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terça-feira, 15 de julho de 2014

A goleada dos 7X1 vai ser um "mantra" para as instituições brasileiras....


Artigos

Enviado por Ricardo Noblat - 
15.7.2014
 | 16h15m
POLÍTICA

O legado dos 7 x 1

Gil Castello Branco, O Globo

O talento de Carlos Drummond de Andrade vai além da capacidade de transformar palavras em arte. Na semana passada, atordoado com os 7 x 1, reli a crônica “Perder, ganhar, viver”, publicada há 32 anos, na derrota do Brasil para a Itália, no Mundial de 1982.
No texto, o poeta retratou a frustração que tomou conta do país, comparável à que nos envolveu agora, nas goleadas impostas por Alemanha e Holanda.
A respeito da reação dos políticos, Drummond escreve: “...Vi a decepção controlada do presidente, que se preparava, como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de tudo, inclusive das eleições...” Nada tão atual.
Horas depois do maior atropelo da seleção brasileira em cem anos, os políticos entraram em campo e jogaram para a arquibancada. A presidente da República deu entrevista à CNN sobre a necessidade de renovação do futebol brasileiro e concluiu que “o Brasil não pode mais continuar exportando jogador”, sem explicar como irá aprisionar as jovens revelações ou repatriar Neymar, Thiago Silva, David Luiz e outros.
Pelo que imagino, será mais difícil do que congelar as tarifas de energia ou o preço da gasolina. O jornalista Franklin Martins, responsável por um dos blogs da campanha de Dilma, jogou no colo da CBF, de José Maria Marin e Ricardo Teixeira, a conta do vexame, mas exagerou na dose a ponto de a “chefa” reclamar do tom.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu “intervenção indireta”, mal explicada. O mais curioso é que essas propostas só agora tenham vindo à tona, apesar de o Ministério do Esporte existir desde 2003, inclusive tendo na sua estrutura, a partir de 2009, a Secretaria Especial de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor.
Mudar as leis, porém, depende do Congresso Nacional e, nesse sentido, o projeto de lei original que lá se encontra é do deputado Vicente Cândido (PT/SP), por coincidência vice-presidente da Federação Paulista de Futebol para a região metropolitana e o ABCD.
No bojo, muito mais sobre a anistia das dívidas fiscais bilionárias dos times de futebol do que sobre a responsabilização dos dirigentes e entidades esportivas. Cá entre nós, o surto de oportunismo por parte das autoridades governamentais teve como única finalidade descolar as derrotas contundentes da seleção do projeto de reeleição da candidata-presidente. Afinal, as mazelas do futebol brasileiro e a patota que o comanda são conhecidas há muitos anos.
Em 2001, a CPI da CBF-Nike, presidida justamente pelo então deputado Aldo Rebelo, desvendou esse esquema de grandes negócios que enriquece cartolas à custa da penúria dos clubes, transforma jogadores em mercadoria e destrói a seleção. No livro que escreveram sobre a CPI, os deputados Aldo e Silvio Torres entraram de sola na cúpula do futebol brasileiro:
“...São milhões de dólares que rolam em contratos obscuros e desaparecem. Quanto maiores os contratos, mais endividados ficam a CBF, as federações e os clubes, enquanto fortunas privadas formam-se rapidamente, administradas em paraísos fiscais de onde brotam mansões, iates, e se alimenta o poder de cooptação e de corrupção.”
Apesar dessas constatações, o que se viu nos últimos 13 anos foi mais do mesmo. Como as mudanças dependem do Congresso Nacional, que neste ano praticamente já encerrou as suas atividades em função das eleições, essa tal “reformulação do futebol brasileiro”, decorrente do “legado dos 7 x 1”, ficará para o próximo governo.
O importante, neste momento, é mudarmos o disco. Pior do que a seleção de Felipão é a conjuntura da economia. O crescimento econômico em 2014 será de 1%, se tanto. A inflação acumulada em 12 meses estourou o teto da meta de 6,5%, mesmo com os preços administrados represados.
O déficit em conta-corrente (diferença entre importações e exportações de bens e serviços) acumulado até maio já alcança 4,3% do PIB. Sem as “mágicas contábeis”, o superávit primário (necessário para o pagamento dos juros da dívida pública) é nulo. Ao que parece, está na hora de realizarmos “a eleição das eleições”.
Desta forma, volto a Carlos Drummond de Andrade: “Foi-se a Copa? Não faz mal. Adeus chutes e sistemas. A gente pode, afinal, cuidar dos nossos problemas.”

Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas

Ensaio sobre entusiasmo dos jogadores brasileiros na Copa....


15/07/2014
 às 9:04 \ Curiosidades etimológicas


O entusiasmo, ‘inspiração divina’, tem seus limites

O choro de Júlio César e Thiago Silva: entusiasmo puro (William Volcov/Brazil Photo Press)
O choro de Júlio César e Thiago Silva: entusiasmo puro (William Volcov/Brazil Photo Press)
A palavra entusiasmo – existente em nossa língua desde o início do século XVIII e que hoje empregamos com liberalidade para falar dos mais variados tipos de ardor e arrebatamento, até os menos apaixonados e profundos – nasceu de uma ligação direta com a esfera divina.
Tudo começou com o adjetivo grego entheosou enthous, formado a partir de theos, “deus”, o mesmo elemento presente em vocábulos como teologia e ateísmo. Seu sentido era o de “inspirado ou possuído por um deus”.
Enthousiasmós era, a princípio, “transporte divino, exaltação, transe, emoção religiosa intensa que conduz à intuição de verdades místicas”. Ao longo dos séculos, a palavra andou ganhando conotações negativas pela vizinhança com o fanatismo religioso.
Por outro lado, já despida de religiosidade, foi abraçada com gosto por poetas e artistas em geral para nomear o que sentiam ao serem arrebatados pela inspiração.
A seleção brasileira tentou, na Copa que terminou anteontem, substituir o bom futebol pelo puro entusiasmo – não apenas o patriótico, inspirado pelo hino cantado aos berros, mas, num movimento de curioso resgate etimológico, o religioso também. Deu no que deu.

Faixa de Gaza > Cessar - fogo agora é pra valer... por quanto tempo?

Israel hits Gaza as truce bid fails Updated 32 minutes ago Hamas spokesman, Sami Abu Zuhri: ceasefire proposal 'is like an ambush' Israel has resumed its air strikes on Hamas-controlled Gaza, after Israel's brief truce was met with continuing rocket fire. Israel had earlier accepted an Egyptian ceasefire proposal and halted operations on Tuesday morning. But the armed wing of Hamas rejected the initiative as a "surrender". Palestinian officials say at least 192 people have been killed by Israeli air strikes launched eight days ago to stop militants firing rockets into Israel. At least four Israelis have been seriously injured since the violence flared, but none have been killed. Kerry condemnation The Israel Defense Forces said militants had fired 76 rockets into Israel on Tuesday. Analysis Kevin Connolly, BBC Middle East correspondent, Jerusalem It took six hours for the first attempt to broker a deal between Israel and Hamas to founder. Israeli PM Benjamin Netanyahu had warned that if the rocket fire continued, Israel would hit back hard - and now it has. In the search for a ceasefire, this is clearly a setback although not necessarily a terminal blow. Hamas wants some concessions - like the lifting of the tight restrictions Israel and Egypt impose on Gaza's border - in advance of any deal. Egypt won't give up on its diplomatic efforts after a single setback but the resumption of hostilities means the question of whether Israel will eventually order ground operations is back on the agenda. It said that after resuming its air strikes, 30 targets had been attacked in Gaza, including 20 concealed rocket launchers, tunnels, a weapon storage facility and operational infrastructure used by a senior militant. Under the terms of the Egyptian initiative, the ceasefire should have been followed by a series of meetings in Cairo with high-level delegations from the two sides. There has been no definitive response to the initiative from Hamas. Senior Hamas spokesman Osama Hamdan told the BBC it had only heard about the truce initiative through the media and that a ceasefire could not be put in place without the details of any agreement being known. The armed wing of Hamas, the Izz al-Din Qassam Brigades, dismissed the initiative, saying its battle with Israel would "increase in ferocity and intensity". US Secretary of State John Kerry said he could not "condemn strongly enough" Hamas' actions in continuing to fire rockets. Israeli government spokesman Mark Regev told the BBC: "Hamas had seven hours to get their act together and they have rejected this ceasefire proposal... it's rejected it both in word and in deed." Middle East Quartet envoy Tony Blair said it was inevitable Israel would retaliate to the continued rocket fire. "There's no Israeli leader that would survive the day unless they were prepared to take action," he said. What was needed, Mr Blair said, was talks on both a short-term ceasefire and a long-term plan for Gaza. Israel's security cabinet, convened by Prime Minister Benjamin Netanyahu, had approved the truce on Tuesday morning, minutes before the proposed time for it to come into effect - at 09:00 (06:00 GMT). "We agreed to the Egyptian proposal in order to give an opportunity for the demilitarisation of the [Gaza] Strip - from missiles, from rockets and from tunnels - through diplomatic means," Mr Netanyahu had said. But he had then added: "If Hamas does not accept the ceasefire proposal, as would now seem to be the case, Israel would have all international legitimacy to broaden the military operation to achieve the required quiet." The BBC's Kevin Connolly said that Israel's rapid acceptance of the Egyptian ceasefire proposal was a smart tactical move. If the deal had held, Israel would have been happy with the outcome, he says, because it has damaged stockpiles of weapons that Hamas will find difficult to replenish. Palestinian officials say at least 192 people have been killed by Israeli air strikes over the past week An Israeli farmer in Ashkelon attempts to put out a fire caused by a rocket attack Are you in the area? Please get in touch by email talkingpoint@bbc.co.uk putting the word 'Gaza' in the subject heading. BBC © 2014

A Copa do Mundo comprovou que Futebol é o maior esporte do planeta....

Copa bate recorde de passageiros em aeroportos do país

 RIO - A Copa do Mundo gerou números recordes de turistas estrangeiros e de passageiros no sistema aeroviário do Brasil, com 700 mil visitantes de outros países apenas no mês de junho, informou nesta segunda-feira o Ministério do Esporte.
  A expectativa inicial do governo era de receber 600 mil turistas estrangeiros ao longo de todo o Mundial, número que foi batido apenas na primeira parte da competição, disputada de 12 de junho a 13 de julho em 12 cidades brasileiras. — Com o advento da Copa nós tivemos uma substituição do perfil do turista, o turista corporativo deu vez ao turista que veio aqui participar da festa da Copa do Mundo no Brasil — disse o secretário-executivo do ministério, Luis Fernandes, em entrevista coletiva no Maracanã um dia após a vitória da Alemanha por 1 x 0 sobre a Argentina na final disputada no estádio.
R7 esportes
  Pouco antes da Copa o governo elevou a estimativa inicial de turistas estrangeiro para mais de 800 mil diante do alto número de torcedores de outros países com ingressos comprados, mas esse número também pode ser superado diante dos 700 mil que chegaram apenas em junho — número 132% acima do mesmo mês do ano passado. 
 Boa parte desses torcedores veio ao Brasil de carro a partir de países sul-americanos, especialmente da Argentina. Torcedores argentinos invadiram cidades brasileiras desde o início do Mundial com carros e moto-homes, forçando as autoridades a encontrar locais para que pudessem estacionar e acampar.
  Apesar do grande números de turistas de carro, a Copa também levou o país a bater recordes no número de passageiros nos aeroportos.

   APESAR DE 'APAGÃO' PASSAGEIRO, GOVERNO APROVA INTERNET 
 
 Segundo Fernandes, o número médio de passageiros no sistema aeroviário foi de 485 mil por dia nos 21 principais aeroportos das 12 cidades-sede do Mundial, ante volume médio de 365 mil passageiros/dia no Carnaval e 404 mil no período do Natal. Apesar dos atrasos nas reformas de praticamente todos os aeroportos utilizados na Copa do Mundo, o governo comemorou a boa operação dos terminais aéreos durante a Copa. O índice de atraso durante a competição foi de 7,46%, ante padrão internacional de 15%, de acordo com dados divulgados por Fernandes. A rede de telecomunicação nos estádios, outra preocupação antes do Mundial devido aos atrasos nas obras, também foi aprovada pelo governo, ainda que o Maracanã tenha sofrido um 'apagão' temporário de internet alguns minutos antes da final de domingo e que situação semelhante tenha acontecido no jogo de abertura da Copa, em São Paulo. — No geral os problemas foram apenas pontuais, não prejudicaram a operação sistêmica da Copa do Mundo — disse Fernandes em um balanço geral da competição, ao lado de integrantes da Fifa e do Comitê Organizador Local do Mundial. Segundo ele, 45 milhões de fotos foram enviadas de dentro dos estádios da Copa do Mundo durante os jogos até a fase semifinal, e 11,2 milhões de chamadas foram feitas dentro das arenas até as quartas.

Cessar-fogo na Faixa de Gaza durou poucas horas...


Cessar-fogo fracassa e Israel retoma 

bombardeios a Gaza

Atualizado em  15 de julho, 2014 - 09:35 (Brasília) 12:35 GMT
Foguetes lançados de Gaza nesta terça-feira. Foto: AFP
Foto mostra foguetes lançados de Gaza durante o breve cessar-fogo desta terça
Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza nesta terça-feira, poucas horas depois de o gabinete do premiê Benjamin Netanyahu ter aceitado uma proposta de cessar-fogo feita pelo Egito.
As ações contra Gaza haviam sido interrompidas após a trégua. Israel alega que neste pequeno período de cessar-fogo, 50 foguetes foram disparados pelo Hamas. Em retaliação, dois novos alvos foram atingidos pelos israelenses em Gaza nesta terça.
O braço armado do grupo militante Hamas, que controla a Faixa de Gaza, disse não aceitar a proposta egípcia - a qual classificou como "rendição".
A proposta estabelecia um cessar-fogo imediato e uma série de reuniões no Cairo com a participação de delegações de alto nível de ambos os lados.
A nova onda de violência na região comelou há oito dias. Israel lançou ataques aéreos como tentativa de interromper o disparo de foguetes por militantes de Gaza contra o seu território.
Segundo autoridades palestinas, os ataques israelenses deixaram ao menos 192 mortos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de três quartos das vítimas sejam civis. Cerca de 1,4 mil palestinos ficaram feridos.
Segundo Israel, ao menos quatro israelenses ficaram feridos gravemente desde o início da ofensiva, mas não houve registro de mortes.
O Oriente Médio vive um momento de tensão desde o sequestre e morte de três jovens israelenses no mês passado. Israel acusou o Hamas dos assassinatos, mas o grupo palestino negou.
Dias depois, um jovem palestino foi morto, supostamente como vingança.

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Amor materno.... !!!!


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Paz no Oriente Médio sofre 'goleada' de 170 mortos



'Não vale a pena viver', diz palestino morador da Faixa de Gaza

Por BBC Brasil 
Texto

Conflito iniciado no dia 8 afeta totalmente dia a dia dos civis dos dois lados: 'Palestinos são reféns do Hamas', diz israelense

BBC
À medida que o conflito entre Israel e palestinos se intensifica na Faixa de Gaza, vão surgindo relatos de como o dia a dia de civis dos dois lados vem sendo profundamente afetado. De acordo com autoridades palestinas, a operação iniciada na terça-feira passada por Israel deixou mais 170 mortos.

AP
Palestinos se reúnem em mesquita ao redor de corpo de homem morto por ataque aéreo de Israel (14/7)

Segundo Israel, cerca de 1 mil foguetes foram lançados da Faixa de Gaza desde então e umdrone palestino teria sido abatido perto de Ashdod na manhã desta segunda-feira. Abaixo, israelenses e palestinos de Gaza relataram à BBC como suas vidas mudaram desde o início do conflito.
Haytham Besaiso, 26 anos, engenheiro civil morador da Cidade de Gaza
Essa é a terceira guerra em cinco anos. A diferença agora é que Israel não tem um propósito ou objetivo claro. Tudo que estão fazendo é matar civis e alvejar casas. Na primeira guerra, eles atacaram militantes. Na segunda, eles miraram o arsenal de armas.
A mídia ocidental atribui o confronto à morte de três jovens israelenses, mas nenhum grupo palestino assumiu a autoria do crime. Geralmente, alguém admite a responsabilidade. Ninguém sabe exatamente o que aconteceu e o que sentimos é que estamos sendo punidos coletivamente.
Viver aqui é horrível. Estamos sob cerco. Não podemos importar nada. Temos eletricidade por apenas oito horas, o que significa que não podemos construir nada.
Eu sou engenheiro civil, e não há materiais de construção no mercado. A indústria foi destruída. A agricultura fortemente abalada. Não podemos sobreviver desse jeito. Estamos deprimidos. Essa é a primeira vez que sinto que não vale a pena viver.
O mundo precisa fazer algo por nós. O processo de paz é difícil de ser alcançado e tem se arrastado pelos últimos 20 anos sem resolução. Deve haver alguma coisa que possa ser feita.
'Conflito ameaça região': Chefe da ONU pede cessar-fogo
Eu sou contra o governo de Israel, não contra o povo de Israel. Mas infelizmente as pessoas têm adotado visões um pouco extremas. Acho que os israelenses estão cansados dessa situação também e querem uma vida normal. Mas, se realmente quisessem, poderiam colocar mais pressão sobre o governo para que a paz seja alcançada, mas isso não está acontecendo.
Shimon Ben Shelaimi Zalman, clérigo de Beit Shemesh, a 30 km de Jerusalém
Eu vivenciei a Guerra do Golfo, mas meus filhos, de 13 e 11 anos, estão sofrendo com esse confronto.
Eles se recusam a dormir em casa porque não temos um abrigo antiaéreo por perto ou um cômodo protegido em casa. Eles estão dormindo com amigos em um bairro vizinho, em uma casa com quarto protegido.
Eu e minha mulher vamos dormir sem saber se tiramos os sapatos e roupas porque tememos ser acordados no meio da noite e ter de sair correndo. É muito difícil cair no sono com esses pensamentos na cabeça.
Sei que temos um Exército profissional e agradeço por nos protegerem, mas não podemos achar que eles terão todas as respostas.
Não fico feliz em ver civis feridos, sejam eles cristãos, judeus ou muçulmanos. Eu simpatizo com palestinos cujos filhos também estão sofrendo. Acho que os palestinos são reféns do Hamas, a gangue terrorista que eles colocaram no poder. Infelizmente não consigo ver uma solução para isso.
Gostaria de acreditar em um cessar-fogo, mas não se resultar apenas em uma interrupção temporária do combate para que eles se rearmem e comecem a atacar novamente.
Dania, 23 anos, professora palestina de literatura inglesa
A maioria dos prédios em Gaza é habitada por civis. Nós realmente queremos um cessar-fogo que seja cumprido pelos dois lados.
A mídia dá a impressão de que há uma troca de fogo equilibrada entre os dois lados, mas não menciona como o Exército israelense é mais forte. Quando eles nos atingem, os estragos são muito maiores.

AP
Israelense de direita segura bandeira e expõe Estrela de David na forma como judeus eram obrigados usar na Alemanha nazista em Jerusalém

O conflito em 2009 foi pior, mas os últimos dias foram a primeira vez em muitos anos que nos lembramos de como pode ser difícil viver aqui. Aqui em Gaza não temos o direito de defender nossas casas. Enquanto isso, Israel parece usar todas as formas de defesa.
Stephen Chelms, cidadão israelense e britânico de Netanya, norte de Israel
Eu lamento pelas perdas sofridas pelos palestinos, mas é culpa deles que estamos vendo crianças mortas, porque eles não as retiram (dos locais de confronto).
Se houvesse um ataque, os israelenses retirariam suas crianças e fariam tudo para que estivessem em segurança. Mas a mentalidade árabe sobre guerra e destruição não os estimula a fazê-lo.
Em vez disso, seu sistema de educação os ensina que eles têm de liberar a Palestina e que sunitas têm de lutar com xiitas e israelenses contra palestinos. Eles estão educando futuras gerações de combatentes para prolongar o conflito.
Gaza poderia ser próspera. Tem hotéis cinco estrelas, e as melhores praias também. Há muita riqueza e eles poderiam ultrapassar o Líbano como destino turístico, mas o Hamas não está interessado nisso.
Eu não acredito que Israel fará uma invasão terrestre por enquanto porque nos causaria muitos problemas e os ataques aéreos são mais eficientes.
Em longo prazo, não acho que foguetes vão resolver alguma coisa. Precisamos de uma solução que tenha a participação de um terceiro ator e, por falta de alternativas de credibilidade, os EUA ainda são a melhor opção porque podem ao menos dialogar com o governo israelense. O Egito também pode participar, mas eles têm seus próprios problemas para resolver.
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