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terça-feira, 3 de abril de 2018

Gilmar Mendes tem uma 'granada' e a mão no pino... e vai levar o artefato para o plenário do STF



Gilmar Mendes escancara o que antes era oculto

Josias de Souza

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A cortina ainda não abriu para o segundo ato do julgamento no Supremo do habeas corpus de Lula. Faltam menos de 24 horas para o início do espetáculo. A plateia ouvia o ruído abafado das arrumações nos bastidores quando, de repente, Gilmar Mendes atravessou o ensaio para oferecer pistas de como estarão as coisas no palco na hora que abrirem o pano. A suprema voz soou em Lisboa, onde tudo começou.
“Ter um ex-presidente da República, um 'asset' [ativo] como o Lula, condenado, é muito negativo para o Brasil”, disse Gilmar em entrevista. Um pedaço do público talvez avalie que mais negativo é ter um ex-presidente que, embora condenado, ainda não foi preso porque o Supremo lhe concedeu um inédito salvo-conduto preventivo. E o mais provável é que o preventivo se torne rapidamente definitivo.
Noutro ponto da conversa, Gilmar declarou: ''Se alguém torce para prisão de A, precisa lembrar que depois vêm B e C''. No Brasil, as coisas são mesmo simples, mais simples do que muitos pensam. Simples como o ABC.
A, existe Lula, líder máximo do PT, já condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de cadeia. B, existe Michel Temer, um presidente do PMDB com duas denúncias criminais prontas para sair do freezer quando ele descer a rampa do Planalto. C, existe Aécio Neves, um grão-duque do PSDB que aguarda na fila. Tudo muito simples.
Embora o Supremo tenha decidido em 2016 que condenados em segunda instância podem ser presos, Gilmar, que votou a favor, considera essencial rediscutir a matéria. O julgamento desta quarta trata espeficamente de Lula. Mas por que não abrir o leque?
“Qualquer que seja o resultado, pela execução de prisão em segundo grau, ou pela não execução, haverá uma acomodação pacífica em relação ao tema”, declarou Gilmar. O ministro reconhece que pode haver uma ou outra incompreensão. Mas acha que tudo acaba se ajeitando.
“Um lado dirá bem feito, tomou-se a decisão correta. Outro lado dirá que não foi bem feito e fará críticas. Mas depois haverá um sentimento de acomodação e será respeitada a decisão do tribunal”, disse Gilmar, sem perceber que o vaivém já corroeu a respeitabilidade do Supremo.
Gilmar lamentou que “o processo público talvez tenha se tornado exageradamente público no Brasil.” Utilizou uma analogia futebolística: “Assim como falávamos que tínhamos 100 milhões, 200 milhões de técnicos de futebol, agora temos 200 milhões de juízes. Todos entendem de habeas corpus…”
O ministro acrescentou: “Isso não é mais conversa de jornalista, é de jornaleiro. São questões postas e temos que conviver com isto. O importante é que entendam do que se trata para depois emitir opinião e nem sempre isso acontece. Temos que melhorar a relação da informacão do público e daqueles que comentam.”
Houve um tempo em que os crimes do poder no Brasil acabavam sempre em impunidade. Nada acima de um certo nível de poder e renda era tão grave que justificasse o desconforto de uma punição. Nessa época, o Judiciário exibia uma transparência de vidro fumê.
De escândalo em escândalo, o país desaguou na Lava Jato. E o brasileiro levou a mão à carteira. Afinal, se o Supremo não toma conhecimento do incêndio no circo, o contribuinte vai tomando consciência de que é o responsável pelo dinheiro que mantém a lona em pé.
Ao receber seu contracheque, seria ótimo se Gilmar pudesse devolver a parte do salário que é financiada pelo pedaço da plateia ignorante em matéria jurídica. Até lá, é melhor render homenagens ao patrão, pois sem a bilheteria não haveria o circo.
Escaldado, o brasileiro vai se tornando especialista em enxergar o lado bom das coisas, mesmo que seja necessário procurar um pouco. No caso da entrevista de Gilmar, o bom é que ela escancara o que antes era oculto. Não resolve o problema. Mas ajuda a explicar por que o Brasil é o mais antigo país do futuro do mundo.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

"Apesar de você, Gilmar Mendes, '"amanhã há de ser outro dia"' / Percival Puggina

APESAR DE VOCÊ, GILMAR MENDES, “AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA”.

Resultado de imagem para foto de gilmar mendes

por Percival Puggina. Artigo publicado em 
Do notável humorista e ator Grouxo Marx: “Estes são meus princípios; se não gostar, tenho outros”.
Pois eu uso os mesmos princípios há tanto tempo que não saberia servir-me de outros. Um deles me impede de invadir a consciência alheia para emitir juízos de caráter. Considero violência fazê-lo. No entanto, quando uma figura pública mostra, de modo reiterado e persistente, total desmazelo em relação à própria imagem, eu me sinto desobrigado de manter a prudente condescendência que ela não outorga a si mesma. O ministro Gilmar Mendes se enquadra nesse caso. Nos últimos meses, tornou-se o personagem mais mencionado da cena brasileira, comparecendo a todas as rodas, mesas e colunas de jornal.
O dever de formar opinião sobre figuras de tal porte não é facultativo, mas impositivo à condição de cidadão. Se, como ministro do STF, Gilmar já é, por natureza, uma pessoa pública, suas ações desde o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE o trouxeram para o centro da ribalta, onde vaias e aplausos não costumam ser poupados. E nesse particular, o ministro foi, aos poucos, personificando os inimigos da Lava Jato. Quem quiser dar-lhes rosto e representar a proteção aos corruptos forçosamente desenhará uma face redonda, bochechuda, e lábios arqueados para baixo sob o peso de uma personalidade insolente.
Afinal, alguém precisa proteger os endinheirados do Brasil; alguém, neste país tão injusto, precisa mostrar que corruptos ricos também têm direitos e que a cantina do presídio não é lugar para grã-finas. Cartéis não devem ser misturados, todo mundo sabe. Bastou Lula dizer que o Rio não merece ter governadores presos por haverem roubado o dinheiro do povo para Gilmar devolver Garotinho aos braços desse mesmo povo. E só não soltou a esposa Rosinha porque esta já estava em casa, claro, de tornozeleira, esperando pelo marido, como convém às vésperas do Natal. Ora essa! Bando de gente desumana!
Quaisquer pressupostos favoráveis à conduta de Gilmar Mendes, que exalta suas próprias responsabilidades na “jurisprudência libertária da 2ª Turma”, caem ante a opinião que dele fazem os próprios colegas de corte. Já a expressava Joaquim Barbosa quando literalmente o acusou, em plena sessão do tribunal, de estar “destruindo a justiça deste país”. Revelou-a, recentemente, Roberto Barroso, quando jogou-lhe em rosto essa “leniência que Vossa Excelência tem para com a criminalidade de colarinho branco”. O ministro Marco Aurélio Mello, em entrevista concedida em Porto Alegre há dois meses, referindo-se ao colega Gilmar, que o tratara por “velhaco”, disse: “Em relação a mim ele passou de todos os limites inimagináveis. Caso estivéssemos no século 18, o embate acabaria em duelo e eu escolheria uma arma de fogo, não uma arma branca”.
A opinião pública, essa multidão formada por mim e você, leitor destas linhas, sabe que o amor ao próximo, à justiça, ao direito, é incompatível com o desprezo ao papel pedagógico das instituições, com o mau humor permanente e com a arrogância que marca a fisionomia e a conduta do ministro Gilmar. Mas esse mesmo amor, sabemos, é compatível com a Lava Jato, com o juiz Sérgio Moro e tantos outros que comprovam haver juízes para um novo amanhã em nosso país.
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* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

domingo, 3 de setembro de 2017

"Gilmar Mendes, o libertador " / Percival Puggina


GILMAR MENDES, O LIBERTADOR

por Percival Puggina. Artigo publicado em 


 Gilmar Mendes está condenado nas várias instâncias da opinião pública. Foram-lhe concedidos todos os prazos. Boquirroto, quanto mais fala, mais ajuda aqueles que o acusam. Disse e continuará dizendo o que bem entende porque o Senado Federal, a quem caberia processá-lo por crime de responsabilidade, raramente faz o que deve. Hão de recear, os senadores, aquela ira teatral que afina a voz e engrossa o vocabulário.
Sua toga tem servido como manto protetor para autênticos inimigos públicos. Não vou, aqui, examinar todo o prontuário do ministro, de quem já se disse que faz bico no Supremo, tantas e tais são suas atividades fora do operoso quadrilátero do STF. Foi ele quem soltou o médico estuprador Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão.
 Gilmar Mendes está condenado nas várias instâncias da opinião pública.

De uns tempos para cá, tomou gosto e não parou mais. Assumiu-se como “garantista” (dos réus, não da sociedade), por uma questão de princípio e como proclamada expressão de sua “coragem moral”. Arre! Realmente é preciso ter coragem! Dos dois pólos da corrupção ativa e passiva vem devolvendo ao aconchego do lar pais amorosos, maridos fidelíssimos, empresários profícuos. A Lava Jato esguicha e ele seca.
Sua mais recente obra-prima foi a libertação do “rei do ônibus”. Alega o ministro que os três níveis de relação que o aproximam do réu não constam entre os casos de impedimento discriminados no Código de Processo Penal. Sim. E daí?
Isso não significa que a proximidade não exista, nem que os fatos deixem de estarrecer quando é concedida liberdade a um réu que já fora apanhado com a mala na esteira do aeroporto e passagem apenas de ida para Portugal. Isso não significa que não haja uma contradição entre a sensibilidade “garantista” do ministro e a percepção nacional sobre suas decisões. Ele bem poderia dispensar-se do impedimento para recusar o habeas corpus do réu, mas para concedê-lo... por favor!
Claro que ele não está só. Claro que o Supremo tem extensa folha corrida de proteção aos criminosos políticos e endinheirados. Claro que a lista de congressistas presos por determinação do STF e mantidos presos não tem mais de dois ou três nomes. Claro que há, na Corte, uma bancada "garantista" que se rebela, inclusive, contra a decisão, até bem pouco majoritária, que determina cumprimento de pena após condenação em segunda instância. Tudo isso é tristemente verdadeiro no reino da impunidade. Gilmar Mendes, porém, se destaca entre seus pares pela arrogância com que afronta a opinião pública, considerando que discordar dela seja corajoso dever de ofício e que concordar com ela seja covardia. Que coisa, não? Nossa opinião virou alimento dos covardes.

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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O PT fez do Brasil uma "Casa de Mãe Joana"... / IstoÉ

sexta-feira, setembro 02, 2016


REPORTAGEM-BOMBA DE 'ISTOÉ' REVELA OS BASTIDORES DO GOLPE QUE RASGOU A CONSTITUIÇÃO PARA BENEFICIAR DILMA. LEWANDOWSKI DEVERÁ SOFRER IMPEACHMENT. DEZENAS DE AÇÕES NO SUPREMO.

Embora a capa da revista IstoÉ destaque a primeira entrevista do Presidente Michel Temer, após assumir definitivamente o governo em razão do impeachmenta da 'ex-presidenta', é no miolo da edição que chega às bancas neste sábado que se encontra a reportagem bomba. A revista relata como foi a montagem do golpe que fatiou a votação do impeachment rasgando a Constituição com a participação daquele que deveria ser o mais fiel sentinela do Estado de Direito Ricardo Lewandowski, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). No breu das tocas estava Lula, o indiciado, articulando o golpe que haveria de ser desferido na sessão de votação do impeachment. Renan Calheiros, o Presidente do Senado, juntou-se a Lula e Lewandowski para golpear a Carta Magna, sem qualquer cerimônia.
Além de promoverem a roubalheira, a corrupção e a mentira, Lula e seus sequazes do PT e aliados de última hora, também são os responsáveis pelo golpe que rasgou a Constituição que agora deve ser re-costurada pelo Supremo. Enquanto isso, estão chegando ao Supremo nesta semana pedidos de impeachment de Ricardo Lewandowski que, já sexagenário em fim de carreira, terá que recomeçar a vida. O impeachment cassará o seu cargo de Juiz de carreira e ainda por cima ficará privado dos proventos.
Pelo menos é isto que tem de acontecer. E suas excelências já sabem que o povo brasileiro que foi às ruas pacificamente e de forma ordeira pedindo o fim do governo comuno-fascista e ladravaz do PT, voltará às ruas para exigir punição exemplar a todos os participantes do golpe, a começar pela cassação do mandato de Lewandowski e a prisão de Lula. Leiam. Ao final do texto link para leitura completa da reportagem:
No petismo, um provérbio popular se impõe de maneira eloqüente: nada é tão ruim que não possa piorar. O desfecho do impeachment de Dilma Rousseff foi a tradução dessa máxima. O processo teve em seu último capítulo uma trama sorrateira engendrada nos subterrâneos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Como a deposição de Dilma já eram favas contadas, alguns dos principais protagonistas desse enredo se juntaram com o intuito de evitar que a petista ficasse também inabilitada para exercer cargos públicos. Para atingir esse objetivo, toparam pisotear o claríssimo artigo 52 da Constituição Federal. O parágrafo único escrito na Carta Magna demonstra a óbvia indissociação das penas. Diz o texto: “condenação (…) à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública”. Mesmo assim, na quarta-feira 31, o Senado, depois de aprovar o impeachment de Dilma por 61 votos a 20, pondo fim a 13 anos de PT no poder, decidiu por 42 a 36 que a ex-presidente pode ser nomeada para qualquer cargo público no País, mesmo depois de deposta.
TRAMÓIA VERGONHOSA
Por mais estapafúrdia que parecesse, a ideia de interpretar ao bel prazer um texto constitucional inapelável começou a ser gestada embrionariamente entre os petistas que ladeiam Dilma há cerca de 20 dias, conforme revelou em primeira mão a coluna Brasil Confidencial, da ISTOÉ, no dia 19 de agosto. A defesa de Dilma vinha examinando o caso do ex-presidente Fernando Collor que, em 1992, renunciou pouco antes da votação no Senado que cassaria seu mandato. Na ocasião, ele arriscou um pretenso golpe de esperteza para evitar perder seus direitos políticos, mas a jogada falhou e os parlamentares decidiram, mesmo assim, excluí-lo do serviço federal por oito anos. Dilma, de maneira distinta, repetiu o lance e teve outra sorte.
Há cerca de duas semanas, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), fazendo papel de emissário do grupo, procurou a assessoria jurídica do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, juiz que conduziu a etapa final do impeachment. Nas conversas com o Supremo, foi sinalizado ao senador que, sim, haveria espaço para que a defesa apresentasse a questão de ordem para que fossem realizadas duas votações separadas: uma para a perda do mandato de Dilma e outra para sua inabilitação da função pública. Lewandowski e Lula já haviam conversado a respeito. Com esse aval Supremo, Lindbergh, voltou ao ninho petista com a boa-nova. Iniciava-se ali uma pesada e discretíssima negociação de bastidor.
Os velhacos comunistas tramando o golpe sob a orientação criminosa de Lula.  Clique sobre a imagem para vê-la ampliada. Fotos: IstoÉ
LULA E SUA QUADRILHA
Após o aval do Supremo, o próximo e fundamental alvo de cooptação foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A tropa dilmista sabia que sem a adesão do alagoano a estratégia poderia soçobrar devido à sua forte influência sobre congressistas. Apesar de querer pular do naufrágio petista para salvar a própria pele, Renan calculou que a ideia de fatiar em duas as votações abriria um precedente que poderia vir a beneficiá-lo no futuro. Pendurado em investigações da Lava Jato, Renan valeria-se da precedência aberta nesse caso para garantir seus direitos políticos. E não só a ele, como também seu rebento Renan Filho, governador de Alagoas. Com base nessa espécie de “seguro de vida pública”, o presidente do Senado ajudou a articular a artimanha. Difícil encontrar o coração de um parlamentar que não se enterneça diante da possibilidade de levar vantagem numa situação.
Para reforçar o processo de convencimento dos senadores ao que foi chamado nos corredores do Congresso de “impicha, mas não mata”, o ex-presidente Lula também exerceu papel fundamental. Em São Paulo e em Brasília, disparou telefonemas para alguns parlamentares e encontrou-se com outros.
Coube à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) atuar no corpo a corpo com os colegas. A ruralista que virou amiga de Dilma foi destacada também para proferir um discurso emotivo. A tática foi discutida e supervisionada pela própria presidente Dilma. Juntas, combinaram o tom. Na tribuna, disse: “A presidente Dilma me autorizou a dizer que já fez as contas de sua aposentadoria e, pelo fator previdenciário (…), ela já se aposentaria com em torno de R$ 5 mil. Então, ela precisa continuar trabalhando para suprir as suas necessidades.” O argumento pode até ter sensibilizado os congressistas, mas certamente não deve ter feito muito sentido entre os quase 12 milhões de brasileiros desempregados ou pensionistas que recebem um salário mínimo.
Por trás da ideia de garantir um emprego para a ex-presidente, o PT teve um outro objetivo muito menos altruísta. Eles acreditam que se Dilma perdesse os direitos políticos, a ação que corre no Superior Tribunal Eleitoral e que investiga a chapa Dilma/Temer perderia o objeto, podendo ser extinto. Isso significaria imensa tranquilidade para o presidente Michel Temer poder governar sem o risco iminente de ter sua chapa cassada pelo TSE. Embora o presidente acredite e haja farta jurisprudência no TSE para a tese da separação das contas de campanha, seria um alívio muito bem-vindo enterrar essa história de uma vez por todas. O PT não quis entregar isso de bandeja.
(***)
VERDADEIROS GOLPISTAS
No fim da última semana, juristas saíram a campo estupefatos com a interpretação do ministro Ricardo Lewandowski e o acordão tramado nos bastidores. O decano do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, lembrou na quarta-feira 31, logo após a decisão, de como foi seu voto quando o assunto do ex-presidente Collor chegou à Suprema Corte, por meio de um mandado de segurança tentando anular a decisão do Senado, que cassou os direitos políticos do alagoano em 1992. “O meu voto foi no sentido de que o parágrafo único do artigo 52 da Constituição da República compõe uma estrutura unitária incindível, indecomponível, de tal modo que imposta a sanção destitutória consistente da remoção do presidente da República a inabilitação temporária por oito anos para o exercício de qualquer outra função pública ou eletiva representa uma consequência natural, um efeito necessário da manifestação condenatória do Senado Federal.” O presidente do TSE, Gilmar Mendes, também ministro do Supremo, classificou a decisão como “bizarra”. E continuou: “Vejam vocês como isso é ilógico: se as penas são autônomas, o Senado poderia ter aplicado à ex-presidente Dilma Rousseff a pena de inabilitação, mantendo-a no cargo. Então, veja, não passa na prova dos 9 do jardim de infância do direito constitucional. É, realmente, do ponto de vista da solução jurídica, extravagante”.
O professor de Direito Constitucional da USP Dircêo Torrecillas Ramos foi peremptório: “O texto da Constituição é claro. O presidente impedido deve perder o cargo, com inabilitação para cargos públicos por oito anos. O presidente do STF não deveria ter aceito o destaque para a votação em separado de início. Essa votação foi inconstitucional”.
O advogado Julio César Martins Casarin também recorreu ao STF pedindo a suspensão do separação da votação . Casarin escreveu: “A Constituição foi rasgada. Primeiramente, o destaque foi inconstitucional, pois a Constituição Federal coloca como decorrência da cassação do mandato a perda dos direitos políticos. A Constituição não permite interpretação quanto à dissociação da perda do cargo em relação à inabilitação por oito anos para o exercício da função pública”. Ou seja, ao fim e ao cabo, o verdadeiro golpe foi desferido por aqueles que, durante meses a fio, cinicamente o alardearam.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A revelação de infiltração do crime organizado em partidos políticos já era percebida pela sociedade brasileira

Gilmar Mendes alerta para infiltração do crime organizado em partidos http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/mendes-alerta-para-infiltracao-do-crime-em-partidos

Política

Gilmar Mendes alerta para infiltração do crime organizado em partidos

Em São Paulo, o deputado estadual Luiz Moura, do PT, foi flagrado em março pela polícia numa reunião com cooperativas de motoristas de ônibus na qual estavam membros do PCC

Ministro Gilmar Mendes durante sessão que julga o mensalão, em 17/10/2012
Ministro Gilmar Mendes: relação de políticos com criminosos preocupa com a proximidade das eleições ( Nelson Jr./SCO/STF )
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alertou nesta segunda-feira para o risco de o crime organizado se infiltrar nas estruturas partidárias a poucos meses das eleições no país. Para o ministro, que é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o veto às empresas para fazer doações nas campanhas abre caminho para organizações como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Sem citar nomes, Mendes chamou a atenção para os "episódios recentes" em São Paulo. No mês passado, em meio a uma greve-surpresa de motoristas e cobradores de ônibus na capital paulista, veio a público a informação de que o deputado estadual Luiz Moura (PT) participou de reunião com cooperativas do setor, na qual também estavam membros do PCC, segundo a polícia. Na ocasião, a Polícia Civil deteve 42 pessoas, um deles condenado por assaltos a bancos. Luiz Moura alegou que participava de um encontro para tratar de melhorias no transporte público de massa. Ele foi suspenso pelo PT por sessenta dias e não poderá disputar a reeleição.

Luiz Moura já foi condenado nos anos 1990 por roubo a mão armada no interior do Paraná . Sentenciado a doze anos de prisão, cumpriu um ano e meio e fugiu. Depois, reabilitou-se tecnicamente, pelos critérios da Justiça. Em 2010, elegeu-se deputado estadual pelo PT em São Paulo, com patrimônio declarado de 5 milhões de reais. "A Justiça Eleitoral e todo o sistema institucional devem dar toda a atenção e rigor na apuração sobre episódios recentes que mostram a integração do PCC na estrutura de partidos, é o crime organizado se enraizando na estrutura partidária, isso é muito perigoso", advertiu o ministro, em São Paulo, onde participou de um debate sobre guerra fiscal.
Mendes argumenta que "se isso (o PCC na política) ganhar dimensões maiores, estaremos diante de um quando muito preocupante".
Leia também: Maioria do STF veta doações de empresas
O (explosivo) braço político do PT no mundo dos perueiros


Está na pauta do Supremo o financiamento eleitoral. A maioria dos ministros do STF já votou pelo banimento das empresas privadas do processo de doações. Até aqui, por 6 votos, a 1 – alguns ministros anteciparam seus votos – a Corte máxima veta que pessoas jurídicas façam repasses a partidos. Gilmar Mendes pediu vista dos autos. O julgamento deve ser retomado no início do segundo semestre. "Eu quero alertar que tudo indica, a partir da realidade de São Paulo, que, de alguma forma, vamos estar admitindo o crime organizado na política. Devemos estar muito atentos quando ao aprofundamento dessas investigações."
Para Mendes, o risco maior é que o bloqueio às empresas privadas abra caminho "para financiamentos individuais, legitimando recursos ilícitos para campanhas eleitorais".

"Estamos discutindo a cultura política do País na questão dos financiamentos, mas em torno de referências e balizas meramente formais", alerta Mendes. "Mas há aspectos que não podem ser desprezados em hipótese alguma. Ao proibir doações de companhias estruturadas, existentes, declaradas perante os órgãos públicos, o país está abrindo caminho para práticas informais, inclusive do crime organizado como mostra a própria realidade vivida em São Paulo. É um caminho perigoso."
(Com Estadão Conteúdo)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Wikipedia sob suspeita de má-fé ou de má vontade com a verdade



16/07/2012
 às 17:01

Vejam quem é um dos Diderots da Wikipedia no Brasil! Ou: Nessa enciclopédia, Tiririca será professor!

Ah, as enciclopédias…
Em março deste ano, a empresa que edita a Enciclopédia Britânica anunciou o fim da versão impressa. Sinal dos tempos. Conserva uma eletrônica e uma online. O Google e o, vamos dizer, “saber popular” da Wikipedia tomaram o seu lugar.
Uma das melhores memórias que tenho está ligada a uma enciclopédia. Em 1976, venci um concurso nacional de redação — o tema era a preservação da natureza (já!!!), e eu aproveitei para dar um cacete na ditadura (ganhei, mas comecei a ter problemas…) —, e o prêmio era uma Barsa inteirinha, só pra mim. Lembro do dia em que as caixas chegaram, o cheiro dos livros, o orgulho de pai e mãe, essas coisas desta vida besta… A primeira edição da Barsa no Brasil foi coordenada pelo jornalista e escritor Antonio Callado. Muitos intelectuais brasileiros trabalharam na elaboração de verbetes, como é o caso do poeta Ferreira Gullar.
Pois é… Se a Britânica tinha entre seus colaboradores alguns dos mais destacados intelectuais do mundo e se a Barsa contou com gente como Callado e Gullar, a Wikipedia dá poderes de “eliminador” a um sujeito chamado “Chico Venâncio”. Quem é Chico Venâncio? Vamos ao começo da história.
Aqui, a prova das boçalidades do nosso enciclopedista; o Itamaraty está de olho nele: rapaz de futuro!
Aqui, a prova das boçalidades do nosso enciclopedista; o Itamaraty está de olho nele: rapaz de futuro!


O ministro Gilmar Mendes, do STF, não gostou de algumas barbaridades que estavam — e muitas ainda estão — em sua biografia na Wikipedia. E fez o óbvio: reclamou. Eis que surge no cenário o tal Venâncio, um rapaz de 23 anos, recém-formado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília. Ele é uma das pessoas autorizadas a alterar verbetes da enciclopédia. Seu status é o de “eliminador”. Pode cortar as passagens que considera inadequadas. Huuummm…
Antes que continue, uma observação: não vou aqui reescrever o perfil de Mendes no Wikipedia, mas a quantidade de contrabando ideológico que se lê é assombrosa. A síntese feita, por exemplo, sobre a atuação do ministro do caso da Lei da Ficha Limpa é pura delinquência intelectual. Pois bem… Francisco Carvalho Venâncio — e o nome completo do rapaz — decidiu cortar da biografia do ministro apenas as informações que podem ser consideradas favoráveis ao ministro. As delinquências ficaram lá.
Flagrado em sua ação deletéria e procurado pela Folha para se pronunciar, escreveu um post em seu blog em tom meio debochado. Atenção! Juventude não é sinônimo de ignorância, não! A humanidade já produziu muitos gênios abaixo dos 30 e até dos 20. Venâncio poderia ser um deles, um novo Diderot de Brasília. Será o caso? Leiam (em vermelho) o trecho do texto intitulado “Artigo do Gilmar Mendes 1 (ou “Mamãe saí na Folha”)”. Assombrem-se!
Não comentei o motivo que me retornou a escrever no blog no último post. Na terça-feira a noite recebi um email de uma repórter da Folha de São Paulo me pedindo uma entrevista sobre a Wikipédia. A última coisa que eu esperava é que fosse um pedido de reação ao incômodo de Gilmar Mendes com as minhas edições em seu artigo!
Devo afirmar de antemão que é claro que eu não gosto de Gilmar Mendes e o considero o pior ministro que o STF possui. Acredito que ele tornou profecia as palavras de Dalmo Dallari. Os mais atentos lembrarão que iniciei esse blog pouco mais de um ano expondo motivos de porque acredito que Gilmar Mendes deva ser removido do STF.
Entretanto, faço o possível para que essa visão pessoal não enviese as minhas edições na Wikipédia. Seguindo as regras colocadas lá é bem mais fácil esquecer paixões pessoais do que imaginamos (uma grande beleza que eu vejo no critério de verificabilidade é que toda a discussão sobre qual é/se existe a verdade torna-se inútil).
(…)
VolteiDestaquei apenas os erros mais escandalosos do seu texto. Sim, senhores! Chico Venâncio entrou na universidade e dela saiu sem saber a diferença entre uma preposição “a” e o verbo haver — “há”  para indicar tempo decorrido, erro que uma criança medianamente alfabetizada já não comete.
O emprego do verbo “retornar” revela uma ignorância quase comovente porque não deixa de ser uma tentativa, coitado!, de falar difícil. Por “me retornou a escrever”, ele queria dizer “me fez voltar a escrever”. Uma simples “resposta” vida “pedido de reação”. Ignorando “os motivos pelos quais” ou “motivos por que” (separado, viu, Chiquinho!?), ele tasca um “motivos de porque”… Se tomar duas pingas, a exemplo do Apedeuta-mestre, começará a “achar de que…”
Notem que me atenho à, vamos dizer, performance linguística desse enciclopedista. E o conteúdo da glossolalia? Percebe-se a sua isenção, não é mesmo? Eis aí: essa gente aparelha até churrasco na laje. Por que não aparelharia a Wikipedia?
“Que absurdo pegar no pé do rapaz por causa de uns errinhos, Reinaldo!”  Ora, ele é um enciclopedista! A qualidade do seu texto reflete certamente a qualidade de suas edições. Ah, sim: um dos seus argumentos para manter no verbete certas ofensas e imprecisões é que se baseia em denúncias publicadas aqui e ali que não foram desmentidas…
Ah, bom! Mais uma prova de rigor intelectual! Mendes ou qualquer outro desafeto de Venâncio teriam de sair por aí, em tempos de Internet, a desmentir tudo o que se publica — obrigados a provar, então, que são inocentes — para impedir que calúnias e difamações sejam veiculadas nos verbetes.
Não sei quem cuida da Wikipedia no Brasil. O que sei é que Diderots dessa qualidade a empurram para a mais completa desmoralização. Transformaram a enciclopédia popular num capítulo da guerrilha ideológica suja.
Como diria Venâncio, talvez ainda “me retorne” ao caso… Nessa enciclopédia, Tiririca é professor! Parece que o Itamaraty está de olho neste recém-formado em Relações Internacionais. Com essa gramática, no lulo-petismo, o rapaz tem futuro!

sábado, 2 de junho de 2012

Um manual de manipulação política montado por "cientistas petistas" para ser usado em uma doença chamada Mensalão


http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2012/06/reportagem-bomba-revista-veja-teve.html

Sábado, Junho 02, 2012


REPORTAGEM-BOMBA! REVISTA VEJA TEVE ACESSO A DOCUMENTO QUE REVELA MANUAL DO PT PARA MANIPULAR CPI CONTRA OPOSIÇÃO!


Documento a que VEJA teve acesso aponta os alvos preferenciais do partido: oposicionistas, imprensa e membros do Judiciário que contribuíram ou ainda podem contribuir para que o mensalão seja julgado

Reportagem de VEJA desta semana revela a existência de um documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira. Consta do roteiro uma lista de alvos preferenciais do PT, entre eles Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e Roberto Gurgel, procurador-geral da República.
O guia de ação produzido pela liderança petista, ao qual VEJA teve acesso, não deixa dúvida sobre as reais intenções do grupo mais umbilicalmente ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os alvos são os oposicionistas, a imprensa e membros do Judiciário que, de alguma forma, contribuíram ou ainda podem contribuir para que o mensalão seja julgado e passe, portanto, a existir oficialmente como um dos grandes eventos de corrupção da história brasileira – e, sem dúvida, o maior da República.
O documento foca em especial Gilmar Mendes, que Lula tentou constranger, sem sucesso, em sua cruzada para adiar o julgamento do mensalão, conforme mostrou reportagem de VEJA da semana passada. São dedicados a Mendes quatro tópicos: 'O processo da Celg no STF', 'Satiagraha, Fundos de Pensão, Protógenes', 'Filha de Gilmar Mendes' e 'Viagem a Berlim'. São todas questões já levantadas pelos mensaleiros e seus defensores e que, uma vez esclarecidas, se mostraram fruto apenas do desejo de desqualificar um integrante do STF que os petistas consideram um possível voto contra os réus do mensalão.
Descontentes – Alguns petistas discordaram, à boca pequena, da atuação de Lula. Lembraram que é errado dar como certo o voto de Gilmar Mendes na condenação dos mensaleiros, uma vez que o ministro, por exemplo, foi contrário à inclusão de Luiz Gushiken, ex-ministro de Lula, na lista de réus do mensalão.
Sob anonimato, é mais fácil hoje do que há algumas semanas encontrar petistas fortemente críticos da estratégia de atacar a imprensa e envolver o procurador Roberto Gurgel na CPI do Cachoeira. No documento feito pelos petistas empregados na liderança do partido no Congresso, Gurgel é falsamente acusado de engavetar o caso conhecido como Operação Vegas, em que a Polícia Federal investigou o jogo ilegal no Brasil. O documento do PT dá como fatos as mais absurdas invencionices contra a imprensa, marteladas por blogs sustentados por verbas públicas de instituições dominadas por petistas. A avaliação de deputados e senadores do PT, confirmada por pesquisas de opinião, é que o partido, até agora, é o maior perdedor na CPI do Cachoeira.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sou o Povo.....!!!

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2012/06/lula-poderia-estar-sofrendo-de-doenca.html

Sexta-feira, Junho 01, 2012


LULA PODERIA ESTAR SOFRENDO DE DOENÇA MENTAL, SEGUNDO AFIRMA LÍDER OPOSICIONISTA.

Lula: metaformose depois do câncer
Ao reagir a uma declaração do ex-presidente Lula, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse nesta sexta-feira que as últimas movimentações políticas do petista mostram que ele "não anda bem da cabeça".
Guerra ficou irritado com a fala de Lula sustentando que não pode "deixar que um tucano volte a governar" o Brasil, ontem durante participação no "Programa do Ratinho", do SBT.
Para o tucano, Lula tem dado seguidas demonstrações de autoritarismo e ataques à democracia. Ele citou a recente polêmica entre Lula e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Segundo o ministro, o ex-presidente o procurou e defendeu o adiamento do julgamento do mensalão, previsto para ocorrer este ano. Lula nega.[Só faltava Lula confirmar...essa Folha de S. Paulo é cínica!]
"Essa declaração de que ele não deixará um tucano ser presidente do Brasil é antidemocrática, autoritária e reforça a ideia de que o ex-presidente Lula não anda bem da cabeça. Quem escolhe o presidente é o povo. É bom que o Lula fique atento que o Hugo Chavez e a Venezuela não andam nada bem e o Brasil não vai entrar nessa", afirmou.
Na avaliação de Guerra, outro sinal de autoritarismo do ex-presidente é a escolha de Fernando Haddad como pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. "Há claros sinais de que Haddad não teve legitimidade dentro do próprio partido e isso tem refletido nas pesquisas".
Ontem, durante participação no programa do Ratinho, Lula disse que será candidato ao governo federal em 2014 apenas se a presidente Dilma Rousseff não tiver interesse de se reeleger. Na sequência disse: "Não posso deixar que um tucano volte a governar."
Sobre o episódio com Mendes, Lula afirmou que "quem inventou a história, que prove a história. Eu acho que o tempo se encarrega", afirmou. Do site folha.com