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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

No fim destes últimos anos / blog do Nêumanne



No Blog do Nêumanne: No fim destes últimos anos

No Blog do Nêumanne: No fim destes últimos anos
Com Odebrecht e Adriana em casa e Maluf se entregando à polícia, finda uma era
Definitivamente, é uma lástima irreparável que Eugène Ionesco e Franz Kafka tenham morrido. Eles deveriam ter sobrevivido para terem a oportunosa ensancha de testemunhar que o que era absurdo no seu banal século 20 virou literatura infantil no Brasil do século 21. No fim destes últimos anos aconteceram coisas que os autores de A Cantora Careca e O Processo não foram capazes de imaginar em seus delírios de ficção mais improváveis. Antes de o peru morrer de véspera, como de hábito, a 12 dias do término deste inesperado, mas nunca insuperável ano da desgraça de 2017, o Brasil testemunhou a última instância da Justiça mandar a Polícia Federal (PF) prender o ex-governador paulista Paulo Maluf e isso não ser feito porque ele se entregou antes à mesma repartição. E também mandar soltar a ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo no dia em que a primeira instância a condenou a mais nove anos de reclusão. Com mil e seiscentos diabos! – diria meu avô materno, Francisco Ferreira da Silva, que pode ter sido parente de Lampião, já que tinha os mesmos sobrenomes do capitão Virgolino.
Não se apresse em achar que, ao contrário do que está escrito no parágrafo anterior, estes últimos anos não findaram em 19 de dezembro de 2017 por terem sido poucos os absurdos que foram descritos. Antes espere um pouco. Enquanto o dr. Paulo se entregava à PF, esse órgão do Estado entregou o condenado Marcelo Odebrecht, da fina-flor da altíssima burguesia nacional, aos confortos de uma mansão no Morumbi para cumprir o resto de sua pena de delator premiado, agora aos cuidados amorosos da mulher e das filhas, as quais não perdoaria serem dedos duros, embora tenha apontado os dez à mão a sócios e beneficiários do maior escândalo de corrupção da História. E essa também foi a data em que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, não deixou pedra sobre pedra dos processos que resultaram em prisões de réus confessos em celas que antes só eram ocupadas por pretos, pobres e prostitutas pelo crime inafiançável de não produzirem inquéritos policiais e investigações judiciais à altura de seus rigorosos códigos de conduta.
E teve ele, por isso, de ouvir dura, embora calma reprimenda de um colega de Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que contou ter visto na televisão o ex-assessor do presidente da República Rodrigo da Rocha Loures, usado por um delinquente como código secreto para ter acesso aos aposentos presidenciais no Jaburu, correndo com uma mala de dinheiro à saída da Pizzaria Camelo, mais uma no reino das piadas prontas. E lido as copiosas confissões premiadas dos bandidos juramentados Alberto Yousseff e Lúcio Funaro, membros da nova confraria da religião do momento: a dos transformadores de propinas em doações legais e “expectativas de direito” em bancos no exterior. Sabe-se lá por que mistérios, não revelados nem a Freud no divã, este ministro omitiu os R$ 51 milhões em dinheiro vivo guardados no closet da mãe (não a menininha do Gantois de Amado e Caymmi) de Geddel, outro ex-assessor de Temer (mas que coincidência!), e Lúcio Vieira Lima, da bancada fiel ao governo do dito cujo presidente (mas que coincidência!).
O mundo gira, a Lusitana roda e a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) presidida pelo senador Ataídes Oliveira, militante de um partido chamado da Social-Democracia Brasileira e soit-disant de oposição, produziu uma pérola em que os meliantes flagrados seriam perdoados e os agentes que os flagraram responderiam por sua supina impropriedade. Ora, direis, o relatório, da lavra do “gigante” (no dizer de Temer, mas que coincidência!) Carlos Marun, previa tudo isso, sim, mas ainda não era tempo de inovações tão radicais e, aí, foi atenuado. Tudo indica que, mesmo reescrito, o documento será destinado ao lixo e ao oblívio. E daí? Chegou a ser noticiado na véspera da posse de seu autor ser empossado na Secretaria de Governo de Temer (mas que coincidência!), com bênçãos e louvações do chefe testemunhadas pelos bajuladores de sempre e comemoradas na cela de Curitiba pelo ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha, que emprestou seu valet de chambre (criado de quarto) favorito ao poderoso chefão de todos eles, Michel Temer (mas que coincidência!). Marun, não se esqueçam, terá muito tempo ao longo de 2018 para embrulhar de novo o mimo para troiano que preparou às vésperas das festas do fim deste ano, que não mais fazem parte destes últimos anos que terminaram 12 dias antes do réveillon. Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá. E o Irajá, como sabemos, nem fica tão longe assim.
Há quem espere 2018 como o ano da redenção do cidadão, agora aliviado daquelas tais conduções coercitivas que juízes, procuradores e federais reservavam para os amigos do dr. Mendes, que as proibiu liminarmente a fim de lhes garantir o direito constitucional de ir e vir. Que importa se os cidadãos comuns, que pagam impostos e cumprem as leis do País, não podem circular por onde quiserem – seja porque há lugares perigosos e outros controlados pelo crime organizado propriamente dito?
Os esperançosos confiam que a eleição direta do presidente devolverá o poder à sociedade, usurpada por aqueles que se consideram seus representantes oficiais no tal do Estado de Direito. Ledo e Ivo engano! As opções na disputa presidencial se limitam aos ungidos pelos chefões dos mesmos partidos que decidiram que os caciques de sempre terão dinheiro e legenda, aos quais o acesso dos novatos e noviços será negado por çábia decisão preventiva, tomada no apagar das luzes deste ano de Maruns e Darcísios, com efeitos irremediáveis para outubro e novembro que evêm.
Nunca será demasiado agregar a este alerta outro ainda mais inquietante: o presidente a ser ungido pelo voto popular não se verá livre da ação do Legislativo apenas pelo fato de ter sido eleito pelo voto popular. Foi a tentativa de escapar dele que levou Jânio Quadros a renunciar em 1961. Foi a negativa de Collor, o primeiro presidente eleito depois de finda a treva do regime tecnocrático-militar de 1964/68, que o levou a pegar o boné e puxar o conversível, por decisão congressual. Essa prerrogativa foi que impôs a desastrada Dilma voltar à condição de aspirante a merendeira de escola pública. E o substituto dela, Temer (mas que coincidência!), dançar o xote miudinho seis meses antes do São João para impedir que as contas públicas nunca mais fechem, esmagadas pelo déficit previdenciário.
Duas novidades relevantes assomaram ao cenário na longa noite que foi o derradeiro dia destes anos recentes. A esperança do centro pagão, Geraldo Alckmin, do PSDB (ele mesmo!), vai passar o ano inteiro explicando como é que caiu naquela história de tudo está como dantes no “cartel” de Abrantes, repetindo a ladainha de que ele (leia-se o Estado de São Paulo) foi vítima dos “encartelados”. Será sempre um estorvo a superar e não faltará quem, como Chico Buarque, lembre que a falta de documentos comprobatórios em nada o absolve, já que não foram improváveis recibos de aluguel não pago suficientes para inocentar Lula. E aqui está o próprio para voltar a ser o vilão favorito que o mercado teme, mas bajula, quando não tem mais jeito, para assombrar. O Estado publicou na primeira página de sua edição de quarta-feira 20 de dezembro: Imagem de Lula melhora, diz pesquisa. E cito a chamada: “A aprovação do ex-presidente Lula chega a 45%, mas ele ainda é desaprovado por 54% dos entrevistados, segundo o Barômetro Político Estadão/Ipsos”. Hã, hã! Ei, espere aí: sabia que a desaprovação dos queridinhos do chamado centro-direita é muito maior? Pois é. Jair Bolsonaro, com 62% e o dito picolé de chuchu, com 72%. E agora, José? Agora não é nada nesta situação de farinha pouca, meu pirão primeiro. Serão 12 longos meses de Lula chorando pitangas na campanha antecipada que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a partir de fevereiro, “sobre” (apud Fernando “por qué no te callas” Segóvia) a égide de Luiz Fux, não vai reprimir mesmo. Quem aceita apostar? E mais: já pensou na banda de música da esquerda tocando a fanfarra do cartel das empreiteiras cada vez aumenta mais?
Agora em dezembro, quando o peru condenado será executado sem conhecer o seu destino, a Pátria amada, idolatrada, salve, salve, talvez não tenha muito a festejar no ano em que já estarão encerrados estes últimos anos, que, felizmente, não serão os anos finais da vida de muitos de nós.
  • Jornalista, poeta e escritor
(Publicado no Blog do Nêumanne, Política, Estadão, da segunda-feira 25 de dezembro de 2017)
Para ler no Blog do Nêumanne, Política, Estadão, clique no link abaixo

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Caraca, veja a solução de Josias de Souza o Brasil ... Simples e barata ! Aguardem...


Em férias, blog busca uma saída pós-Odebrecht

Josias de Souza
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Pegou muito mal. Não foi um sujeito qualquer. Foi o nosso presidente, o próprio Emílio Odebrecht, quem disse. Em autodelação à Lava Jato, ele contou que vinha governando o Brasil há décadas. Mantinha todos os pró-homens da República na folha do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht. A revelação expôs a incompetência da imprensa. E o blog, que sempre imaginou que as ordens partissem do Palácio do Planalto, decidiu fazer uma reciclagem.
Em férias a partir desta segunda-feira (26/12), o repórter se dedicará nas próximas duas semanas a sondar o abismo, que é o outro nome do Brasil pós-Odebrecht. Para evitar novos erros, convém responder rapidamente a grande indagação: o que será do país sem o Departamento de Propinas da Odebrecht? Em meio a tanta esculhambação, é preciso reconhecer que a única coisa que funcionava bem no Brasil era o Departamento de Operações Estruturadas. O grande erro foi a tentativa de dissimulação.
Se a Odebrecht tivesse se apropriado abertamente do governo, não estaria agora sendo acusada pela força-tarefa da Lava Jato de comprar o governo dos outros. Um governo escancaradamente da Odebrecht substituiria o regime constitucional brasileiro com muitas vantagens. Os políticos teriam que justificar o dinheiro recebido batendo o ponto. Os congressistas precisariam molhar a camisa de segunda a sábado, em horário comercial. Exatamente como a peãozada nos canteiros de obras, em meio à lama e ao movimento de máquinas pesadas.
As obras seriam todas da Odebrecht. A exclusividade eliminaria o inconveniente da formação de carteis. E haveria um surto de moralidade no país. A democracia estaria preservada. A cada quatro anos uma subsidiária diferente da Odebrecht assumiria o poder. A Construtora Odebrecht seria substituída pela Odebrecht Energia, que seria sucedida pela Brasken, que daria lugar à Odebrecht Óleo e Gás… A auto-alternância no poder causaria inveja no resto do mundo. E a Odebrecht não precisaria mais comprar políticos da oposição, já que se oporia a si mesma.
Durante as férias, o repórter pretende reunir elementos capazes de demonstrar que a alternativa ao abismo talvez seja converter a nação brasileira, oficialmente, numa imensa Odebrecht. Se o Departamento de Operações Estruturadas fez e desfez por tanto tempo, alguma coisa há de ter feito —ou desfeito— de bom para os políticos. E poderia fazer o mesmo pelo povo brasileiro.
Bem verdade que haveria o inconveniente de ter que revogar a República. Mas quem conseguiu implantar uma cleptocracia com tanta facilidade não teria dificuldade para comprar um projeto de lei restaurando a monarquia no Brasil. Marcelo Odebrecht, o príncipe herdeiro, está na cadeia. Entretanto, se o ministro Teori Zavascki homologar o acordo de delação premiada, a cana será revogada no final de 2017. Aguardem. O blog volta em duas semanas com a solução para livrar o Brasil do abismo a partir de 2018.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A propina espalhada pela América Latina e África...// El País


A propina da Odebrecht fora do Brasil: Venezuela, Argentina, Peru e Angola

Países estão em lista de 11 nomes divulgados pelas autoridades americanas como parte de acordo


Hidrelétrica no Peru construída pela Odebrecht.

A gigante brasileira da construção civilOdebrecht tinha uma máquina bem azeitada de pagamento de propinas na América Latina para tentar obter ou manter contratos de obras públicas. De 2001 até este ano, a empresa realizou ou mandou fazer pagamentos que somam cerca de 439 milhões de dólares em 11 países fora do Brasil, nove deles latino-americanos, segundo investigação que vem sendo realizada nos Estados Unidos. A partir desses pagamentos, a empreiteira obteve ganhos de mais de 1,4 bilhão de dólares.
A Odebrecht e seu braço petroquímico, a Braskem,admitiram à Promotoria norte-americana a responsabilidade pelo pagamento das propinas, descoberto no quadro da investigação de corrupção na Petrobras, segundo anunciou o departamento de Justiça dos EUA nesta quarta-feira. As duas empresas chegaram a um acordo para pôr fim ao processo em curso nos Estados Unidos, Brasil e Suíça mediante uma multa de 3,5 bilhões de dólares –a mais elevada da história para esse tipo de caso.
A Odebrecht, grupo presente em 28 países, com 168.000 funcionários, utilizou sociedades fantasmas e contas bancárias em diversas partes do mundo para gerenciar as propinas pagas a funcionários ou intermediários, com as quais procurava garantir uma “vantagem imprópria” em relação a seus concorrentes, segundo os documentos da investigação.
O país latino-americano em que o grupo fez mais pagamentos irregulares foi a Venezuela (98 milhões de dólares), seguida da República Dominicana (92 milhões). Fora da América Latina, a Odebrecht também corrompeu funcionários em Angola e Moçambique. No caso do Brasil, os pagamentos giraram em torno de pelo menos 349 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais).
A seguir, algumas das irregularidades registradas em países latino-americanos:

Argentina

Entre 2007 e 2014, a Odebrecht pagou mais de 35 milhões de dólares para intermediários de funcionários ligados a três projetos de infraestrutura. As propinas geraram ganhos à empresa no valor de 278 milhões de dólares.

Venezuela

No caso da Venezuela, os pagamentos foram de 98 milhões de dólares, para vários intermediários que disseram ter acesso direto a empresas públicas. O objetivo da Odebrecht era obter informações confidenciais sobre projetos e garantir concessões.

México

No caso do México, os pagamentos somaram 10,5 milhões de dólares, entre 2010 e 2014, gerando ganhos de 39 milhões. A investigação revelou, por exemplo, que em outubro de 2013, a Odebrecht pagou seis milhões a um alto executivo de uma empresa pública mexicana em troca de um contrato.

Colômbia

Entre 2009 e 2014, a empreiteira gigante pagou propinas na Colômbia no valor de 11 milhões de dólares, que lhe geraram ganhos de 50 milhões em contratos. O grupo possui dois contratos na Colômbia. Não se sabe se o acordo judicial pode ou não atingi-los de alguma forma.
Segundo o vice-presidente da Colômbia, o regulamento anticorrupção do país estabelece que qualquer condenação internacional em termos de corrupção inabilita uma empresa por 20 anos para efeito de obtenção de contratos com o Estado, como informa Ana Marcos, de Bogotá.

República Dominicana

As propinas pagas entre 2001 e 2014 chegam a 92 milhões de dólares. Foram destinadas a intermediários que influenciaram na aprovação de projetos que geraram ganhos de 163 milhões.

Peru

A Odebrecht pagou propinas no valor de 29 milhões de dólares para funcionários do Governo entre 2005 e 2014 para obter contratos públicos. Os ganhos foram de 143 milhões de dólares. Um exemplo: em 2005, um funcionário se ofereceu à empresa para ajudá-la a obter um contrato, que ela, de fato, acabou ganhando. Essa ajuda custou 20 milhões de dólares.
Segundo veículos de comunicação locais, a Promotoria peruana pediu na semana passada à Justiça brasileira o acesso à investigação que está sendo realizada sobre as obras de um gasoduto da Odebrecht no país.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O Itaquerão está na mira da Lava-Jato.. O 'presente' de Lula está na marca do penalty

Lava-Jato

Construção do Itaquerão foi presente ao ex-presidente Lula, afirma Emílio Odebrecht 

Reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo detalha informações do acordo de delação premiada do presidente do Conselho de Administração da construtora Odebrecht 

23/10/2016 - 08h55min | Atualizada em 23/10/2016 - 11h29min




          




Construção do Itaquerão foi presente ao ex-presidente Lula, afirma Emílio Odebrecht Bruno Alencastro/Agencia RBS
A construção da Arena Corinthians teria sido um presente ao ex-presidenteFoto: Bruno Alencastro / Agencia RBS
O Itaquerão está na mira da Lava-Jato...

É o que afirma a reportagem publicada neste domingo no jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso ao conteúdo da delação premiada de Emílio Odebrecht. Conforme o jornal, o presidente do Conselho de Administração da Organização Odebrecht afirmou que a construção da Arena do Corinthians, o Itaquerão, foi uma espécie de presente ao ex-presidente, que torce para o clube.
O 'presente' teria sido em retribuição aos êxitos obtidos pela empreiteira durante período em que Lula esteve na presidência do país. Entre 2003 e 2015, a Odebrecht viu seu faturamento passar de R$ 17,3 bilhões para R$ 132 bilhões. Segundo a reportagem, Emílio, que é pai de Marcelo Odebrecht – preso na Operação Lava-Jato e condenado a 19 anos de prisão – era o principal interlocutor de Lula com a empresa, e teria pressionado cerca de 80 executivos do grupo a buscar acordos de delação premiada.

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Palco de abertura da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, a Arena Corinthians foi construída entre 2011 e 2014 e custou R$ 1,2 bilhão – R$ 380 milhões a mais do que a estimativa inicial de R$ 820 milhões –, e foi financiada com recursos do BNDES (R$ 400 milhões), títulos da prefeitura de São Paulo (até R$ 420 milhões) e empréstimos em bancos. 
Ainda segundo o jornal, a ideia da construção de um estádio para o Corinthians partiu de Lula, que atribuía a falta de bons resultados do time ao fato de a equipe não possuir uma casa própria. O clube não tem conseguido arcar com o pagamento das parcelas de R$ 5,7 milhões mensais ao BNDES, e negocia junto à instituição uma carência maior. Se não conseguir vencer o pagamento das parcelas, o Corinthians pode perder o estádio para a Odebrecht.
Emílio também relatou que mantinha encontros regulares com Lula. Uma das vantagens obtidas para a empresa nesses encontros foi a ajuda do então presidente para expandir os negócios da Odebrecht para a América Latina e África. 
Em nota enviada à Folha, o advogado Cristiano Zanin Martins, que cuida da defesa do ex-presidente Lula, desqualificou o conteúdo das delações, como a de Odebrecht.
– A Lava-Jato não conseguiu apresentar qualquer prova sobre suas acusações contra Lula. Se a delação já não serve apra provar qualquer fato, a especulação de delação é um nada e não merece qualquer comentário – concluiu.

terça-feira, 12 de julho de 2016

PT> Tá difícil abandonar as páginas policiais...Mais revelações ou más revelações incomodam o partido da moda...

terça-feira, julho 12, 2016


POLÍCIA FEDERAL REVELA QUE EMPRESA LIGADA A ODEBRECHT COMPROU PRÉDIO PARA ABRIGAR SEDE DO 'INSTITUTO LULA'

Em junho de 2010, a construtora Odebrecht adquiriu um prédio de três andares na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, e planejava instalar ali a sede do futuro Instituto Lula, de acordo com a força-tarefa da Operação Lava-Jato. A compra foi feita em nome da DAG Construtora, de Salvador, que pertence a Demerval Gusmão, amigo e parceiro de negócios de Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira.
A DAG é a mesma que, em 2013, a pedido da Odebrecht, pagou o jatinho que levou o ex-presidente Lula a Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, como revelou O GLOBO.
Segundo as investigações, a família Lula sabia dos planos de usar o prédio para o instituto: um projeto de reforma do imóvel, que incluía auditório, sala para exposição e até apartamento com cinco suítes na cobertura, foi localizado numa pasta cor de rosa endereçada a dona Marisa Letícia e apreendida pela Polícia Federal, no início deste ano, no sítio de Atibaia (SP) que era usado por Lula e sua família.
Os documentos, apreendidos em março último, na 24º fase da Lava-Jato, voltaram a ser analisados pela força-tarefa no fim de junho, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) devolveu a Curitiba os inquéritos que investigam supostas vantagens indevidas dadas ao ex-presidente. O conteúdo da pasta e as negociações para compra do prédio são descritas num relatório de análise da PF, obtido pelo GLOBO.
PENDÊNCIAS JUDICIAIS
Embora o prédio tenha sido efetivamente comprado pela DAG, o Instituto Lula não ganhou a sede e acabou sendo instalado no prédio do antigo Instituto Cidadania, no Ipiranga, onde permanece até hoje. Os responsáveis pela compra teriam desistido do projeto original de uso depois de descobrir que o imóvel estava envolvido em pendências judiciais dos antigos proprietários.
Além da pasta com o projeto de reforma, a PF apreendeu na residência de Lula, em São Bernardo do Campo, e-mails impressos que indicam que a negociação do prédio, de 5.268 m² de área construída, chegou a ser feita por Roberto Teixeira, amigo e advogado do ex-presidente.
Teixeira, que costuma assessorar negócios imobiliários, foi quem ajudou na aquisição do sítio de Atibaia por Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Os e-mails apreendidos contêm o preço de venda do prédio (R$ 10 milhões) e as dívidas pendentes (de R$ 2,3 milhões).
Para os peritos, o projeto da pasta cor de rosa “refere-se à reforma do imóvel da Rua Haberbeck Brandão, 178”, na Vila Clementino, e o “terreno foi objeto de negociação para atender os interesses do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
Também foi apreendido na residência da família Lula um contrato de opção de compra, onde consta como vendedora a Asa Agência Sul Americana, então proprietária, e como comprador José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente. A data é anterior à venda para a Odebrecht, e quem assina o contrato é Teixeira. Ouvido pela PF no fim de junho, o pecuarista afirmou que não quis participar do negócio. Para os investigadores, sem Bumlai, a compra acabou sendo feita pela DAG. Do site de O Globo - Clique aqui para ler tudo

sexta-feira, 8 de julho de 2016

BNDES recebe determinação da 16ª Vara Federal em Brasília para revelar documentação de empréstimo para porto Mariel em Cuba

quinta-feira, julho 07, 2016


JUIZ FEDERAL DETERMINA AO BNDES QUE ABRA OS DADOS DO FABULOSO FINANCIAMENTO DO PORTO DE MARIEL CONSTRUÍDO PELA ODEBRECHT EM CUBA

Dilma com Raúl Castro e Marcelo Odebrecht festejam em Havana o esquema de ladroagem do Porto de Mariel. Ao lado o Marcelo Odebrecht atualmente, preso em Curitiba.
O juiz federal Marcelo Rebello Pinheiro, da 16ª Vara Federal, em Brasília, determinou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que revele a documentação relativa aos empréstimos feitos pela instituição destinados às obras de modernização do Porto de Mariel, em Cuba. O empreendimento, orçado em US$ 957 milhões – dos quais US$ 682 milhões saíram do BNDES -, é marcado por suspeita de tráfico de influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da empreiteira Odebrecht.
A decisão do juiz Marcelo Rebello Pinheiro atende Ação Cautelar de Exibição de Documentos, com pedido liminar, ajuizada por Adolfo Sachsida, ‘objetivando que seja determinada a disponibilização do processo administrativo referente aos contratos de empréstimo para modernização do porto de Mariel, em Cuba’.
O autor da ação alegou que o contrato foi ‘indevidamente’ classificado como secreto pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A justificativa para a ocultação da operação estaria relacionada a ‘informações sigilosas, permitindo ser conhecido (o contrato) apenas no ano de 2027, afastando a possibilidade de apreciação da legalidade do ato pelos órgãos de controle e pela própria sociedade’.
Em sua decisão, o juiz federal adverte que ‘a existência de indícios de irregularidades nas operações de financiamento para reconstrução do Porto de Mariel, cujos contratos se pretendem exibir, sobrepõe-se ao dever de sigilo sobre as referidas operações’.
“Entendo plausível o direito do requerente de ter os documentos exibidos pelas requeridas (BNDES e União), facultando-lhe a extração de cópia dos mesmos para instruir eventual ação popular”, determinou o Marcelo Rebello Pinheiro. Do site do Estadão