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sábado, 28 de março de 2015

Vargas Llosa e Dilma

http://www.folhapolitica.org/2015/03/vargas-llosa-vencedor-do-premio-nobel.html?m=1

Como o Brasil aguenta tanta safadeza? // Diário do Poder

http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=29226716768
OPERAÇÃO LAVA JATO
OPERADOR DE PROPINA NO PETROLÃO TENTOU SACAR R$ 300 MIL
GUILHERME ESTEVES É SUSPEITO DE LEVAR PROPINA A DUQUE E VACCARI
Publicado: 27 de março de 2015 às 15:28 - Atualizado às 15:28
Redação
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AO PEDIR O RESGATE EM AGÊNCIA DO HSBC, EM FEVEREIRO, GUILHERME ESTEVES ALEGOU QUE SERIA ALVO DA LAVA JATO (FOTO: FÁBIO MOTTA)
Preso pela força tarefa da Operação Lava Jato nesta sexta feira, 27, no Rio de Janeiro, sob suspeita de operar propinas para o engenheiro Renato Duque – ex-diretor de Serviços da Petrobrás -, Guilherme Esteves de Jesus havia tentado sacar R$ 300 mil de uma conta no HSBC. A transação foi barrada e comunicada pelo banco ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Na ocasião em que tentou o resgate, dia 6 de fevereiro, Esteves declarou ao gerente da conta que “seria alvo de investigações perpetradas no âmbito da Operação Lava Jato”.Esteves foi preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato.  Segundo o Ministério Público Federal, Guilherme Esteves teria atuado como operador financeiro para o pagamento de propinas ao ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, preso no início de março, e ao ex-gerente de Serviços e braço direito de Duque, Pedro Barusco, que fechou acordo de delação premiada e admitiu o recebimento de propinas na estatal petrolífera.Esteves teria também ‘viabilizado o pagamento de vantagens indevidas a João Vaccari, por meio de esquema próprio’ – o tesoureiro do PT foi denunciado pela Procuradoria da República à Justiça Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo relatório do COAF entregue ao Ministério Público Federal (MPF), Guilherme Esteves tem renda mensal declarada de R$ 1.200 e um saldo de R$ 2,2 milhões no banco. A alegação do suposto operador de propinas na Petrobrás é que a mulher dele, Lilia, é dentista e tem renda mensal de R$ 21,2 mil.Ao pedir a prisão preventiva de Esteves, a Procuradoria da República destacou que, após prestar depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal, no Rio, em 6 de fevereiro, ele foi a uma agência do HSBC e pediu ‘provisionamento de saque de R$ 300 mil para o dia 11 de fevereiro de 2015′.“Como justificativa, informou ao responsável pelo atendimento que seria alvo de investigações perpetradas no âmbito da Operação Lava Jato”, diz o documento do MPF. “Chama a atenção, portanto, como um casal com renda média mensal de R$ 21,2 mil possuía como saldo em apenas uma conta bancária mais de R$ 2 milhões, bem como apresentava intensa movimentação financeira, conforme consta também no relatório formulado pelo Coaf.”Para a força tarefa da Lava Jato, a tentativa de saque fez parte de uma estratégia para ocultar o dinheiro e, ‘possivelmente, evadir-se do território nacional’ e de desrespeito à ordem judicial de bloqueio de valores. A Procuradoria pediu que também a mulher de Guilherme Esteves, Lília Esteves de Jesus, fosse presa. O juiz mandou prender apenas Esteves.“Ambos foram responsáveis, de forma consciente e voluntária, por impedir e embaraçar o legal exercício da investigação dos ilícitos de corrupção, organização criminosa e lavagem de ativos, praticados pelo último, o que certamente, diante dos documentos ou numerários que vieram a ser suprimidos, prejudicou em grande medida as investigações”, diz a Procuradoria.A Procuradoria diz que no dia em que a Polícia Federal esteve na residência do casal para cumprir mandado de busca e apreensão, em 6 de fevereiro de 2015, Lília enganou os policiais. Ela não deixou os agentes entrarem imediatamente, sob justificativa de que teria de prender os cães.“Todavia, as autoridades policiais só foram recebidas 8 minutos depois, quando Guilherme Esteves de Jesus abriu a porta da casa, já havendo tentativa de entrada forçada no local por parte da equipe policial”, relatou a PF à Procuradoria.“O investigado informou aos policiais, mediante questionamento, que possuía duas armas de fogo no local – uma sem registro -, assim como de que estariam em casa apenas duas filhas. Ao ser perguntado sobre Lília Loureiro Esteves de Jesus, visto que foi quem os atendeu via interfone, disse que ela também se encontrava no local e que estaria preocupado com a esposa, já que não conseguia encontrá-la.”O Ministério Público Federal diz no documento que descobriu-se, por meio de análise das câmeras de segurança do local, que Lilia, com a colaboração de Guilherme, ‘durante lapso temporal de 8 minutos em que a equipe aguardava ser o acesso franqueado’, saiu da casa com ‘um pacote de grande volume’. O episódio foi lembrado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, no despacho em que autorizou a prisão de Guilherme Esteves.“Da análise da sequência das imagens, considerando que Lilian portava um pacote ao sair da casa e que Guilherme Esteves intencionalmente tentou encobrir evidências da saída de sua esposa ao fechar pelos trincos internos a porta dos fundos de sua casa, ficou claro, portanto, que houve evidente intenção de sonegar provas que poderiam ser apreendidas no curso da execução do mandado de busca e apreensão em união de desígnios da casa.”, assinala o juiz Sérgio Moro.Ao rejeitar pedido de prisão da mulher de Esteves, o juiz ponderou. “Entendo que, apesar da participação de Lilia Loureiro Esteves de Jesus na subtração das provas durante a busca e apreensão, a prisão cautelar de Guilherme Esteves já é suficiente para prevenir os riscos à ordem pública e à investigação e instrução criminais.”“O ideal, por óbvio, em vista da subtração das provas seria a decretação da prisão logo após o ocorrido. Entretanto, isso não foi possível, tendo este Juízo entendido que, por cautela, seria necessário prévio exame do material apreendido na residência do investigado, a fim de verificar se haveria ali provas de corroboração do depoimento de Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Serviços da Petrobrás que fez delação premiada). Infelizmente, em vista do acúmulo dos trabalhos de investigação, a análise sumária desse material tardou a chegar ao Juízo. A demora na reação institucional à subtração de provas não significa, porém, que ela não se faz necessária, tendo sido ela promovida com toda a rapidez que foi possível.” (AE)operador propina Petrolão Petrobras HSBC Guilherme Esteves Renato Duque João Vaccari NetoLava jato

The Economist > " ... impeachment de Dilma seria uma má ideia "





Como lidar com Dilma

THE ECONOMIST - O ESTADO DE S. PAULO
28 Março 2015 | 12h 37

Muitos brasileiros estão fartos de sua presidente. Mas seu impeachment seria uma má ideia

Ela está em menos de três meses de seu segundo mandato, mas a maioria dos brasileiros já quer ver Dilma Rousseff pelas costas. Às voltas com uma economia capengando e um escândalo de corrupção estarrecedor na Petrobras, o gigante de petróleo controlado pelo Estado, ela está quase sem amigos em Brasília. Ela já perdeu o controle do Congresso onde, em teoria, sua coalizão tem uma maioria confortável. Mais de 1 milhão de brasileiros foram às ruas em 15 de março para repudiar sua presidente. Os índices de aprovação de Rousseff caíram 30 pontos em seis meses, para 13%, o mais baixo para um presidente brasileiro desde Fernando Collor em 1992, às vésperas de seu impeachment por corrupção.
Quase 60% dos entrevistados em uma pesquisa acreditam que Rousseff merece o mesmo destino. Não é difícil ver por que os eleitores estão irados. Ela presidiu o conselho de administração das Petrobras no período 2003-2010, quando procuradores acreditam que mais de US$ 800 milhões foram roubados em propinas e canalizados para políticos do governante Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados, 47 dos quais enfrentam investigações criminais. Rousseff venceu a eleição presidencial no ano passado – por uma margem de meros 3% dos votos – assegurando aos brasileiros que seus níveis de vida, empregos e benefícios sociais só estariam ameaçados em caso de vitória de seus adversários.
Na verdade, como muitos eleitores agora percebem, Rousseff estava impingindo uma mentira. Foram os erros cometidos em seu primeiro mandato que levaram aos cortes de gastos e aumentos nos impostos e taxas de juros que ela está agora infligindo (e que lhe renderam a antipatia de seu próprio partido). Some-se a isso a percepção de que sua campanha de reeleição pode ter sido parcialmente financiada por dinheiro roubado da Petrobras e os brasileiros têm toda razão de se sentirem vítimas do equivalente político de um conto do vigário.
Mas concluir que Rousseff deve ser destituída é uma reação excessivamente emocional. A legislação brasileira sustenta que presidentes só podem ser impedidos por atos criminosos – e somente quando eles são cometidos durante seu mandato atual. Os procuradores não encontraram evidências para implicar Rousseff na extorsão da Petrobras – nem na sua continuação. E embora muitos políticos brasileiros achem a presidente dogmática ou incompetente, ninguém seriamente acredita que ela se enriqueceu. Ao contrário de Collor, que embolsou dinheiro que seus associados extraíam com promessas de influência.

Uma lição dolorosa

Um impeachment é sempre um cálculo tanto político como legal. No fim, Collor caiu por causa de sua arrogância, um esquema anti-inflacionário fracassado, e seu desdém pelo Congresso. Esse precedente explica por que Rousseff fica fragilizada por seu isolamento político. Mas a oposição e os aliados insatisfeitos da presidente não deveriam tentar depô-la a menos que venham à luz de evidências claras de malfeitos criminosos contra ela.
As instituições brasileiras estão trabalhando para detectar e punir crimes que foram cometidos pelo grupo dominante. Um impeachment se transformaria numa caça às bruxas que enfraqueceria essas instituições ao politizá-las. Rousseff e o PT precisam assumir a responsabilidade pelo estrago que ela fez durante seu primeiro mandato, e não tornarem-se mártires do impeachment. Os brasileiros também estão pagando pelos erros dela. Mas com Rousseff na presidência, eles terão mais probabilidade de saber que a culpa é das políticas anteriores dela, e não das novas. Essa é uma lição importante.
© 2015 THE ECONOMIST NEWSPAPER LIMITED. DIREITOS RESERVADOS. TRADUZIDO POR CELSO PARCIORNIK, PUBLICADO SOB LICENÇA. O TEXTO ORIGINAL EM INGLÊS ESTÁ EM WWW.ECONOMIST.COM. 



Palavras de Edinho Silva : "As manifestações de rua são coisa de elite golpista" ... "é preciso 'combater a direita' em todo o continente" '

Blog do Coronel
SÁBADO, 28 DE MARÇO DE 2015

Robô vira dono da comunicação da Dilma.

Abaixo a coluna de Merval Pereira, em O Globo, comentando a nomeação de Edinho Silva para a Secretaria de Comunicação Social da Dilma. Um primeiro intitulado " O PT com a verba e o verbo".

Mais importante que a constatação de que a economia brasileira está estagnada desde o ano da eleição, o que foi escondido do povo brasileiro por uma ação publicitária que distorceu números e fatos numa clara agressão ao sistema democrático, é saber que a culpa pelos nossos males é coisa nossa, não de crises internacionais.

Um levantamento do professor Reinaldo Gonçalves mostra que o Brasil em 2014 ficou em 172ª posição num conjunto 188 países, o que quer dizer que nada menos que 91% dos países tiveram melhor desempenho que o nosso.
Em relação ao quadriênio de Dilma Rousseff (2011-14), nossa posição tem uma melhora relativa: ficamos na 126ª posição, sendo superados por 67% dos países.
No plano interno, a presidente Dilma continua na mesma posição constrangedora de ser a presidente com a terceira pior média de crescimento do PIB da República brasileira, ao lado de Venceslau Brás, com 2,1% de crescimento, superando apenas dois presidentes que tiveram média negativa de crescimento em seus mandatos: Fernando Collor -1,3; Floriano Peixoto -7,5.

Se as previsões se confirmarem para este ano, com uma retração do PIB que pode chegar a até 1% segundo alguns economistas, a média para cinco anos cairá abaixo de 2%. Como a situação política é fortemente influenciada pela economia, dificilmente a presidente Dilma encontrará este ano condições de recuperação de sua popularidade, que as pesquisas de opinião mostram estar num momento crucial, provavelmente na casa de um dígito de aprovação se tomarmos a média dos institutos de pesquisa.

Foi sob o impacto da informação de que o nível de aprovação da presidente Dilma estava em 7 pontos num tracking encomendado pelo Palácio do Planalto que o ex-ministro da Comunicação Social Thomas Trauman escreveu aquele já famoso relatório que afinal o derrubou.

Entre as ilegalidades que defendia, destacam-se o uso dos blogs sujos para atacar os adversários do governo. No que via como uma “guerrilha de comunicação”, o documento lamentava que os robôs que atuaram na campanha presidencial para espalhar boatos e elogios a favor de Dilma tivessem sido desativados, e recomendava que o Planalto desse “munição” para “os soldados de fora” dispararem.

Há também a defesa do uso da Voz do Brasil e da televisão oficial para mostrar os feitos do governo, numa confusão clara entre órgãos do governo e do Estado brasileiro. A demissão de Trauman, ao contrário do que se podia supor, não foi devida ao conteúdo do documento, mas ao seu vazamento.

Infere-se isso pela escolha por Dilma de seu tesoureiro de campanha, o petista Edinho Silva, para o cargo, entregando ao PT a verba e o verbo da comunicação do governo. Como nos governos petistas as pessoas importam mais que os cargos que ocupam, Edinho quase foi nomeado para diretor da Autoridade Pública Olímpica, mas a presidente Dilma desistiu ao constatar que ele não seria aprovado pelo Senado.

Como a nomeação para o ministério é de inteira responsabilidade da presidente, lá se vai Edinho Silva tratar da imagem do governo federal. Logo ele, que foi tesoureiro da campanha de 2014 de Dilma e, segundo anotações atribuídas a Ricardo Pessoa, dono da UTC, “está preocupadíssimo”. E segue texto de Pessoa: “Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”.

Esse e outros textos encontrados se parecem com chantagem, no momento em que delações premiadas estão sendo negociadas. Mas Edinho Silva pode trazer também mais problemas políticos para Dilma. Ele afirmou recentemente que as manifestações de rua são coisa da elite golpista, e que é preciso “combater a direita” em todo o continente.

Coroando seu pensamento, antes mesmo de assumir a missão palaciana ele já havia dito o que pensava especificamente sobre a área em que vai atuar: “Temos que criar efetivamente condições para que haja uma democratização da comunicação no país. E isso passa pela democratização da propriedade dos veículos”.

Mesmo que tenha salientado que esse debate “deve ser feito com muita tranquilidade, sem partidarismo e em parceria com a sociedade”, Edinho já disse a que veio.

Turma esperta essa do PT... Nomeou Edinho Silva para se defender da Operação Lava Jato

http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2015/03/tesoureiro-da-dilma-edinho-silva-fica.html?m=1




sábado, 28 de março de 2015

Tesoureiro da Dilma, Edinho Silva fica blindado contra Lava Jato. Se denunciado, só poderá ser julgado pelo STF.



O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, foi o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014. Já há indícios que dinheiro do Petrolão alimentou as contas da presidente, além de uso desbragado da máquina pública. A qualquer hora, Edinho Silva poderá se transformar em um novo Delúbio Soares ou em um novo João Vaccari Neto, ficando debaixo de investigação. Afinal de contas, o PT é o Partido dos Tesoureiros. Sem saber diferenciar um GRP de um CPM, Edinho Silva é sociólogo e engenheiro de produção, além de político. Tem tudo para ser engolido pela blogosfera do esgoto e pelos robôs cultivados pela Agência de Notícias do PT. E de jogar R$ 320 milhões a plantar listas de Furnas, dossiês manipulados e hashtags caluniosas das redes sociais. Fora o financiamento de folheteria, faixas e outras baixarias para serem utilizadas nas manifestações pacíficas que vêm por aí. Como ministro, se envolvido no Petrolão, Edinho escapa de Sergio Moro no Paraná. E cai nas mãos do Teori Zavascki no STF. Uma bela jogada.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Mais uma sacanagem com o eleitor brasileiro... A CNBB promove a liturgia sombria / Percival Puggina



VOCÊ QUER FINANCIAR AS CAMPANHAS ELEITORAIS DO PT, PCdoB, PCB, PSOL, PSTU E PCO?




Na última terça-feira, dia 24, a CNBB cobrou do STF uma deliberação sobre a proposta, há um ano em mãos do ministro Gilmar Mendes, que acaba com o financiamento privado das campanhas eleitorais. Essa permanente dedicação da CNBB às pautas políticas sempre me impressiona. No caso, mais uma vez, a tese que a Conferência abraça é a tese do PT.
 O partido reinante, há bom tempo, vem reafirmando seu desejo de que o financiamento das campanhas seja proporcionado pelo Orçamento da União. Orçamento "da União", você sabe, é aquele documento que autoriza o governo a usar nosso dinheiro. Embora a maioria dos brasileiros acredite que os recursos do erário são "do governo", o fato é que o governo não tem recursos próprios. Todo esse dinheiro procede do povo brasileiro, por ele é gerado, a ele pertence e para ele deve retornar em bons serviços e investimentos. Você concorda com incluir entre suas obrigações o financiamento das campanhas eleitorais?
 O PT parece já haver convencido muita gente de que sim, de que essa conta tem que ser paga por nós. Entre os fieis adeptos da tese se inclui a CNBB, parceira nas boas e más horas petistas. No entanto, é bom sabermos que essa moeda tem dois lados e dois beneficiários. A decisão de acabar com o financiamento privado cria a obrigação de fazê-lo com recursos tomados do nosso bolso e define que o PT e o PMDB serão os principais beneficiados. Por serem a dupla hegemônica da política nacional, ambos abocanharão a parcela maior desses recursos.
 Depois de tudo que se ficou sabendo através da operação Lava Jato e do petrolão, depois de conhecida a lavagem de dinheiro público em empresas privadas para financiamento dos partidos da base do governo, essa dedicação à tese do financiamento público é de uma hipocrisia estarrecedora. Ademais, não há como impedir com segurança absoluta o financiamento privado através de caixa 2.
Por fim, o financiamento público obrigatório comete contra os cidadãos uma violência que, no meu caso, se configura assim: o dinheiro dos impostos que eu pago será usado, contra a minha vontade, para financiar campanhas eleitorais de todos os partidos. Certo? Então, meu suado dinheirinho apropriado pelo Estado estará financiando as campanhas do PT, do PSOL, do PSTU, do PCdoB, do PCB, do PCO e assemelhados. Me digam se isso não é um completo disparate.
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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

Notícias horrorosas de Brasília... / coluna de Cláudio Humberto / Diário do Poder

Sem novidade  no front

27 DE MARÇO DE 2015
O ex-presidente Lula voltou a insistir na demissão imediata do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), como “única saída” para a retomada do entendimento com o PMDB. A idéia de Lula é nomear Mercadante embaixador, aonde ele quiser, “de preferência bem longe”. Lula se irritou com a nova trapalhada do ministro, que fez Dilma desafiar o PMDB ajudando a fundar o Partido Liberal (PL), de Gilberto Kassab.
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Visceral, Mercadante faz política com raiva, e quis se vingar do PMDB e do “emparedamento” do governo no Congresso, dando força ao PL.
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A criação de partido, como o PL, abre a janela para transferência de deputados sem risco de perder o mandato. A idéia é esvaziar o PMDB.
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Após tornar o ministro Pepe Vargas (Articulação) irrelevante, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, está louco para encarar Mercadante.
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Eduardo Cunha se recusou a receber Pepe Vargas, afirmando que não aceitava intermediários nas relações “entre presidentes de poderes”.
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Demitido nesta quarta (25) do cargo de ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann deixou funcionários do Planalto constrangidos com a humilhação a que se submeteu na segunda-feira (23). Ele ficou plantado durante todo o dia na porta do gabinete de Dilma, implorando inutilmente para ser recebido por ela. Pretendia explicar o documento cujo vazamento, dias atrás, a irritou.
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O ex-ministro também pretendia pedir a Dilma para ficar no cargo até junho, a fim de “descolar” sua saída do caso do documento vazado.
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Traumann divulgou haver retornado de breves férias na terça-feira, mas ele voltou ao Planalto na segunda, quando insistiu em falar com Dilma.
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A repulsa de Dilma não é pessoal. Também maltratava a antecessora dele, Helena Chagas, e tem o hábito de submeter auxiliares a bullying.
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O deputado JHC (SD-AL) meteu Graça Foster em saia justa, ontem, ao conferir se ela apoiou a indicação de Luiz Eduardo Carneiro (já convocado para depor) para presidir a Sete Brasil. Ela confirmou. A empresa enrolada no petrolão é obra de André Esteves, do banco BTG.
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A Sete Brasil, em cuja gestão Graça Foster admitiu meter o bedelho, foi antes dirigida pelo ex-gerente Pedro Barusco, o corrupto confesso que foi braço direito do ex-diretor petista da Petrobras Renato Duque.
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Graça Foster chegou à CPI da Petrobras na Câmara cercada da “bancada do petrolão”, de deputados do PT. Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) ironizou a tropa de choque: “O depoimento é só da Graça”.
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Desafeto de Lula, que o detesta, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mantém relacionamento tão amistoso com Dilma que até pendurou uma foto oficial da presidente em seu gabinete.
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O ex-senador José Sarney está montando um instituto, ainda sem nome definido, no Setor Hoteleiro Norte, em Brasília. Ali, ele pretende trabalhar e receber políticos. Quer manter a influência.
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A ida de Ricardo Berzoini na Câmara nem de longe lembrou o show de Cid Gomes. Com duas dúzias de parlamentares, parecia mais tricô de comadres. Esvaziou de vez com o início do jogo Brasil 3x1 França.
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O governo também foi derrotado na Câmara na aprovação do projeto relatado pela deputada Gorete Pereira (PR-CE), que assegura mamografia a partir dos 40 anos. O governo insistiu nos 50 anos.
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Os funcionários da liderança do governo no Senado, que não são poucos, estão feito baratas tontas. Quase dois meses depois do início do ano Legislativo, o novo líder do governo ainda não foi definido.
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...após tantas trapalhadas, o ministro Aloizio Mercadante já pode ser considerado o co-piloto alemão de Dilma, no governo.