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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Metáforas de Dilma incomodam os brasileiros que pensam...

quarta-feira, setembro 11, 2013


ESTA É DILMA, A PRESIDENTE DO BRASIL.



Este vídeo reproduz a entrevista coletiva da Dilma por ocasião da reunião do G-20, em São Petesburgo, a respeito da rumorosa história da espionagem norte-americana. A coisa - ou seja a entrevista - é cômica. Depois de vê-la, qualquer pessoa com no mínimo dois neurônios indagará com incontida perplexidade: como pode uma pessoa dessas ser Presidente da República?
Incrível também é que Dilma possui uma "cola", preparada, quem sabe, pelo Marco Aurélio Garcia, o intrépido aspone "internacional" do Palácio do Planalto.

Dilma tenta disfarçar, mas é obrigada a todo instante a consultar a "cola" para tentar engrenar a conversa com os jornalistas.

O troço atinge o auge quando Dilma foge do roteiro e improvisa ao usar a estranha metáfora da pasta de dentes. Fica explícito que a Presidente da República do Brasil confunde dentifrício com o tubo que contém a pasta de dentes. No idioma dilmês, dentifrício é sinônimo de tubo e não de pasta de dentes. 

A propósito na coluna do Augusto Nunes há um texto primoroso sobre essa patética entrevista de Dilma. Todavia, faço a postagem do vídeo. Vale a pena ver como se fosse uma comédia.

Mas o que me admira mesmo são os jornalistas perfeitamente alinhados a essa presidenta trapalhona e, como se vê, obsequiosos. Depois escreverão artigos levando a sério todas essas bobagens.

Quem faz muitas perguntas é o Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo, naturalmente preocupado com a sorte "deste país" assediado pela malvada espionagem ianque...

Resumindo: o Brasil é um país habitado por esmagadora maioria de idiotas perfeitos. Não fosse assim, Dilma e Lula não seriam presidentes da República. 
É nessas horas que se sente vergonha alheia.

Face a esta funesta realidade conclui-se que tudo pode ficar muito pior. Cáspite!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Metáforas, Brasil, Futebol / Roberto Damatta


"O título parece complicado, mas não é. Metáforas são figuras de linguagem que substituem uma coisa por outra. São indispensáveis na expressão da vida. Por exemplo: o coração que é um órgão do corpo humano passível de cirurgia, palpitação e substituição, é uma metáfora do amor - essa "coisa" também cheia de truques que escapa dos procedimentos objetivos e tem regras que, como dizia o grande Pascal (e o cada vez mais atual Freud), ele não suspeita. Li outro dia no The New York Times, um debate se as carruagens devem ser mantidas ou não em Manhattan. Como toda metáfora, elas são um contrassenso..."
...

"Vamos de bonde?
- Não, vamos a pé...
Eu, este vosso cronista confuso, misto de acadêmico marginal e escritor bastardo, produzi exatamente essa resposta em algum dia de 1951, em Juiz de Fora, quando fui buscar a Zelinha no ensaio do teatro do colégio em que ela estudava. Era um dia chuvoso e nós andamos da Rua Halfeld até o Alto dos Passos debaixo de um mesmo guarda-chuva, o que me permitia ficar fisicamente próximo do ser idolatrado.
Preferi o caminhar (que é velho e lento) ao bonde (que naqueles tempos antigos era veloz e confortável). Mas, em compensação, o "passeio" sinônimo do andar sem rumo - metáfora do andar lado a lado - essa raridade; esse caminhar junto (metafórico do peregrinar, do pertencer e do estar com o outro) subvertia os meios e os fins como a melhor prova de que estava apaixonado, tal como eu hoje enxergo que são essas substituições que nos tornam humanos. Só nós podemos realizá-las..."
...
Entende-se, então, as carruagens e as liturgias de Sarney. Elas não estão ali para transportar ou ajudar a servir melhor o povo e a sociedade, mas para criar um clima romântico e para garantir uma opulência que beira o desperdício - esse mal do Brasil. Num caso, a lentidão que faz da disciplina amorosa e romântica; no outro, a transformação do republicano num reino de Jambon onde poucos comem muito sem fazer nada e muitos comem pouco fazendo tudo.
...
"Eu estou convencido de que o futebol, inventado à revelia pelos brilhantes e reprimidos ingleses do período vitoriano, é uma das mais recorrentes metáforas da vida (e dos seus dilemas) tal como ela é idealizada entre nós. Nele, queremos o futebol "arte", o estilo dionisíaco de Gilberto Freyre e malandro - cheio de jogo de cintura, como mostrei faz tempo, mas exigimos "resultados" e "objetividade": no caso, muitos gols. Eis o dilema: como conciliar o belo com o técnico? Como ajudar o povo sem impedir que uma centralização neoestalinista, voltada para permanecer no poder, produza fraudes, corrupção e impunidade? Como misturar um estilo de jogo personalístico, baseado na superexcelência de alguns craques que reinventam uma aristocracia no campo..."
...
"Em outras palavras, como submeter todos à regra da lei e da coletividade (o time) se não dispensamos os salvadores da pátria, os messias do futebol - os que salvam os jogos dando a vitória ao nosso Brasil, gente como Ademir, Zizinho, Rivellino, Zico e tantos outros, para não mencionar a realeza do Príncipe Didi e do Rei Pelé ou o "fenômeno" que era o nosso Ronaldo?..."
"Eu me pergunto se essa busca da arte com (e não contra) a técnica; da justiça que vale para todos e leva à punição dos faltosos com a compaixão que distingue e perdoa; da lei universal que iguala com as amizades singulares que distinguem, não seriam as conjugações que implícita ou inconscientemente temos tentado declinar no Brasil. E se não é tempo de não tomar partido e saber de que lado nos situamos. Mas o que é que não cabe dentro de um sonho? E o futebol, como a poesia, é ótimo para sonhar e para revelar essa busca pelas causas perdidas. Ou, para voltar ao começo, esse querer andar de carruagem em Manhattan....