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NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A lei da Ação e Reação....!!! / blog do Aluizio Amorim

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2014/07/intervencao-de-lula-no-santander-abala.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+BlogDoAluizioAmorim+(BLOG+DO+ALUIZIO+AMORIM)

quarta-feira, julho 30, 2014


INTERVENÇÃO DE LULA NO SANTANDER ABALA A CONFIANÇA DOS INVESTIDORES NAS ANÁLISES SOBRE OPÇÕES DE INVESTIMENTO

Quem possui aplicações financeiras nos bancos deve começar a ficar atento. A intervenção do Lula no Banco Santander, obrigando o estabelecimento a punir com a demissão uma analista de mercado, porque ela afirmou que quando Dilma cai a bolsa sobe e quando a Dilma sobe nas pesquisas a bolsa cai, acendeu literalmente a luz vermelha, a cor preferida dos tiranetes bolivarianos. Vide o exemplo da Venezuela, onde Nicolás Maduro, o amigão de Lula, estraçalhou a economia daquele país.
Creio que ninguém melhor do que o jornalista Reinaldo Azevedo, pegou a coisa de jeito. Recomendo que leiam aqui o post de Reinaldo sobre o assunto, ou melhor, sobre o fato de que a credibilidade das análises sobre investimentos fornecidas aos clientes pelos bancos, depois dessa intervenção de Lula, foram para o espaço sideral. Quebra de confiança numa área séria e sensível que são os investimentos é um péssimo negócio para qualquer investidor e, por conseguinte, para a economia brasileira.
Ilustro este post com uma dessas fotomontagens que circulam pelas redes sociais e que foi enviada ao blog pelo médico e escritor Milton Pires.

Desabafo de uma médica que trabalha em condições horrorosas em hospitais sem estrutura


Foto do Google
"Dilma, deixa eu te falar uma coisa! 
Sou Fernanda Melo, médica, moradora e trabalhadora de Cabo Frio, cidade da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro.
Este ano completo 7 anos de formada pel
a Universidade Federal Fluminense e desde então, por opção de vida, trabalho no interior. Inclusive hoje, não moro mais num grande centro. Já trabalhei em cada canto...

Você não sabe o que eu já vi e vivi, não só como médica, mas como cidadã brasileira. Já tive que comprar remédio com meu dinheiro, porque a mãe da criança só tinha R$ 2,00 para comprar o pão.

Por que comprei?

Porque não tinha vaga no hospital para internar e eu já tinha usado todos os espaços possíveis (inclusive do corredor!) para internar os mais graves.

Você sabe o que é puxadinho?
Agora, já viu dentro de enfermaria? Pois é, eu já vi. E muitos. Sabe o que é mãe e filho dormirem na mesma maca porque simplesmente não havia espaço para sequer uma cadeira?

Já viu macas tão grudadas, mas tão grudadas, que na hora da visita médica era necessário chamar um por um para o consultório porque era impossível transitar na enfermaria?

Já trabalhei num local em que tive que autorizar que o familiar trouxesse comida ( não tinha, ora bolas!) e já trabalhei em outro que lotava na hora do lanche (diga-se refresco ralo com biscoito de péssima qualidade) que era distribuído aos que aguardavam na recepção.

Já esperei 12 horas por um simples hemograma. Já perdi o paciente antes de conseguir um mera ultrassonografia. Já vi luva descartável ser reciclada. Já deixei de conseguir vaga em UTI pra doente grave porque eu não tinha um exame complementar que justificasse o pedido.

Já fui ambuzando um prematuro de 1Kg (que óbvio, a mãe não tinha feito pré natal!) por 40 Km para vê-lo morrer na porta do hospital sem poder fazer nada. A ambulância não tinha nada...

Tem mais, calma! Já tive que escolher direta ou indiretamente quem deveria viver. E morrer...


Já ouvi muito desaforo de paciente, revoltando com tanto descaso e que na hora da raiva, desconta no médico, como eu, como meus colegas, na enfermeira, na recepcionista, no segurança, mas nunca em você.

Já ouviu alguém dizer na tua cara: meu filho vai morrer e a culpa é tua? Não, né? E a culpa nem era minha, mas era tua, talvez. Ou do teu antecessor. Ou do antecessor dele...

Já vi gente morrer! Óbvio, médico sempre vê gente morrendo, mas de apendicite, porque não tinha centro cirúrgico no lugar, nem ambulância pra transferir, nem vaga em outro hospital?

Agonizando, de insuficiência respiratória, porque não tinha laringoscópio, não tinha tubo, não tinha respirador?

De sepse, porque não tinha antibiótico, não tinha isolamento, não tinha UTI?

A gente é preparado pra ver gente morrer, mas não nessas condições.

Ah Dilma, você não sabe mesmo o que eu já vi! Mas deixa eu te falar uma coisa: trazer médico de Cuba, de Marte ou de qualquer outro lugar, não vai resolver nada!

E você sabe bem disso.

Só está tentado enrolar a gente com essa conversa fiada. É tanto descaso, tanta carência, tanto despreparo...

As pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e quando procuram os hospitais, despejam em nós todas as suas frustrações, medos, incertezas...

Mas às vezes eu não tenho luva e fio pra fazer uma sutura, o que dirá uma resposta para todo o seu sofrimento!

O problema do interior não é falta de médico. É falta de estrutura, de interesse, de vergonha na cara. Na tua cara e dessa corja que te acompanha!

Não é só salário que a gente reivindica. Eu não quero ganhar muito num lugar que tenha que fingir que faço medicina. E acho que a maioria dos médicos brasileiros também não.

Quer um conselho?

Pare de falar besteira em rede nacional e admita: já deu pra vocês!

Eu sei que na hora do desespero, a gente apela, mas vamos combinar, você abusou!

Se você não sabe ser "presidenta", desculpe-me, mas eu sei ser médica, mas por conta da incompetência de vocês, não estou conseguindo exercer minha função com louvor!

Não sei se isso vai chegar até você, mas já valeu pelo desabafo!"


(Fernanda Melo)

"Estou com vergonha do Brasil" / Ruth Moreira


(Ela tem 84 anos e expressou aquilo que todos os brasileiros decentes estão sentindo)

 
 
Estou com vergonha do Brasil. Vergonha do governo, com esse impatriótico,  antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder.
Vergonha do Congresso rampeiro que temos, das Câmaras que dão com uma mão para nos surrupiar com a outra, políticos vendidos a quem dá mais.
Pensar no bem do País é ser trouxa.
Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas estatais, Petrobrás, Eletrobrás e outras, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a serviço de uma causa só, o poder.
Vergonha de juízes vendidos.
Vergonha de mensalões, mensalinhos, mensaleiros.
Vergonha de termos quase 40 ministros e outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva, enquanto brasileiros morrem em enchentes, perdendo casa e familiares por desídia de políticos, se não desonestos, então, incompetentes para o cargo.
Vergonha de ver a presidente de um país pobre ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos (onde está a guerrilheira? era tudo fantasia?).
Vergonha da violência que impera e de ver uma turista estuprada durante seis horas por delinquentes fichados e à solta fazendo barbaridades, envergonhando-nos perante o mundo.
Vergonha por pagarmos tantos impostos e nada recebermos em troca - nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a população que forçosamente tem de ir à luta.
Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada inflação. Agora pergunto: onde estão os homens de bem deste país?
Onde está a Maçonaria? OAB? CNBB? LYONS? ROTARY? Entidades de classe?
Onde estão os que querem lutar por um Brasil melhor? Por que tantos estão calados?
Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza.
Até quando isso vai continuar?
Até quando veremos essas nulidades que aí estão sendo eleitas e reeleitas?
Estou com muita vergonha do Brasil.
 

 
ONDE ESTÃO NOSSOS MAGISTRADOS?
ONDE ESTÁ A PROCURADORIA?
E OS NOSSOS MILITARES?
SERÁ QUE TODOS TEMOS QUE SER SUBMISSOS ?!?

Se és brasileiro, patriota e quer ver essa situação mudar, não vacile, REPASSE para o maior número de pessoas, é preciso fazer com que o povo tome consciência e reaja!!!
 

"Todo homem nasce original e morre plágio" ... Uma das 20 frases de Millôr Fernandes homenageado na Flip 2014 / Adnews

20 frases de Millôr Fernandes, o homenageado da Flip em 2014

30 de julho de 2014 · Atualizado às 11h12
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20 frases de Millôr Fernandes, o homenageado da Flip em 2014 (Reprodução/Cartunista Quinho)
Dramaturgo, editor, tradutor, artista gráfico, uma das figuras mais marcantes da imprensa brasileira, Millôr Fernandes será o autor homenageado da 12ª edição da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, que começa nesta quarta-feira (30). 
Morto em março de 2012, aos 88 anos, Millôr deixou uma inesgotável obra literária e intelectual, incluindo peças de teatro, livros de prosa e poesia, romances, desenhos, exposições de pintura, traduções, roteiros de cinema e textos na imprensa. Irreverente, participou de todos os movimentos de renovação cultural da segunda metade do século XX.
“Millôr trazia o mundo da Flip num homem só: da tradução de Shakespeare ao cartum, do jornalismo ao hai-kai. Sua crítica ao poder é fundamental no Brasil de 2014”, afirma Paulo Werneck, curador da Flip. O tom humorístico e ao mesmo tempo refinado, fio condutor do trabalho do artista, ganhou fama pelo país nas charges, textos e frases carregadas de crítica social.
Para celebrar o evento, o Adnews resolveu separar 20 frases do mestre.

1 - Se você não tem dúvida é porque está mal informado.
2 - Todo homem nasce original e morre plágio.
3 - Não gosto de direita porque ela é de direita, e não gosto de esquerda porque ela é de direita.
4 - O homem é o único animal que ri. E é rindo que ele mostra o animal que é.
5 - Desconfio de todo idealista que lucra com seu ideal.
6 - Fobia é um medo com PhD.
7 - O otimista não sabe o que o espera.
8 - Quem confunde liberdade de pensamento com liberdade é porque nunca pensou em nada.
9 - Ser pobre não é crime mas ajuda muito a chegar lá.
10 - Baiano só tem pânico no dia seguinte.
11 - Tristezas não pagam dívidas. Nem bravatas, por falar nisso.
12 - O progresso era maravilhoso quando não progredia tanto.
13 - Beber é mal. Mas é muito bom.
14 - Em política nada se perde e nada se transforma - tudo se corrompe.
15 - O capitalismo não perde por esperar. Em geral ganha 6% ao mês.
16 - O acaso é uma besteira de Deus.
17 - Nunca conheci ninguém podre de rico. Mas já vi milhares de pessoas podres de podre.
18 - O homem é o câncer da natureza.
19 - Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos muito bem.
20 - Para bom entendedor meia palavra basta. Entendeu ...ecil?
Redação Adnews

terça-feira, 29 de julho de 2014

"Por que as pessoas odeiam Israel ??".../ blog de Aluízio Amorim


domingo, julho 27, 2014

POR QUE AS PESSOAS ODEIAM ISRAEL? ORA, POR CAUSA DA MAIORIA DOS JORNALISTAS, ESSES DEPRAVADOS IMORAIS E MENTIROSOS QUE CONTROLAM A GRANDE MÍDIA!


Muçulmanos queimam a Bandeira de Israel em frente a embaixada israelense em Bankgok
(foto: Jewish Journal)
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O artigo que transcrevo abaixo após este prólogo está publicado na coluna do excelente Rodrigo Constantino, no site da revista Veja, em tradução de Claudia Costa Chaves, a partir do original do site do Jewish Journal, de autoria de Dennis Prager.

"Nós vivemos em um mundo mau.
Não é nenhuma novidade. O mundo anda muito ruim desde que foi inaugurado. Foi por isso que Deus o destruiu e recomeçou do zero (com um espetáculo iniciando a nova experiência, é preciso dizer).
A partir de uma perspectiva moral, observem o mundo desde o ano 2000.
A Coreia do Norte continua a ser um país que é, inteiro, essencialmente, um enorme campo de concentração.
O Tibete, uma das culturas mais antigas da humanidade, continua ocupado e sendo destruído pela China.
A Somália não existe mais enquanto país. Trata-se de um estado anárquico em que o mais cruel e o mais forte (geralmente o mesmo) prevalece.
No Congo, entre 1998 e 2003, cerca de 5.5 milhões de pessoas foram mortas – quase o mesmo número de judeus que morreram no Holocausto.
Na Síria, cerca de 150 mil pessoas foram mortas nos últimos três anos e milhões perderam os lares.
No Iraque, quase toda semana vemos assassinatos em massa causados por bombas terroristas.(Agora, uma ordem para mutilação genital feminina também em massa está em vigor no tal califado. N.T.)
No México, desde 2006, aproximadamente 120 mil pessoas foram mortas nas guerras do tráfico travadas no país.
O Irã, uma ditadura teocrática que defende o genocídio, está prestes a conseguir fabricar armas nucleares.
Comunidades cristãs no Oriente Médio são aniquiladas; o massacre de cristãos é rotina na Nigéria.
É claro que o século 20 foi ainda mais sangrento, mas estamos apenas no 15º ano do século 21. Não obstante, mostrar o quanto o mundo é terrível para com tantos habitantes não é meu objetivo. O que quero demonstrar é que, apesar de tanta maldade e sofrimento, o mundo concentrou maciçamente a atenção nos supostos malfeitos de um país: Israel.
O que torna tal fato tão digno de nota é que Israel está entre os países mais humanitários e livres do planeta. E o que é pior, é o único país do mundo sob ameaça de aniquilação.
Este é o único caso da História em que os povos dos países livres tomaram as dores de um estado policial contra um estado livre. É impossível apontar qualquer outra ocasião na História Moderna – a única ocasião histórica em que existem sociedades livres – na qual, em uma guerra entre um estado livre e um estado policial, o estado livre foi considerado o agressor. É porque uma situação como a de Israel e dos inimigos do país nunca ocorrera antes.
A questão é, claro, por quê?
Por que em uma época na qual um shopping center do Quênia é bombardeado, na qual terroristas islâmicos massacram cristãos na Nigéria e milhares de pessoas morrem na Síria, o mundo está preocupado com uns 600 palestinos mortos como resultado direto de lançarem milhares de mísseis com a intenção de matar tantos israelenses quanto possível?
Por que essa obsessão contra Israel desde a fundação do país e, em especial, desde 1967?
Não pode ser ocupação. A China ocupa o Tibete e o mundo não presta a menor atenção. E a criação do Paquistão, que ocorreu ao mesmo tempo da criação de Israel, deu origem a milhões de refugiados muçulmanos (e hindus). Mesmo assim, ninguém presta atenção ao Paquistão, tampouco.
Há apenas duas explicações para essa anomalia moral.
A primeira é uma predileção quase mundial pelos valores e ideias esquerdistas. Segundo esse viés de pensamento, os ocidentais estão quase sempre errados ao combater países ou grupos do Terceiro Mundo; e a parte mais fraca, especialmente se não for ocidental, é quase sempre rotulada de vítima quando combate um grupo ou país mais forte, em especial se este for ocidental. O esquerdismo substituiu o “bem e mal” por “rico e pobre”, “forte e fraco”, e “Ocidental (ou branco) e não-Ocidental (ou não-branco).” Israel é rica, forte e ocidental; os palestinos são pobres, fracos e não-ocidentais.
A única outra explicação possível é Israel ser judia.
Não existe qualquer outra explicação racional, pois a ideia fixa com, assim como o ódio por Israel não são racionais. Israel é um país particularmente decente. Ela é miúda, é mais ou menos do tamanho de Nova Jérsei e é menor que El Salvador; e enquanto existem mais de 50 países muçulmanos, existe apenas um país judeu. Israel deveria ser admirada e apoiada, mas não odiada a ponto de existirem dúzias de países cujas populações querem ver Israel aniquilada, o que, mais uma vez, é um fenômeno singular. Nenhum outro país do mundo jamais foi escolhido para ser exterminado.
Por mais difícil que seja para as pessoas modernas e pouco religiosas aceitarem, o judaísmo de Israel é a razão maior para o ódio a ela dedicado.
Ironicamente, este fato, bem como a obsessão pelos judeus antes da existência de Israel, confirma para este observador o papel divino que os judeus desempenham na História. Poucos judeus se dão conta desse papel e um número ainda menor o deseja. Mas, a não ser pela influência da esquerda, não há outra explicação para a animosidade contra Israel."

Discurso infeliz da presidente Dilma para a sabatina da Jovem Pan, Folha e SBT / Reinaldo Azevedo

Blog Reinaldo Azevedo


29/07/2014
 às 14:28

Dilma e a Faixa de Gaza – Não é nem genocídio nem massacre, presidente. É só ignorância!

Volto à sabatina a que se submeteu a presidente Dilma Rousseff, promovida pela Jovem Pan, pela Folha e pelo SBT. Mesmo em condições especiais na comparação com outros candidatos — afinal, ela estava em sua casa, ainda que temporária (o Palácio da Alvorada), e sem público —, e com entrevistadores, no geral, benevolentes, seu desempenho foi pífio. Já escrevi a respeito já (leiam post). Volto ao assunto.
Começo pela questão israelo-palestina. Contrariando a avaliação de um dos gênios que ela tem na assessoria, Marco Aurélio Garcia — este milagre às avessas da natureza! —, Dilma avalia que não há “genocídio” na Faixa de Gaza. Ah, bom! Não deixa de ser um avanço. Mas ela vê um “massacre”. Está igualmente errada. Massacre é o que as milícias árabes fizeram em Darfur, presidente, no Sudão, sob o silêncio cúmplice do PT. Foram mais de 500 mil mortos, e o governo brasileiro se negou a condenar o ditador Omar al-Bashir. Massacre é o que praticou Bashar al-Assad em algumas cidades da Síria, sob o mesmo silêncio pusilânime do seu governo. Em Gaza, por mais dramática que seja a situação — e é —, trata-se, sim, de uma guerra. E o grande número de vítimas civis se deve à forma como o Hamas organiza a sua milícia, usando a população como escudo, o que é franca e escancaradamente admitido pelos terroristas. Um “massacre”, soberana, não é mera questão subjetiva.
Uma presidente da República não pode falar o que dá na telha, especialmente sobre política externa. Afinal, representa o conjunto dos brasileiros. Dilma deu vexame. Afirmou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o estado de Israel. Provavelmente, lembrou-se de que o brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a sessão da ONU que decidiu a partilha do antigo protetorado britânico entre os estados de Israel e a Palestina. Os  árabes não aceitaram, e vocês conhecem o resto da história. Precederam o Brasil no reconhecimento oficial de Israel — o que se deu em 1949 — os EUA e a antiga União Soviética. Imagino um candidato à Presidência dos EUA dizendo uma batatada dessa natureza. A coisa seria fartamente explorada pela imprensa. Por aqui, passa como graça.
Economia e pessimismo
Dilma não se saiu melhor quando se referiu à economia. Estava mesmo num dia infeliz. Referindo-se ao que considera ser apenas “pessimismo” infundado, a soberana resolveu estabelecer um paralelo com as expectativas negativas que muitos tinham em relação à Copa do Mundo. Parece que a equipe de marketing achou que essa é uma boa ideia.
Ocorre que os dados ruins da economia  — juros de 11%, crescimento na casa de 1% e inflação, no momento, acima do teto da meta (6,5%), para citar alguns números — são uma realidade presente, não um sentimento, uma aposta ou um presságio ruim. Dilma chegou a dizer que “nenhum país se recuperou” da crise, o que é uma piada — ainda que involuntária. A maior economia do planeta, os EUA, vão crescer 1,7% neste ano (o Brasil deve ficar abaixo de 1%) e 3% no ano que vem (a previsão, por aqui, está em torno de 2%). O Brasil cresce a uma taxa muito inferior à da maioria dos países latino-americanos e de economias ricas da Europa.
Dos três principais candidatos, ela foi, de longe, a que teve o pior desempenho, embora esteja na Presidência da República e disponha de instrumentos que lhe permitem fazer agora o que diz que pretende fazer um dia.
Por Reinaldo Azevedo

Salada de impropérios na festividade da CUT: Lula, aeroporto de Cláudio, presidente do Santander, família Neves, Dilma tudo junto e misturado com pouca Ética

CUT:‘Eleito, Aécio fará aeroporto no quintal dele’

Josias de Souza

Do blog do Josias

Observado por Lula, o presidente da CUT, Vagner Freitas de Moraes, fez duros ataques ao presidenciável tucano Aécio Neves na noite desta segunda-feira. Deu-se na abertura da 14ª Plenária Nacional da entidade. Ao discursar, o sindicalista fez referência ao aeroporto que o governo de Minas construiu no município de Cláudio. A pista de pouso fica a 6 km da Fazenda da Mata, um refúgio da família Neves que Aécio visita amiúde.
Ardoroso defensor da reeleição de Dilma Rousseff, Vagner Freitas disse que a classe trabalhadora “não pode errar” na escolha do próximo inquilino do Planalto. “Alguém acha que a eleição do Aécio vai significar investimento em políticas públicas de qualidade no Brasil? Não. Ele vai fazer o que ele sempre fez. Imagina! Ele, como senador, já faz aeroporto na casa do pai dele! Se for presidente da República vai fazer aeroporto no quintal dele!”
O mandachuva da CUT revelou-se profundamente desinformado. Construída ao custo de R$ 13,9 milhões, a pista de pouso ficou pronta em 2010. Aécio aprovou-a como governador de Minas. Só assumiria sua cadeira no Senado em fevereiro de 2011. De resto, o aeroporto não fica na “casa do pai” do tucano, morto há quase três anos. Foi plantado em terras desapropriadas de Múcio Tolentino, tio-avô de Aécio.
Alheio à precisão, Vagner Freitas entregou-se a um vale-tudo retórico no seu esforço para espinafrar Aécio. A CUT está empenhada em recolher assinaturas para colocar de pé uma reforma política com plebiscito. “Se nós conseguirmos o plebisto popular e o Aécio ganhar a eleição, ele joga esse plebiscito no lixo.”
“Se continuarmos conseguindo todos os aumentos reais de salário das campanhas salariais e o Aécio ganhar a eleição, nós vamos ter problema”, prosseguiu o presidente da CUT. “E vamos ter que fazer campanha para defender empresas publicas, nossos direitos, para ter salário, porque ele vai acabar com a gente.”
No Apocalipse esboçado por Vagner Freitas, “se o Aécio ganhar a eleição, ele vai acabar com a conquista que nós construímos com o presidente Lula de valorização do salário mínimo, que é a questão social mais importante do Brasil.” Ao concluir o seu discurso, transmitido ao vivo pela internet, o comandante do braço sindical do PT repassou o microfone para Lula, cacique supremo da tribo partidário-sindical.
Ironicamente, Lula utilizou parte de sua fala para reclamar do terrorismo eleitoral que a mídia e o mercado finaceiro estariam fazendo com Dilma Rousseff. Estendeu-se, por exemplo, nos comentários sobre o texto enviado pelo banco espanhol Santander aos clientes mais endinheirados, para dizer que a economia iria piorar se Dilma for reeleita. Lula revelou que conhece Emilio Botín, presidente mundial do Santander.
“Acho que meu amigo Botín criou um problema sério”, disse Lula, antes de recordar uma passagem da sucessão presidencial de 2002. Contou que o espanhol Botín acabara de chegar ao Brasil. “Foi visitar o meu comitê. E, naquela época, as pessoas diziam que os banqueiros não iam fazer investimentos, que o mercado iria correr e não sei mais o quê.”
“O Botín falou assim pra mim: ‘Se usted quiera, eu posso hablar com la prensa’. Eu falei: puede hablar. E ele ele fez um discurso dizendo que o mercado não tinha nenhuma precupção, que ia continuar acreditando no Brasil, investindo no Brasil, porque ele sabia da responsabilidade do nosso governo. Agora, depois de tantos anos, não tem nenhum lugar do mundo em que o Santander esteja ganhando mais dinheiro do que no Brasil. Aqui, ele ganha mais do que Nova York, Londres, Pequim, Paris, Madrid, mais do que Barcelona.”
Lula dirigiu-se aos cerca de 600 delegados estaduais presentes ao encontro da CUT como se estivesse conversando com o próprio presidente do Santander: “Ôoo, Botín, é o seguinte, querido: tenho consciência que não foi você que falou. Mas essa moça tua que falou não entende porra nenhuma de Brasil. E não entende nada de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia é, sinceramente… pode mandar embora e dá o bônus dela pra mim, que eu sei como falo.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Verdades de banco incomodam governo e geram juros negativos à Democracia

http://veja.abril.com.br/blog/mercados/mercado-de-ideias/santander-verdades-que-nao-cabem-num-extrato/

27/07/2014
 às 16:02 \ Mercado de ideias

Santander: Verdades que não cabem num extrato

Doze anos depois da ‘carta’, um extrato assusta o PT
O episódio que começou com a singela opinião de um analista do banco Santander e terminou num pedido de desculpas, na vitimização do PT e na demissão de funcionários do banco mostra o crescente constrangimento do debate de ideias no Brasil, já tão pobre e imbecilizado.monkey-covering-eyes-224x300
Dizer que, se Dilma for reeleita, a Bolsa vai cair e o dólar vai subir é como “prever” que o rio corre para o mar, ou que o dia amanhecerá depois da noite.
Ao tentar envenenar a análise clara do Santander, o PT só prova que, além de ser mau gestor da economia, o partido está cada vez mais medroso, mais cheio de mimimi, e mais distante da democracia.
Senhoras e senhores, liberais e conservadores, petistas e tucanos: O dinheiro não aceita desaforo. O dinheiro não é “amigo” de uns, nem tem antipatia com outros. Ele não é um ente político nem partidário. Ele é um freelancer que só busca uma coisa: retorno sobre o investimento. Boa parte do PIB nacional já “votou” no PT em 2006 e até em 2010, uma época em que o partido deixou a economia em paz no seu tripé e foi cuidar dos programas sociais.
Mas, ensinam os livros de economia, os donos do dinheiro são sujeitos excêntricos: eles só acham possível obter retorno quando as regras são claras e estáveis, quando a inflação está baixa, e quando o País cresce. Infelizmente — para a Presidente Dilma, para o mercado e para o País — seu governo falhou nos três quesitos. Nada pessoal, Presidente.
O Santander está certo: se este governo que produz PIBinho atrás de PIBinho e que faz com que empresários represem investimentos for reeleito, as empresas brasileiras valerão menos, o dólar valerá mais, e a economia continuará crescendo pouco ou nada. Isto é uma realidade econômica, mas se você não entende o sentido da frase “não existe almoço grátis”, nem precisa continuar lendo.
Qualquer brasileiro pode se lixar para o valor das empresas, dar de ombros para o valor do dólar, e não se ligar na taxa de crescimento do Brasil — apesar das três coisas terem impacto na sua vida e na do seu vizinho — e pode votar na Presidente Dilma. É um direito dele, assim como deveria ser direito de um analista de banco…. analisar os incentivos dos agentes econômicos, como fizeram os funcionários do Santander.
É curioso que, na eleição de 2002, o então candidato Lula (então conhecido no mercado como Satã) entendeu a importância de se comunicar com o mercado (ainda conhecido no PT como Satã) em sua famosa “carta ao povo brasileiro” — mais conhecida, na piada que a história consagrou, como “carta ao banqueiro brasileiro”. Para quem não se lembra, era uma carta em que o PT jurava que ia honrar as dívidas e não bagunçar a economia que FHC havia acabado de consertar.
É isto mesmo, companheiros. Saboreiem a ironia: o partido que um dia teve a coragem de escrever uma carta pública, renunciando a 20 anos de nonsense econômico, hoje se faz de vítima histérica de uma opinião nada controversa escrita num reles extrato. Pior: não quer que sua política econômica passe pela análise de profissionais de uma empresa financeira que é paga para orientar seus correntistas.
Rui Falcão, presidente do PT, disse ao Estadão: “O que aconteceu é proibido, porque você não pode fazer manifestações que por qualquer razão interfiram na decisão de voto. E aquele tipo de afirmação pode sim interferir na decisão do voto.”
Levada ao limite, a tese de Falcão impediria o debate político, já que qualquer cidadão que emite uma opinião “interfere” na decisão de voto de alguém. Se fosse assim, só nos restaria sentar e assistir à propaganda eleitoral, aquele espaço onde existe tudo, menos verdade.
Os esforços do PT de se fazer de vítima do mercado nessa estória revelam a pobreza intelectual do partido, sua incapacidade de lidar com críticas e seu oportunismo em bancar a vítima. Nos EUA, quando os democratas estão na frente numa corrida eleitoral, os bancos frequentemente dizem que isso é má notícia para o mercado (“vendam suas ações”), pois democratas tendem a querer mais impostos e mais gastos. Apesar disso, não há registro do Partido Democrata ameaçar o JP Morgan ou a Goldman Sachs de “interferir no processo”.Quanto ao Santander, que assumiu o “erro” e pediu desculpas, também aprendemos uma coisa: Nem o banco mais umbilicalmente conectado com o Governo — com exceção dos próprios bancos estatais — conseguiu controlar uma opinião que, de tão óbvia, passou despercebida por qualquer controle interno.
A postura subalterna do Santander — noves fora a covardia inominável de demitir seu time de analistas — não é, entretanto, de se estranhar. O banco é como o capital: só quer saber de seu retorno. É um negócio amoral.
Já da política se espera muito mais — o livre debate de ideias — e é preocupante que os políticos não estejam à altura das expectativas.
No final das contas, o extrato do Santander só mostrou uma democracia com saldo negativo.
Por Geraldo Samor