinhas, no Maranhão.
O diretor executivo da Anistia no Brasil, Atila Roque, classificou como "inadmissível" o nível de homicídios registrado no País. "Cultivamos a ideia de um país pacífico, mas convivemos com números de homicídios que superam situações onde existem conflitos armados e guerras", disse.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo procurou o Ministério da Justiça para comentários e esclarecimentos quanto a alguns dos problemas. O governo alegou que não teve acesso ao documento da ONG. Já a Secretaria de Segurança Pública do Rio, citada em cinco oportunidades no relatório, com descrição de casos envolvendo letalidade policial, optou por não comentar episódios específicos e destacou que já vem investindo na carreira dos agentes públicos e na punição de desvios ou abusos. "Mais de 1.600 policiais foram expulsos desde o início da atual gestão", informou em nota.
São Paulo
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou ontem que pretende mapear os locais em que a Polícia Militar mais mata suspeitos em trocas de tiros e desenvolver ações para reduzir a morte de civis cometidas pelos militares. Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou ontem, a Ouvidoria da Polícia do Estado recebeu no ano passado 649 denúncias de mortes praticadas por policiais - 74% a mais do que em 2013, que teve 373 queixas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A criançada do 'rolezinho, a maioria menores, arranjou emprego federal sem concurso...

Dilma já usa rolezinhos contra a oposição

Responsável pelo diálogo com os movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, criticou a repressão policial aos "rolezinhos" em São Paulo e a concessão de medidas liminares, por parte da Justiça, a lojistas de shoppings, receosos com o movimento dos jovens da periferia.
Gasolina no fogo
"Mais uma vez, a ação inadequada da polícia acabou botando gasolina no fogo", afirmou Carvalho, que esteve ontem no Recife, onde participou de dois encontros com jovens de Pastorais da Juventude da Igreja Católica. "Eu não tenho dúvida de que a concessão dessas liminares (para proteger os shoppings contra os rolezinhos também é um erro. Para mim é, no mínimo, inconstitucional."
O ministro disse que "os conservadores deste País" devem se conformar que os direitos vieram para todos. "Qual o critério que você vai selecionar uma pessoa da outra? É a cor, é o tipo de roupa que veste? Tudo isso implica preconceito, no prejulgamento de uma pessoa e fere a Constituição", insistiu Carvalho.
Para a chefe da Secretaria da Igualdade Racial, Luiza Bairros, declarações como as do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que chamou os manifestantes de "cavalões", podem acirrar os ânimos. Para ela, a intenção dos jovens da periferia é totalmente pacífica, mas a reação "preconceituosa" das pessoas brancas tende a causar problemas.
Na terça-feira, Dilma chamou ao Palácio do Alvorada os ministros Carvalho, Luiza Bairros, José Eduardo Cardozo (Justiça) e Marta Suplicy (Cultura). "Ela nos alertou a ter cuidado ao tratar do assunto", contou o secretário-geral da Presidência. "Não dá para embarcar nessa história de repressão."
A ordem do Planalto é para tratar o assunto com naturalidade e, sempre que possível, criticar a posição de parlamentares do PSDB e do governador Geraldo Alckmin, candidato ao segundo mandato. É em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, que o PT vai disputar com Alckmin a agenda da segurança.
Dilma, porém, não quer que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo - em férias a partir de hoje - entre nesse tema. Motivo: o Planalto fará de tudo para não passar a impressão de que a presidente está preocupada com depredações e com mais uma crise de segurança, em uma reedição dos protestos de junho.
Monitoramento
Na prática, a orientação do Planalto é apenas para que ministros monitorem atentamente os "rolezinhos", principalmente na internet, com o objetivo de evitar que as manifestações sejam apropriadas por vândalos e black blocs.
"A gente tem de ter a humildade de observar primeiro, de acompanhar e procurar entender mais profundamente do que se trata", disse Carvalho. "Todos nós precisamos ter cuidado para não querer dar uma de sábios." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.