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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A propina espalhada pela América Latina e África...// El País


A propina da Odebrecht fora do Brasil: Venezuela, Argentina, Peru e Angola

Países estão em lista de 11 nomes divulgados pelas autoridades americanas como parte de acordo


Hidrelétrica no Peru construída pela Odebrecht.

A gigante brasileira da construção civilOdebrecht tinha uma máquina bem azeitada de pagamento de propinas na América Latina para tentar obter ou manter contratos de obras públicas. De 2001 até este ano, a empresa realizou ou mandou fazer pagamentos que somam cerca de 439 milhões de dólares em 11 países fora do Brasil, nove deles latino-americanos, segundo investigação que vem sendo realizada nos Estados Unidos. A partir desses pagamentos, a empreiteira obteve ganhos de mais de 1,4 bilhão de dólares.
A Odebrecht e seu braço petroquímico, a Braskem,admitiram à Promotoria norte-americana a responsabilidade pelo pagamento das propinas, descoberto no quadro da investigação de corrupção na Petrobras, segundo anunciou o departamento de Justiça dos EUA nesta quarta-feira. As duas empresas chegaram a um acordo para pôr fim ao processo em curso nos Estados Unidos, Brasil e Suíça mediante uma multa de 3,5 bilhões de dólares –a mais elevada da história para esse tipo de caso.
A Odebrecht, grupo presente em 28 países, com 168.000 funcionários, utilizou sociedades fantasmas e contas bancárias em diversas partes do mundo para gerenciar as propinas pagas a funcionários ou intermediários, com as quais procurava garantir uma “vantagem imprópria” em relação a seus concorrentes, segundo os documentos da investigação.
O país latino-americano em que o grupo fez mais pagamentos irregulares foi a Venezuela (98 milhões de dólares), seguida da República Dominicana (92 milhões). Fora da América Latina, a Odebrecht também corrompeu funcionários em Angola e Moçambique. No caso do Brasil, os pagamentos giraram em torno de pelo menos 349 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais).
A seguir, algumas das irregularidades registradas em países latino-americanos:

Argentina

Entre 2007 e 2014, a Odebrecht pagou mais de 35 milhões de dólares para intermediários de funcionários ligados a três projetos de infraestrutura. As propinas geraram ganhos à empresa no valor de 278 milhões de dólares.

Venezuela

No caso da Venezuela, os pagamentos foram de 98 milhões de dólares, para vários intermediários que disseram ter acesso direto a empresas públicas. O objetivo da Odebrecht era obter informações confidenciais sobre projetos e garantir concessões.

México

No caso do México, os pagamentos somaram 10,5 milhões de dólares, entre 2010 e 2014, gerando ganhos de 39 milhões. A investigação revelou, por exemplo, que em outubro de 2013, a Odebrecht pagou seis milhões a um alto executivo de uma empresa pública mexicana em troca de um contrato.

Colômbia

Entre 2009 e 2014, a empreiteira gigante pagou propinas na Colômbia no valor de 11 milhões de dólares, que lhe geraram ganhos de 50 milhões em contratos. O grupo possui dois contratos na Colômbia. Não se sabe se o acordo judicial pode ou não atingi-los de alguma forma.
Segundo o vice-presidente da Colômbia, o regulamento anticorrupção do país estabelece que qualquer condenação internacional em termos de corrupção inabilita uma empresa por 20 anos para efeito de obtenção de contratos com o Estado, como informa Ana Marcos, de Bogotá.

República Dominicana

As propinas pagas entre 2001 e 2014 chegam a 92 milhões de dólares. Foram destinadas a intermediários que influenciaram na aprovação de projetos que geraram ganhos de 163 milhões.

Peru

A Odebrecht pagou propinas no valor de 29 milhões de dólares para funcionários do Governo entre 2005 e 2014 para obter contratos públicos. Os ganhos foram de 143 milhões de dólares. Um exemplo: em 2005, um funcionário se ofereceu à empresa para ajudá-la a obter um contrato, que ela, de fato, acabou ganhando. Essa ajuda custou 20 milhões de dólares.
Segundo veículos de comunicação locais, a Promotoria peruana pediu na semana passada à Justiça brasileira o acesso à investigação que está sendo realizada sobre as obras de um gasoduto da Odebrecht no país.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Súmula da capa de El País em 23/01/2016

Sob pressão, Samarco negocia pagar 20 bilhões por desastre de Mariana

HELOÍSA MENDONÇA São Paulo
Mineradora deve implementar ações ambientais e econômicas em Minas e Espírito Santo. Pacto pode ser passo para empresa possa voltar a operar. Ibama critica plano de recuperação da companhia
Fila em frente a um mercado em Caracas.
Fila em frente a um mercado em Caracas. / FERNANDO LLANO (AP)

FMI prevê uma inflação recorde de 720% para a Venezuela em 2016

SANDRO POZZI Nova York
A América Latina enfrenta a segunda contração anual consecutiva, algo que não ocorria desde a crise da dívida em 1982 e 1983

Parlamento venezuelano se opõe ao decreto de Nicolás Maduro

ALFREDO MEZA Caracas
A maioria opositora decidiu não apoiar o decreto de emergência econômica promulgado pelo Governo na semana passada
Fim de uma era: o busto de Néstor Kirchner foi coberto.
Fim de uma era: o busto de Néstor Kirchner foi coberto. / R. CEPPO

O fim simbólico dos Kirchner

CARLOS E. CUÉ Buenos Aires
A decisão de retirar retratos de personalidades como Che Guevara da Casa Rosada é parte de um processo de ‘deskirchnerização’

Haddad quer diálogo com MPL, mas “sem a lógica do tudo ou nada”

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
MARINA ROSSI São Paulo
Após ligar reivindicação por passe livre a viagem à Disney, prefeito de São Paulo diz querer "protocolo de interação" com ativistas

“Prefeito não está resolvendo as coisas só porque faz ciclovias”

M. R. São Paulo
Ex-prefeita de SP que tentou implantar tarifa zero defende fundo para o passe livre e questiona grupos de protesto
Brasil, o melhor país para o turismo radical
GERJ / FOTOS PÚBLICAS

Em ranking mundial, Brasil só é o melhor em turismo de aventura

Uma macro pesquisa apresentada em Davos analisa a reputação de vários países. Brasil vence apenas nessa categoria do turismo

Sem Dilma e em recessão, Brasil perde o brilho em Davos

Dois anos após presidenta prometer planos de investimento em discurso, participantes do encontro falam em "década perdida"

Um país em liquidação

H. M. São Paulo
Investidor estrangeiro aproveita crise para ir às compras no Brasil. Movimento é estimulado também pela alta do dólar

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Argentina apresentou projeto que regulará a mídia no país


Argentina apresenta polêmico plano para mudar mercado da mídia

Atualizado em  14 de novembro, 2012 - 20:33 (Brasília) 22:33 GMT
Cristina Kirchner / AFP
Lei do Audiovisual vai passar a vigorar a partir de 7 de dezembro
O governo argentino apresentou nesta quarta-feira o polêmico projeto para mudar o mercado da mídia no país. Voltada para os setores de rádio e de televisão, a lei, que entra em vigor no próximo dia 7 de dezembro, determina que as empresas que não limitarem suas operações "voluntariamente" à fatia de mercado fixada pela nova norma terão suas licenças leiloadas e licitadas pela administração central.
As informações foram dadas pelo presidente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca), Martín Sabbatella. O objetivo, segundo ele, é evitar a formação de "gigantes" no setor de comunicação social no país.
No entanto, para muitos analistas, a iniciativa do governo argentino é uma tentativa de "calar a oposição", especialmente o Grupo Clarín, um dos maiores críticos da administração de Cristina Kirchner.
Sabbatella explicou que o Estado "agirá" definindo as empresas que caberão a cada grupo empresarial que não limitar seus negócios até o próximo dia 7 de dezembro (batizado de 7D pela imprensa local).
"Até o dia 7 de dezembro será o titular do grupo empresarial quem vai decidir as empresas que serão transferidas ou colocadas à venda. Depois desse prazo, vamos abrir um processo para a taxação (das licenças) no Tribunal Nacional de Taxação", disse.
"Obviamente que não queremos prejudicar ninguém e por isso vamos escolher as licenças de maior rendimento econômico para que fiquem com seus donos originais e vamos licitar as demais", acrescentou.
Ele disse que as licitações incluirão "os bens" das empresas que o Estado escolherá para serem licitados.
"Os grupos de mídia têm até o dia 7 para apresentar (à Afsca) seus planos de adaptação à lei. Os que não o fizerem, teremos de agir para que a lei seja cumprida", disse.
Sabbatella afirmou ainda que o dinheiro arrecadado com a liquidação das empresas será depositado na conta dos que passarão a ser antigos proprietários das companhias.
"Até o dia 7 de dezembro será o titular do grupo empresarial quem vai decidir as empresas que serão transferidas ou colocadas à venda. Depois desse prazo, vamos abrir um processo para a taxação (das licenças) no Tribunal Nacional de Taxação."
Martín Sabbatella, presidente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca)
"Os meios de comunicação que irão à licitação terão um preço mínimo e vamos deixar com os donos (originais) os bens de maior valor ou de valor simbólico. Queremos causar o menor prejuízo possível (aos donos)", explicou.

Empregos

Quando perguntado sobre os postos de trabalho das empresas que serão licitadas, Sabbatella respondeu que conversou com os sindicatos dos trabalhadores do setor para "que estejam atentos para garantir a continuidade" dos empregos.
Ele também afirmou que a empresa deverá ser responsável pelo pagamento dos salários, entre outras obrigações trabalhistas, até que o negócio seja totalmente transferido para o novo dono.
Sabbatella disse, ainda, que a lei estabelece, por exemplo, que nenhum grupo pode ter mais que três licenças em uma mesma cidade. "O Grupo Clarín supera esta cota em 37 cidades", afirmou.
Já o Grupo Uno, disse, tem mais de três sinais em sete cidades.
Com um mapa dos principais meios de comunicação ao fundo, Sabbatella afirmou que a lei estabelece, por exemplo, até 35% de clientes ou população alcançada para o setor de televisão a cabo ou televisão aberta. Os que superam esta margem, como o Clarín, disse devem "se adaptar" à regra.
Segundo ele, o grupo Clarín seria o "único" que "não aceita a lei" e que "não apresentará plano de adaptação" à norma.
Em uma entrevista recente a correspondentes estrangeiros, a direção do Grupo Clarín afirmou que dois artigos da lei, questionados pela empresa, estariam suspensos na Justiça e que, para juristas, "nada aconteceria com a empresa" no dia 7 de dezembro.
Clarín / Reuters
Grupo Clarín seria o mais afetado pela nova lei
Para o deputado opositor Ricardo Alfonsín, da UCR, a expectativa era de que, ao final do prazo, a Suprema Corte de Justiça se “pronunciasse sobre os dois artigos questionados pelo Clarín e não que a lei já entrasse em vigor”.
Além do Grupo Clarín, Sabbatella disse que outros conglomerados também deverão apresentar planos de adaptação à lei tanto nas áreas de licenças e alcances de rádio e de televisão, de sinal aberto ou a cabo.
Ele acrescentou que no caso de grupos que transmitem sinais de televisão através de satélites, o controle deverá ser pela fatia de mercado.
Quando perguntado sobre situação de empresas de capital estrangeiro que com uma licença chegam a mais localidades do que o permitido pela lei, Sabbatella respondeu: "É uma questão técnica e não teremos como controlar isso. Mas uma empresa de satélite de televisão não poderá ter outro negócio, como determina a lei", disse.

sábado, 22 de setembro de 2012

Evita Perón tem imagem na nota de 100 pesos ....


Enviado por Janaína Figueiredo - 
21.9.2012
 | 
12h59m

Evita, na nota de 100 pesos

Depois de muita espera, finalmente começou a circular na Argentina a nota de 100 pesos (a mais alta que existe no país) com a imagem de Evita Perón. A iniciativa do governo da presidente Cristina Kirchner enfrentou algumas dificuldades técnicas, mas depois de um intenso trabalho da Casa da Moeda, as notas da Evita já estão no mercado.
A imagem é uma das mais clássicas e ao lado uma mensagem: "Como mulher sinto na alma a cálida ternura do povo do qual provenho e ao que  pertenço".
_ Depois de 200 anos, esta é a primeira vez que uma mulher aparece numa nota argentina _ comemorou a presidente.