Postagem em destaque

EXPLOSÕES PERTO DO STF GERA UMA MORTE ... minutos atras ?

sábado, 14 de maio de 2016

O novo ministro da Educação e Cultura ao se apresentar aos servidores públicos de sua pasta foi vaiado porque era ministro da Educação e Cultura...


Hostilizado por servidores, ministro pede diálogo

Josias de Souza
Compartilhe
.
O novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, sentiu nesta sexta-feira os efeitos da longevidade do PT no poder. Deputado do DEM de Pernambuco, Mendonça fez questão de se apresentar aos servidores. Foi desaconselhado. Avisaram-no que seria hostilizado. Não abriu mão de falar. Ouviu vaias e impropérios de uma plateia guiada pela lógica do petismo. Foi chamado de golpista. Em resposta, pregou o diálogo e o respeito à diversidade.
A hostilidade foi maior na Cultura (repare no vídeo acima). Ali, além da irritação com o afastamento de Dilma Rousseff, os servidores estavam irritados com a fusão do ministério à pasta da Cultura. Mendonça pediu “permissão” para falar. “Algumas pessoas chegaram a me desaconselhar, a dizer que eu não deveria vir aqui. Mas quero dizer que, em nenhuma parte do território nacional, um cidadão livre pode ser impedido de circular”. Ouviram-se vaias.
Mendonça prosseguiu: “Ainda mais num ambiente que represente a Cultura, que dignifica a diversidade. Eu respeito a todos, respeito as pessoas que pensam diferente de mim.”
Sobre a fusão dos ministérios, Mendonça afirmou que não há a intenção de esvaziar a Cultura. “A mensagem que trago aqui é que nós vamos trabalhar no sentido de termos um secretário nacional de Cultura, com autonomia e identidade com a área.” Comprometeu-se a manter projetos e órgãos públicos vinculados ao setor. E manifestou o desejo de abrir “um canal de diálogo.”
A certa altura, o novo ministro declarou: “Não há clima de caça às bruxas. A resolução desse conflito político e essa situação institucional grave vivida pelo Brasil não vai ser no braço, não vai ser na porrada, vai ser respeitando valores democráticos e as instituições.”
O novo ministro encerrou o discurso evocando uma frase de Deng Xiaoping, ex-secretário-geral do Partido Comunista chinês. “…Ele disse que não importa a cor do gato, importa que o gato persegue e come o rato. O que quero dizer é o seguinte: não tenho partidarismo em relação à Cultura. Pouco importa se é do PT, do PMDB, do DEM ou qualquer que seja o partido. O que importa é que a Cultura é do Brasil e dos brasileiros.” Ouviram-se novas vaias. Mas também soaram no auditório alguns aplausos.

Arte de Antonio Lucena no blog de Ricardo Noblat

HUMOR

Arte de Antonio Lucena


Coisa Bolivariana > Maduro ordenou a realização de 'exercícios militares' no próximo sábado por causa de ameaça externa...

Venezuela

Maduro anuncia tomada de fábricas paralisadas e prisão de empresários

Presidente também ordenou a realização de "exercícios militares" no próximo sábado, para enfrentar o que denunciou como "ameaça externa"

Por: AFP
14/05/2016 - 18h24min | Atualizada em 14/05/2016 - 18h37min
Maduro anuncia tomada de fábricas paralisadas e prisão de empresários JUAN BARRETO/AFP
Maduro discursa em um evento de rally em Caracas neste sábadoFoto: JUAN BARRETO / AFP
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou neste sábado, como parte do estado de exceção decretado na sexta-feira, a intervenção nas fábricas que estiverem paralisadas e a detenção dos empresários que pararem a produção com o objetivo de "sabotar o país".
– No âmbito desse decreto em vigor (...) tomemos todas as ações para recuperar o aparelho produtivo que está sendo paralisado pela burguesia (...), e quem quiser parar para sabotar o país que vá embora, e o que fizer isso deve ser algemado e enviado para a PGV (Penitenciária Geral da Venezuela) – declarou Maduro, em um comício no centro de Caracas.
A medida pode implicar a tomada de quatro fábricas de cerveja da Empresas Polar – a maior produtora de alimentos e de bebidas do país. Essas unidades se encontram paralisadas desde 30 de abril passado pela falta de acesso a divisas para importar insumos, de acordo com a companhia, dentro do estrito controle cambial imposto em 2003 pelo então presidente Hugo Chávez (1999-2013).
– Planta parada, planta entregue ao povo! (...) Vocês vão me ajudar a recuperar todas as plantas paralisadas pela burguesia – lançou Maduro a seus milhares de seguidores durante o ato.
Também neste sábado, Maduro ordenou a realização de "exercícios militares" no próximo sábado, para enfrentar o que denunciou como "ameaça externa", após decretar estado de exceção no país.
– No próximo sábado, convoquei exercícios militares nacionais das Forças Armadas, do povo e da milícia, para nos prepararmos para qualquer cenário – afirmou Maduro, em entrevista à televisão no encerramento da mobilização chavista.Opositor Henrique Capriles adverte sobre implosão na Venezuela se Maduro bloquear referendo.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Muita vigilância nesta hora ... / Monica de Bolle

Cabe ao 'novo' servir de fato como a 'ponte para o futuro' 

 MONICA DE BOLLE

O ESTADÃO - 13/05

O momento é difícil, os nervos à flor da pele, todos prontos para acreditar que qualquer mudança só pode ser para melhor. Por óbvio, os dados do governo de Dilma Rousseff, sobretudo desses que, provavelmente, foram seus últimos dezessete meses no poder, alimentam a esperança de que o porvir será melhor do que aquilo que não foi a lugar algum. Contudo, o momento pede cautela e ressalvas. Muitas ressalvas.

Na política econômica, há poucas dúvidas de que os pouco mais de 24 meses do provável governo Temer haverão de superar os 17 meses de desgoverno do segundo mandato de Dilma Rousseff. Os desafios são enormes. Os rombos fiscais, desconhecemos seu tamanho. Afinal, há dívidas estaduais e municipais a renegociar, injeções de capital em estatais a providenciar, recapitalizações e auditorias de bancos públicos a fazer. No entanto, há esperança de que o governo liderado por Michel Temer siga as diretrizes traçadas em A Ponte para o Futuro, documento do PMDB publicado no ano passado delineando agendas e medidas. Mantidas as premissas elaboradas nesse documento, é de se esperar que haja ao menos um caminho para a política fiscal, além de olhar diferente sobre a necessidade de reinserir o Brasil no mundo. Não é pouca coisa depois de tantos anos de desmandos e desvarios capitaneados pela presidente-economista, que, delegar, jamais soube.

No entanto, ainda que a restauração de rumos seja motivo para alívio depois de tantos abusos cometidos contra o País e a população brasileira, o “novo” não tem cara de “novo”. O “novo” é formado por grupo de pessoas que fazem parte da política nacional há décadas. O “novo” chama novamente aos Ministérios pessoas capazes, mas que já deram a sua contribuição ao menos algumas vezes durante outros governos. O “novo” tem ranços da distribuição pegajosa de cargos que marcou os anos do lulopetismo – afinal, o “novo” foi parte integrante do lulopetismo. No “novo”, não parece haver lugar para gente com ideias novas, para a diversidade, para o mosaico que é o Brasil. Tal situação incomoda. Tal estado de coisas deixa gosto amargo depois do trauma de um afastamento presidencial que se arrasta por tanto tempo. Tal arranjo remete, inevitavelmente a Don Fabrizio, o sábio de Lampedusa: “Para que tudo permaneça igual, é preciso que tudo mude”.

Cabe ao “novo” o desafio de mostrar para a sociedade brasileira que o objetivo final não é a manutenção do status quo na política e na estrutura de nossas lideranças. Cabe ao “novo” servir de fato como a “ponte para o futuro” que almeja ser. Há esperança. Mas o risco de decepcionar quem apostou na “ponte” é grande. Grande demais.

Avante.

Muita calma e precisão nesta hora... / Eliane Cantanhêde

Cadê ‘o povo’? - ELIANE CANTANHÊDE

O ESTADÃO - 13/05 

Cumpriu-se a profecia de Eduardo Campos: Dilma Rousseff é a única presidente do Brasil contemporâneo a deixar o País pior, muito pior, do que encontrou. Michel Temer não assumiu interinamente “só” com o desafio de recuperar a confiança, reequilibrar as contas públicas e aquecer a economia de forma a acolher o máximo possível dos 11 milhões de desempregados – o que já é um trabalho hercúleo. Ele terá, também, de refazer o governo, desaparelhar o Estado e restaurar as instâncias de controle, como a inteligência e as agências reguladoras. A sensação é de terra arrasada.

Ao lançar Dilma para a primeira eleição, em 2010, Lula contou como se encantara com aquela moça tão disciplinada, que andava para lá e para cá com um laptop e tinha todas as respostas na ponta da língua. Foi assim que Dilma, que não era próxima dele, não é da história do PT e nunca tinha tido destaque nacional, virou ministra de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e, enfim, candidata à Presidência, por um único motivo: Lula quis, quis porque ela era... craque no Google.

No seu derradeiro discurso no Planalto ontem, ladeada por ministros, parlamentares e amigos petistas, Dilma repetiu o mesmo discurso de sempre, atribuindo a desagregação política e o desastre na economia à oposição. Não ganhou um voto com isso nesses meses. E não convenceu ninguém ontem. A maioria da Câmara, do Senado, dos agentes econômicos, dos analistas e da opinião pública não comprou a versão.

Dilma sai porque, apesar de manejar bem um computador, não sabe negociar, ceder, ouvir – nem mesmo o padrinho Lula –, nem compreender o jogo da política. Porque, apesar de economista, tomou decisões erradas na macroeconomia, na gestão dos juros, na intervenção no setor elétrico. E porque, apesar de “técnica”, cumpriu à risca a única coisa que aprender na política: “fazer o diabo” para ganhar eleições. Daí as pedaladas fiscais, o descalabro das contas públicas.

“Estou vivendo a dor da traição e da injustiça”, disse Dilma ontem, com voz surpreendente firme e segura, ao se despedir do Planalto sem jamais ter admitido claramente seus erros. Se não admitiu, também não aprendeu com os próprios erros. Entrou e saiu do governo sem perceber que ganhar eleição é só o começo; o problema é governar depois. Especialmente depois de prometer – e fazer – “o diabo”.

Para Temer, muda-se o verbo, não o princípio: chegar ao poder é só o começo; o problema é governar depois. Especialmente quando se chega lá sem as urnas, precisando conquistar legitimidade pela imagem, pela palavra, pela ação – e por resultados que, no seu caso, têm de ser já. Apoio político e sólida base aliada no Congresso ele tem, boa vontade dos mercados, também. Mas lhe falta o principal: confiança popular.

A foto do dia da votação do Senado que a afastou foi do fotógrafo Dida Sampaio: Dilma e Jaques Wagner puxando a cortina do Planalto e olhando os arredores do Congresso e do palácio, como que repetindo a surpresa de Jânio Quadros depois da renúncia: “Cadê o povo?”. O povo, que é agente da mudança e desde junho de 2013 vai às ruas, foi o grande ausente nesta semana tão intensa em Brasília. Algumas centenas de militantes foram apoiar a saída de Dilma do Planalto. Um único cidadão se dignou a prestigiar a posse de Temer do lado de fora.

Militante petista está sempre a postos para quando seu mestre Lula mandar. Mas Temer não tem militantes, movimentos organizados e “povo”. Entre tantos e tão graves desafios, ele vai, de um lado, tourear MST, CUT, UNE e MTST e, de outro, lutar por índices nas pesquisas e por gente de carne e osso – especialmente as mulheres, mais da metade da população – que acredite e torça para que realmente dê um jeito nesse País tão pior que Dilma deixou.

Aprecie 10 ferrovias encantadoras e ousadas

http://blogaecweb.com.br/blog/ferrovias-marcantes/

/pelo mundo

Ferrovias marcantes

Redação Portal AECweb
O trem é considerado um dos mais excitantes transportes para viagens, por proporcionar – junto ao chacoalhar tranquilizante – vistas e paisagens incríveis aos passageiros durante o percurso.
Muito comuns na Europa e em países desenvolvidos, as ferrovias espalham-se com extensa quilometragem, atravessam fronteiras e abrem novos caminhos. Confira a lista com 10 ferrovias de construções curiosas e vistas marcantes:
10. Napier-Gisborne, Nova Zelândia
ferrovias-gisborne
Crédito: Funpic
Parece até mentira, de tão inusitado. Sim! O aeroporto de Gisborne, na Nova Zelândia, é composto por uma ferrovia e uma pista de pouso ao mesmo tempo. Os trilhos atravessam a pista proporcionando um visual incomum.
9. Aso Minami, Japão
ferrovias-ASO-MINAMI
Crédito: mountainfrog2000
Esta ferrovia localizada ao sul de Kumamoto, além de proporcionar uma vista incrível e panorâmica da paisagem local, se encontra em uma região repleta de vulcões ativos. Mesmo com medo, as pessoas viajam frequentemente por lá, principalmente em novembro – época do ano em que é possível ver a floresta queimando com o magma dos vulcões.
8. Túnel do Amor Kevlan, Ucrânia
ferrovias-kevlan
Crédito: Boy_Folio/shutterstock.com
O Túnel do Amor, em Kevlan, é um romântico cartão postal da Ucrânia. Trata-se de um caminho ferroviário de 3 quilômetros completamente coberto por uma vegetação verde, realmente encantadora!
7. Expresso Oriente Hiram Bingham, Peru
ferrovias-hiram-bingham
Crédito: Nika Lerman/shutterstock.com
Uma viagem para Machu Picchu é uma experiência incrível e a ferrovia que abriga o expresso oriente Hiram Bingham completa a magia do percurso com maestria. O trem passeia pelo Vale Sagrado dos Incas, contemplando a vista e elevando as paisagens locais.
6. Viaduto Landwasser, Suíça
ferrovias-landwasser
Crédito: Alessandro Colle/shutterstock.com
O viaduto Landwasser leva o mesmo nome do ribeiro que atravessa e é registrado como Patrimônio Mundial. Composto por seis arcos, a ferrovia é um marco da engenharia humana e sua vista é deslumbrante, principalmente no inverno.
5. Tren a Las Nubes, Argentina
ferrovias-TREN-A-LAS-NUBES
Crédito: Elena Mirage/shutterstock.com
A linha é a terceira maior do mundo e soma 217 km. O trem sai de Salta, na Argentina, e termina em La Polvorilla, no Chile. Alguns dos principais trechos chegam a uma altitude de cerca de 4.200 metros acima do nível do mar. Incrível!

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O momento político atual do Brasil é um presente para a Democracia


quinta-feira, maio 12, 2016

Lindão, Lindinho e democracia - ELIANE CANTANHÊDE

O ESTADO DE S. PAULO - 12/05
Tanto se falou em golpe, guerra e confrontos de rua com o afastamento da presidente Dilma Rousseff, mas se houve uma surpresa na sessão história de ontem no plenário do Senado foi que tudo, dentro e fora do Congresso, transcorreu em paz, com episódios isolados para confirmar a regra.

No impeachment de Fernando Collor, o País viveu uma grande e alegre festa cívica. Na decisão sobre o afastamento de Dilma, houve uma surpreendente normalidade, como se o mundo real estivesse tão conformado quanto o mundo político. O PT exerceu o justo direito de espernear, mas nada próximo do que muitos ameaçavam.

O Brasil e o Congresso respondem com atos e rotina à versão alardeada no exterior de que temos aqui uma República de Bananas e um golpe de Estado, ou constitucional, ou parlamentar ou qualquer coisa semelhante. Na realidade, o Brasil vive uma democracia ainda tensa e bem animada, mas uma democracia, com a cidadania mobilizada como há muito não se via.
Crises, votações históricas e transmissões pela TV acabam servindo como aulas de política e oportunidades para que as pessoas aprendam. Aprenderam o que são a Câmara e os deputados, como agora descobrem como é o Senado e quem é quem no Senado.

Magno Malta (PR), para o bem e para o mal, virou uma estrela nas redes sociais, nas mesas das famílias e até em rodinhas de jornalistas. Ana Amélia (PP) consolidou uma imagem firme, afirmativa. Os telespectadores descobriram a estreante Simone Tebet (PMDB). Jorge Viana (PT) fez uma defesa consistente do PT, de Lula e de Dilma – mais do PT e de Lula do que de Dilma. E a classe média urbana começou a perder o preconceito contra Ronaldo Caiado (DEM).

Afora a ameaça ridícula de Caiado de trocar sopapos com Lindberg Faria (PT), os embates entre o líder ruralista e o ex-cara-pintada mostraram, ao vivo e em cores, o quanto o País está mudando e qual o estrago que o poder fez à imagem do PT e à esquerda.

Dez, 20 anos atrás, seria uma heresia elogiar Caiado fora de Goiás e era politicamente correto elogiar Lindberg. Hoje, ambos tiveram papel de destaque na comissão e no plenário e ambos podem igualmente ser elogiados ou criticados. Caiado, médico e aplicado, pelo raciocínio claro e pela argumentação bem construída. Lindberg, o “Lindinho”, por manter o ímpeto juvenil, a capacidade de luta e de provocação.

A opinião pública torceu o nariz para aquele festival da Câmara de elogios à mãe, aos filhos, a divindades e aos cachorrinhos. Agora, porém, tem motivos para elogiar o Senado, onde os discursos foram esclarecedores. Afinal, pessoas e governos não são deuses ou diabos, nem céus e infernos.

Se Jorge Viana foi consistente e nada histriônico ao defender o governo, o seu melhor contraponto foi o líder do DEM, Agripino Maia, didático ao historiar a Lei de Responsabilidade até explicar, ponto a ponto, o que foram as pedaladas fiscais e por que caracterizam crime de responsabilidade.

Numa semana em que foi particularmente feliz em suas decisões e na condução dos trabalhos, Renan Calheiros fez bem em querer acelerar os trabalhos, mas permitir que o regimento fosse cumprido e cada um tivesse seus 15 minutos não só de fama, mas de exposição.

A opinião pública, o eleitorado, a história e, portanto, a democracia, agradecem. O afastamento de um ou uma presidente é sempre traumático, mas o Brasil chega ao de Dilma tranquilo, com as instituições funcionando plenamente, o PT se organizando para ser uma oposição efetiva (tomara que responsável) e com uma expectativa positiva em relação à transição com Michel Temer. Ele tem 180 dias para mostrar a que veio. Se não mostrar, o risco não é a volta de Dilma, é a tese das “diretas, já” que ronda o TSE e boa parte do Congresso.

"É justo que a conta fique com ela..." / Cora Ronai

Um silêncio enganador - CORA RÓNAI

O GLOBO - 12/04

Dilma caiu, sobretudo, porque é impossível exercer bem qualquer ofício sem ter gosto ou vocação

_ Nunca houve presidente no Brasil que falasse tanto quanto Lula. Dia sim e outro também, lá estava ele no rádio, na televisão e nos jornais, falando sobre tudo e mais alguma coisa. Lula é um bom comunicador, um orador inspirado, mas depois de oito anos seguidos de falação, o silêncio que subitamente se fez no Planalto após a primeira eleição de Dilma foi um bálsamo. Ela transmitia uma sensação de seriedade e de concentração, e dava a todos nós, mesmo os que não votamos nela, a impressão de que lá estava, afinal, uma pessoa que estudava e trabalhava com empenho, e que mais ouvia do que falava.

Aos poucos, porém, a sua política canhestra foi se fazendo conhecida, assim como a sua administração desastrada; aos poucos começaram a circular histórias. E percebemos que o silêncio abençoado era, afinal, pura ilusão, apenas a ponta do iceberg de arrogância e de falta de diálogo que acabaria por afundar o governo.

Dilma não caiu por causa das pedaladas; Dilma caiu pelo conjunto da obra. Mas caiu, sobretudo, porque é impossível exercer bem qualquer ofício sem ter gosto ou vocação para este ofício.

A “presidenta”, que até hoje gosta de dizer que defendia a democracia quando pegou em armas — e que eventualmente até acredita nisso, ao contrário de colegas mais sinceros, que já reconheceram que lutavam para substituir uma ditadura por outra —, nunca teve talento para a convivência democrática. A melhor prova disso talvez seja o seu descaso pela política externa, que abandonou por completo ao descobrir que, no palco mundial, deveria tratar seus interlocutores com tato e diplomacia, ao invés de dar ordens como dava em casa.

Dilma Rousseff não foi, em nenhum momento, a presidente de todos os brasileiros; ela foi a sua própria criatura, incapaz de conversar, de ouvir, de aceitar críticas, de delegar poderes — incapaz, em suma, daquele conjunto de atitudes que é a base de um governo plural. A sua assinatura atravessa a crise de ponta a ponta.

É justo que a conta fique com ela.

Mais de trinta acidentes de trânsito por dia em Teresina...Imagine multiplicar estes números por 27 capitais...Pode ser uma causa importante para o caos da Saúde !

11/05/2016 19h26 - Atualizado em 11/05/2016 19h26

Em três meses, HUT recebeu mais de 3 mil vítimas de acidentes no trânsito

Números revelam que 2.712 conduziam ou eram passageiros de motocicleta.
Em um mês, Samu atendeu 35 crianças e adolescentes vítimas de acidente.

Do G1 PI
HUT - Hospital de Urgência de Teresina (Foto: Fernando Brito/G1)HUT registra mais de 3 mil atendimentos a acidentados em menos de 3 meses (Foto: Fernando Brito/G1)
Um levantamento realizado pelo Hospital de Urgência de Teresina (HUT) apontou que no primeiro trimestre do ano, mais de 3 mil pessoas deram entrada na unidade de saúde, vítimas de acidentes de trânsito. Destes, pelo menos 2.712 conduziam ou eram passageiros de motocicleta.

Além disso, um dado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) preocupa ainda mais. Só no mês de abril, foram atendidas 35 crianças e adolescentes, vítimas de acidentes de trânsito, uma média de pelo menos um por dia. Dessas, 31 estavam em motocicletas e as outras quatro foram vítimas de atropelamento.
HUT - Hospital de Urgência de Teresina (Foto: Fernando Brito/G1)Só no mês de abril, Samu atendeu 35 crianças
vítimas de acidentes (Foto: Fernando Brito/G1
)
Os números de crianças e adolescentes acidentados seguem a mesma tendência dos dados registrados no ano passado, segundo o HUT. De acordo com os registros de atendimentos na unidade de saúde, em 2015, a média de vítimas de acidente na faixa etária de 0 e 20 anos era de 200 atendidos por mês no hospital.

Segundo a direção do Samu, os traumas mais comuns que acometem crianças e adolescentes que sofrem de moto são psicológicos ou físicos.

"São fraturas de extremidades, da coluna, perda de membros, traumatismo craniano, podendo o dano ser temporário ou mesmo permanente, dependendo do tipo da lesão", conta.

Outros dados
Além das 2.712 pessoas que deram entrada no Hospital de Urgência de Teresina vítimas de acidente de trânsito envolvendo motocicleta, os números nos três primeiros meses dão conta ainda que 168 foram pacientes que sofreram acidente de carro e 335 atropelados. Outras 60 pessoas passaram pela unidade vítimas de outras ocasionalidades no trânsito. No total, de janeiro a abril foram 3.275 pessoas.
tópicos: