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sábado, 7 de março de 2015

Homenagem à Mulher > Ariano Siassuna / Cmais


Ariano Suassuna: A mulher e o reino

Na contramão do poema-pílula e do "semi hai kai" contemporâneo, sua poesia tem fôlego e uma sonoridade excepcional, alcançando, assim, a vertiginosa altura da poesia épica
Fábio MalavogliaLiteratura
26/08/14 14:49 - Atualizado em 10/09/14 23:43
Ariano Suassuna (Imagem: Reprodução)

Homenageamos o romancista, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna, morto no último mês de julho, lendo alguns de seus poemas. São vigorosos sonetos, de português sonante e de sabor antigo.

A potência de seus versos vem das mesmas fontes onde beberam os menestréis medievais e os cantadores sertanejos. É barroca, religiosa, aprecia desdobrar-se em palavras magníficas. Na contramão do poema-pílula e do "semi hai kai" contemporâneo, tem fôlego e uma sonoridade excepcional. E alcança, assim, a vertiginosa altura da poesia épica, como podemos perceber agora, ouvindo os versos de A Mulher e o Reino.


Ariano Suassuna: A mulher e o reino
Oh! Romã do pomar, relva esmeralda
Olhos de ouro e azul, minha alazã
Ária em forma de sol, fruto de prata
Meu chão, meu anel, cor do amanhã
Oh! Meu sangue, meu sono e dor, coragem
Meu candeeiro aceso da miragem
Meu mito e meu poder, minha mulher
Dizem que tudo passa e o tempo duro
tudo esfarela
O sangue há de morrer
Mas quando a luz me diz que esse ouro puro
se acaba pôr finar e corromper
Meu sangue ferve contra a vã razão
E há de pulsar o amor na escuridão

 
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Notícias horríveis de Brasília... / coluna de Cláudio Humberto

07/03/2015

07 DE MARÇO DE 2015
Antes mesmo da divulgação da lista dos citados nas investigações, a nova CPI da Petrobras já concentra 349 requerimentos de convocação para depor dos principais figurões enrolados no caso. Muitos são sobrepostos e pedem a intimação de 118 pessoas, como os ex-ministros José Dirceu, Antônio Palocci e Miriam Belchior, o doleiro Alberto Youssef e a ex-presidente da Petrobras Graça Foster.
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José Dirceu tem uma dor de cabeça a mais. Há também pedidos de quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.
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Entre os pedidos de convocação está o de Marina Mantega, filha de Guido Mantega, ex-ministro e presidente do conselho da Petrobras.
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Braço direito de Lula e presidente do instituto do ex-presidente, Paulo Okamatto também pode ser convocado pela CPI.
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Pedro Barusco, Sérgio Gabrielli, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, todos ex-Petrobras, concentram 29 pedidos de convocação.
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, causou estranheza ao avisar parlamentares de que seriam citados no escândalo na Lava Jato. Essa atitude, que ele classificou de institucional, é própria de quem se articula politicamente. Afinal, há disponível uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), à qual é “candidato natural”, ou terá de disputar a recondução ao cargo na PGR, dentro de seis meses.
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Ao avisar os que seriam citados, Janot permitiu aos políticos antecipar fatos, bolar “antídotos” ao noticiário e contratar os melhores advogados.
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Para ser reconduzido ao cargo, Janot terá de entrar na lista tríplice dos mais votados pelos colegas. E ser nomeado por Dilma.
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O presidente do Senado, Renan Calheiros, chegou a afirmar que Janot está “em processo eleitoral”, para buscar a recondução ao cargo.
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Recorrem à velha chantagem da “ameaça de desemprego” os defensores do acordo de “leniência”, para livrar as empreiteiras (e seus donos) de punição por roubarem a Petrobras. O “cálculo” agora é de meio milhão de postos de trabalho estariam supostamente ameaçados.
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É lenda a “ameaça de desemprego” se as empreiteiras corruptoras quebrarem. Há inúmeras outras capazes de substituí-las nos contratos obtidos mediante fraude e suborno, e absorver os demitidos.
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Apontado apressadamente como “foragido” ou “desaparecido”, o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo poderia ser encontrado, nesta sexta (6), almoçando tranquilamente no Piantella, em Brasília.
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Após deixar o cargo, o ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo mofou durante dois meses no “Departamento de Escadas e Corredores (DEC)”. Somente ontem foi enviada ao Senado a sua indicação à embaixada em Washington. Ele quase desistiu.
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O ex-chanceler Luiz Alberto Figueiredo caiu em desgraça com Dilma ao não reagir como ela queria, na porrada, à rebelião de jovens diplomatas que protestaram contra os maus-tratos do governo ao Itamaraty.
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A estatal EBC, que em dezembro pagou salários de até R$ 56 mil, mantém correspondentes em Copenhagen, Atlanta e Montreal e Buenos Aires, mas o noticiário internacional da Agência Brasil/EBC é retirado da Agência Lusa, por redatores que ralam em Brasília.
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Advogados criminalistas constituem, a rigor, o único setor da sociedade feliz com o petrolão. Eles vão faturar muito na defesa de suas excelências enroladas no escândalo.
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Chefe do escritório do governo do Amapá, Gilvam Borges é acusado por servidores de exigir ser chamado de “senador”. Faz sentido: afinal, após o fim de semana em Macapá, fica em Brasília de terça a quinta.
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A piada do momento da oposição, no Congresso, é por que Dilma não recebe os próprios ministros: “Como vai receber alguém que ela não conhece?”