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domingo, 1 de março de 2015

Violência no México ... Iguala volta a horrorizar o país com 14 assassinatos depois da matança de 43 estudantes mortos há meses

Terror volta em Iguala com 14 assassinatos em menos de 72 horas

Cidade onde ocorreu a matança de 43 estudantes assiste uma sucessão de crimes com a marca do narcotráfico que mostra que a situação continua crítica

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Manifestação na Cidade do México pelo assassinato dos 43 estudantes. / H. R. (REUTERS)
Não amanhece em Iguala. Essa histórica cidade, que em sua época foi berço da bandeira mexicana e que agora figura nos anais pelamorte e desaparecimento dos normalistas de Ayotzinapa, continua refém da violência. Somente entre quarta-feira e sexta da última semana de fevereiro, em menos de 72 horas, 14 pessoas foram assassinadas no município. O relato do banho de sangue, publicado pelo El Universal, é uma viagem às profundezas da brutalidade. Uma grávida crivada de balas com seu filho, um médico baleado em pleno centro, três cadáveres encontrados ao lado do rio San Juan, seis executados pelo estranho grupelho Serra Unida Revolucionária... São dias difíceis nessa cidade de 130.000 habitantes e ruas retas, onde, longe do discurso oficial, o narcoterror impera e soma-se ao caos de um Estado em chamas.
Em Guerrero, os grupos radicais, com ramificações nos movimentos guerrilheiros do sul, realizam frequentemente ações violentas, como fechamento de estradas, ataques a sedes oficiais e roubos de empresas (a Coca-Cola deixou de distribuir seu produto na região por conta dos assaltos sofridos). O poder estatal, sumido em descrédito após anos de corrupção, não tem a capacidade para conter a inquietação. E as forças federais mantêm o equilíbrio a duras penas. Nesse horizonte convulsionado, o narcotráfico não deixa de afiar suas garras. Somente em Acapulco, a antiga pérola do Pacífico mexicano, morreram assassinadas 137 pessoas em dois meses. E Iguala, encravada no coração das rotas do tráfico, segue seus passos.
Por trás da onda de crimes desses últimos dias aparece, em seis casos pelo menos, a mão dos Los Rojos. Esse sangrento cartel é o rival dos Guerreros Unidos, a organização que, segundo a versão oficial, assassinou e queimou na noite de 26 para 27 de setembro os estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzinapa ao confundi-los justamente com seus inimigos.
A guerra implacável entre os dois grupos, que teve em Iguala um de seus epicentros, tem suas raízes na queda de Arturo Beltrán Leyva, o chamado Chefe dos Chefes, em 16 de dezembro de 2009. Sua morte deixou sem cabeça um narcoimpério que ocupava vastas extensões entre o Pacífico e o centro do México. O vazio de poder foi ocupado quase imediatamente por uma constelação de grupos ultraviolentos que começaram a disputar os despojos. Nesse turbulento enfrentamento, ganharam terreno rapidamente os Guerreros Unidos e os Los Rojos. Inimigos encarniçados, seu enfrentamento cobriu o território de sangue durante os últimos anos. O próprio líder dos Los Rojos, Crisóforo Rogelio Maldonado Jiménez, após escapar ferido de uma emboscada, foi morto em 14 de dezembro de 2012 em uma unidade de vigilância intensiva da Cidade do México. Um bandido disfarçado de médico o matou com um revólver equipado com silenciador. Um tiro no abdômen e outro no tórax.
O poder estatal não tem a capacidade para conter a agitação e as forças federais mantêm o equilíbrio a duras penas
A perseguição empreendida pelas forças policiais contra os dois cartéis não foi capaz de conter essa espiral. A queda dos líderes dos Guerreros Unidos após a onda de prisões desencadeada pela matança dos normalistas deixou caminho livre aos Los Rojos. Os assassinatos continuaram e em cidades como Iguala, com centenas de desaparecidos, nem o desmantelamento da Polícia Municipal, corrompida até a medula, nem os controles da Polícia Federal e do Exército trouxeram tranquilidade. O medo continua imperando. Catorze mortos em menos de 72 horas dão mostras disso.
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sábado, 1 de dezembro de 2012

Desafios do presidente do México se parecem com os da presidente do Brasil


Corrupção, economia e narcotráfico: conheça os desafios de Peña Nieto

Em rápida cerimônia, o político assumiu a presidência do México neste sábado. Posse marca volta do PRI, partido que governou o país por sete décadas, após 12 anos

BBC
Corrupção em todas as camadas da sociedade, exposição à crise econômica mundial e níveis recordes de violência devido ao narcotráfico são alguns dos principais desafios para Enrique Peña Nieto , que tomou posse neste sábado como novo presidente do México.
O México enfrenta a maior onda de violência relativa ao tráfico de drogas em toda sua história. O governo de Felipe Calderón, que deixou o cargo, disse que foi preciso recorrer ao Exército para lidar com a escalada na criminalidade que começou em 2006. No entanto, Calderón diz que o México ainda tem uma taxa de homicídios inferior a de outros países da região, como Brasil, Venezuela e Honduras.
AP
Felipe Calderón entrega a bandeira do México ao seu sucessor Peña Nieto em cerimônia de transferência do cargo no Palácio Nacional

Ainda assim, a brutalidade dos cartéis mexicanos vem chamando atenção internacional. Nos últimos meses, a imprensa local noticiou massacres, com dezenas de cadáveres mutilados, vítimas penduradas em pontes e cabeças degoladas deixadas em frente a prédios do governo.
Confira abaixo alguns dos principais desafios do novo governo mexicano que começa neste sábado.
Redes criminosas
Alguns grupos de criminosos evoluíram e se tornaram redes sofisticadas. O caso mais notório é o doLos Zetas . Originalmente o grupo foi formado por ex-militares de México e Guatemala. Hoje ele domina o noroeste do país. Outro grupo que se destaca é o cartel Sinaloa, liderado por Joaquín "Chapo" Guzmán, o traficante mais procurado do mundo.
O presidente mexicano terá que decidir se continua com a estratégia de usar ajuda militar no combate à violência, ou se buscará novas táticas. A especialista em segurança Ana María Salazar acredita que negociar diretamente com cartéis não é uma alternativa viável.
"A força destas organizações torna isso impossível. 'Negociável' significa que a eventual ruptura de um acordo terá consequências. E isso significa que o governo terá que ser ainda mais violento contra os cartéis. A ideia de um pacto não agrada, e eu considero isso impossível", diz a especialista. 
O novo presidente também terá que pressionar mais os Estados Unidos para reduzir a demanda por drogas e controlar melhor o tráfico de armas que tem o México como destino. A luta contra o crime organizado é uma tarefa hercúlea, ainda mais devido à impunidade. Estima-se que 97% dos assassinatos relacionados ao narcotráfico seguem sem condenados.
Economia
Gerardo Esquivel, conselheiro do Banco Mundial e da OCDE, identifica três desafios fundamentais para a economia mexicana. "O primeiro é reestabelecer o crescimento econômico de forma sustentável e em um patamar maior. Depois é preciso combater a pobreza, onde os resultados foram muito fracos nos últimos anos; e o terceiro é gerar maiores oportunidades de emprego, particularmente entre os mais jovens."
Sergio Martin, economista-chefe do banco HSBC do México, diz que a previsão de taxa de crescimento mexicano para 2012 – de 3% a 4% – é "saudável", especialmente se comparada à Europa e Estados Unidos. Mas Esquivel acredita que esta taxa de crescimento oculta uma realidade econômica preocupante.
"Se considerarmos que a economia caiu fortemente em 2009, que nossa recuperação gerou muito pouco emprego formal e que muitos postos criados têm salários inferiores à média, a perspectiva é um pouco mais crítica", disse o economista à BBC.
Outro tema espinhoso é a possível privatização da Pemex, a estatal mexicana do petróleo. A medida pode gerar bilhões de dólares para o governo mexicano, mesmo no caso de uma privatização parcial. No entanto, a Constituição mexicana obriga que a Pemex seja controlada pelo poder público. Uma potencial alteração na Constituição envolve um trabalho pesado no Congresso mexicano.
Corrupção
O governo atual tentou introduzir medidas anticorrupção, inclusive com uma campanha de conscientização da população e com cortes em órgãos públicos. No entanto, os debates durante as eleições presidenciais revelaram que o estigma da corrupção persiste no país.
Os quatro principais candidatos à Presidência estiveram envolvidos, em algum grau, em acusações de possíveis casos de corrupção – de escândalos do passado à ligações com pessoas de reputação duvidosa.
"No pacto fiscal existente no México, governadores e prefeitos não precisam dar explicações sobre o dinheiro que recebem [do governo central]", afirma Eric Magar, cientista político do Instituto Tecnológico Autônomo da Cidade do México (ITAM). Magar acredita que, para enfrentar a corrupção, é preciso examinar o papel e a autonomia das autoridades locais e estaduais.
"Se supõe que os Estados devem justificar como se usa o dinheiro, mas há pouco que o Congresso pode fazer para verificar realmente o que vai para cada Estado. E isso dá margem para que se use os recursos como cada um quiser."
A guerra contra as drogas complicou ainda mais o tema, já que traficantes possuem dinheiro para comprar apoio de políticos. Cartéis de droga estão infiltrados na polícia e em órgãos de Justiça de diversos Estados. Muitos mexicanos têm pouca ou nenhuma confiança no sistema.
Monopólios
Os jovens mexicanos foram às ruas do país para se manifestar durante as eleições contra monopólios dominados pela elite no país, sobretudo na mídia. A campanha #yosoy132 começou como protesto estudantil.
Após ser vaiado por estudantes, Peña Nieto havia dito que eles eram agentes pagos pelos seus opositores – e não alunos de verdade. Um vídeo de repúdio ao político, assinado por 131 estudantes, se espalhou pela internet, ganhando apoiadores (o slogan significa "eu sou o 132º estudante").
O #yosoy132 cresceu bastante – gerando comparações até mesmo com o movimento dos indignados da Espanha. O principal foco dos protestos foi o PRI, partido que governou o México pela maior parte do século passado.
Mas Magar sugere que todos os partidos têm problemas na hora de enfrentar as famílias mais poderosas do país, como a de Carlos Slim, o homem mais rico do mundo e dono de um império de comunicações no México. 
"Para ir contra Slim, é necessário ter uma grande coalizão. Ele tem tanto poder e influência em tantas áreas, que seria necessária uma coalizão unida e muito forte, e ainda assim isso levaria décadas." As redes Televisa e TV Azteca estão entre os alvos das críticas dos manifestantes.
'Tecido social'
A psicólogo social Andrómeda Valencia acredita que é preciso reconstruir o "tecido social" mexicano. Famílias em diversos Estados vivem sob o medo da violência do narcotráfico, o que tem um efeito traumático entre os mais jovens.
Seis anos de violência intensa destruíram muitas comunidades e provocaram um êxodo à Cidade do México. O governo instaurou algumas instituições de apoio às famílias das vítimas, mas muitos reclamam que esses recursos são inacessíveis ou burocráticos demais.
BBC Brasil  - Atualizada às 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Acusações de Uribe atingem Hugo Chávez e o coloca como representante do narcotráfico...

Segunda-feira, Maio 14, 2012

EXTRA! AGORA EM VÍDEO ENTREVISTA DE ÁLVARO URIBE DETALHANDO SUAS ACUSAÇÕES CONTRA HUGO CHÁVEZ!


O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe faz uma contundente análise a respeito do que vem ocorrendo na Venezuela nesta entrevista exclusiva à TV NTN24. Na verdade foram suas mensagens através do Twitter que noticiei aqui no blog em post das 22:22 deste domingo, quando qualificou o caudilho Hugo Chávez de assassino e de transformar a Venezuela num paraíso do narcotráfico.
Álvaro Uribe é um dos poucos líderes da América Latina que costuma ir ao ponto. Não tergiversa. Tem preparo intelectual e contabiliza no seu currículo o fato de ter sido o melhor governante da Colômbia. Foi no governo de Uribe que os narco-terroristas das FARC começaram a ser aniquilados, até que Chávez - como nota Uribe nesta entrevista - transformou a Venezuela num albergue de terroristas.
Vale a pena ver esta entrevista do líder colombiano pois constata-se que é o único político latino-americano comprometido com a democracia e a liberdade, porquanto não usa meias palavras para detonar tiranetes do tipo de Hugo Chávez e assemelhados.
Muito diferente dos políticos brasileiros da atualidade. E já não me refiro a Lula e seus sequazes, que são cupinchas de Chávez e demais tiranos vagabundos que estão destruíndo a América Latina, mas particularmente à oposição brasileira que se omite de forma vergonhosa. Os oposicionistas do Brasil que usam o Twitter o fazem apenas para escrever mensagens idiotas escamoteando a questão política.
A verdade é que não existe no Brasil oposição. Justamente no maior e mais poderoso país latino-americano que, lamentavelmente, está entregue à rapinagem da bandalha comunista. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Comercial foca narcotráfico e cria discussão no Mexico

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/comercial-com-criancas-criminosas-causa-polemica-no-mexico/n1597740966027.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Anúncio antiviolência usa atores mirins portando armas, fumando e caracterizados como traficantes e sequestradores.

Para promover discussão sobre narcotráfico, campanha usa atores mirins caracterizados como traficantes, assaltantes e policiais

Uma campanha publicitária no México que usa atores mirins caracterizados como traficantes, sequestradores, assaltantes, empresários e policiais corruptos está causando polêmica no país.
O anúncio, produzido por uma empresa de seguros juntamente com entidades privadas e universidades particulares do país, se propõe a discutir os temas que afligem a sociedade mexicana.
Veja o vídeo:
Çlique no link>http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/comercial-com-criancas-criminosas-causa-polemica-no-mexico/n1597740966027.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

O México há anos enfrenta uma onda de violência que já matou mais de 45 mil pessoas, provocada pelos confrontos entre cartéis de narcotraficantes e tropas do Exércio e policiais. O anúncio traz também uma mensagem dirigida aos candidatos presidenciais das eleições marcadas para julho deste ano.
O comercial, que mostra ainda crianças portando armas e simulando estar fumando, foi criticado por entidades assistenciais e deputados que dizem que ele explora os menores.
Políticos de oposição também alertaram para a proximidade das eleições, lembrando de um anúncio em 2006, que dizia que o México estaria em perigo se elegesse o esquerdista Manuel López Obrador como presidente.
Mas os responsáveis pela campanha afirmam que a campanha não visa favorecer qualquer candidato, mas sim funcionar como um grito de alerta.

sábado, 10 de março de 2012

Khat (Catha edulis), planta popular da África, pode ser commodity do narcoterrorismo?



Is narcotic khat funding terrorism?

By David McKenzieLillian Leposo and Teo Kermeliotis, CNN
March 8, 2012 -- Updated 1612 GMT (0012 HKT)
<br/>The East African plant khat (Catha edulis) has been popular for centuries in the Horn of Africa and parts of the Middle East.
The East African plant khat (Catha edulis) has been popular for centuries in the Horn of Africa and parts of the Middle East.
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Khat in the Horn of Africa
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STORY HIGHLIGHTS
  • Khat is plant that once chewed gives a mellow high to its consumer
  • It's been consumed for centuries by people in the Horn of Africa and parts of the Middle East
  • Farmers in Kenya have been hit by a Dutch ban on imports of khat
  • Some analysts say there are purported links between the khat trade and terrorist funding
(CNN) -- It's an oval-shaped, bitter tasting leaf that makes you chatty after chewing it, while inducing a feeling of euphoria and alertness.
The East African plant khat, a mild narcotic, has been chewed for centuries by people in the Horn of Africa and parts of the Middle East for its stimulating effects. The green leaf is central to cultural and social activities for many communities across the area and key to the economic survival of thousands of khat farmers who grow it legally.
In recent years, high demand for the herbal stimulant by the Somali diaspora -- despite it being illegal in several western countries, including the U.S. -- has helped open up a booming industry in fertile parts of Kenya, such as the Meru county.
But now the livelihood of these farmers is under threat after the Netherlands, which has a vibrant Somali community and is a key khat hub to other European countries, announced a ban on all imports of the plant in January.
Until now, the Netherlands and Britain were the only major European countries allowing the trade and consumption of the flowering shrub.


"If the ban is accepted or if it is enforced, the whole Meru county, the economy of the Meru county will be crippled," says Kenyan khat farmer Edward Mutuura, who exports the majority of his crops to the Nertherlands. "The economy of the population here where khat is grown will be totally crippled and people will have no source of income," he adds.