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Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

sábado, 30 de janeiro de 2016

"A crise brasileira é um fato internacional. Dentro dos nossos limites, estamos puxando a economia mundial para baixo."

9/01/2016
 às 19:02 \ Opinião

Um artigo de Fernando Gabeira: Do ‘Aedes aegypti’ à tsé-tsé

Publicado no Estadão
A crise brasileira é um fato internacional. Dentro dos nossos limites, estamos puxando a economia mundial para baixo. Nossa queda não impacta tanto quanto a simples desaceleração chinesa. Mas com alguma coisa contribuímos: menos 1% no crescimento global. Na crise da indústria do petróleo, com os baixos preços do momento, o Brasil aparece com destaque. Cerca de 30% dos projetos do setor cancelados no mundo foram registrados aqui, com o encolhimento da Petrobras. Dizem que os brasileiros eram olhados com um ar de condolências nos corredores da reunião de Davos. Somos os perdedores da vez.
Diante desse quadro, Dilma diz-se estarrecida com as previsões negativas do FMI. Quase todo mundo está prevendo uma crise de longa duração e queda no PIB. Centenas de artigos, discursos e relatórios fortalecem essa previsão. Dilma, se estivesse informada, ficaria estarrecida por o FMI ter levado tanto tempo para chegar a essa conclusão. Ela promete que o Brasil volta a crescer nos próximos meses. No mesmo tom, Lula declarou aos blogueiros amestrados que não existe alma viva mais honesta do que ele. Não é recomendável entrar nessas discussões estúpidas. Não estou seguro nem se o Lula é realmente uma alma viva.
A troca de Levy por Barbosa está sendo vista como uma luta entre keynesianos e neoliberais. Pelo que aprendi de Keynes, na biografia escrita por Robert Skidelsky, é forçar um pouco a barra acreditar que sua doutrina é aplicável da forma que querem no Brasil de hoje. É um Keynes de ocasião, destinado principalmente a produzir algum movimento vital na economia, num ano em que o país realiza eleições municipais. É o voo da galinha, ainda que curtíssimo e desengonçado como o do tuiuiú.
O Brasil precisa de uma década de investimentos vigorosos, para reparar e modernizar sua infra. Hoje, proporcionalmente, gastamos nisso a metade do que os peruanos gastam.
O governo não tem fôlego para realizar essa tarefa. Isso não significa que não haja dinheiro no Brasil ou no mundo. Mas são poucos os que se arriscam a investir aqui. Não há credibilidade. O populismo de esquerda não é uma força qualquer, ele penetra no inconsciente de seus atores com a certeza de que estão melhorando a vida dos pobres. E garante uma couraça contra as críticas dos que “não querem ver pobre viajando de avião”.
Em 2016 largamos na lanterna do crescimento global. Dilma está estarrecida com isso e a mais honesta alma do Brasil diz “sai um lorde Keynes aí” como se comprasse cigarros num botequim de São Bernardo do Campo.
Aos poucos, o Brasil vai se dando conta da gravidade da epidemia causada pelo Aedes aegypti. Gente com zika foi encontrada nos EUA depois de viajar para cá. As TVs de lá martelam advertências às grávidas. Na Itália quatro casos de contaminação foram diagnosticados em viajantes que passaram pelo Brasil. O ministro da Saúde oscila entre a depressão e o entusiasmo. Ora exagera o potencial das campanhas preventivas, ora reconhece de forma fatalista que o Brasil está perdendo feio a guerra para o mosquito. Com nossa estrutura urbana, é quase impossível acabar com o mosquito. Mas há o que fazer.
Não se viu Dilma estarrecida diante da epidemia. Nem a mais honesta alma do Brasil articulando algo nessa direção. Solução que depende do tempo, a vacina ainda é uma palavra mágica.
No entanto, estamos nas vésperas da Olimpíada. Os líderes que a trouxeram para o Brasil, nos tempos de euforia, quase não tocam no assunto; não se sentam para avaliar como nos degradamos e como isso já é percebido com clareza lá fora.
Economist publica uma capa com Dilma olhando para baixo e o título: A queda do Brasil. Na economia, área em que as coisas andam mais rápidas, não há mais dúvidas sobre o fracasso.
A segunda maior cidade do Rio, estado onde se darão os Jogos, simplesmente quebrou. Campos entrou em estado de emergência econômica, agora que os royalties do petróleo parecem uma ilusão de carnaval.
O problema dos salvadores do povo é que não percebem outra realidade exceto a de permanência no poder. Quanto pior a situação, mais se sentem necessários. Os irmãos Castro acham que salvaram Cuba e levaram a um patamar superior ao da Costa Rica, por exemplo. O chavismo levou a Venezuela a um colapso econômico, marcado pelas filas para produtos de primeira necessidade, montanhas de bolívares para comprar um punhado de dólares. Ainda assim, seus simpatizantes dizem, mesmo no Brasil, que a Venezuela está muito melhor do que se estivesse em mãos de liberais.
O colapso, a ruína, a decadência, nada disso importa aos populistas de esquerda. Apenas ressaltam suas boas intenções e a maldade dos críticos burgueses, da grande mídia, enfim, de qualquer desses espaços onde acham que o diabo mora. O Lula tornou-se o símbolo desse pensamento. Na semana em que se suspeita de tudo dele, do tríplex à compra de caças, do petrolão às emendas vendidas, chegou à conclusão de que não existe alma viva mais honesta do que ele.
Aqueles que acreditam num diálogo racional com o populismo de esquerda deveriam repensar seu propósito. Negar a discussão racional pode ser um sintoma de intolerância. Existe uma linha clara entre ser tolerante e gostar de perder tempo. O mesmo mecanismo que leva Lula a se proclamar santo é o que move a engrenagem política ideológica do PT. Quando a maré internacional permitiu o voo da galinha, eles se achavam mestres do crescimento. Hoje, com a maré baixa, consideram-se os mártires da intolerância conservadora. Simplesmente não adianta discutir. No script deles, serão sempre os mocinhos, nem que tenham de atacar a própria Operação Lava Jato.
Considerando que Cuba é uma ditadura e a Venezuela chega muito perto disso com sua política repressiva, como explicar a aberração brasileira?
Certamente algum mosquito nos mordeu para suportarmos mentiras que nos fazem parecer otários. Não foi o Aedes aegypti. A tsé-tsé, quem sabe?

Um manifesto chamado 'chicana' / O retrocesso / J R Guzzo


0/01/2016
 às 11:48 \ Opinião

J. R. Guzzo: O retrocesso 

Publicado na versão impressa de VEJA
O manifesto que há pouco foi colocado em circulação por um círculo de 100 advogados, incluindo defensores de réus processados por corrupção e outros crimes na Operação Lava Jato, com a intenção de denunciar o que os seus autores descrevem como uma série de agressões ao direito de defesa, não é, nem nunca chegará a ser, o que parece. Pelo que está escrito ali, com o amparo de assinaturas ilustres, o documento parece um protesto contra a arbitrariedade do Poder Judiciário e um grito em favor das liberdades individuais do cidadão brasileiro ─ ou, pelo menos, foi isso que pretendeu parecer. O que acabou realmente sendo foi outra coisa: uma declaração de guerra contra a aplicação da Justiça no Brasil de hoje. Os advogados em questão acusam os condutores dos processos penais da Lava Jato de parcialidade contra os réus, violação dos códigos legais, desrespeito ao exercício do direito de defesa ─ e sustentam que esses delitos são uma ameaça para o país e para “o Estado de direito”. Não funcionou. Só conseguiram deixar claro que seu único interesse era fazer pressão em favor dos próprios clientes.
O que chama atenção neste caso, à primeira vista, é a baixa qualidade do texto levado a público. Não é citado ali nenhum fato concreto de arbitrariedade por parte do juiz Sergio Moro, titular da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, ou do Ministério Público. Não há nenhuma menção a uma realidade fundamental: a de que os advogados da Lava Jato já apresentaram cerca de 300 recursos contra as decisões do juiz e quase todos foram negados pelos três diferentes tribunais superiores que julgam os seus despachos. Não há o mais remoto sinal de que exista algo parecido com uma ideia naquilo tudo que escreveram. Mas o que há de pior no documento é algo que não está escrito ─ é a sua tentativa desesperada de empurrar o Brasil de volta a um estilo de Justiça que começa a morrer. É a Justiça que está aí desde sempre, desenhada peça por peça para garantir a impunidade de réus com influência, posição social e, sobretudo, muito dinheiro para gastar em suas defesas. Sua essência é impedir a apreciação do mérito real dos fatos no julgamento dos processos criminais ─ e obrigar, em vez disso, a que todas as decisões dos juízes obedeçam a uma complicadíssima malha de normas descritas como “técnicas”, que nada têm a ver com aquilo que efetivamente aconteceu e se interessam apenas em criar obstáculos artificiais para possíveis condenações. É a Justiça dos prazos, das formalidades, da burocracia, das regrinhas, das minúcias extremas dos códigos e leis processuais, das possibilidades praticamente sem limites de adiar decisões e ir empurrando tudo com a barriga até o Dia do Juízo Universal. É o triunfo do que os juristas chamam de “chicana”.
Advogados experientes e atentos às realidades do Brasil de hoje vêm observando há bom tempo, desde o início da Operação Lava Jato (e até mesmo antes, a partir das condenações do mensalão), que mudanças importantes estavam começando a aparecer na Justiça Penal brasileira. Estava ficando mais difícil para os réus, advertiam eles, confiar cegamente nos confortos da Justiça velha. As causas, cada vez mais, passavam a se interessar por provas e fatos, em vez de truques processuais. A Justiça começava a exigir que as defesas apresentassem argumentos verossímeis e baseados na lógica, em vez de alegar qualquer disparate e desafiar a acusação a apresentar “prova em contrário”. Foi aparecendo a necessidade de se defender com argumentos em vez de discursos; foi se esvaziando a importância do palavrório, do latinório, do jogo para a plateia. Os advogados do manifesto, ao que parece, não prestaram atenção a nada disso. Agora, diante das dificuldades que a nova Justiça vem colocando para os réus nos processos de corrupção, querem salvar seus clientes pregando a volta a um sistema em fase de demolição.
Tudo o que conseguiram até agora foi tornar ainda mais forte a posição do juiz Sergio Moro. É natural: quem pode levar a sério um documento em que se escreve que a Justiça no Brasil de hoje é pior que a do regime militar? Isso não é argumento; é uma falsificação maligna dos fatos, ao ignorar que na verdadeira Justiça da época 400 pessoas foram mortas sem passar por nenhum processo, segundo as estimativas mais citadas, e que o governo podia demitir juízes, fechar tribunais e cassar ministros. Os advogados do protesto dizem que as ações penais contra a corrupção são um “retrocesso de vários séculos”. Confundem tudo. Quem quer o retrocesso são eles.

Charge de Sponholz na coluna de Augusto Nunes

Charge de Sponholz ...

Sponholz - triplo x

ISTOÉ reconstrói o triplex de Lula no Guarujá com outros 'tijolos''' de suspeição... / O castelo de areia de Lula / blog de Aluizio Amorim

sábado, janeiro 30, 2016


DESMORONA O CASTELO DE LULA

A revista Isto é que chega às bancas neste sábado traz uma alentada reportagem sobre o rumoroso caso do já famoso triplex do edifício Solaris, localizado em área nobre do Guarujá, que coloca Lula no olho do furacão das investigações da Operação Lava Jato. Documentos obtidos por ISTOÉ colocam em xeque versões apresentadas pelo ex-presidente sobre o tríplex no Guarujá, que entrou na mira da Lava Jato por suspeitas de camuflar pagamento de propina. 
Transcrevo a parte inicial da extensa reportagem da revista IstoÉ com link ao final para leitura completa. Leiam:


Na sexta-feira 29, o Ministério Público de São Paulo intimou para prestar depoimento o ex-presidente Lula, sua mulher Marisa Letícia e o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro. Lula será ouvido em 17 de fevereiro como investigado, sob a suspeita de ter praticado crimes de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro. Frente a frente com os promotores, a família do ex-presidente e o empreiteiro terão de apresentar justificativas mais plausíveis do que aquelas já expostas até agora a respeito do tríplex localizado no condomínio Solaris, no Guarujá, e reformado pela OAS, que na semana passada transformou-se em alvo da mais recente fase da Operação Lava Jato. As suspeitas, segundo os procuradores, recaem sobre o uso dos apartamentos do Solaris, entre eles o de Lula, para “repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras.” Em outras palavras, pagamento de suborno do Petrolão.
MARÉ DE MISTÉRIOS
ISTOÉ teve acesso a três documentos que comprometem as versões exibidas por Lula, desde que o caso veio à tona. No ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias de que a empreiteira OAS, envolvida nas falcatruas da Petrobras, desembolsou mais de R$ 700 mil na reforma do apartamento no litoral paulista, o Instituto Lula se esmera em negar com veemência que o ex-presidente ou a ex-primeira-dama Marisa Letícia sejam donos do imóvel. Eles seriam, segundo insistem em afirmar, apenas cooperados de uma cota da quebrada Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, já comandada por dirigentes petistas, como João Vaccari Neto e Ricardo Berzoini, hoje ministro de Dilma, que deixou mais de três mil famílias sem ver a cor de seus imóveis e do dinheiro aplicado por eles movidos pelo sonho da casa própria. O discurso do principal líder petista persistiu até semana passada, apesar de toda a sorte de depoimentos que confirmaram a presença rotineira de integrantes da família Lula durante as obras responsáveis por mudar (para melhor) a configuração do tríplex. Os documentos que ISTOÉ apresenta agora revelam que Lula jamais abriu mão do imóvel. Há sete anos, a família Lula deveria ter exercido o direito, caso tivesse interesse, de se desfazer da cobertura de frente para a praia e receber a restituição em dinheiro do que havia desembolsado até ali. Mas não o fez. Na época, um acordo foi selado, transferindo o empreendimento atrasado e inacabado da Bancoop para a OAS. 
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
Ratificado na assembleia dos proprietários em 27 de outubro de 2009 e subscrito pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o “Termo de Acordo para Finalização do Residencial”, de 14 páginas, é taxativo. Diz que os investidores do inacabado Residencial Mar Cantábrico, renomeado tempos depois para Solaris, tinham dez dias a contar daquela reunião para se desligarem da Bancoop. Precisavam, afirma a cláusula 8.1 do capítulo VIII, também optar entre duas opções em até 30 dias. A primeira, afirma o capítulo X, receber os valores em espécie com multa. A outra consistia em manifestar o desejo de ficar com o imóvel e custear novas despesas para sua finalização. Os valores já pagos, então, iriam ser transformados em uma carta de crédito pela OAS que deveria ser “usada com exclusividade como parte de pagamento para a aquisição de unidade do empreendimento”. Evidente que aquela era uma oportunidade para que os até então aspirantes a adquirir o imóvel desistissem dele, caso tivessem vontade. Mais do isso. As cláusulas 8.2, 8.3 e 8.4 afirmam que “os cooperados que não atenderem ao disposto item 8.1 infringirão deliberação da Assembleia” e “serão penalizados” com a “sua eliminação da Bancoop”.  Não foi uma mera ameaça. Segundo apurou ISTOÉ junto a cooperados da empresa, quem descumpriu esses itens acabou acionado na Justiça. Por isso torna-se completamente inverossímil a nota divulgada pelo Instituto que leva o nome do ex-presidente, quando sugere que a família Lula poderia decidir, em 2015, entre ficar ou não com o apartamento. Se porventura isso acontecer, sobretudo depois da eclosão do escândalo, ficará configurado mais um favorecimento da empreiteira OAS, implicada no Petrolão, ao petista e seus familiares. 

Charge do Duke no blog de Josias de Souza

Delação! 
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Josias de Souza







– Charge do Duke, via O Tempo.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

E se...? Se os nazistas ganhassem a 2ª Guerra Mundial ...como seria a nossa vida ? // BBC

E se os nazistas tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial?

  • Há 5 horas

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Image captionNa série da Amazon, avanço atômico nazista foi mais rápido que o americano

E se?
Talvez a mais curtas das perguntas, mas nem de longe a mais simples. E que inspirou um grande número de escritores a imaginar cenários em que o mundo que conhecemos muda radicalmente.
Essa especulação voltou com força total recentemente graças ao lançamento da série americana The Man in he High Castle, em que os Estados Unidos e os aliados perdem a Segunda Guerra Mundial para Alemanha e Japão.
Mas a prática de imaginar cenários é milenar: ainda no Império Romano, o historiador Tito Lívio fez, em sua coleção de livros sobre a fundação da cidade, conjecturas sobre o que teria acontecido se as conquistas de Alexandre, o Grande, tivessem expandido seu império para o oeste em vez do leste.

Milenar

No século 19, o escritor Nathaniel Hawthorne escreveu o conto P’s Correspondence, em que reimagina o ano de 1845 sem a morte de uma série de políticos e outras personalidades.
Este é também o mote para A Felicidade Não Se Compra, um dos filmes de Natal mais famosos da cultura anglófona, em que o personagem George Bailey vê um mundo alternativo em que ele jamais nasceu.

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Image captionA famosa Times Square, em Nova York, aparece bem diferente em uma realidade alternativa

Mas The Man in the High Castle adota tons mais ousados. Exibido apenas em serviço de streaming pela Amazon Video, a série é baseada em um livro de Phillip K Dick, o venerado autor de ficção científica também conhecido por Blade Runner – O Caçador de Androides.
Na sériei, os são EUA “loteados” entre alemães e japoneses. Já no primeiro episódio, que se passa no ano de 1962, um dos personagens principais é visto caminhando por uma Nova York repleta de símbolos nazistas, incluindo uma versão da bandeira americana adornada por uma suástica.
Em outra, a Estátua da Liberdade está vestida como se fosse comparecer a um dos notórios comícios de Adolf Hitler - e "faz" a saudação com o braço direito erguido. As imagens causaram controvérsia e o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, ordenou a remoção da anúncios da série dos trens do metrô.

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Image captionO uso da Estátua da Liberdade na divulgação da série criou polêmica nos EUA

No universo de Dick, os cientistas alemães venceram a corrida nuclear contra os americanos, e as tropas de Hitler vencem a guerra após detonar um bomba atômica sobre Washington. A principal parte do território americano fica com Berlim enquanto o Japão assume o controle da Costa Oeste, incluindo a Califórnia.
Mas a trama gira em torno de um misterioso filme no qual imagens do mundo que conhecemos, em que os aliados venceram, são traficadas a pedido de um misterioso cineasta.
O mistério está em como essa realidade alternativa é possível e a razão pela qual autoridades nazistas e japonesas reprimem com extrema violência a circulação do filme, além de tentar a todo custo descobrir a identidade do homem que produziu as imagens.
Há também interessantes trama políticas envolvendo a sucessão de Adolf Hitler, que nessa realidade alternativa ainda está vivo e comandando suas tropas. E o crescimento de tensões políticas entre Berlim e Tóquio.
As reações no mundo real mostram o verdadeiro objetivo de histórias com uma linha temporal alternativa: elas são reflexo de nossos medos e de temores que surgem de ideias sobre outros rumos que a vida teria tomado.

O ambiente no PT é parecido com o do Titanic antes do naufrágio // Josias de Souza


No Titanic do PT, Lula é o maestro da orquestraCOMENTE

Josias de Souza




A Lava Jato instilou no PT um ambiente de salve-se quem puder. Quem não está preso no porão de Curitiba foge para os barcos salva-vidas. Ouve-se ao longe a orquestra tocando enquando desliza pelo salão. O naufrágio do PT imita o afundamento do Titanic. Lula segura sua orquestra no salão.
Ao convocar o maestro do petismo e a mulher dele, Marisa Letícia, para prestar depoimento sobre o triplex do Guarujá, o Ministério Público de São Paulo injetou dramaticidade na cena. Há nove dias, com água pelo pescoço, com as caldeiras explodindo e tubarões entrando pelas escotilhas, Lula esforçava-se para manter a pose.
“Não sou investigado”, jactava-se a um grupo de blogueiros. “Se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu”, autovangloriava-se. Era como se ensinasse aos seus músicos: “Toquem com brio, nem uma nota fora do lugar!”
As palavras de Lula dão um significado —ou pelo menos um fundo musical— ao grande desastre do partido que já foi considerado o transatlântico da ética. O maestro e a ex-primeira dama serão inquiridos como “investigados”, informa o Ministério Público. E o maestro, esgrimindo a batuta: “Com brio, companheiros, com brio!”
Sem se dar conta do desnível acentuado do chão e da água que começa a invadir o trombone e os trompetes, o PT prepara para o segundo semestre de fevereiro sua festa de aniversário. Incluirá na celebração uma  homenagem a Lula. A data ainda não foi fixada. Uma boa sugestão seria 17 de fevereiro, dia do depoimento do maestro. Ajustando-se o repertório, a orquestra petista passaria a executar hinos religiosos. Até o fundo.

"Festa à beira do precipício." / The Economist

Brasil está ‘festejando à beira do precipício’, diz ‘The Economist’

Revista aponta confluência de problemas de saúde, político e econômico às vésperas do carnaval
Queda da economia brasileira (Foto: Arquivo Google)
O Globo
O Brasil voltou a ser assunto de uma reportagem da edição da revista britânica “The Economist” para as Américas. Intitulado “Festejando à beira do precipício”, o texto fala da pausa que a população costuma fazer durante o carnaval. E lembra que os políticos voltarão do recesso de fim de ano poucos dias antes do feriado começar, ou seja, os trabalhos só devem ser de fato retomados após o fim da folia.
Queda da economia brasileira (Foto: Arquivo Google)
Para a publicação, nem a presidente Dilma Rousseff nem os congressistas vão conseguir relaxar, já que o país enfrenta dois sérios problemas: o vírus zika e a piora das crises econômica e política. “Quando os políticos retornarem ao trabalhos eles podem se arrepender do tempo que passaram sem tentar resolvê-los”, afirma a reportagem.
A publicação cita a queda das vagas no mercado formal de trabalho em 2015, a projeção de mais perdas para este ano e a forte retração das vendas de automóveis como parte dos indícios do agravamento do cenário econômico brasileiro. E ressalta que para as gerações mais novas, o desemprego é uma novidade. E que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é sociólogo, alerta que não se sabe como esses jovens vão reagir a esse revés.
Saiba mais

"Ninguém está acima da lei"....! Como é ? / blog do Ricardo Noblat


POLÍTICA

Quem se carimbou foi o Lula

Anteontem, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, amigo leal, disse que o ex-presidente Lula, por ter prestado inestimáveis serviços à sociedade e por ter um enorme carisma, virou o objeto do desejo dos que sonham em vê-lo investigado, o que é, segundo o ministro,  uma verdadeira obsessão em ver Lula criminalizado.
Dilma e Lula utilizaram suas páginas no Facebook para se cumprimentarem pelo Dia do Amigo (20 de julho) (Foto: Arquivo Google)Na opinião do ministro, o ex-presidente, por tudo que fez pelo Brasil, deve ser tratado com muito respeito e reprova os que pretendem carimbá-lo disso ou daquilo.
Sabem quem discorda do ministro? O seu amigo Lula! Num dos cafés da manhã com blogueiros escolhidos a dedo, Lula se carimbou de “a viva alma mais honesta do Brasil” e “sonho de todo delator”, pois o  grande prêmio para os delatores é envolver o Lula, segundo ele ouviu dizer...
 
Creio que esse ‘ouviu dizer’ veio lá de dentro de sua alma – limpa, vazia dos pecados da corrupção, segundo ele, mas viva e antenada, ao que parece. Melhor do que qualquer outra pessoa, Lula sabe o quanto e quando errou.

Não sei se vocês se lembram, mas quem jogou no pano verde a palavra impeachment, foi a própria presidente. Desde que ela disse, em julho de 2015, numa entrevista à Folha de S. Paulo, que ninguém a tiraria do Planalto, o impeachment passou a frequentar o noticiário nacional. Da mesma forma, agora Lula ao dizer que seu nome numa delação premiada é prêmio para o delator, lança um desafio que já começa a ser aceito.

A 22ª fase da operação Lava Jato, a Triple X, pretende desbravar toda a novela da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) que prejudicou tanta gente e que em 2009 foi repassada para a OAS, numa manobra um tanto ou quanto confusa. Lula e dona Marisa Letícia são, foram, eram, proprietários de um triplex num dos edifícios, o Solaris. Um apartamento triplex de quase 300m² que recebeu, depois de pronto, um elevador privativo que só serve aos três andares da cobertura. Lula diz que o apartamento não é deles, o que a família Silva tinha era uma quota do empreendimento da Bancoop, devidamente declarada por ele.

É ou não é um bom tema para quem estiver em busca do tal grande prêmio que é falar do Lula?  Se ele só tinha uma quota, por que foi se meter a gaiato e mandou instalar na unidade um elevador privativo? E qual o motivo da OAS em reformar o triplex com tanto luxo que os custos chegaram a quase 800 mil reais? Querem nos fazer crer que a empreiteira fez isso por fazer, sem o intuito de servir ao Lula?
Os dois presidentes, o ex e a atual, nos tomam por burros. Acham que como são aplaudidos por seus áulicos, nós, o povo, também estamos aplaudindo. Como são bobinhos...
Lula, naquele encontro matinal com os blogueiros do coração, enviou um recado para sua pupila: “ Dilma tem que meter isso na cabeça: não só tenho que governar para caramba, mas tenho que eleger meu sucessor!”
E o sucessor, ainda que mal pergunte, seria quem?
Dilma e Lula utilizaram suas páginas no Facebook para se cumprimentarem pelo Dia do Amigo (20 de julho) (Foto: Arquivo Google)