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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Onde existe comissão não funciona a Ética...!

Enviado por Ricardo Noblat - 
23.05.2012
 | 
18h03m
POLÍTICA

Cru e quente, por Dora Kramer

Dora Kramer, O Estado de S.Paulo
Como era óbvio, por sobejamente anunciado, a presença do cidadão Carlos Augusto de Almeida Ramos ontem no Congresso confirmou-se inútil para quaisquer esclarecimentos à investigação parlamentar.
Talvez por isso mesmo fosse mais produtivo se a CPMI tivesse revisto seu plano de trabalho e repensado a estratégia de ouvir o presidiário, legalmente protegido pelo direito de calar, antes de a comissão enveredar pelo caminho da entrega do ouro ao bandido, como bem apontou a senadora Kátia Abreu ao vocalizar com todos os efes e erres o absurdo da situação.
Ao molde do que ocorre aos apressados, a comissão degustou o prato tão cru quanto quente. E não por arte do habilidoso advogado Márcio Thomaz Bastos, mas por força de um princípio constitucional elementar.
Por mais que quem se escude no direito de não falar para evitar se incriminar incriminado já esteja, o fato de o indivíduo vulgo Cachoeira ter como endereço atual a penitenciária da Papuda (DF) fala por si. Não acrescenta informação nova ao pressuposto da culpa.
O trabalho da CPMI não é discutir, celebrar ou condenar a orientação da defesa. Muito menos se deixar conduzir por sugestões tolas como a convocação do réu (em processo na 11.ª Vara Federal de Goiás) a aderir ao instrumento da delação premiada, a falar em sessão secreta ou a "passar uma vassoura da corrupção do País".
O que cabe, conforme ressaltaram vários senadores e deputados, é o recurso aos instrumentos de investigação inerentes à CPMI: quebra de sigilos bancários e fiscais, cruzamento de informações mediante o exame dos documentos já em poder da comissão, bem como a solicitação da indisponibilidade dos bens dos principais suspeitos.
O acusado não falará agora nem cumprirá a promessa de "ajudar" a CPMI depois de seu depoimento em juízo ou a qualquer tempo. Portanto, os investigadores devem obediência ao seu papel. Independentemente da perspectiva da defesa e da expectativa da contribuição do réu.
Leia a íntegra em Cru e quente

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Deputado atira pedras, sem medo, do telhado de vidro de sua organização partidária

Deputado afirma que revista Veja financiou atividades ilegais de Cachoeira

23/4/2012 12:13,  Por Redação, com Rede Atual Brasil - de Brasília
CPI
O deputado Fernando Ferro (foto) questiona a ética jornalística e o denuncismo da revista Veja
Depois de subir à tribuna da Câmara e dizer que a revista Veja é “o próprio crime organizado fazendo jornalismo”, o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual que o veículo de comunicação “fomentou, incentivou, financiou esses delinquentes a terem esse tipo de comportamento”, referindo-se à rede ilegal de atuação do contraventor Carlinhos Cachoeira.
O deputado defendeu que os responsáveis pela revista prestem esclarecimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar a rede ilegal de atuação de Cachoeira e que sejam tratados como réus.
Escutas feitas durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, mostraram conexões entre o grupo do contraventor e o diretor da sucursal de Brasília da publicação semanal, Policarpo Júnior.
Este mês, Veja divulgou reportagem afirmando que a CPMI é uma “cortina de fumaça” criada pelo PT para desviar o foco do julgamento do mensalão, que será realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia levou Ferro a lamentar que a revista atue desta maneira.
Perguntado se a convocação de representantes do Grupo Abril não afetaria a liberdade de imprensa, Ferro afirmou que as atividades de Veja tem conexão o crime organizado, e não com o jornalismo. Para o parlamentar, o dono da Editora Abril, Roberto Civita, deve ser tratado como réu nessa investigação.
Confira abaixo a íntegra da entrevista com o deputado Fernando Ferro, um dos candidatos a integrar a CPMI do Cachoeira.>>http://correiodobrasil.com.br/deputado-afirma-que-revista-veja-financiou-atividades-ilegais-de-cachoeira-2/439373/

sábado, 21 de abril de 2012

Pedro Simon pede garantia de vida para Carlinhos Cachoeira

Pedro Simon pede garantia de vida para Carlinhos Cachoeira

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Em discurso no Senado na última sexta-feira (20), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) se pronunciou sobre a instauração da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as ligações políticas do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Durante seu discurso, o parlamentar lembrou do pedido que fez no Conselho de Ética pela garantia de vida de Cachoeira, que saiu de um presídio de segurança máxima, no Rio Grande do Norte, e foi para uma cela aberta, onde divide o espaço com aproximadamente 20 presos, em Brasília.
"O senhor Cachoeira é uma bomba ambulante. O que tem de gente atrás dele, o seu arquivo é tão intenso, é uma interrogação  tão intensa, que a pergunta é: qual será o próximo golpe?"
Se referindo ao bicheiro como um "arquivo ambulante", Simon comparou o caso com o assassinato do tesoureiro da campanha de Collor, PC Farias, em 1996, dizendo ainda que o "senhor Cachoeira está numa situação mil vezes mais delicada". 
O senador aproveitou a ocasião para lembrar a relação do ex-presidente Lula com o bicheiro. Ele contou que, no início do governo do petista, após uma denúncia de corrupção envolvendo o subchefe da Casa Civil, Waldomiro Diniz, pediu ao presidente que o expulsasse e abrisse um processo contra Cachoeira, o que não aconteceu. Ele criticou a tentativa de interferência do ex-presidente na escolha do relator da CPMI. 
"O que o senhor Lula tem que se meter em indicar o relator da comissão?", indagou o parlamentar.