http://www.digestivocultural.com/blog/post.asp?codigo=1882&titulo=A_morte_absoluta&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Morrer.
Morrer de corpo e alma.
Completamente.
Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão — felizes! — num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.
Morrer sem deixar porventura uma alma errante.
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?
Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança duma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento.
Em nenhuma epiderme.
Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."
Morrer mais completamente ainda,
— Sem deixar sequer esse nome.
Manuel Bandeira, no Casmurro, um blog que eu acabei de descobrir.
Julio Daio Borges
Postagem em destaque
A Ideologia supera a Razão ...
Rejeitar Bolsonaro e abraçar Lula foi ERRO COLOSSAL da 🇪🇺UE - Jornal alemão Die Welt As elites europeias não gostavam do "populista...
Mostrando postagens com marcador morrer completamente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador morrer completamente. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 3 de julho de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)