Desta feita uma série de eventos que tiveram início com o impeachment da Dilma, começam a espocar por todos os lados que confluem para a Operação Lava Jato. Ontem a Justiça de São Paulo encaminhou o processo do tríplex de Lula para o Juiz Sergio Moro. Já nesta sexta-feira, o ex-senador Delcídio do Amaral, abriu o bico em alto e bom som para os procuradores da Lava Jato em Curitiba. Segundo ocolunista do site de O Globo, Lauro Jardim, o Delídio passou dois dias em Curitiba. Diz o jornalista: Delcídio Amaral passou dois dias em Curitiba, quarta-feira e ontem, depondo na Justiça Federal. O assunto do depoimento era apenas um: Lula. Delcídio afirmou que Lula não só sabia como comandava o esquema de corrupção na Petrobras durante o seu governo. Por sua vez o site O Antagonista adianta que o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque que se encontra preso em Curitiba, também resolveu abrir o bico e promete entregar Lula de bandeja para a Justiça. E, para concluir, o Lauro Jardim de O Globo revela que Lula se internará amanha, sábado, cedo no hospital Sírio-Libanês para fazer um check-up. O último foi feito no início do ano. Ainda bem que lula é "imortal" e continuará com a sua saúde perfeita para responder aos inquéritos da Lava Jato. Ele e sua esposa já estão indiciados. Esta é a semana que que não quer terminar...
Não deixa de ser insólito. O esquerdista The New York Times ignorou os já "famosos" Panama's Papers" em sua capa desta segunda-feira, como se constata no facsímile acima, e mandou ver sobre a escandalosa roubalheira protaganizada pelo PT, o impeachment da Dilma, as delações dos petrolões, o pânico que tomou de assalto a petralhada com direito a fotos e tudo mais, incluindo o indefectível Lula, que há algum tempo Obama qualificou como sendo "o cara". Reproduzo texto do site de Veja, até para deixar cravado aqui no blog que um dia o Brasil ocupou meia página de capa do maior diário norte-americano e reputado, ainda, como um dos mais importantes do mundo. Para chegar a tanto o The New York Times que em passado recente abriu espaço para a publicação de artigos de Lula, em parte faz um mea culpa. Mas quando a coisa aparece num jornal esquerdista (que os americanos tipificam de "liberal") é porque a encrenca é coisa grande, como de fato é e está sobejamente provado. Leiam:
O jornal The New York Times (NYT) traz em sua manchete nesta segunda-feira uma reportagem especial sobre a crise política brasileira. Os textos, assinados pelo correspondente Simon Romero, descrevem a Operação Lava Jato e relacionam os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e figuras centrais do governo com a crise política que afeta a governabilidade. Abaixo da chamada principal (Como a teia de corrupção enredou o Brasil, em tradução literal), ilustrada com uma grande foto da presidente Dilma Rousseff, há ainda imagens do senador Delcídio do Amaral (sem partido - MS) e do ex-presidente Lula.
O jornal americano entrevistou o senador e explicou seu papel como um dos protagonistas da crise política. Delcídio, ex-líder do governo no Senado, foi preso acusado de obstrução da Justiça e fez um acordo de delação premiada para diminuir sua pena. Em seu depoimento, ele implicou a presidente Dilma e outros políticos do PT nos desmandos na Petrobras. O texto do NYT cita que as delações de Delcídio atingiram não apenas figuras do PT como também de outros partidos, como o vice-presidente Michel Meter (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
Uma das reportagens relata a sensação de "pânico no Partido dos Trabalhadores", mencionando gravações de políticos da legenda, como o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o ministro-chefe do gabinete pessoal de Dilma, Jaques Wagner. Os casos envolvendo o ex-presidente Lula, como as reformas pagas por empreiteiras em um sítio em Atibaia e a compra de um tríplex no Guarujá também são citados.
Seriado - O jornal americano levou a crise política brasileira a um passo além nas comparações com seriados. O atual quadro político brasileiro é frequentemente comparado às tramas do seriado House of Cards, que narra os bastidores sórdidos de Washington. Para o NYT, porém, o enredo político nacional se parece mais com Game of Thrones - série que narra a violenta disputa pelo poder em um mundo fictício. Do site da revista Veja
Começam a ir ao ar nesta terça-feira as inserções do Partido dos Trabalhadores em rede nacional de televisão com o objetivo de defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, além de ter em seus calcanhares a Operação Lava Jato, é investigado pelo Ministério Público em São Paulo e Brasília. Enquanto a sigla reduz as evidências colhidas contra Lula a 'preconceito', o ex-presidente volta a utilizar-se da retórica de que nada sabia sobre as traficâncias em série operadas por petistas graúdos com gabinete no Planalto. Também não explica por que as reformas em seus imóveis foram pagas por empreiteiras enroladas no petrolão. Nem dá detalhes de sua amizade com empreiteiros hoje condenados pela Justiça.
O site de Veja preparou uma lista com os principais escândalos que envolveram assessores diretos, ou parentes, do ex-presidente. Mas dos quais ele alega nunca ter ficado sabendo. Confira:
Petrolão: o PT de volta à prisão
Gestado e colocado em prática nos governos de Lula, e estendido ao primeiro mandato de Dilma, o esquema de corrupção na Petrobras é o maior já descoberto no Brasil. Conduzida pelo juiz federal Sergio Moro, a Operação Lava Jato levou à carceragem da Polícia Federal em Curitiba José Dirceu, o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto e empreiteiros do chamado “clube do bilhão”, além de diretores da estatal e inúmeros operadores. Segundo delatores da operação, o PT ficaria com 3% dos contratos superfaturados da Petrobras e haveria compra de apoio político no Congresso, aos moldes do mensalão. A Lava Jato chegou aos calcanhares de Lula na semana passada, com sua 22ª etapa, a Triplo X, que apura se imóveis construídos pela cooperativa Bancoop, como o Condomínio Solaris, no Guarujá, foram usados para pagamento de propinas e lavagem de dinheiro. A vizinha de Lula na praia das Astúrias, Nelci Warken, está presa.
Mensalão
Enquanto ainda não se tinha notícia das traficâncias na Petrobras, o mensalão reinou absoluto como maior caso de corrupção da história do Brasil. Descoberto em 2005, após denúncia do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), o esquema se resumia à compra de apoio político ao governo Lula no Congresso por meio de operadores como o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza. O escândalo levaria José Dirceu e outros petistas estrelados a condenações no STF, mas Lula não se abalou. O presidente caprichou no tom de vítima e mandou, sem corar, o já clássico pronunciamento: “Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país. O PT foi criado justamente para fortalecer a ética na política”.
O caso de Rosemary
Uma das mais íntimas assessoras de Lula, Rosemary Noronha era chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo em novembro de 2012, quando foi pega na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, vendendo facilidades no governo do “chefe”, como costumava chamar o presidente. Instado a se pronunciar sobre Rose e suas peripécias, Lula se negou a fazer comentários sobre “assuntos particulares”. Exonerada do cargo pouco depois da deflagração da operação, Rose foi indiciada por tráfico de influência e corrupção passiva.
Os negócios do primogênito
A veia empreendedora dos filhos da família Lula da Silva aflorou depois da chegada de Lula à Presidência da República. A faixa presidencial no peito do pai funcionou como um toque de Midas às brilhantes ideias de Fábio Luís, o Lulinha, e Luís Cláudio. Lulinha foi de monitor do zoológico de São Paulo a beneficiário de um aporte de cinco milhões de reais da antiga Telemar, hoje Oi, em uma empresa aberta por ele em 2004, a Gamecorp. Como a Telemar tinha participação do BNDES, o Ministério Público resolveu investigar o investimento em 2006. Quando o caso veio a público, Lula se mostrou um orgulhoso pai coruja ao classificar o filho como um autêntico “Ronaldinho dos negócios”.
Os negócios do caçula
Luís Cláudio, o caçula dos Lula da Silva, é o caso mais recente de ascensão social na família. Formado em educação física, Luís Cláudio chegou a trabalhar em clubes de futebol, como Corinthians e Palmeiras. Numa guinada empreendedora, no entanto, recebeu 2,5 milhões de reais da Marcondes & Mautoni, empresa especializada em lobby para o setor automotivo, por... uma consultoria esportiva. Os investigadores da Operação Zelotes concluíram que o estudo entregue pelo filho de Lula para justificar tamanho investimento foi retirado da internet. O amador Luís Cláudio não teve a mesma sorte do irmão. Em depoimento à Zelotes, Lula disse que seu caçula não o consultou sobre os pagamentos feitos pelo lobista Mauro Marcondes, preso por supostamente participar da compra de medidas provisórias em seu governo.
Tríplex no Guarujá
A revelação de que Lula possui um tríplex de frente para o mar da praia das Astúrias, no Guarujá (SP), construído por uma cooperativa de bancários que faliu nas mãos de um ex-tesoureiro do PT, hoje preso, e reformado pela OAS, empreiteira enterrada até o pescoço no Petrolão, também seria desmentida pela fábrica de justificativas do ex-presidente. Segundo o portador da imodesta e autoproclamada “alma mais honesta deste país”, Lula, dona Marisa Letícia comprou a prestações uma cota da Bancoop em 2005 e, assim como outras 3.000 famílias, teria a opção de compra do imóvel quando ele saísse do papel. O apartamento não teria interessado e a cota, devidamente declarada no imposto de renda, foi passada para frente. Desta vez, no entanto, Lula terá que sustentar sua versão na condição de investigado pelo Ministério Público, em depoimento que ocorrerá em 17 de fevereiro.
Fundos de pensão
Dos quatro principais fundos de pensão de estatais, Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal), Postalis (Correios) e Previ (Banco do Brasil), só o último não é comandado por indicados do PT – e não está deficitário. Segundo o presidente da CPI dos Fundos de Pensão da Câmara, Efraim Filho (DEM-PB), a corrupção nos fundos de pensão segue os moldes de Mensalão e Petrolão, sob influência de nomes ligados a Lula, como José Dirceu, Antonio Palocci e José Carlos Bumlai, cujo aposto mais conhecido é “amigo do Lula”.
"Aloprados"
Em setembro de 2006, a Polícia Federal prendeu dois petistas que tentavam negociar um falso dossiê para envolver José Serra, então candidato ao governo paulista, e Geraldo Alckmin, que disputava a Presidência da República, no caso da máfia dos sanguessugas. Beneficiário dos possíveis estragos causados aos tucanos pelos dossiês, Lula atribuiu o caso a “um bando de aloprados”. O ex-assessor especial da Presidência Freud de Godoy foi acusado pelos tais “aloprados” de participar da negociação dos dossiês, e o coordenador-geral da campanha à reeleição, Ricardo Berzoini, tinha conhecimento de toda a operação. Abusando da lógica, Lula disse que “se tem um candidato que não precisava de sarna para se coçar, era eu”.
As revelações de Nestor Cerveró sobre a participação de Lula na negociata que envolveu o grupo Schahin, o amigão José Carlos Bumlai e o comando do PT finalmente preencheram a grande lacuna do Petrolão: faltava incorporar ao elenco o chefe supremo do bando. Até ontem, o astro só havia interpretado personagens irrelevantes. Depoente convidado, por exemplo. Ou testemunha voluntária.
O que agora se sabe há de reparar a injustiça. O coadjuvante logo estará formalmente promovido a protagonista. O portador de mudez malandra será intimado a abrir o bico. As investigações nas catacumbas acabarão descobrindo as bandalheiras que esconde. Graças a Cerveró, consumou-se a anunciação da tempestade.
Entre outros espantos que já não surpreendem ninguém, ele contou que ganhou do então presidente um empregão na BR Distribuidora por ter facilitado o desvio de 12 milhões de reais para os cofres clandestinos do PT. A patifaria reitera que o Petrolão é um faroeste em mau português cujos contornos épicos o credenciam a transformar-se na versão nativa do Poderoso Chefão ─ com Lula no papel do Don Corleone à brasileira.
Júlio Faerman, o delator mascarado, é novo homem-bomba do petrolão. (Foto: Veja
Um dos personagens mais importantes do escândalo do petrolão firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Júlio Faerman, lobista da construtora de navios SBM Offshore e pagador de propina a funcionários da Petrobras por mais de uma década, aceitou o termo de colaboração no dia 13 de maio.
A informação, que até agora não havia vindo a público, consta do despacho que a ministra Rosa Weber enviou à CPI da Petrobras para garantir que Faerman mantenha-se calado no depoimento que deveria prestar nesta terça-feira.
Por meio do acordo de delação, Faerman se compromete a revelar todos os atos ilícitos dos quais participou no esquema e a devolver os recursos ilegais que tiver obtido.
Vários delatores do esquema de corrupção apontam Faerman como o responsável por pagar propina oriunda de contratos da SBM com a Petrobras.
Em sua delação, o gerente da estatal Pedro Barusco chegou a admitir ter recebido propina de Faerman desde 1997 - inicialmente, de forma individual. Depois, já no governo do PT, de maneira "institucionalizada". Barusco também afirmou que o lobista providenciou o pagamento de 300.000 dólares para o caixa dois da campanha de Dilma Rousseff, em 2010. Como os recursos tiveram origem no exterior, a confirmação do episódio pode levar até mesmo à cassação do registro do Partido dos Trabalhadores. Do site da revista Veja
Um dos principais delatores da operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa fala nesta terça-feira à CPI que investiga os desvios na estatal. Em seu depoimento, ele reafirmou as acusações feitas em depoimentos à Justiça e disse que parte dos recursos desviados financiou a campanha de Dilma Rousseff em 2010.
O ex-diretor admitiu que atendeu a um pedido do ex-ministro Antonio Palocci e 'liberou" 2 milhões de reais para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. O valor, segundo Costa, partiu dos recursos desviados da Petrobras. "Houve um pedido de 2 milhões para a campanha da presidente Dilma", admitiu ele. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) perguntou: "E o senhor autorizou que fosse tirado da cota do PP, porque o Alberto Youssef não o faria sem o senhor autorizar?". Costa confirmou: "Sim".
O delator confirmou ter tratado de propina com diversos políticos. Entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros, os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB), atual senador. Costa isentou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Paulo Roberto Costa afirmou ainda que o valor da propina era embutido no orçamento das obras pelas empreiteiras. "O sobrepreço que tinha nesse processo aí era de 3%, 2%, 1%, que se não tivesse a formação do cartel não teria porque seria um processo competitivo", disse ele, negando que tenha alterado sua versão sobre a origem da propina.
Costa reafirmou que as doações eleitorais de grandes empresas carregam interesses escusos. "Não existe doação sem que as empresas depois não queiram recuperar o que foi doado. Isso não existe. E foi me dito por mais de um empresário. Se ele doa 5 milhões de reais, ele vai querer cobrar mais na frente 20 milhões de reais", declarou. A afirmação vai ao encontro da tese dos promotores a respeito do uso de doações oficiais para pagar propina.
O ex-diretor, que era funcionário de carreira da Petrobras, disse que foi alçado a um posto de comando por indicação política do PP e afirmou que o esquema de corrupção não partiu nem de funcionários nem das empresas. "Nada disso teria acontecido se não fosse alguns maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez", declarou.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu uma exceção ao ato que proíbe a tomada de depoimento de presos nas dependências da Casa: a regra não vale mais para quem cumpre prisão domiciliar. Por isso Costa pôde ser ouvido no plenário da CPI.
À CPI da Petrobras, o delator voltou a citar o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. Costa disse que houve um pedido de ajuda financeira para a campanha ao governo do Estado feito "por um secretário que hoje ocupa uma vaga no Senado", referindo-se ao pessebista Fernando Bezerra, ex-ministro da Integração no governo Dilma e investigado na Lava Jato. "Esse contato foi feito e o recurso, repassado", resumiu o ex-diretor da estatal.
Costa, que se disse arrependido de ter participado do esquema de corrupção, saiu em defesa da petrolífera brasileira e afirmou que, apesar dos erros, a estatal não é uma empresa "de fundo de quintal". "A Petrobras tem controles e acompanhamentos. As pessoas que trabalham lá são sérias", afirmou. O ex-diretor, por outro lado, disse que não pode responder sozinho pelas irregularidades na companhia. "Não tem nenhum contrato que foi aprovado por mim ou por algum diretor de forma isolada. Todos foram aprovados pela diretoria executiva - ou seja, pelo presidente e por todos os diretores", disse.
PSDB - Costa relatou à CPI que, em 2009, foi procurado pelo então presidente do PSDB, Sérgio Guerra, com uma oferta: o tucano disse que poderia "minorar" ou "postergar" os trabalhos de outra Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava a Petrobras. Em troca, o tucano pediu um "ganho financeiro". O intermediário da reunião foi Eduardo da Fonte (PP-PE), hoje líder do PP na Câmara dos Deputados. Segundo Costa, houve outros dois encontros em que os detalhes foram acertados. Costa não soube dizer se o pagamento foi feito de forma oficial ou extraoficial, mas assegurou que o valor foi repassado pela empreiteira Queiroz Galvão. "Esse valor foi efetivado, foi pago e esse evento (a CPI) depois deixou de ter a prioridade", afirmou.
Pasadena - No caso da refinaria de Pasadena, cuja compra causou um prejuízo de 792 milhões de dólares à estatal, Costa afirmou que a responsabilidade é do conselho de administração da empresa. "Estão imputando à diretoria da Petrobras toda a responsabilidade pela compra da refinaria. É só qualquer pessoa ler o estatuto da Petrobras e vai ver que a diretoria da Petrobras não tinha autonomia para compra ou venda de qualquer ativo. Quem tinha era o Conselho de Administração", disse ele. Na época, o conselho era presidido por Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.
Prejuízo - O delator contou ter alertado o conselho de administração da empresa sobre a política de preços da companhia, que impediu correções no valor do combustível nos últimos anos. "A Lava Jato é 10% do prejuízo que a Petrobras teve nos últimos anos devido à defasagem de preço", disse ele. Costa afirmou ter avisado ao conselho "quatro ou cinco vezes", baseado em estudos, sobre os riscos da escolha. Mas ele não foi ouvido. "A proposta negativa vinha por parte do presidente do conselho, o ministro Guido Mantega. Ele é quem dizia não ao aumento de preços. Plenamente ciente das consequências disso", afirmou.
Se eu fosse o editor da revista Veja, daria como maior destaque na capa o petrolão. Entretanto, o atentado cometido pelo terror islâmico acabou sendo o destaque na capa da revista que vai às bancas neste sábado. Mas a reportagem-bomba é o depoimento à polícia do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC. Segundo apurou a reportagem de Veja, Pessoa não se fez de rogado e desembuchou em seis folhas de caderno manuscritas com uma revelação bombástica que liga o caixa da última campanha eleitoral do PT, que garantiu mais quatro anos para os cupinchas do Foro de São Paulo, ao dinheiro sujo do petrolão, neologismo que identifica aquilo que já é considerado como uma das maiores roubalheiras do mundo! Os gafanhotos vermelhos liderados por Lula rasparam o fundo do tacho, deixando a Petrobras em frangalhos.
Na véspera da eleição presidencial de 5 de outubro do ano passado, a capa de Veja fulminou: "eles sabiam de tudo", de acordo com o que revelara o doleiro Youssef. Desta feita é o empreiteiro grandalhão que reforça a acusação, a mostrar que quando Dilma afirmou que "na eleição se faz o diabo", não estava enchendo linguiça. A 'presidenta' na verdade mandou ver e satanás comandou o embuste!
Mas tanto o doleiro quanto o empreiteiro grandalhão, ao que parece, ainda continuam falando por meio de um código secreto, utililizando uma espécie de "metalinguagem", conceito caro aos acadêmicos que costumam viajar na maionese esquerdista. Tanto é que a própria Veja, em sua chamada de capa também dá um voo rasante, arremetendo imediatamente para se perder nos confins de um misterioso infinito. O título "Recados do Cárcere", induz o leitor de cara a imaginar que o que foi contado até agora não é tudo, e de fato não é!
Seja como for, a reportagem-bomba de Veja é importante porque faz retornar ao noticiário político-policial, um assunto que Lula, Dilma e seus sequazes querem ver sepultados e os cidadãos brasileiros decentes, honestos e trabalhadores estão ávidos pela verdade dos fatos.
Finalmente, a revelação obriga os alegres e descolados rapazes da redação da Folha de S. Paulo, a fazerem jus aos seus salários, repercutindo as verdades que escamotearam durante a semana que passou.
E falando em Folha de S. Paulo, o site da revista Veja desta sexta-feira trouxe uma informação que desmente de forma cabal uma dessas matérias sob encomendda do Foro de São Paulo e publicada pelo jornal dos Frias, tentando desta feita envolver o ex-governador e senador eleito, o mineiro Antonio Anastasia, nas teias do petrolão.
Segundo nota no site de Veja, o doleiro Youssef afirmou que não citou o ex-governador em sua delação premiada. Resta saber se o insinuante e pegajoso jornal dos Frias voltará ao assunto. E para concluir: Embora defenda sempre o Grupo Abril e a revista Veja, pela qualidade e confiabilidade editorial de seus produtos, confesso que não gosto de certas abordagens editoriais da publicação, como no caso desta capa em destaque acima. Afinal, os cidadãos ocidentais estão sob constante ameaça do terror islâmico, portanto tem de pegar pesado contra esses psicopatas. Essa gente não leva, de maneira nenhuma, em consideração os valores da civilização ocidental. Portanto não será com elogios à liberdade de imprensa, ao humor e aos direitos humanos que o Ocidente se livrará desses assassinos. Ao mesmo tempo Veja tem de denunciar que os maiores coiteiros do terrorismo islâmico são as pestes comunistas do Foro de São Paulo que já dominam boa parte do território sul-americano. Está na hora de meter a mão nessa lama vermelha. Tem de dizer o que está acontecendo de forma muito clara. Saibam que a grande maioria dos brasileiros e seus vizinhos não têm a mínima noção do que está rolando de fato no que concerne à política. Por isso matérias edulcoradas por apelos patéticos equivalem à mentira. Evocar as "armas da civilização", como o humor, e instrumentos como lápis, lapiseira, borracha e apontador, ainda mais na era dos smartphones e mega computadores, contra as metralhadoras e fuzis do terror, é piada de mau gosto. Quem leva vantagem com isso? Ora, os terroristas e seus áulicos e protetores, ou seja, o movimento comunista internacional e os arautos da ideologia do pensamento politicamente correto. Veja precisa urgentemente virar o disco. A menos que a família Civita já tenha desistido do empreendimento gráfico e editorial. Lembrem-se do que aconteceu há pouco na Argentina com o grupo Clarín, detonado pelo Foro de São Paulo. O Foro de SP, para quem não sabe é a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro, cuja meta é transformar todos os países sul-americanos numa grande Cuba. A roubalheira na Petrobras que enriquece os ávidos pela grana fácil serve para corroer o que resta de democracia no Brasil. Lembrem-se que quem dirige o Foro de São Paulo é o PT e Lula é o presidente de honra dessa organização criminosa.
O município de Providence, capital do Estado americano de Rhode Island, entrou na véspera de Natal com um processo contra a Petrobras, sua administração, duas subsidiárias internacionais e 15 bancos envolvidos na emissão e venda de papéis da companhia. A presidente da empresa, Graça Foster, e o diretor financeiro, Almir Barbassa, aparecem como réus, além de outros 11 executivos, de acordo com cópia do processo obtida pelo ‘Estado’, que tem 70 páginas e foi elaborado pelo escritório Labaton Sucharow, com sede em Nova York.
A notícia chega depois de a empresa ter sido alvo de outras três ações coletivas nos Estados Unidos em dezembro, movidas por fundos e grupos de investidores individuais.
A alegação da cidade de Providence é que o município teve prejuízo ao investir em títulos da Petrobrás, que perderam valor por causa das denúncias de corrupção e do consequente atraso da publicação do balanço do terceiro trimestre. Como ocorreu com as demais ações, a avaliação é que a empresa não informou o mercado sobre o pagamento de propinas e o esquema de lavagem de dinheiro que ocorriam em sua administração, colocando o dinheiro dos investidores deliberadamente em risco (leia box ao lado). Procurada, a Petrobrás informou que “não foi intimada da mencionada ação”.
O processo foi aberto na Corte de Nova York, onde correm as demais ações coletivas contra a petroleira. A diferença é que os investidores questionam perdas com as American Depositary Receipts (ADRs), que são recibos de ações da empresa brasileira listados na Bolsa de Valores de Nova York, enquanto a cidade de Providence alega perda com papéis de renda fixa, emitidos pela Petrobrás no mercado internacional para financiar seu plano de investimentos.
Executivos como réus
Outra diferença é que as ações dos investidores processam a Petrobrás, enquanto a de Providence inclui a administração, subsidiárias da empresa que emitiram bônus no exterior e 15 bancos que participaram da emissão desses papéis. O processo cita, em sua capa, como réus, além de Graça Foster e Barbassa, outros nomes da administração, que incluem José Raimundo Brandão Pereira, Mariângela Monteiro Tiziatto e Daniel Lima de Oliveira. Também estão incluídas duas subsidiárias da empresa brasileira no exterior, a Petrobrás International Finance Company, de Luxemburgo, e a Petrobrás Global Finance BV, com sede na Holanda, que foram as companhias emissoras dos bônus vendidos no exterior.
A ação da Providence se refere aos bônus comprados entre janeiro de 2010 a novembro de 2014 e outros investidores que aplicaram em papéis da Petrobrás neste período também podem aderir ao processo. Neste período, a Petrobrás emitiu cerca de US$ 98 bilhões em papéis, entre renda fixa e ações, de acordo com estimativas da cidade.
Uma das acusações da ação é que, dentro do esquema de corrupção, a Petrobrás inflou os valores de ativos em seu balanço para esconder o recebimento de propinas e, além disso, o material distribuído aos investidores durante as ofertas dos bônus possui um conjunto de informações enganosas e pouco precisas, que omitem, por exemplo, as práticas de corrupção na petroleira.
A cidade de Providence tem um fundo dos funcionários públicos atuais e aposentados, com cerca de US$ 300 milhões aplicados em ações, renda fixa e outros investimentos. O processo não menciona quanto a cidade investiu especificamente na Petrobrás. Do site do Estadão
Na noite da chegada do verão carioca, aberto oficialmente às 21h03 de um domingo abafadiço, com picos de 39,1 graus no Rio, Venina Velosa da Fonseca esquentou a pauta do Fantástico. Com os lábios no trombone há dez dias, a ex-gerente da Petrobras falou à repórter Glória Maria. Contou uma novidade: além dos alertas enviados por e-mail, conversou pessoalmente com Graça Foster, em 2008, sobre irregularidades que grassavam na estatal.
No mais, Venina repetiu o que o repórter Juliano Basile já havia noticiado no diárioValor Econômico. Com uma diferença: a letra fria do jornal foi substituída pela cara compungida da denunciante na tevê. Voz tranquila, pausas adequadas, português correto, raciocínio lógico, tudo em Venina parecia afastá-la do perfil de doidivanas contrariada que a Petrobras tenta traçar nas linhas e, sobretudo, nas entrelinhas de seus comunicados oficiais.
Num dos trechos mais inquietantes da entrevista, Venina repetiu de viva voz uma passagem que saíra no jornal. Ela foi à sala do seu superior hierárquico, o então diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para reportar irregularidades que farejara em contratos da área de comunicação. Sugeriu a apuração dos desvios. Paulo Roberto, hoje delator e corrupto confesso, teve uma reação inusitada.
“… Ele ficou muito irritado comigo. A gente estava sentado na mesa da sala dele, ele apontou para o retrato do presidente Lula, apontou para a direção da sala do Gabrielli [então presidente da Petrobras] e perguntou: você quer derrubar todo mundo? Aí eu fiquei assustada e disse: olha, eu tenho duas filhas, eu tenho que colocar a cabeça na cama e dormir. No outro dia, eu tenho que olhar nos olhos delas e não sentir vergonha.”
Procurado, Lula não quis comentar as declarações de Venina. Natural. Paulo Roberto tornara-se diretor da Petrobras em 2004, sob Lula. Era da cota do PP, um dos partidos do conglomerado governista. Mas Lula, como sabem todos, não sabia de nada. A propósito, Lula veiculara mais cedo, também no domingo, um vídeo no qual declara que “o povo quer mais ética”. E aconselha Dilma Rousseff a “continuar a política de forte combate à corrupção.”
Lula nem precisava dizer. Também neste domingo, 11 jornais latino-americanos veicularam uma entrevista da presidente da República. Nela, Dilma declara que não há uma crise de corrupção no Brasil, informa quer não existem pessoas intocáveis no país e sustenta que a petroladroagem só toma de assalto as manchetes porque a Polícia Federal do seu governo é extraordinariamente implacável.
Considerando-se que Lula não sabia e que Dilma nada enxergara nem no tempo em que presidira o Conselho de Administração da Petrobras, resta concluir o seguinte: a exemplo do que sucedera na época do mensalão, a excentricidade da não-crise atual é a corrupção acéfala, a máfia sem capo.
Onde estão os chefes? Eis a pergunta que parte da plateia volta a se fazer, sem obter resposta. Enquanto Lula e Dilma reivindicam o papel de cegos atoleimados, Graça Foster, que também não viu coisa nenhuma, pede para ser vista como a mulher menos curiosa do planeta.
Graça alega que os e-mails que Venina lhe enviou eram confusos. A denunciante lamenta não ter sido procurada para desfazer a confusão. “Nós sempre tivemos muito acesso”, contou Venina. “Eu conhecia a Graça na época que ela era gerente de tecnologia, na área de gás, e eu era gerente do setor, na área de contratos. Éramos próximas. Então, ela teria toda a liberdade de falar: ‘Venina, o que está acontecendo’?”
Na Petrobras e no Planalto, insinua-se que Venina não é santa. Ainda que seja pecadora, interessa saber se o que ela diz procede. Por sorte, a denunciante já prestou depoimento de cinco horas ao Ministério Público Federal. Repassou documentos aos procuradores. Tudo de modo a reforçar a sensação de que a maior estatal do país tornou-se uma Chicago sem Al Capone.
Naquele outubro de 1996, no café da manhã antes da gravação, Francis estava de mau humor. Era normal. Acabava de sair da cama.
Meia hora depois ele estava de bom humor. Era normal. Nossa conversa na copa antes de gravar era fiada. Francis não falou em Petrobras. No meio do programa, ele jorrou denúncia e transcrevo a gravação:
Francis: "Os diretores da Petrobras todos põe o dinheiro lá...(Suíça) tem conta de 60 milhões de dólares..."
Lucas: "Olha que isso vai dar processo..."
Francis: "É...um amigo meu advogado almoçou com um banqueiro suíço e eles falaram que bom mesmo é brasileiro (…) que coloca 50 milhões de dólares e deixa lá".
Lucas: "Os diretores da Petrobras tem 50 milhões de dólares?"
Francis: "Ahh é claro... imaginem... roubam... superfaturamento...é a maior quadrilha que já existiu no Brasil".
Foi além, mas não deu nomes dos diretores. Nem citou fontes. No próprio programa, o número variou de US$ 50 milhões para 60 milhões. Preocupado, perguntei se queria que cortasse a denúncia, embora o programa, depois de gravado, só sofra cortes por tempo. Francis disse que não.
Na imprensa, numa escala de 1 a 10 em repercussão, a denúncia do Francis mal registrou uns 2 pontinhos. Saíram notas em colunas. Ninguém cobrou da Petrobras. Não sei por que o Francis nunca levou a denúncia para os poderosos Globo, Estadão e Jornal da Globo, onde trabalhava, além do Manhattan Connection, e tinham calibre muito mais grosso do que o GNT.
Seria o poder da Petrobras de silenciar a mídia com sua publicidade? Ou sua reputação na época estava acima de qualquer suspeita? A limitada audiência do canal?
Em novembro, Francis anunciou no programa, também sem aviso prévio, que estava sendo processado pelos diretores da Petrobras, que "queriam US$ 100 milhões de indenização". Na primeira página da carta de intimação dos advogados dos diretores aparecem sete nomes, mas não há este número.
Ainda não descobri de onde saiu. Estes valores quase nunca constam da primeira comunicação entre o processador e o processado.
E pagou sete mil...
Francis entrou num inferno legal. Por sugestão do amigo Ronald Levinsohn, contratou uma advogada e pagou US$ 7 mil. Quando comentei que não era muito, o Francis ficou furioso. Disse que eu não sabia das finanças dele. Até que sabia, porque ele me contava, mas uma só defesa num processo grande poderia destruir a poupança dele. Se perdesse, ficaria arruinado por muito menos do que US$ 100 milhões.
Repercussão na imprensa sobre o processo? Mínima. Saíram notas sobre os assombrosos US$ 100 milhões.
'Arrasado'
Em dezembro, Francis foi passar o Ano Novo em Paris com Sonia Nolasco, Diogo e Anna Mainardi. Diogo disse que ele parecia arrasado. Poucas semanas depois, em janeiro, ligou para o Diogo animadíssimo. Tudo estava sob controle. Diogo comentou com a mulher que o Francis devia ter tomado a bolinha certa naquele dia.
É possível que Paulo Mercadante, seu advogado no Brasil e amigo desde os tempos de Pasquim, tenha informado a ele que o processo não poderia correr na Justiça americana, porque o programa não ia ao ar nos Estados Unidos. Este tipo de processo no Brasil está mais para um punhado de reais do que para os absurdos US$ 100 milhões que assombravam o Francis.
Dia 28 de fevereiro, sexta feira, Francis apareceu na gravação passando a mão no ombro esquerdo e se queixando de dor. Saiu direto para o médico, Jesus Cheda, tomar uma injeção de cortisona, como sempre fazia quando estas dores apareciam. Bursite, dizia.
Quatro dias depois, terça-feira, por volta de 5 da manhã, Francis sofreu um fulminante ataque cardíaco e caiu morto no meio da sala, onde ainda estava quando cheguei. O telefone não parava, Sonia nao atendia. Atendeu um deles, do presidente Fernando Henrique Cardoso, que deu uma bronca póstuma no Francis pela irresponsabilidade com a própria saúde.
Francis, havia muitos anos, tinha parado de tomar porres, de fumar e de comer bifões crus. O controle da Sonia deu resultado, mas o controle não resolveu o problema da saúde preventiva nem o sedentarismo. Ela não conseguia levá-lo a médicos sérios para fazer check-ups regulares.
Cheesebúrgueres
Melhorou a dieta, mas continuou chegado nos cheesebúrgeres do PJ Clarke's na frente da Globo na hora do almoço e comida chinesa perto da casa dele, onde fez sua última ceia, no Chien. Parecia um touro de forte. Teve tumores benignos no pescoço, mas não adoecia e nunca deixava de trabalhar. Nem fazia exercício, Nunca. O máximo era uma caminhada semanal com Elio Gaspari do museu Metropolitan ao restaurante Bravo Gianni, onde repunha as calorias perdidas na caminhada cultural.
Era o dia favorito dele. As noites favoritas eram no balé, com Sonia, ou assistindo óperas e filmes antigos em casa. O último na noite da morte, foi Notorious(Interlúdio no Brasil), de Hitchcock, com Cary Grant e Ingrid Bergman. Da denúncia à morte de Francis foram quatro meses.
Os diretores da Petrobras foram atrás do espólio e da viúva Sonia Nolasco, mas, em parte, por intervenção do presidente Fernando Henrique Cardoso e do próprio advogado, Paulo Mercadante, desistiram do processo. Felizmente o Brasil não desistiu. O petrolinho do profético Francis gerou o Petrolão. A operação Lava Jato deveria ser rebatizada Operação Paulo Francis.