Mundo islâmico
Ataque a escola deixa pelo menos 29 mortos na Síria
Agência estatal diz que local foi atingido por um morteiro lançado pelos rebeldes. Os rebeldes responsabilizam as tropas do governo pelas mortes
Soldados em tanque israelense vigiam fronteira com a Síria nas Colinas de Golã (Avihu Shapira/Reuters)
Um professor e pelo menos 28 alunos foram mortos em um ataque contra uma escola do campo de refugiados de Wafidin, 20 km a nordeste de Damasco, capital da Síria. A origem do ataque ainda não é clara – a imprensa estatal afirma que o local foi atingido por um morteiro lançado pelos rebeldes, enquanto os rebeldes culpam as tropas do governo pelas mortes.
As vítimas do ataque à escola se somam a mais de 40.000 mortos desde o início da revolta contra o governo de Bashar Assad, em março do ano passado. Centenas de milhares de pessoas fugiram do país e 2,5 milhões estão desabrigadas em decorrência do conflito, segundo organizações de direitos humanos.
Nos arredores de Damasco, os conflitos têm se intensificado nos últimos dias, com tropas do governo tentando afastar os rebeldes para uma região mais ao leste da capital, conhecida como Ghouta.
O campo de Wafidin abriga atualmente cerca de 25.000 pessoas que deixaram a região das Colinas de Golã após a ocupação israelense, em 1967.
Armas químicas – Nesta terça-feira, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, endossou a advertência feita pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao governo sírio, para que não use armas químicas contra seu povo.
Em um encontro da organização em Bruxelas, Rasmussen disse que o uso de tais armas seria “totalmente inaceitável”. “O possível uso de armas químicas seria totalmente inaceitável para toda a comunidade internacional”, disse. “Se alguém recorrer a essas terríveis armas, então eu esperaria uma reação imediata da comunidade internacional”.
A reunião dos 28 ministros de países integrantes da Otan trata de uma solicitação da Turquia para ampliar sua defesa na fronteira com a Síria. Membros da organização deixaram claro que tal decisão teria a defesa da Turquia como único objetivo.