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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Reforma em Cuba é "simple maquillaje" .... // Pablo Milanés / Clarin



Pablo Milanés califica de "simple maquillaje” la reforma en Cuba

DURA CRITICA DEL MUSICO.El cantante y compositor también se mostró crítico sobre el proceso de acercamiento a EE.UU., y habló de su duro paso por los “campos estalinistas” de la UMAP en la década del 60.
El cantante y compositor Pablo Milanés, un representante de la nueva trova cubana que siempre apoyó la revolución aunque con ciertos cuestionamientos a las autoridades, se mostró crítico sobre el proceso de reformas iniciado por Raúl Castro, así como también con el proceso de normalización de las relaciones con Estados Unidos.
En una entrevista que concedió al diario El País de España, dentro de su gira por ese país para presentar su último álbum, sostuvo que los cambios anunciados por el gobierno cubano no llegaron al pueblo y que son sólo “un maquillaje”. “Siempre he dicho que esas aparentes aperturas han sido un simple maquillaje. Hay que ir al fondo, al pueblo de a pie para ver que nada ha cambiado”, afirmó.
Con respecto a las negociaciones con Estados Unidos, consideró que no hay verdadera disposición de ninguna de las dos partes para ceder y avanzar en un acuerdo. “Para los cubanos del interior y del exterior, sin duda, es conveniente por la unificación definitiva de muchas familias”, aclara. Para luego agregar: “Ahora, tras 18 meses de conversaciones secretas, donde se supone que llegaron a acuerdos, las declaraciones de los gobiernos de ambos países me dejan desconcertado. Cuba no cederá un ápice en su posición y EE.UU. penetrará en todos los ámbitos que pueda para el supuesto desarrollo de la nación cubana. Siguen enrocados. ¿A qué acuerdos llegaron los dos si ahora se contradicen? Esa es mi duda: que ninguno ceda y que otra vez el pueblo cubano siga en su agonía sin salida, como está hace 50 años”.
En otro tramo de la entrevista hace referencia por primera vez a su paso por los “campos estalinistas” de la Unidades Militares de Ayuda a la Producción (UMAP), en la década del 60. “La prensa cubana no se atreve y la extranjera desconoce la nefasta trascendencia que tuvo aquella medida represora de corte puramente estalinista”, señala.
Milanés contó que allí estuvo “entre 1965 y finales de 1967”. “Más de 40.000 personas en campos de concentración aislados en la provincia de Camagüey, con trabajos forzados desde las cinco de la madrugada hasta el anochecer sin ninguna justificación ni explicaciones, y mucho menos el perdón que estoy esperando que pida el Gobierno cubano”, dice.
“Yo tenía 23 años, me fugué de mi campamento y fui a La Habana a denunciar la injusticia que estaban cometiendo. El resultado fue que me enviaron preso durante dos meses a la fortaleza de La Cabaña, y luego estuve en un campamento de castigo peor que las UMAP, donde permanecí hasta que se disolvieron por lo escandaloso que resultó ante la opinión internacional. De allí, después de leerme Un día en la vida de Ivan Denisovich, de Aleksander Solzhenitsyn, que me envió un amigo, me di cuenta de que las ideas de un revolucionario no se desvían por los errores que cometen los dirigentes. De allí salí más revolucionario. La UMAP no fue un hecho aislado. Antes de 1966, Cuba se alineó definitivamente a la política soviética, incluyendo procedimientos estalinistas que perjudicaron a intelectuales, artistas, músicos. Según la historia, en 1970 comenzó lo que se llamó el quinquenio gris, y yo digo que realmente comenzó en 1965 y fueron varios quinquenios”.
Pese a todo ello, el cantante de la nueva trova cubana sostiene que sigue creyendo en la revolución. “El origen está en lo que significó Cuba en el año 59 para el mundo. Yo tenía entonces 15 años, y cuando profundicé en la realidad social de América Latina me convertí en un revolucionario. Esas ideas no solo cuajaron en mí, sino en todos los países latinoamericanos. Los ideales que profesábamos eran los más puros que se podían tener en aquella época. Otra cosa hubiera sido traicionar mi pensamiento, así que, aunque se cometieran errores, vi que había que defender la idea original... y todavía la defiendo. Yo asumo el pasado, y tengo claro lo que pienso. Apoyo la revolución ciudadana de Correa en Ecuador y la de Evo Morales. Y para mí el ejemplo más grande de revolucionario en América es José Mujica, encarcelado durante 14 años y después un hombre sin rencor, capaz de crear un Estado libre, soberano, no dependiente y próspero”, finalizó.

Mais estudos de Paixão.../ BBC


Como reconhecer os sintomas do 'vírus' do amor em seu corpo

  • Há 7 horas
Casal se beija na chuva
Pesquisadores afirmam que o amor tem comportamento parecido com o de uma doença
Apaixonar-se é uma questão de química. Literalmente.
Engloba uma série de reações corporais que cientistas acreditam terem sido desenvolvidas para garantir a sobrevivência de nossa espécie.
De forma parecida com a de uma doença, os sintomas físicos são claramente identificáveis: mãos suadas, perda de apetite, face enrubescida e batimento cardíaco acelerado.
O amor também tem estágios diferenciados, cada um ditado por uma série de substâncias químicas que detonam diferentes reações físicas.
Há a fase da luxúria, um desejo sexual básico, que pode progredir e se transformar em um "apego" mais comum em longos relacionamentos.
Porém, um fato interessante é que, segundo cientistas, os estágios não precisam ocorrer necessariamente nessa ordem.
"Você pode sentir uma forte ligação com algum colega de escritório ou em seu círculo social e aí, meses ou mesmo anos depois, as coisas mudam. De repente, você se apaixona por ele ou ela", explicou à BBC a pesquisadora Helen Fisher, da Rutgers University, em Nova Jersey (Estados Unidos).
Casal de mãos dadas
Os diferentes estágios do amor não precisam ocorrer na mesma ordem
Em cada um desses estágios, cientistas identificaram grupos de substâncias químicas atuando. Eles são:

Estágio 1: Luxúria

A luxúria é "alimentada" por dois hormônios: a testosterona e o estrogênio.
A testosterona, ao contrário do que se pensa, não é restrita aos homens. Ela também tem um papel de destaque no desejo sexual feminino.

Estágio 2: Atração

É neste estágio que as pessoas apaixonadas não pensam em outra coisa. Elas podem até perder o apetite e dormir menos, preferindo passar horas sonhando acordadas com seu novo interesse amoroso.
Isso é "culpa" de um grupo de enzimas neuro-transmissoras chamadas monoaminas. Mais precisamente de três delas:
  • Dopamina: Também ativada pela cocaína e pela nicotina, causa sensação de euforia.
  • Norepinefrina: Conhecida também como adrenalina. Faz com que suemos e acelera os batimentos cardíacos.
  • Serotonina: Uma das mais importantes substâncias da "química do amor", e que pode fazer com que fiquemos temporariamente insanos.
    Rato do deserto
    A surpressão do hormônio vasopressina nos ratos do deserto deteriora ligação entre parceiros

Estágio 3: 'Apego'

Este é o estágio que se instala após a atração, se um relacionamento durar. Se a atração durasse para sempre, nada mais que bebês seriam feitos num relacionamento.
O 'apego' é um compromisso mais longo e este laço é que mantém os casais juntos.
Casal em pose íntima
Ao contrário do que se pensa, a testosterona também é um hormônio fundamental para o desejo feminino
Neste estágio, cientistas acreditam que dois hormônios liberados pelo sistema nervoso têm papel na formação de laços.
Vasopressina: Outra importante substância química nos compromissos de longo termo. Pesquisas com ratos do deserto sugerem que a supressão de vasopressina em machos faz com que a ligação entre parceiros deteriore imediatamente, com a perda de devoção e a falha em proteger a parceira de novos pretendentes.
Oxitocina: Produzida pelo hipotálamo, uma glândula cerebral, e liberada tanto por homens e mulheres durante o orgasmo, a oxitocina ajuda a fortalecer ligações entre casais, segundo cientistas. A teoria é simples: quanto mais um casal fizer sexo, mais forte o elo entre eles fica.

Humor de Cazo / blog do Josias

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Josias de Souza

PT procura zona de conforto para atenuar críticas, envolvimento de militantes do partido em atos ilícitos e escapar da realidade que ameaça seu prestígio político




14/02/2015
 às 11:43 \ Direto ao Ponto

Dilma, Lula e Santana se encontram para a troca de ideias que não têm. Deveriam estar à procura dos álibis que não há

A trinca dos pecadores: o populista que se acha um messias, a sucessora que pensa ser filha do mestre e o marqueteiro que tem certeza de que é um espírito santo
Trinca de pecadores: a sucessora que se imagina Filha do Mestre, o marqueteiro que se considera porta-voz do Espírito Santo e o farsante que se promoveu a messias
ATUALIZADO ÀS 11H43
A economia está fazendo água — e, desde o tempo das cavernas, é quando ela bate na linha da cintura que o homem começa a nadar. O pibinho vai descendo a níveis siberianos, a inflação mesmo maquiada rompe a fronteira dos 7%, o dragão domestico pelo Plano Real soluça nas cercanias dos dois dígitos. O rombo nas contas públicas é de assustar esquerdista grego, os juros sobrevoam a estratosfera, o desemprego cresce, a alta do dólar escancara a desconfiança mundial no Brasil.
O que Dilma faz para escapar do afogamento nessas cataratas de más notícias? Conversa mais com Joaquim Levy, para afinar-se com o ministro da Fazenda emparedado pela idiotia do PT, pela gula da base alugada, por “movimentos sociais” estacionados no século 19, pela  sede dos ministros que bebem verbas? Nada disso. Em vez de socorrer-se do economista criticado não pelos defeitos, mas pelas virtudes que tem, a doutora em nada pede conselhos a Lula e encomenda ideias a João Santana.
O edifício lulopetista  está sitiado por rachaduras internas e fraturas expostas nos alicerces. A bancada fiel a Dilma na Câmara é insuficiente para eleger um vereador de grotão. No Senado, os contratos com o grupo de Renan Calheiros são tão confiáveis quanto os prazos do PAC. O “núcleo íntimo do Planalto” é mais uma reedição piorada dos Três Patetas.
Sem porta-vozes capazes de andar e mascar chicletes ao mesmo tempo nem interlocutores, sem interlocutores com paciência para decifrar a mulher que fala dimês, que faz o neurônio solitário? Livra-se do cerco dos áulicos que a bajulam desde que virou a favorita do chefe? Tenta aprender com quem sabe? Nada disso. Encomenda ideias ao padrinho e pede conselhos ao marqueteiro do reino.
A pesquisa divulgada neste fevereiro pelo Datafolha reafirmou a trágica contemporaneidade da lição ministrada por Mário de Andrade, há quase 90 anos, pela boca do personagem Macunaíma: “Muita saúva e pouca saúde, os males do Brasil são”. Para os entrevistados, o segundo maior problema do país é a corrupção amamentada pelo Planalto. Na liderança do ranking continua o sistema de atendimento à saúde que Lula, cliente VIP do Sírio Libanês, qualificou de “perto da perfeição”.
Perto da perfeição chegaram, isto sim, os bandidos de estimação cevados desde o dia da posse pelo chefe-supremo de todas as bandalheiras. As saúvas perderam a compostura em Santo André, perderam o juízo no Mensalão, perderam a vergonha no Petrolão. Em parceria com Dilma, Lula transformou o Brasil Maravilha num viveiro de quadrilhas impunes. Todas roubaram muito. Nenhuma roubou tanto quanto a desbaratada pela Operação Lava Jato, devassada por procuradores federais e exemplarmente enquadrada pelo juíz Sérgio Moro.
As investigações estão chegando aos peixes graúdos. José Dirceu (codinome Bob) e Antônio Palocci, por exemplo, acabam de entrar em cena. É iminente a subida ao palco do astro principal. Se não fosse tão indigente o material aproveitável na cabeça baldia de Lula, se Dilma ao menos suspeitasse da própria mediocridade, se Santana conhecesse o limite da bandalheira, os três estariam imersos numa demorada releitura da pesquisa. O Datafolha traduziu em algarismos e índices o retrato dramaticamente revelador esboçado pelas urnas de outubro.
A presidente se reelegeu a bordo das tapeações de mágicos de picadeiro, nas falácias dos coronéis com topete implantado, nas vigarices e violências colecionadas pelas diversas ramificações que compõem o Grande Clube dos Cafajestes no Poder. Em pouco mais de um mês, o coro dos contentes ficou afônico, os truques deixaram de funcionar, a taxa de popularidade de Dilma foi devastada pelo raquitismo irreversível.
A rainha de João Santana está nua. Dilma é considerada falsa por 47% dos brasileiros, desonesta por 54% e indecisa por 50%. Para 52%, a presidente sabia da corrupção na Petrobras e deixou que ela ocorresse. Confrontada com tantas estatísticas pressagas, o que faz a chefe de governo? Tenta tomar distância dos delinquentes irrecuperáveis? Esquece no guarda-roupa as fantasias esfarrapadas?
Nada disso. Chama para encontros a sós os comparsas de sempre e gasta horas em sussurros com equilibristas manuetas, contadores de lorotas sem vagas sequer em mesa de botequim, vigaristas incapazes de renovar o estoque de embustes. O Brasil está mudando. Os velhacos só ficam mais velhos. Lula declara guerra à misteriosa entidade que batizou de “eles”, Dilma diz que a ladroagem na Petrobras é coisa de imperialistas americanos, João Santana delira com pátrias educadoras.
Nenhuma farsa dura para sempre. Em parceria, Lula e Dilma enganaram milhões de paspalhos com o país autossuficiente em petróleo que importa um oceano de barris por ano, com as colossais jazidas do pré-sal que continuam nos abismos do Atlântico, com a nação que apesar da erradicação dos miseráveis tem andrajos hasteados em todas as esquinas, fora o resto. A terra dos abúlicos está farta de tanto cinismo.
O palanque ambulante está desgovernado. Dilma é só um poste instalado no Planalto para fazer o que o mestre mandar. Os mais de 51 milhões de brasileiros que votaram contra o PT riscaram um ponto de não-retorno. Dilma já completou mais de um mês sem abrir a boca e alguns anos sem dizer coisa com coisa. Lula é o único campeão das urnas que jamais venceu uma eleição majoritária no primeiro turno.
É também o único líder de massas que desde a vaia no Maranacanã no Pan-2007 só se apresenta para plateias amestradas.Se for candidato em 2018, vai descobrir que os entrevistadores já não poupam espertalhões. Terá de explicar-se sobre o Caso Rose. Terá de escapar da montanha de provas que o vinculam às safadezas na Petrobras. Se disser que nada viu e nada sabe, será desmoralizado pela gargalhada nacional.
Dilma, Lula e Santana não deveriam perder tempo trocando ideias que não têm. A trindade nada santa faria um favor a si própria se saísse à caça de álibis que até agora não há.

Governo Federal se move para sepultar a Operação Lava Jato... / Veja


sábado, fevereiro 14, 2015


FOLIA EXTRA! PLANALTO E TCU JOGAM JUNTOS PARA PARA ABAFAR A OPERAÇÃO LAVA JATO. ENQUANTO ISSO ABAIXO ASSINADO PELO IMPEACHMENT DA DILMA TEM QUASE 2 MILHÕES DE ASSINATURAS.

O site da revista Veja furou nesta madrugada todos os demais veículos da grande mídia nacional revelando a operação abafa petrolão. Mas pelo que se constata nos sites dos demais veículos o noticiário de destaque é o carnaval.
Entretanto, Veja informa que o Tribunal de Contas da União aprovou em tempo recorde uma norma que, na prática, transforma o órgão em avalista dos acordos com empreiteiras do petrolão, o que estimularia os empresários envolvidos no propinoduto da Petrobras a desistirem de assinar acordo de delação premiada.
Para o Ministério Público a manobra pode prejudicar a Operação Lava Jato e as investigações caso chegue aos chefes do propinoduto.
Coincidentemente, esse esquema surge depois de uma reunião comandada pelo Ministro da Justiça com a participação de emissário das empreiteiras. Segundo reportagem-bomba  de Veja em sua edição que chegou às bancas de forma antecipada nesta sexta-feira, 13, em razão do carnaval, durante essa reunião o representante das empreiteiras teria sido informado de que Lula estava entrando em campo para tentar virar o jogo, segundo informou a revista.
A norma aprovada a toque de caixa nesta sexta-feira 13, justo no calor carnavalesco, é dissecada e explicada minuciosamente em vídeo pela jornalista Joice Hasselmann e pode ser visto AQUI.
Os demais veículos da grande mídia fazem de conta de não sabem de nada. A Folha de S. Paulo, por exemplo, traz em sua edição deste sábado uma matéria repercutindo a reportagem-bomba de Veja, cujo resumo postei aqui no blog nesta sexta-feira. 
É espantoso que a Folha de S. Paulo afirme que não conseguiu confirmar as revelações de Veja.
Mas os fatos são os fatos. A norma baixada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), é o bastante para corroborar que informou com exclusividade a reportagem-bomba de Veja.
E para concluir: um abaixo assinado que corre pela internet já reúne quase 2 milhões de assinatura pedindo o impeachment da Dilma.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Justiça hipoteca sede da Petrobras...... // Diego Escosteguy / Época


Justiça hipoteca sede da Petrobras para evitar calote bilionário da estatal

Decisão tomada nesta quinta-feira visa a indenizar em quase R$ 1 bilhão a Refinaria Manguinhos, que processa a estatal em virtude prejuízos com a política de controle de preços da gasolina

13/02/2015 15h49 - Atualizado em 13/02/2015 16h04

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
Está na hora de convocar um padre para benzer – ou exorcizar – a Petrobras. É uma bruxaria atrás da outra. Não bastasse o impacto da operação Lava Jato nas finanças da empresa, entre outros tantos problemas que vêm a público dia sim, outro também, a Petrobras teve sua sede hipotecada pela Justiça do Rio de Janeiro, em decisão tomada nesta quinta-feira (12). A hipoteca serve como forma de garantir o pagamento de uma dívida de R$ 935 milhões, causada por “conduta predatória” da estatal. Os oito mil funcionários da empresa, que estão sem norte, podem ficar sem teto. A estatal, naturalmente, pode e ainda vai recorrer da decisão.

O edifício hipotecado é a tradicional sede da estatal, localizada na Avenida Chile, no centro do Rio. Chamado de Edise, uma abreviação de Edifício Sede, o prédio inaugurado em 1974 foi construído por uma antiga parceira da Petrobras, a Odebrecht – agora investigada na Lava Jato. A sede que conta com 26 andares e jardins suspensos.
A derrota judicial é mais um capítulo da disputa que a Petrobras trava com a Refinaria Manguinhos, localizada no Rio de Janeiro. A refinaria cobra da Petrobras danos materiais pela política de preços da estatal.

A crise enfrentada pela Petrobras foi um dos argumentos utilizados pela juíza Kátia Torres, da 25ª Vara Cível do Rio de Janeiro, para determinar a hipoteca da sede da estatal. Na prática, a hipoteca significa que, em caso de calote, a sede poderia ser usada para o pagamento. “Além do julgado envolver expressiva condenação de valor líquido, os problemas financeiros enfrentados pela ré são públicos e notórios, impondo-se a adoção da medida constritiva com vistas à efetividade do processo”, diz a decisão da juíza.
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A hipoteca judiciária é um desdobramento de outra decisão judicial, também da 25ª Vara Cível do Rio de Janeiro, tomada em novembro do ano passado. Na decisão inicial, a juíza Simone Chevrand determinou o pagamento de R$ 935 milhões à Refinaria Manguinhos, por danos materiais. “Além de ser fato notório que há controle de inflação pelo governo federal através da política de preços de combustíveis, tal grande ingerência à qual o réu está submetido é admitida pelo mesmo em sua contestação e o leva a praticar, sim, preços que inviabilizam a concorrência”, escreveu a juíza.

De acordo com a sentença, ficou comprovado o dano causado pela Petrobras. “É bem verdade que não cabe ao Judiciário, no âmbito do processo judicial, realizar discurso político partidário. O que lhe cabe é constatar que se o réu – movido por injunções políticas governamentais -, em sua atividade empresarial ocasiona danos a terceiros, deve indenizá-los. E por isto se adiantou que a solução da questão passa, na realidade, por aplicação de regra elementar de responsabilidade civil. Como demonstrado, a conduta predatória ocorreu e o dano restou comprovado”.

Procurada, a Petrobras não se pronunciou até o momento.