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domingo, 5 de maio de 2013

Ana Paula Padrão faz desabafo em conversa com repórter... / Mônica Bergamo

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2013/05/1272732-ana-paula-padrao-escreve-livro-fala-da-dor-de-perder-um-bebe-e-diz-que-e-quase-doce.shtml

mônica bergamo

 

05/05/2013 - 02h45

Ana Paula Padrão escreve livro, fala da dor de perder um bebê e diz que é "quase doce"

DE SÃO PAULO

Ao rever uma reportagem sobre o "badernaço", manifestação que acabou em confronto em Brasília, em 1986, Ana Paula Padrão percebeu como sua voz era diferente no começo da carreira. "Fiquei chocada em ver como havia incorporado um padrão vocal masculino", relata à repórter Eliane Trindade.
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Ana Paula Padrão diz que hoje é uma mulher "quase doce"

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Karime Xavier/Folhapress
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A jornalista Ana Paula Padrão posa para a coluna no hotel Fasano, nos Jardins, em São Paulo
A ficha caiu em 2002, quando a jornalista fazia uma série de reportagens sobre mulheres no mundo do trabalho para o "Jornal da Globo". Ocupava também a bancada do telejornal do fim de noite desde que voltara de uma temporada como correspondente em Nova York.
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A mudança embutia mais do que amadurecimento do timbre ou maior segurança. Personalizava o que a fonoaudióloga Maruska Rameck descreveu em um estudo sobre o falar das mulheres poderosas: menos ar e menos espaço entre as palavras e o tom mais grave. "Ao pesquisar a voz de mulheres em posição de comando, a conclusão foi a de que mudamos a voz para chegar ao poder."
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As angústias de Ana Paula encontraram eco em Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia. Uma entrevista que deveria durar 15 minutos virou conversa de uma hora e meia sobre o resgate de valores do universo feminino no mercado de trabalho.
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Ela repete as palavras da futura presidente: "Se a mulher só vive para o tempo da produtividade, que é diferente do tempo de educar uma criança, por exemplo, está pensando errado a vida familiar". Outra frase de Dilma calou fundo: "A vida sem um companheiro, sem alguém para amar, sem filhos e família, é uma vida pobre".
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Na época, aos 35 anos, Ana Paula, hoje com 47, contabilizava um casamento fracassado, não tinha filhos e vivia para o trabalho. "Que sentido tinha ser super respeitada, estar numa das bancadas mais gloriosas da tevê e ter uma carreira sensacional, se não tinha vida pessoal?", diz a apresentadora.
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Foi em um encontro profissional que conheceria o futuro marido, o economista Walter Mundell, 59. "No final da entrevista me deu um clique: essa é a mulher da minha vida. Vou atrás dela até o fim do mundo", recorda-se ele, 11 anos depois de ter ido a Paris só para jantar com Ana Paula. Ela estava na capital francesa a caminho de Seul, onde iria cobrir a Copa do Mundo na Coreia em 2002.
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No segundo jantar, rolou o primeiro beijo e o pedido de casamento. O sim dela só viria 45 dias depois, quando acabou o Mundial. "O que gastei de telefone dava para comprar um carro", brinca Walter, que foi buscar Ana no aeroporto. "Nunca mais nos separamos. Era fim de julho e marcamos o casamento para setembro", diz ela.
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Protagonista de um conto de fadas moderno, a princesa do telejornalismo passou a viver os dilemas cantados por Chico Buarque em "Ela É Dançarina": "O nosso amor é tão bom/o horário é que nunca combina/eu sou funcionário/ela é dançarina".
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A ex-bailarina cansou das piruetas para conciliar o casamento com uma função que a fazia chegar em casa às 2h da manhã. "Walter já estava dormindo. Por quase três anos, a gente viveu em fusos horários diferentes", diz.
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Em 2005, Ana Paula trocou a Globo, onde estava havia 18 anos, pelo SBT, em um lance que trouxe para o primeiro plano sua vida pessoal.
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"Mudei de emprego porque queria ser mulherzinha. Queria tempo para ficar com meu marido. Não via sentido em envelhecer como uma 'mulher carreira'."
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O fato de ter sofrido um aborto foi determinante. "Eu estava mexida. Vinha de quatro tentativas de fertilização in vitro e de um aborto."
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A corrida tardia pela maternidade, com a ajuda das modernas técnicas de fertilização assistida, foi um duro aprendizado. "Só aparecem as fotos dos bebês risonhos dos casos de sucesso. Nas clínicas, encontrei mulheres que estavam na décima tentativa e nada."
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Em uma pausa do tratamento, engravidou naturalmente, mas perdeu o bebê no terceiro mês de gestação. "Quando cheguei ao consultório, o coração dele já não batia. Fiquei três dias internada. Walter e eu chorávamos desesperadamente. Foi uma dor absurda."
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Ana Paula ainda fez outras duas tentativas de fertilização. "Aí, cheguei à conclusão de que estava criando um ponto de infelicidade numa vida muito feliz. O quarto vazio do bebê, as viagens adiadas para o caso de engravidar. Resolvi não tentar mais. A vida não me deu um filho, mas me deu muitas outras coisas", afirma. O quarto que seria do bebê deu lugar a uma biblioteca.
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Expor suas fragilidades aproximou a jornalista de vez do público feminino. As mudanças profissionais e pessoais são a matéria-prima de uma autobiografia. "Eu uso a minha história para mostrar como as mulheres da minha geração chegaram a um momento de querer a todo custo retomar a mulher que existia dentro delas."
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O livro da apresentadora, que, em março, deixou a bancada do "Jornal da Record" após 27 anos de carreira na televisão brasileira, deve ser lançado ainda no segundo semestre deste ano pela editora Paralela.
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Falar dos desafios femininos virou trabalho para ela, que é dona do portal Tempo de Mulher. "É uma empresa de comunicação e de desenvolvimento de produtos e serviços voltados para o público feminino. A mulher hoje no Brasil é um grande negócio."
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No mês passado, a jornalista recebeu 28 convites para fazer palestras. Falou para diretoras de Recursos Humanos e para mulheres empreendedoras. Em outubro, promoverá um seminário internacional sobre a presença feminina no mercado de trabalho. "O ambiente corporativo não é confortável para a mulher", afirma.
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Com base nos princípios de empoderamento feminino propostos pelas Nações Unidas, Ana Paula está formatando um prêmio para as empresas que melhor tratam as suas funcionárias no país. É um parceria com a Itaipu Binacional, agraciada pela ONU por práticas que levaram 22% dos postos de gerência a serem ocupados hoje por mulheres.
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Os novos projetos devem afastá-la definitivamente da televisão. "Nunca digo nunca, mas estou comunicando ao mercado que quero fazer outras coisas na vida." Uma delas é curtir férias com o marido. O casal embarca no final deste mês para uma viagem de barco pela Sicília, na Itália, a convite de amigos italianos que acabaram de comprar uma embarcação que pertencia ao ator americano George Clooney.
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"Hoje, eu definitivamente sou mais mulherzinha, quase doce", afirma Ana Paula Padrão, que se sentiu poderosa em um vestido de noiva e adora cozinhar.
Mônica Bergamo
Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária publicada na página 2 da versão impressa de "Ilustrada". Traz informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.

sábado, 19 de janeiro de 2013

A virgindade em ação penal...


mônica bergamo

 

19/01/2013 - 03h01

Dono do Bahamas e jovem que leiloou a virginidade processarão um ao outro


Oscar Maroni, dono da casa noturna Bahamas, e Ingrid Migliorini, a brasileira que leiloou sua virgindade, vão se processar. Ele quer uma retratação pública por ela ter negado em entrevistas que passou uma noite com ele. Ela moverá ações de calúnia, injúria e difamação por Maroni ter dito que os dois tiveram contato íntimo e que ela teria oferecido a ele sua virgindade por R$ 150 mil.
TIME DOS MENINOS
Maroni preparou dossiê, que levará à Justiça, com o que diz ser o registro de entrada no hotel em que teve contato íntimo com a estudante, em 2010, quando ela tinha 18 anos e dois meses. Ingrid diz que era menor quando se conheceram. "Não quero dinheiro, isso seria cafajeste demais", diz ele.
TIME DAS MENINAS
Migliorini reafirma que não passou a noite com o empresário. "Ele quer usar meu momento para aparecer."
ERRO MÉDICO
O Centro de Diagnósticos Brasil terá que pagar R$ 20 mil a uma cliente, por erro de diagnóstico, de acordo com decisão do Tribunal de Justiça de SP. Em 2009, a mulher fez ultrassom no laboratório. O laudo dizia que sua vesícula tinha condições normais, mas ela havia passado por uma cirurgia para a retirada do órgão três anos antes.
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Mais do mesmo ... // O Paraíso é aqui


mônica bergamo

 

09/01/2013 - 03h03

Cesare Battisti está morando nos Jardins, em São Paulo


Cesare Battisti está morando em São Paulo há um mês. O italiano alugou um apartamento de 90 m² nos Jardins. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) serviu de "fiador moral" para o ex-ativista e conversou com a corretora de imóveis que queria referências sobre o inquilino. "Eu disse que o Cesare é correto e que saiu um livro agora, 'Os Cenários Ocultos do Caso Battisti', do Carlos Lungarzo, que mostra que ele é inocente nos assassinatos", afirma o senador.
BATTISTI PAULISTANO 2
Segundo Suplicy, Battisti está se instalando na capital paulista porque, em breve, deve assumir "algum compromisso profissional" na CUT (Central Única dos Trabalhadores). A assessoria da entidade diz desconhecer a informação.
VIDA NOVA
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas em 1970. Foragido, ele acabou preso no Rio em 2007 e cumpriu quatro anos de pena em regime fechado no Brasil. Em 2010, teve o pedido de extradição negado como último ato do presidente Lula no cargo. Desde que o STF, em 2011, validou a decisão de não extraditá-lo, viveu como refugiado político em Cananeia (SP) e no Rio.
ZÉ PRETINHO CHEGOU
Fernando Young
Pretinho da Serrinha e o Trio Preto +1 animarão os domingos do Rider Weekends, que vai dos dias 11 a 27 no Jockey do Rio; no primeiro show, participam Alcione, Marcelo D2 e Teresa Cristina

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Atlético Mineiro registra BO contra suposta invasão de jornalistas de seu estádio

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/1205896-atletico-mineiro-registra-boletim-de-ocorrencia-contra-suposta-invasao-de-seu-estadio.shtml

mônica bergamo

 

24/12/2012 - 03h00

Atlético Mineiro registra boletim de ocorrência contra suposta invasão de seu estádio


O Atlético Mineiro registrou boletim de ocorrência contra o que considera invasão do Estádio Independência, em Belo Horizonte, por 22 jornalistas estrangeiros que vieram ao Brasil para visitar obras da Copa. Os profissionais eram convidados do governo Dilma Rousseff e da Fifa. "Chamaram gente pra festa alheia", diz Alexandre Kalil, presidente do clube. Ele se negou a franquear ao grupo ingressos do clássico em que o time venceu o Cruzeiro por 3 a 2 na final do Brasileirão, em 2 de dezembro.
NA CANELA
Com bilhetes esgotados, os estrangeiros barrados pelos clube assistiram à partida na tribuna de imprensa. Foram credenciados de última hora pela Associação Mineira de Cronistas Esportivos. A entidade foi notificada extrajudicialmente pelo Atlético a pagar R$ 8 mil pela "invasão". "Aqui não tem carteirada. Eles não estavam trabalhando nem autorizamos o credenciamento", diz Kalil.
DE BICO
O presidente do Atlético também vetou a entrada de uma delegação da Seleção da Espanha que tentou conhecer o Centro de Treinamento do clube em busca de lugar para treinar na capital mineira. "Não quero seleção nenhuma aqui. O Atlético não pediu Copa do Mundo nem tem interesse no Mundial", afirma Kalil.
SÓ SC
A top Ana Claudia Michels está na capa da "Elle", em foto feita em Ponta dos Ganchos (SC), seu Estado.
Divulgação
VITAMINADO
O ministro Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia) liberou R$ 400 milhões para a infraestrutura de pesquisa.
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O dinheiro será gasto, por exemplo, com novos prédios de instituições de ensino superior federais e estaduais.
EDIR NA TECLA SAP
A trupe do bispo Edir Macedo inicia novo giro mundial para divulgar a autobiografia do líder da Igreja Universal, "Nada a Perder".