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terça-feira, 17 de abril de 2012

Brasil se aproxima do Conselho de Segurança da ONU...

http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/brasil-merece-assento-no-conselho-mas-nao-o-tera-agora

Diplomacia

Brasil merece assento no Conselho, mas não o terá agora

Em coletiva de imprensa, após um encontro bilateral com o chanceler brasileiro, Hilllary Clinton diz que é ‘difícil imaginar’ o órgão da ONU sem o Brasil no futuro

Cecília Araújo, de Brasília
Hillary Clinton, secretária de Estado americana, se encontrou com Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores
Hillary Clinton, secretária de Estado americana, se encontrou com Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores(Folhapress)
Os Estados Unidos admiram o crescimento do Brasil e sua vontade de se tornar um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, mas esse é um projeto para o longo prazo, afirmou a chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, em visita a Brasília. Antes disso, seria preciso refletir sobre mundo de hoje e reformar a ONU como um todo, não apenas Conselho. “É difícil de imaginar no futuro o Conselho de Segurança da ONU sem incluir um país como o Brasil, com todo seu progresso e modelo de democracia”, ponderou. A secretária de estado chegou na manhã desta segunda-feira ao Brasil e participou nesta tarde da 3ª Reunião do Diálogo de Parceria Global Brasil-Estados Unidos. Criado em 2010, o encontro anual de alto nível reúne a chefe da diplomacia americana e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, a fim de conferir direcionamento político à coordenação bilateral em diversas áreas, como educação, ciência e tecnologia, inclusão social e direitos humanos. Nesta última reunião, também foram examinados temas de interesse global, como questões de paz e segurança internacionais – entre os países citados estão Guiné Bissau, Síria, Irã, Paquistão, Afeganistão, Coreia do Norte e Haiti – e a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Em coletiva de imprensa, Hillary condenou os recentes ataques no Afeganistão e garantiu que continua a trabalhar ao lado dos governos do país e do Afeganistão a fim de desmantelar redes terroristas como a Haqqani. “Os terroristas vão continuar a atacar, assassinar e provocar. Mas temos evidências de que a insurgência está fracassando”, acrescentou, otimista. Sobre a Coreia do Norte, Hillary insistiu que provocações não serão aceitas. “Haverá consequências para esse comportamento. E o próprio povo deve condená-lo - não apenas EUA, Coreia do Sul, Japão”, disse. Ao falar sobre o Irã, a secretária garantiu que os Estados Unidos vão manter as sanções e a pressão até que o governo do país considere rever seu programa nuclear e voltar à mesa de negociações. “Ele precisa se mostrar aberto e transparente para responder às preocupações da comunidade internacional.” Sobre a situação que se agrava na Síria, Hillary ainda espera que o governo aceite as condições impostas pela comunidade internacional e silencie as armas, implementando o plano apresentado por Kofi Annan. “Se violência continuar, teremos que voltar a planejar os próximos passos”, disse. Sobre o tema, Patriota destacou o apoio do país aos esforços diplomáticos. “Preocupam-nos as hipóteses e especulações sobre a consideração de uma ação militar. Achamos que tal medida disseminaria a instabilidade em uma escala que traria repercussões imprevisíveis e de grande gravidade”, afirmou.
Setor privadoMais cedo, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Hillary falou a um grupo de empresários e representantes dos governos americano e brasileiro. Ela enfatizou o incentivo dos EUA ao investimento de empresas americanas no petróleo brasileiro. A secretária de Estado lembrou que se encontrou com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e se disse “impressionada” com o compromisso da Petrobras em maximizar o potencial do pré-sal. “Discutimos longamente sobre o que Brasil está fazendo. É um projeto caro, pois demanda um investimento de alto nível em especialistas e tecnologias necessários. Sabemos que o quão difícil é trabalhar em águas profundas. Mas queremos ser parceiros e nos colocamos à disposição para ajudar”, pontuou, lamentando o vazamento da Chevron. Sobre a decisão da Argentina de renacionalizar sua maior petroleira, Hillary diz que o assunto ainda deve ser detalhado. "De toda forma, acho que competitividade e abertura são essenciais para um modelo de sucesso."Hillary ressaltou o potencial da parceria entre Brasil em não apenas estreitar os negócios entre empresas de ambos os países, mas também para melhorar a vida de seus cidadãos. “Em um momento de instabilidade econômica, como manter crescimento e prosperidade econômica? Uma resposta possível é a inovação”, afirmou, destacando a importância das empresas privadas nesses investimentos. “Se nossa economia é dinâmica, baseada na lei e na transparência, é possível investir mais no nosso povo”, disse. Para isso, ela acrescenta ser preciso um governo inclusivo, um setor privado sólido e uma sociedade civil forte e com voz para se expressar. “E o Brasil está perto dessa prosperidade.” Ela lembra que os investimentos do Brasil nos Estados Unidos já chegam a 15,5 bilhões de dólares, o maior da América Latina. Por sua parte, o governo americano investiu 75 bilhões de dólares no Brasil. “Com inovação não criamos apenas empregos, mas colaboramos para um futuro mais próspero. Isso é bom para os EUA, o Brasil, a America Latina e para o mundo inteiro.”

Vem aí uma longa briga - Reproduzido do suplemento “Link” do Estado de S.Paulo, 2/4/2012; intertítulos do OI | Observatório da Imprensa | Observatório da Imprensa - Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito

Vem aí uma longa briga - Reproduzido do suplemento “Link” do Estado de S.Paulo, 2/4/2012; intertítulos do OI | Observatório da Imprensa | Observatório da Imprensa - Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito

MARCO CIVIL DA INTERNET

Vem aí uma longa briga

Por Tatiana de Mello Dias em 03/04/2012 na edição 688
Reproduzido do suplemento “Link” do Estado de S.Paulo, 2/4/2012; intertítulos do OI
u acho que vai ser difícil”, diz o deputado João Arruda (PMDB-PR), presidente da comissão da Câmara criada na semana passada para discutir o Marco Civil da Internet. “A discussão passa pela censura. Passa pelas empresas privadas. E também pelos responsáveis por investigar crimes. É preciso encontrar equilíbrio.”
Arruda foi o escolhido pelo PMDB para presidir a comissão especial que vai discutir o Marco Civil da Internet, projeto de lei enviado pelo Executivo ao Congresso em agosto do ano passado. O Marco Civil adapta alguns direitos da Constituição – como a liberdade de expressão e a privacidade – à internet. Além disso, estabelece parâmetros para a atuação de empresas. Por exemplo, o Google e o Facebook, segundo o texto, não podem ser responsabilizados por conteúdo postado por usuários. Hoje, na falta de regulação, muitas vezes a Justiça brasileira culpa os provedores por posts. O Marco Civil também obriga as empresas a guardarem registros de conexão por um ano (contra três anos do PL 84/99, a Lei Azeredo, prazo considerado extenso demais).
“O monitoramento dos cidadãos pode ser visto como censura. Não podemos colocar uma tornozeleira em cada cidadão pensando que eles podem cometer um crime. O monitoramento seria como se estivéssemos grampeando todos os telefones do Brasil”, diz Arruda.
Ao mesmo tempo, porém, o deputado afirma que é preciso ouvir a polícia. Ele cita uma reclamação do banco Itaú, de que perderia R$ 500 milhões a cada seis meses por causa de fraudes bancárias na internet. “Eu quero ouvir os que entendem de tecnologia, a polícia científica, e ao mesmo tempo aqueles que consideram que um trabalho muito rigoroso de investigação possa gerar censura”, diz. “Eu quero provocar os militantes da internet a encontrarem soluções conosco.”
Meados do ano
O texto do Marco Civil da Internet surgiu de um extenso processo iniciado no Ministério da Justiça no final de 2009. O ministério apresentou um texto-base, com princípios para a atuação dos usuários, empresas e governos na internet no Brasil. O projeto foi discutido em consulta pública na internet ao longo de 2010 e enviado ao Executivo no fim daquele ano. Permaneceu parado até agosto do ano passado, quando a presidente Dilma Rousseff o enviou aos deputados. E, para eles, ainda há muito mais o que debater sobre o projeto.
Segundo o relator da comissão, Alessandro Molon (PT-RJ), o plano é realizar audiências públicas pelo País e discutir o texto por meio do site e-Democracia, portal da Câmara dedicado a debates abertos à população sobre projetos de leis. “Nós acreditamos que ainda é possível aperfeiçoar o texto”, diz Molon. Para João Arruda, a discussão na Comissão, “não pode ser o fim do debate na internet”.
Um dos pontos destacados por Arruda é a definição de regras para as empresas. “A privatização das telecomunicações fez nosso país ter um número enorme de reclamações. A internet não pode virar o que viraram as empresas de celular. Temos de exigir qualidade de serviço, discutir tecnologia e preço”, argumenta.
Arruda é autor de um projeto de lei que prevê a instalação de Wi-Fi gratuito em órgãos e instituições que recebem recursos públicos. Outro ponto a ser aperfeiçoado, acredita Molon, é a definição de parâmetros para a proteção dos dados dos usuário. “É preciso definir até onde o Marco Civil pode avançar”, explica.
Tanto o presidente quanto o relator da Comissão planejam enviar o projeto para votação em plenário até o meio do ano. Arruda, porém, é mais cauteloso. “É preciso neutralizar todos esses pontos nos próximos meses e chegar a um acordo entre todos os pontos de resistência. Acho que vai ser difícil”, diz.
Definição do cronograma
O presidente da comissão é um dos autores do PL 2793/2011, que tipifica crimes digitais, apresentado pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), em coautoria com outros membros da base aliada. A proposta foi uma estratégia do governo para brecar o trâmite do PL 84/99, que tem uma forte oposição por ser considerado restritivo demais.
O Marco Civil da Internet é visto como uma legislação prioritária – o governo quer aprovar o texto antes de qualquer lei de cibercrimes ou outra regulação para a internet. A próxima reunião da comissão está marcada para terça-feira [3/4]. Nela deve ser definido o cronograma de atividades.
[Tatiana de Mello Dias, do Estado de S.Paulo]


Governo dos EUA adverte Argentina por estatizar YPF...


Internacional
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16/04/2012 - 20h59 | Atualizado em 16/04/2012 - 21h060
Assuntos relacionados: américa do sulargentinaespanhainternacionalypfenergia

Hillary adverte sobre riscos da Argentina estatizar empresa espanhola de petróleo

BRASÍLIA - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, advertiu nesta segunda-feira (16) que há riscos na decisão do governo da Argentina de estatizar a YPF...

Agência Brasil
foto: Wilson Dias/A BrHillary Clinton
Segundo Hillary Clinton, "a concorrência e o mercado de commodities [fazem parte de] um modelo que é muito mais favorável"
BRASÍLIA – A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, advertiu nesta segunda-feira (16) que há riscos na decisão dogoverno da Argentina de estatizar a empresa espanhola, YPF, de exploração de petróleo no país. Hillary disse que o modelo que estimula a concorrência e o mercado de commodities é o ideal. Porém, ela evitou entrar em detalhes sobre a medida, alegando que não dispunha de detalhes.
“Acho que essa decisão será muito debatida. Não vou dar opinião aqui porque não conheço em detalhes [a decisão tomada]”, disse a secretária, depois de se reunir por cerca de uma hora com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, no Itamaraty.
Em seguida, Hillary acrescentou que “a concorrência e o mercado de commodities [fazem parte de] um modelo que é muito mais favorável. As decisões [quando tomadas] devem ser justificadas e deve-se viver dentro desses padrões”.
Na tarde de hoje, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, avisou que o governo enviará uma proposta ao Congresso Nacional declarando de interesse público a exploração de petróleo e derivados.
Cristina anunciou ainda que o texto institui a expropriação das ações da empresa espanhola YPF, estabelecendo que 51% das ações da companhia pertencerão ao Estado e os 49% restantes às províncias, nas quais atua.
Segundo a presidente, o objetivo da proposta é fazer com que o país seja autossuficiente. De acordo com Cristina Kirchner, da forma como está a Argentina “corre o risco de se tornar inviável” devido às políticas empresariais em curso na região.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Governo da Espanha anuncia represálias contra Argentina depois da nacionalização de YPF....

ARGENTINA EXPROPIA YPF A REPSOL

España anuncia represalias contra "una decisión hostil" de Argentina

  • El Gobierno de Rajoy da por roto el "clima de cordialidad y amistad" con el país sudamericano tras la nacionalización de YPF
  • Cristina Fernández comunica que Argentina toma el control del 51% de las acciones de la filial de Repsol
Los ministros de Exteriores e Industria, durante la comparecencia. / S. SÁNCHEZ
El Ejecutivo de Mariano Rajoy tomará medidas "claras y contundentes" en los próximos días. Según el ministro de Exteriores, José Manuel García-Margallo, el Gobierno ha pedido que "por vía de urgencia se discuta esta medida en el pleno que tiene lugar en Estrasburgo"

Fernández notifica la expropiación de la petrolera YPF

La presidenta señala que la producción de hidrocarburos será bien de interés público

Repsol emprenderá acciones legales para defenderse

La petrolera española considera la medida "ilícita y gravemente discriminatoria"

El Gobierno expulsa a los españoles de la sede de la filial

Entre los primeros obligados a salir estaba el directivo Antonio Gomis

Conflito Argentina e Espanha / Expropiacíon de YPF....

De Vido ya interviene YPF y toma control de la compañía

El ministro de Planificación se presentó en las oficinas de la petrolera luego de un decreto firmado por la Presidenta; Sebastián Eskenazi dejó de ser el CEO
Por Juan Pablo De Santis  | LA NACION

Foto 1 de 6
Comenzó el operativo para que el Gobierno tome el control operativo de la petrolera
Comenzó el operativo para que el Gobierno tome el control operativo de la petrolera YPF. Poco después de las 15 horas, el ministro de Planificación, Julio De Vido , llegó a la torre corporativa de Puerto Madero para asumir como interventor de la firma.
De Vido fue acompañado de Axel Kicillof , secretario de Política Económica del Ministerio de Economía, y mostrando un Decreto de Necesidad y Urgencia (DNU) de la Presidenta que lo designa interventor por un lapso de 30 días, hasta que se concrete la expropiación del 51% de las acciones.
Según pudo saber este medio, el presidente de ENARSA, Exequiel Espinosa , sería designado en el área gerencial a cargo de la producción de petróleo y gas (upstream). La llega de la intervención es acompañada del pedido de renuncia a directores puestos por Repsol.
El DNU firmado por Cristina Kirchner dispone "la intervención transitoria de YPF SA. por un plazo de 30 días con el fin de asegurar la continuidad de la empresa, la preservación de sus activos y de su patrimonio, el abastecimiento de combustibles y garantizar la cobertura de las necesidades del país"....


Banda larga sem fio e gratuita.....

http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/empresa-planeja-oferecer-banda-larga-sem-fio-e-gratuita

Internet

Empresa planeja oferecer banda larga sem fio e gratuita

Com apoio de um dos fundadores do Skype, FreedomPop vai dar aos americanos quase um gigabyte de acesso livre e de alta velocidade

The New York Times
"A internet é um direito, não um privilégio" é a divisa da FreedomPop
"A internet é um direito, não um privilégio" é a divisa da FreedomPop (Divulgação)
Quando pensamos em direitos humanos básicos, o acesso à internet de banda larga sem fio provavelmente não está no topo da lista. Porém, uma nova empresa apoiada por um dos fundadores do Skype discorda e planeja levar banda larga móvel gratuita para os Estados Unidos até o fim do ano usando o slogan "a internet é um direito, não um privilégio".
Chamado FreedomPop, o serviço dará aos usuários quase um gigabyte de acesso livre e de alta velocidade à internet móvel por mês pela rede WiMAX da Clearwire e, no futuro, pela da LTE. Também estarão à disposição outros planos pré-pagos de baixo custo com acesso a mais dados. Tony Miller, vice-presidente de marketing do FreedomPop, deu poucos detalhes específicos sobre os produtos da empresa e de como pretende ganhar dinheiro - e nem sequer cita os executivos ou fundadores -, mas disse esperar que o serviço estreasse entre julho e setembro e termine sendo lançado em outros países.
A chegada do FreedomPop coincide com o rápido crescimento do número de usuários de smartphone e o lançamento de redes 4G à medida que as operadoras sem fio tentam acompanhar o passo com a demanda crescente por dados móveis. A companhia não é a única que vê uma oportunidade no lançamento de um serviço 4G gratuito: a NetZero recentemente lançou planos gratuitos e de baixo custo. Porém, se a NetZero oferece 200 megabytes de dados sem fio gratuitos por mês, o FreedomPop oferecerá quase o quíntuplo dessa quantidade - mais do que a maioria dos usuários atualmente consomem por mês.
"Desejamos transformar o acesso em commodity, da mesma forma que o Skype fez com a voz", diz Miller. Segundo ele, os criadores da empresa são amigos de Niklas Zennstrom, cofundador do Skype, que há muito tempo queria trabalhar com uma empresa novata ligada a acesso gratuito a internet. Zennstrom é apoiador e consultor, mas não faz parte ativa da administração da firma.
De acordo com Miller, da mesma forma que o Skype, o FreedomPop usará um modelo "freemium" pelo qual os usuários recebem alguns serviços de graça e precisam pagar por mais. Depois que os usuários ultrapassarem a cota mensal, pagarão uma taxa. Segundo Miller, a cobrança sobre o excedente será "barata" - provavelmente um centavo por megabyte; talvez mais barato para clientes do serviço pré-pago - já que a empresa deseja incentivar o uso.
Sem dar detalhes, Miller acrescenta que os usuários poderão ganhar mais consumo de dados por meio de recursos sociais embutidos no serviço e dividir parte da cota de dados com outros usuários.
Miller afirma que, a princípio, a FreedomPop oferecerá três equipamentos de banda larga móvel. Haverá um adaptador USB para laptops, um "hotspot" Wi-Fi pelo qual até 20 equipamentos poderão se conectar à web e um estojo para iPhone que permitirá ao smartphone contornar a operadora sem fio do cliente, recarregar o telefone e que também funciona como "hotspot" para até oito aparelhos adicionais.
Os usuários não vão pagar pelos aparelhos, mas terão de efetuar um depósito restituível. Miller afirma que a intenção é evitar o abuso, como o de pessoas revendendo um "hotspot" ou estojo para iPhone no eBay. Os equipamentos serão vendidos principalmente online, mas talvez também estejam disponíveis em lojas físicas.
A FreedomPop ainda venderá planos de dados pré-pagos sem fio cujo preço será "significativamente mais baixo" do que os pré e pós-pagos existentes no mercado. Os preços variam, mas a AT&T cobra US$ 50 mensais por um contrato de dois anos que dá ao usuário cinco gigabytes para usar com um modem USB ou um "hotspot" móvel, enquanto os planos para smartphone incluem uma opção de três gigabytes a um custo de US$ 30 mensais. Entre os pré-pagos, a GoPhone oferece 500 megabytes por US$ 25.
"Um gigabyte não será suficiente" - Segundo Miller, a FreedomPop espera que a maior parte da receita venha de serviços além do acesso à internet. Ele não especificou quais serão esses serviços, mas garantiu que oferecer segurança como uma rede virtual privada não será um deles - o teste não apresentou bons resultados. Ainda de acordo com Miller, a empresa também está de olho em oportunidades publicitárias, que poderiam ser outra fonte de receita.
Brian Rich, sócio da empresa de capital de risco Catalyst Investors, que investiu na Clearwire, disse que a FreedomPop é uma ideia inteligente, por estar se aproveitando da capacidade oferecida pela rede da Clearwire, menos restrita que as da AT&T e Verizon Wireless. Ele também se pergunta se a FreedomPop conseguirá lucrar o suficiente revendendo o serviço da Clearwire para que a iniciativa valha a pena.
Neil Shah, analista da Strategy Analytics, tem a mesma opinião, dizendo que a FreedomPop precisará fechar acordos com outros parceiros de banda larga móvel porque o alcance da Clearwire ainda é limitado. Atualmente, o serviço cobre mais de 130 milhões de pessoas em pelo menos 70 cidades norte-americanas. A FreedomPop também tem um acordo com a LightSquared, que planeja a venda no atacado em âmbito nacional da rede da LTE, porém a Comissão Federal de Comunicação recentemente cancelou a licença da empresa. Miller disse que a FreedomPop está negociando outro contrato nacional.
Shah alerta para o fato de que à medida que as pessoas ficarem mais acostumadas a usar dados nos celulares, a FreedomPop necessitará dar ainda mais para atrair usuários para o serviço. "No fim das contas, um gigabyte não será suficiente."

Hora, agora, ignora, ora... é o MENSALÃO!

Mensalão: o preço do voto

Infográfico de VEJA.com aponta os beneficiários da propina, as datas dos pagamentos, os valores e sua correspondência com votações no Congresso

O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, em frente ao Congresso Nacional
O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, em frente ao Congresso Nacional (Alan Marques/Folha Imagem)
"Trata-se da mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber." É assim que a Procuradoria-Geral da República (PGR) qualifica o mensalão, nas alegações finais do processo. E a explicação da PGR é cristalina: "No momento em que a consciência do representante eleito pelo povo é corrompida (...), a base do regime democrático é irremediavelmente ameaçada". Para chegar a esta síntese do maior escândalo de corrupção da história do país, agora prestes a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público reuniu as mais variadas evidências de recebimento de propina — testemunhos, recibos, livros contábeis, laudos, TEDs, DOCs, entre outros — e, a exemplo das CPIs que se debruçaram sobre o assunto, mostrou sua correspondência com a votação de matérias caras ao governo. Infográfico de VEJA.com aponta os beneficiários do esquema, as datas, os valores, os intermediários e as votações citadas na denúncia....
O conjunto de provas é suficiente para afastar as principais teses da defesa dos mensaleiros. A recorrência dos saques em dinheiro e do uso de laranjas — motoristas, assessores, a mulher, o irmão, o contínuo —  evidencia que os beneficiários do valerioduto não ignoravam a origem ilícita do dinheiro. E a correspondência entre votações e os saques desautoriza a versão de que se tratava de pagamentos desinteressados ou casuais. Quanto a isso, a PGR cita na acusação trecho do relatório final da CPI dos Correios que apontou, como exemplo, que nos dez dias anteriores ou posteriores à votação da Reforma Tributária ocorreram 18 visitas à agência do Banco Rural em Brasília e foram retirados R$ 2.020.000 do valerioduto.
O julgamento do mensalão está previsto para o mês que vem —  só falta o ministro Ricardo Lewandowski concluir a revisão do processo. Em suas alegações finais, a PGR "espera sinceramente que a atuação do Supremo Tribunal Federal (...) servirá de exemplo, verdadeiro paradigma, para o Poder Judiciário brasileiro e, principalmente, para toda a sociedade a fim de que os atos de corrupção, mazela endêmica no Brasil, sejam tratados com o rigor necessário".