- 9 novembro 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
"Não vamos negociar com este governo podre" ... diz presidente da associação de caminhoneiros
http://sintesenews.blogspot.com.br/2015/11/dilma-chama-caminhoneiros-de-criminosos.html?m=1
Toda iniciativa que vem da Câmara traz suspeição de hipocrisia... A CPI é pra valer ou pra enrolar?
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/11/cpi-do-bndes-convoca-pecuarista-amigo-de-lula.html
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
O tráfico de drogas é sedutor e persegue os tipos mais variado de pessoas ... / Filho de Maduro é preso no Haiti com 800 quilos de cocaína
quarta-feira, novembro 11, 2015
FILHO DE CRIAÇÃO DE NICOLÁS MADURO, O TIRANETE BOLIVARIANO DA VENEZUELA, FOI PRESO PELA POLÍCIA DOS ESTADOS UNIDOS COM 800 QUILOS DE COCAÍNA.
"Filho de criação" do presidente Nicolás Maduro e da primeira-dama Cilia Flores foi preso no Haiti com 800 quilos de cocaína. Foto: site Veja |
Efraim Antonio Campos Flores, filho de criação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, foi preso na manhã de ontem no Haiti com 800 quilos de cocaína em uma operação coordenada pela agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) e pela Procuradoria Federal do Distrito Sul de Nova York, segundo informações do governo americano obtidas por VEJA.com.
Campos Flores é sobrinho da primeira-dama Cilia Flores e foi criado por ela e por Maduro desde criança. No momento da prisão, ele estava na companhia de seu primo Francisco Flores de Freitas. Eles foram presos em Porto Príncipe, quando desembarcavam com a droga que havia sido despachada da Venezuela e tinha como destino o México e os Estados Unidos.
Os venezuelanos foram extraditados para os Estados Unidos e estão desde ontem em um presídio federal. Eles serão processados por tráfico internacional de drogas. O anúncio oficial da prisão dos familiares da primeira-dama está previsto para hoje (quarta-feira).
Desde 2012, a Venezuela está no radar das autoridades dos Estados Unidos por causa do envolvimento de militares e líderes chavistas com o narcotráfico. Em 2012, o ex-juiz Eládio Aponte Aponte revelou a existência do Cartel dos Sóis - nome em referências às divisas que os generais carregam no uniforme. Segundo ele, o tráfico de drogas no país é coordenado por militares, sobretudo pelo presidente da Assembleia Nacional Diosdado Cabello.
Em janeiro deste ano, o ex-guarda-costas de Cabello, Leamsy Salazar, se exilou nos Estados Unidos e revelou a intrincada rede de corrupção e tráfico de drogas chefiada por Cabello e membros da alta cúpula do governo, entre eles, o filho do ex-presidente Chávez, Hugo Chávez Colmenares. Do site da revista Veja
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Aprecie sem moderação!
Multnomah Falls, Portland, OR - http://pinterest.com/pin/324751823109712744/?s=3&m=blogger
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Licitação para linhas de ônibus intermunicipais no Estado do Rio gera desconfiança entre usuários e existe rumores de que os lotes já estejam divididos entre participantes / no blog de Roberto Moraes
segunda-feira, novembro 09, 2015
Linha de ônibus intermunicipais em licitação: 1001 problemas!
A decisão de obrigar a realização de licitação, para a concessão dos serviços de transporte público de ônibus intermunicipais não foi uma vontade do governo do estado, e sim, uma decisão judicial, a partir de um longo processo de Ação Civil Pública (ACP) movida do Ministério Público do Estado (MPE) contra o Executivo Estadual. Será a primeira vez que uma licitação para explorar este tipo de serviço é realizada pelo governo estadual.
Como parte deste processo a Secretaria de Estado de Transportes, através Detro (Departamento de Transportes Rodoviários), realizou nesta segunda-feira (9), no Sesi em Campos dos Goytacazes, uma Audiência Pública para debater licitação de ônibus intermunicipais. O evento começou às 14 horas.
No total serão realizadas 12 audiências públicas no estado, sendo que a de Campos é a quinta a ser realizada. As quatro primeiras aconteceram nos municípios de São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Volta Redonda.
Considero que a divulgação das audiências foi mal feita. Além disso, a exigência de cadastramento prévio das pessoas interessadas em participar, assim como a apresentação das questões reduz o espaço do cidadão ter acesso ao processo.
A licitação prevê a concessão por um período de 20 anos. Para a região de Campos esta licitação tem uma importante questão em jogo. Por interesses difíceis de serem explicados pelos sucessivos gestores do estado, a Viação 1001 possui o direito monopolístico de operar a maioria das linhas do interior de nosso estado.
No caso da ligação Campos-Rio (ou vice-versa) a empresa é contemplada com a maior remuneração na relação entre o valor por quilômetro rodado do Brasil. O fato foi confirmado por diversas vezes, e de forma especial, em debates em comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Chega ao cúmulo do valor Rio-Campos, ser maior que a da ligação interestadual com diversos municípios capixabas, em linhas operadas pela Viação Itapemirim, como já é sabido pela maioria das pessoas.
A qualidade dos serviços da empresa é muito ruim e é motivo de constantes reclamações dos usuários que se utilizam das redes sociais para exposição. O próprio blog chegou a manter uma seção com o título "1001 reclamações", onde as reclamações eram publicadas, em especial desde 2010. (Veja, aqui, aqui, aqui, aqui,aqui, aqui, aqui, etc.).
Como parte deste processo a Secretaria de Estado de Transportes, através Detro (Departamento de Transportes Rodoviários), realizou nesta segunda-feira (9), no Sesi em Campos dos Goytacazes, uma Audiência Pública para debater licitação de ônibus intermunicipais. O evento começou às 14 horas.
No total serão realizadas 12 audiências públicas no estado, sendo que a de Campos é a quinta a ser realizada. As quatro primeiras aconteceram nos municípios de São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Volta Redonda.
Considero que a divulgação das audiências foi mal feita. Além disso, a exigência de cadastramento prévio das pessoas interessadas em participar, assim como a apresentação das questões reduz o espaço do cidadão ter acesso ao processo.
A licitação prevê a concessão por um período de 20 anos. Para a região de Campos esta licitação tem uma importante questão em jogo. Por interesses difíceis de serem explicados pelos sucessivos gestores do estado, a Viação 1001 possui o direito monopolístico de operar a maioria das linhas do interior de nosso estado.
No caso da ligação Campos-Rio (ou vice-versa) a empresa é contemplada com a maior remuneração na relação entre o valor por quilômetro rodado do Brasil. O fato foi confirmado por diversas vezes, e de forma especial, em debates em comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Chega ao cúmulo do valor Rio-Campos, ser maior que a da ligação interestadual com diversos municípios capixabas, em linhas operadas pela Viação Itapemirim, como já é sabido pela maioria das pessoas.
A qualidade dos serviços da empresa é muito ruim e é motivo de constantes reclamações dos usuários que se utilizam das redes sociais para exposição. O próprio blog chegou a manter uma seção com o título "1001 reclamações", onde as reclamações eram publicadas, em especial desde 2010. (Veja, aqui, aqui, aqui, aqui,aqui, aqui, aqui, etc.).
Numa desta postagens (aqui), uma leitora tinha levantado, em 2011, uma comparação com diversas linhas interestaduais com 50% mais de quilometragem, cuja tarifa era inferior ao do trajeto Campos-Rio, operado pela Viação 1001, desde a fusão do estado.
Evidente que os problemas não se restringem à Viação 1001, mas é certo que seu preço exorbitante se tornou um paradigma nacional, considerando inclusive, o fato da linha ser um monopólio violento, onde a tentativa de usar linhas interestaduais que passam pelo município, serem boicotadas, embora seja um direito.
É difícil crer que o processo licitatório possa trazer melhorias. Não tive tempo ainda de conhecer o edital em detalhes. Com a informação encima da hora, eu não tive condições de me cadastrar para participar da audiência pública nesta tarde, no Sesi em Campos.
Ainda assim, considero importante deixar este registro. Fato é que a crise financeira do estado fez com que o Detro e a Secretaria de Estado de Transportes, decidisse que o critério de decisão sobre a concessão, seja a outorga. Assim, a empresa que apresentar a maior proposta de outorga leva o direito de explorar por concessão, num prazo de mais 20 anos, as diversas linhas, divididas por lotes regionais.
Desta forma, linhas disputadas como Campos-Rio, ou Campos-Macaé, Macaé-Rio e Rio-Cabo Frio continuarão a ser explorada por uma única empresa, em monopólio, onde o cidadão não poderá exercer a opção de escolha da empresa, ou mesmo, uma outra alternativa, como acontece entre Rio-SP, onde há a chamada "ponte rodoviária" em que os horários são compartilhados por diferentes empresas de ônibus.
A desconfiança é enorme no sentido de que os lotes já estão divididos e serão raras as mudanças, em relação à atualidade, tanto na qualidade quanto nos preços. Espera-se que o Ministério Público Estadual (MPE) e deputados estaduais interessados nos direitos dos cidadãos, possam acompanhar de perto este processo evitando os atuais absurdos. A conferir!
Lixo que vem do céu e se dirige à costa do Sri Lanka.... BBC //
O misterioso pedaço de lixo espacial que se dirige à Terra
Ele se chama WT1190F, tem entre um e dois metros e está viajando neste momento em direção à Terra.
Se a trajetória continuar como está previsto, esse misterioso fragmento de lixo espacial entrará na atmosfera terrestre em 13 de novembro (sexta-feira) às 4h19 (horário de Brasília).
Mas não se assuste - o mais provável é que o objeto se desintegre ao entrar em contato com a atmosfera - e se ainda sobrar algum remanescente, cairá no Oceano Índico a cerca de 65 km da costa do Sri Lanka.
Mas o que é e de onde saiu esse objeto?
Dadas suas características - seu tamanho e densidade, que indica ser oco -, é muito possível que se trate de um objeto artificial, "uma peça perdida da história espacial que volta para nos perseguir", disse Jonathan McDowell, pesquisador do centro de astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos.
Cercados por lixo espacial
Os objetos em torno da Terra
500 mil
fragmentos de 1 a 10 cm
- Mais de 21 mil pedaços maiores do que 10 cm
- Mais de 100 milhõespedaços menores do que 1 cm
- 28.163 km/h velocidade em que viajam
- 750-800 km distância da Terra em que orbita a maior parte do lixo
Nasa-ESA
Thinkstock
Poderia ser, por exemplo, uma parte de um foguete ou de um painel solar desprendido de missão recente à Lua.
Há ainda a possibilidade de que seja algo bem mais antigo, inclusive da era dos programas Apolo da Nasa (agência espacial americana).
Fora de perigo
O WT1190F foi detectado pelo Catalina Sky Survey, um programa da Universidade do Arizona (EUA) cujo objetivo é descobrir asteroides e cometas que passam perto da Terra.
Intrigados por esse objeto que possui uma órbita fortemente elíptica, os cientistas reconstruíram sua trajetória a partir de observações feitas em 2012 e 2013.
Sua chegada, por sorte, não representa perigo devido a sua massa e ao local previsto para a queda.
Mas promete ser um belo fenômeno para observação, já que por alguns momentos o fragmento se tornará brilhante no céu. Será, sobretudo, uma grande oportunidade para coleta de informações e ampliação do conhecimento sobre a reação dos objetos ao atravessar a atmosfera.
Isso permitirá melhorar os modelos orbitais e as ferramentas para prever o reingresso de objetos na Terra.
Por outro lado, servirá para colocar à prova os planos que os astrônomos preparam para uma eventual aproximação à Terra de um objeto perigoso.
Atualmente há 20 objetos artificiais identificados nessa categoria, que se movem em órbita distante.
Porém estima-se que o número seja muito maior, embora seja impossível precisar a quantidade.
De acordo com dados mais recente da Nasa e da Agência Espacial Europeia, há cerca de 500 mil fragmentos de lixo espacial entre 1 e 10 cm orbitando nosso planeta.
A transformação do rosto humano no período de 6 milhões de anos... // Época / Video
https://www.facebook.com/inverse/videos/907723512609430/
Clique no link para ver a evolução do rosto humano em
6 milhões de anos
Mas logo vi que havia uma batalha de comentários no site. Tudo por que o vídeo usa o termo "evolução" no título, o suficiente para gerar muita reclamação entre os comentários.
Grupos religiosos e criacionistas criticaram o caráter evolucionista do vídeo. Outros notaram que o fim da evolução seria um homem branco de olhos claros. Levado ao pé da letra, o vídeo reforça duas visões enganosas da evolução humana.
Um vídeo publicado na página do Facebook do site de notíciasInverse mostra como a face dos hominídeos transformou-se ao longo de mais de 6 milhões de anos. Confesso que, num primeiro momento, o material me chamou a atenção apenas por causa do design e da tecnologia. Achei, portanto, um bom entretenimento.
Mas logo vi que havia uma batalha de comentários no site. Tudo por que o vídeo usa o termo "evolução" no título, o suficiente para gerar muita reclamação entre os comentários.
Grupos religiosos e criacionistas criticaram o caráter evolucionista do vídeo. Outros notaram que o fim da evolução seria um homem branco de olhos claros. Levado ao pé da letra, o vídeo reforça duas visões enganosas da evolução humana.
A primeira é que haveria uma sucessão linear de um hominídeo para outro até chegar a nós, humanos. Não foi nada assim. A evolução não é uma linha. É uma árvore, com vários ramos dando origem a sub ramos. Alguns vão para a frente por um tempo e morrem. Outros sobrevivem até hoje, como eu e você.
A segunda ideia enganada é que os humanos de pele clara seriam o final da linha evolutiva. Houve quem criticasse por ser uma escolha racista. De qualquer forma, seria um erro científico. Todas as etnias presentes hoje na Terra são igualmente modernas. Humanos com todos os tons de pele representam o momento mais atual na evolução humana.
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domingo, 8 de novembro de 2015
sábado, 7 de novembro de 2015
Onda de restrições de liberdade individual afasta atrizes iranianas de seu país...como mulheres imorais...
Atrizes iranianas tiram véu e são banidas do país
www.tribunadosertao.com.br/.../atrizes-iranianas-tiram-veu-e-sao-banida...
www.tribunadosertao.com.br/.../atrizes-iranianas-tiram-veu-e-sao-banida...
In: MUNDO
Atrizes iranianas tiram véu e são banidas do país
Por Redação Com Jornal i
Sadaf Taherian e Chakameh Chamanmah são actrizes iranianas que além da nacionalidade e da profissão têm outra coisa em comum: ambas foram obrigadas a deixar o seu país e estão impedidas de voltar. O motivo? Colocaram nas redes sociais fotos sem o obrigatório véu usado pelas mulheres no Irã, o hijab. Um crime para as autoridades xiitas.
As duas atrizes foram acusadas de serem “imorais” pelo governo iraniano.
Sadaf Taherian refugiou-se no Dubai e admitiu que publicou a foto num gesto de protesto e está bastante “surpresa” com o grau de perseguição de que tem sido vítima. Apesar de todas as críticas, a atriz garante que não se arrepende do que fez.
“Tirei o hijab por amor à minha carreira e por exigência dos filmes. Mas quero viver num lugar onde seja feliz, de maneira que me façam feliz”, disse Taherian em entrevista. A atriz tornou-se conhecida há dois anos com a participação no filme “Hich Koja Hich Kas” (“Ninguém em Parte Alguma”).
“Não esperava esta atitude do povo do Irã, da minha própria cultura, ouvir tantos insultos”, disse Taherian a programa “Tablet”, entrevistada pela jornalista e ativista iraniana Masih Alinejad. “Só posso sentir pena por esta reação, não tenho mais nada a dizer”, acrescentou a atriz, depois de admitir que estava “nervosa e preocupada sobre a maneira como as pessoas iriam reagir às suas fotos”.
A atriz garante que publicou as fotos sem lenço no Facebook e no Instagram “em protesto contra a rigidez das leis em vigor no Irão, que obrigam as mulheres a cobrir a cabeça”.
Também Masih Alinejad, que entrevistou Sadaf, foi castigada pelo governo iraniano por lançar uma campanha contra o uso do hijab. “Mais cedo ou mais tarde, aqueles que não acreditam no uso obrigatório do hijab, que têm vidas múltiplas ou escondidas, verão as suas vidas privadas tornar-se repentinamente públicas. E mais cedo ou mais tarde chegará o dia em que as escolhas pessoais das mulheres serão um direito e não irão enraivecer a sociedade.”, disse Alinejad.
Poucos dias depois foi a vez de Chakameh Chamanmah seguir o exemplo e publicar uma foto sem véu.
A atriz, que reside atualmente nos Estados Unidos, não comentou o assunto mas alguns familiares garantiram que Chamanmah “escolheu as roupas de acordo com a cultura social do país para o qual emigrou”. E também ela foi alvo de comentários ofensivos e machistas.
Mas não são as únicas. O Instagram é uma das redes sociais favoritas dos jovens iranianos e há fotos bem desinibidas e até provocadoras. Entre os utilizadores está a filha do vice-ministro iraniano. Mas o fato de terem contas pessoais a que só um número restrito de pessoas tem acesso não lhes permite um contato tão alargado com o público. E, claro, ser filha de um ministro dar-lhe-á certamente algum tipo de regalias.
O Ministério da Cultura e Orientação Islâmico, responsável pelas autorizações de livros, filmes, peças teatrais e meios de comunicação social reagiu ao caso. “Do ponto de vista do ministério, essas duas atrizes já não são consideradas artistas e já não têm autorização para continuar a atuar”, disse o porta-voz do ministério, Hasein Noushabadi.
A prova disso é que o nome de Chamanmah já foi retirado dos créditos da série televisiva “Baran-e-man”, que ainda é exibida no canal 3 da televisão iraniana. Como se pode ver, são duras as consequências para quem não respeita as leis religiosas e morais iranianas.
Costumes
Em 2013, Hassan Rouhani, considerado um moderado, assumiu o poder no Irão, substituindo Mahmoud Ahmadinejad. Apesar da expectativa inicial, o Irã mantém leis muito conservadoras, em especial no que diz respeito aos direitos das mulheres. Mas as regras também se estendem aos homens. No país as mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos em público. Não podem usar saias acima dos joelhos e os rapazes apenas podem usar bermudas em casa. As festas são proibidas e por isso só acontecem em casa com as portas e as janelas bem fechadas para que nada se perceba lá fora.
Namorar? Só online. As carícias são proibidas em público e por isso os casais trocam mensagens pela internet. Não é por acaso que o Irã é a terceira maior população mundial a utilizar o Orkut.
Um ano depois da revolução de 1979, que instituiu a República Islâmica, a legislação obrigou a que as mulheres em território iraniano, independentemente da nacionalidade ou da religião, escondessem o cabelo e os contornos físicos em público. O véu islâmico, o hijab, é um símbolo do regime instaurado pelo aiatola Khomeini e é um campo de luta entre feministas e conservadores.
No ano passado, milhares de mulheres iranianas juntaram-se numa campanha online, através do Facebook, para defender maiores liberdades sociais. Na rede social foram divulgadas fotos em que as mulheres apareciam com a cabeça destapada, sem o obrigatório véu islâmico. A página Stealthy Freedoms of Iranian Women (Liberdades Ocultas das Mulheres Iranianas) tem como objetivo suscitar o debate sobre se as mulheres devem ter o direito de escolher se querem usar o hijab. Atualmente a página já não está disponível na rede.
A greve que mudou a cultura de uma nação... / BBC
' Islândia é o país mais 'adamado' da Europa '
Finnbogadottir ocupou o cargo por 16 anos –período que ajudou a fazer a fama da Islândia como "país feminista mais do mundo". Mas ela diz que nunca teria sido presidente se não fosse o que aconteceu naquele ensolarado 24 de outubro de 1975, quando 90% das mulheres do país decidiram demonstrar sua importância entrando em greve.
Em vez de ir aos seus escritórios, fazer tarefas domésticas ou cuidar de crianças, elas foram às ruas, aos milhares, para reivindicar direitos iguais aos dos homens. O movimento ficou conhecido como o "Dia de Folga das Mulheres", e a ex-presidente o vê como um divisor de águas.
"O que aconteceu naquele dia foi o primeiro passo para a emancipação das mulheres na Islândia", disse. "Ele paralisou o país completamente e abriu os olhos de muitos homens".
Bancos, fábricas e algumas lojas tiveram que fechar, assim como escolas e creches – deixando muitos pais sem escolha a não ser levar seus filhos para o trabalho.
Houve relatos de homens se armando com doces e lápis de cor para entreter a multidão de crianças superexcitadas em seus locais de trabalho. Salsichas, fáceis de serem preparadas e populares entre crianças, sumiram rapidamente dos supermercados.
Foi um batismo de fogo para alguns pais, o que pode explicar o outro nome que o dia recebeu: "Sexta-feira longa".
"Ouvíamos crianças brincando enquanto os apresentadores liam as notícias no rádio. Foi uma coisa boa de se ouvir e saber que os homens tinham que tomar conta de tudo", relembra a ex-presidente.
Homens em casa
Apresentadores de rádio ligavam para casas em áreas remotas do país para avaliar como muitas mulheres da zona rural estavam passando o dia, mas o telefone era frequentemente atendido por maridos que haviam ficado em casa para tomar conta das crianças.
Durante a entrevista para a BBC em Reykjavik, Vigdis Finnbogadottir tinha em seu colo uma fotografia em preto e branco emoldurada do comício numa praça central na capital –o maior dos mais de 20 que foram registrados em todo o país.
Finnbogadottir, sua mãe e sua filha de três anos estavam entre as mais de 25 mil mulheres que se reuniram para cantar, ouvir discursos e falar sobre o que poderia ser feito para mudar o país. Foi uma participação enorme para uma ilha de apenas 220 mil habitantes.
Na época, ela era diretora artística da Companhia de Teatro de Reykjavik e havia abandonado os ensaios gerais para participar da manifestação, ao lado de outras colegas.
"Havia um grande poder nisso tudo e um grande sentimento de solidariedade e força entre todas aquelas mulheres que estavam na praça sob o sol", afirma.
Uma banda tocava a música tema do programa Shoulder to Shoulder, uma série da BBC sobre o movimento sufragista que havia sido transmitida na Islândia no início daquele ano.
As mulheres islandesas obtiveram o direito de votar há 100 anos, em 1915 –depois de Nova Zelândia, Austrália, Finlândia e Noruega. Mas nos 60 anos seguintes, apenas nove mulheres conquistaram assentos no Parlamento.
Em 1975, havia apenas três parlamentares mulheres, ou apenas 5% do Parlamento, em comparação com entre 16% e 23% nos outros países nórdicos, o que era uma grande fonte de frustração para a população feminina.
Novo nome
A ideia de uma greve foi proposta pela primeira vez por um movimento radical criado em 1970, o Red Stockings, mas algumas mulheres acreditavam que a ideia era muito agressiva.
"O movimento Red Stockings causou uma grande agitação pelo ataque que fazia às visões tradicionais das mulheres –especialmente entre as gerações mais velhas de mulheres que haviam tentado dominar a arte de ser donas de casa perfeitas", diz Ragnheidur Kristjansdottir, professora de História na Universidade da Islândia.
Mas quando a greve foi rebatizada de "Dia de Folga das Mulheres" teve apoio quase total, incluindo dos sindicatos.
Entre as oradoras do comício de Reykjavik estavam uma dona de casa, duas parlamentares, uma representante do movimento de mulheres e uma trabalhadora.
O discurso final foi feito por Adalheidur Bjarnfredsdottir, chefe do sindicato de mulheres que trabalhavam em serviços de limpeza, cozinhas, lavanderias de hospitais e escolas.
"Ela não estava acostumada a falar em público, mas ficou conhecida com esse discurso, porque foi muito forte e inspirador", diz Audur Styrkarsdottir, diretora do Arquivo Histórico das Mulheres da Islândia. "Mais tarde, ela se tornou parlamentar."
Na preparação para o evento, os organizadores conseguiram que emissoras de rádio, de televisão e jornais nacionais fizessem reportagens sobre salários baixos de mulheres e discriminação de gênero. A greve também atraiu a atenção da imprensa internacional.
Mas como os homens se sentiram?
"Acho que no início eles pensaram que era algo engraçado, mas não me lembro de nenhum deles ficar com raiva", relembra a ex-presidente Finnbogadottir. "Os homens perceberam que, se eles fossem contra isso, perderiam popularidade."
'Acontecimento positivo'
Há relatos de que um colega de trabalho teria perguntado ao marido de uma das principais oradoras do comício: "Por que você deixa sua mulher gritar assim em lugares públicos? Eu nunca deixaria minha mulher fazer essas coisas". Ao que ele respondeu: "Ela não é o tipo de mulher que se casaria com um homem como você".
Styrmir Gunnarsson era na época o editor-chefe de um jornal conservador, o Morgunbladid, mas não era contra a ideia. "Eu acho que nunca apoiei uma greve, mas não vi essa ação como uma greve. Era uma demanda por direitos iguais... foi um acontecimento positivo", afirma.
Nenhuma das funcionárias do jornal trabalhou naquele dia. Gunnarsson diz que nenhuma delas teve o dia descontado do salário ou do saldo de folgas, e elas voltaram à meia-noite para ajudar a finalizar a edição, que foi menor do que a habitual: 16 páginas em vez de 24.
"A maioria das pessoas provavelmente subestimou o impacto deste dia naquela época –mais tarde, homens e mulheres começaram a perceber que tinha sido um divisor de águas", diz.
Cinco anos mais tarde, Vigdis Finnbogadottir derrotou três candidatos para a Presidência. Ela se tornou tão popular que foi reeleita sem oposição em duas das três eleições realizadas depois.
Outras conquistas se seguiram. Listas apenas com mulheres começaram a aparecer nas eleições parlamentares de 1983 e um novo partido, a Aliança das Mulheres, conquistou suas primeiros cadeiras no Parlamento. Hoje, o país tem 28 mulheres no Parlamento, o equivalente a 44% dos assentos.
Em 2000, a licença paternidade paga foi introduzida para os homens e, em 2010, o país elegeu sua primeira primeira-ministra, Johanna Sigurdardottir –a primeira chefe de Estado abertamente gay no mundo. Clubes de striptease foram proibidos no mesmo ano.
A Islândia lidera o Índice Global de Desigualdade de Gênero do Fórum Econômico Mundial desde 2009, o que significa que é o país do mundo onde há mais igualdade entre homens e mulheres.
No entanto, a chefe de Iniciativas de Gênero do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), Saadia Zahidi, ainda há trabalho a fazer.
"A presença de mulheres e homens na força de trabalho é quase igual –na verdade, as mulheres são maioria em todos os trabalhos mais qualificados–, mas elas ocupam cerca de 40% dos cargos de liderança e ganham menos do que homens nos mesmos cargos."
Mesmo assim, o impacto da greve e da eleição da primeira presidente foi rapidamente assimilado pelas novas gerações.
Quando Ronald Reagan tornou-se presidente dos Estados Unidos, em 1981, conta-se que um garoto islandês ficou indignado. "Ele não pode ser presidente – ele é homem!", disse ele a sua mãe ao ver a notícia na televisão. Muitas outras crianças do país cresceram acreditando que ser presidente era o trabalho de uma mulher.
Há 40 anos, as mulheres islandesas entraram em greve –recusaram-se a trabalhar, cozinhar e cuidar das crianças por um dia. O momento mudou a forma como as mulheres eram vistas no país e ajudou a colocar a Islândia na vanguarda da luta pela igualdade.O movimento também abriu espaço para que, cinco anos depois, em 1980, Vigdis Finnbogadottir, uma mãe solteira divorciada, conquistasse a Presidência do país, tornando-se a primeira mulher presidente da Europa, e a primeira mulher no mundo a ser eleita democraticamente como chefe de Estado.
Finnbogadottir ocupou o cargo por 16 anos –período que ajudou a fazer a fama da Islândia como "país feminista mais do mundo". Mas ela diz que nunca teria sido presidente se não fosse o que aconteceu naquele ensolarado 24 de outubro de 1975, quando 90% das mulheres do país decidiram demonstrar sua importância entrando em greve.
Em vez de ir aos seus escritórios, fazer tarefas domésticas ou cuidar de crianças, elas foram às ruas, aos milhares, para reivindicar direitos iguais aos dos homens. O movimento ficou conhecido como o "Dia de Folga das Mulheres", e a ex-presidente o vê como um divisor de águas.
"O que aconteceu naquele dia foi o primeiro passo para a emancipação das mulheres na Islândia", disse. "Ele paralisou o país completamente e abriu os olhos de muitos homens".
Bancos, fábricas e algumas lojas tiveram que fechar, assim como escolas e creches – deixando muitos pais sem escolha a não ser levar seus filhos para o trabalho.
Houve relatos de homens se armando com doces e lápis de cor para entreter a multidão de crianças superexcitadas em seus locais de trabalho. Salsichas, fáceis de serem preparadas e populares entre crianças, sumiram rapidamente dos supermercados.
Foi um batismo de fogo para alguns pais, o que pode explicar o outro nome que o dia recebeu: "Sexta-feira longa".
"Ouvíamos crianças brincando enquanto os apresentadores liam as notícias no rádio. Foi uma coisa boa de se ouvir e saber que os homens tinham que tomar conta de tudo", relembra a ex-presidente.
Homens em casa
Apresentadores de rádio ligavam para casas em áreas remotas do país para avaliar como muitas mulheres da zona rural estavam passando o dia, mas o telefone era frequentemente atendido por maridos que haviam ficado em casa para tomar conta das crianças.
Durante a entrevista para a BBC em Reykjavik, Vigdis Finnbogadottir tinha em seu colo uma fotografia em preto e branco emoldurada do comício numa praça central na capital –o maior dos mais de 20 que foram registrados em todo o país.
Finnbogadottir, sua mãe e sua filha de três anos estavam entre as mais de 25 mil mulheres que se reuniram para cantar, ouvir discursos e falar sobre o que poderia ser feito para mudar o país. Foi uma participação enorme para uma ilha de apenas 220 mil habitantes.
Na época, ela era diretora artística da Companhia de Teatro de Reykjavik e havia abandonado os ensaios gerais para participar da manifestação, ao lado de outras colegas.
"Havia um grande poder nisso tudo e um grande sentimento de solidariedade e força entre todas aquelas mulheres que estavam na praça sob o sol", afirma.
Uma banda tocava a música tema do programa Shoulder to Shoulder, uma série da BBC sobre o movimento sufragista que havia sido transmitida na Islândia no início daquele ano.
As mulheres islandesas obtiveram o direito de votar há 100 anos, em 1915 –depois de Nova Zelândia, Austrália, Finlândia e Noruega. Mas nos 60 anos seguintes, apenas nove mulheres conquistaram assentos no Parlamento.
Em 1975, havia apenas três parlamentares mulheres, ou apenas 5% do Parlamento, em comparação com entre 16% e 23% nos outros países nórdicos, o que era uma grande fonte de frustração para a população feminina.
Novo nome
A ideia de uma greve foi proposta pela primeira vez por um movimento radical criado em 1970, o Red Stockings, mas algumas mulheres acreditavam que a ideia era muito agressiva.
"O movimento Red Stockings causou uma grande agitação pelo ataque que fazia às visões tradicionais das mulheres –especialmente entre as gerações mais velhas de mulheres que haviam tentado dominar a arte de ser donas de casa perfeitas", diz Ragnheidur Kristjansdottir, professora de História na Universidade da Islândia.
Mas quando a greve foi rebatizada de "Dia de Folga das Mulheres" teve apoio quase total, incluindo dos sindicatos.
Entre as oradoras do comício de Reykjavik estavam uma dona de casa, duas parlamentares, uma representante do movimento de mulheres e uma trabalhadora.
O discurso final foi feito por Adalheidur Bjarnfredsdottir, chefe do sindicato de mulheres que trabalhavam em serviços de limpeza, cozinhas, lavanderias de hospitais e escolas.
"Ela não estava acostumada a falar em público, mas ficou conhecida com esse discurso, porque foi muito forte e inspirador", diz Audur Styrkarsdottir, diretora do Arquivo Histórico das Mulheres da Islândia. "Mais tarde, ela se tornou parlamentar."
Na preparação para o evento, os organizadores conseguiram que emissoras de rádio, de televisão e jornais nacionais fizessem reportagens sobre salários baixos de mulheres e discriminação de gênero. A greve também atraiu a atenção da imprensa internacional.
Mas como os homens se sentiram?
"Acho que no início eles pensaram que era algo engraçado, mas não me lembro de nenhum deles ficar com raiva", relembra a ex-presidente Finnbogadottir. "Os homens perceberam que, se eles fossem contra isso, perderiam popularidade."
'Acontecimento positivo'
Há relatos de que um colega de trabalho teria perguntado ao marido de uma das principais oradoras do comício: "Por que você deixa sua mulher gritar assim em lugares públicos? Eu nunca deixaria minha mulher fazer essas coisas". Ao que ele respondeu: "Ela não é o tipo de mulher que se casaria com um homem como você".
Styrmir Gunnarsson era na época o editor-chefe de um jornal conservador, o Morgunbladid, mas não era contra a ideia. "Eu acho que nunca apoiei uma greve, mas não vi essa ação como uma greve. Era uma demanda por direitos iguais... foi um acontecimento positivo", afirma.
Nenhuma das funcionárias do jornal trabalhou naquele dia. Gunnarsson diz que nenhuma delas teve o dia descontado do salário ou do saldo de folgas, e elas voltaram à meia-noite para ajudar a finalizar a edição, que foi menor do que a habitual: 16 páginas em vez de 24.
"A maioria das pessoas provavelmente subestimou o impacto deste dia naquela época –mais tarde, homens e mulheres começaram a perceber que tinha sido um divisor de águas", diz.
Cinco anos mais tarde, Vigdis Finnbogadottir derrotou três candidatos para a Presidência. Ela se tornou tão popular que foi reeleita sem oposição em duas das três eleições realizadas depois.
Outras conquistas se seguiram. Listas apenas com mulheres começaram a aparecer nas eleições parlamentares de 1983 e um novo partido, a Aliança das Mulheres, conquistou suas primeiros cadeiras no Parlamento. Hoje, o país tem 28 mulheres no Parlamento, o equivalente a 44% dos assentos.
Em 2000, a licença paternidade paga foi introduzida para os homens e, em 2010, o país elegeu sua primeira primeira-ministra, Johanna Sigurdardottir –a primeira chefe de Estado abertamente gay no mundo. Clubes de striptease foram proibidos no mesmo ano.
A Islândia lidera o Índice Global de Desigualdade de Gênero do Fórum Econômico Mundial desde 2009, o que significa que é o país do mundo onde há mais igualdade entre homens e mulheres.
No entanto, a chefe de Iniciativas de Gênero do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), Saadia Zahidi, ainda há trabalho a fazer.
"A presença de mulheres e homens na força de trabalho é quase igual –na verdade, as mulheres são maioria em todos os trabalhos mais qualificados–, mas elas ocupam cerca de 40% dos cargos de liderança e ganham menos do que homens nos mesmos cargos."
Mesmo assim, o impacto da greve e da eleição da primeira presidente foi rapidamente assimilado pelas novas gerações.
Quando Ronald Reagan tornou-se presidente dos Estados Unidos, em 1981, conta-se que um garoto islandês ficou indignado. "Ele não pode ser presidente – ele é homem!", disse ele a sua mãe ao ver a notícia na televisão. Muitas outras crianças do país cresceram acreditando que ser presidente era o trabalho de uma mulher.
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