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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O encanto do capitalismo ... e "a lição do socialismo" / Vlady Olver

19/02/2016
 às 17:30 \ Opinião

Oliver: A lição do socialismo

VLADY OLIVER
Os Estados Unidos estão ignorando solenemente o pobre Brasil na próxima – e última – viagem que o presidente Barack Obama fará ao cone sul do continente americano. O presidente norte-americano visitará a Argentina de Macri… e Cuba!!!
Isto demonstra visivelmente que o “comunismo que presta” – nenhum comunismo presta, mas alguns foram mais densos e influentes, como na China, Rússia e Cuba – quer salvar as últimas aparências mandando às favas a ideologia se alinhando logo com o Tio Sam antes que morram, que ninguém é besta de querer perder o bonde da evolução humana para ficar cacarejando essa cartilha manca. A reaproximação das múmias cubanas com a civilização é mostra mais que evidente que a coisa toda não passava de um projeto de eternização no poder vagabundo e truculento, que cobra seu preço agora num país literalmente ilhado e falido.
Meu irmão mais velho – e mais perto da sepultura que eu pela lógica inexorável da vida – tem algumas observações interessantes a fazer sobre esse momento crítico da existência marreta. Para ele, numa certa idade, você só quer saber do design do caixão que irá acomodá-lo. Cientes disso, as duas múmias cubanas sabem que, se apontarem a nau comunista de volta para a pujante economia americana – nem tão pujante assim, mas serve –, poderão ainda desfrutar de alguma sobrevida histórica dos seus embustes, ao levar a massa falida de seu país pela abertura do Mar Vermelho, agora proporcionada pelos norte-americanos.
Já no Brasil, alguns presidentes parecem ter feito o caminho inverso. Numa economia pujante e incipiente, conseguiram matar qualquer chance que resta de empreender no país, com esse cacarejo indecente e essa justiça achada no lixo. Engalfinham-se agora pela divisão do butim, enquanto hordas de demitidos pelo “milagre econômico do PT” se preparam para rapinar supermercados, num claro indício de que estamos alinhados na burrice tão somente com a Venezuela. É espantoso que esquerdistas arraigados, como os que vicejam em redações e bares da orla carioca, não consigam alcançar o golpe de vista de dois velhos caquéticos como as múmias cubanas, abrindo as perninhas bambas para os Estados Unidos enquanto ainda há tempo.
O comunismo faliu. Salve-se quem puder. Roubem o que houver nas gavetas da repartição, que a turba faminta e feita de otária se aproxima. Acho que o país que presta não precisava passar por essa penúria de mais de uma ano de uma presidente pedaleira, superfaturada, fraudada e ancorada na ideologia, embora “proba”, “honesta” e que não rouba um clipe da mesa de trabalho, segundo seus coleguinhas de ideologia porca e cacarejos indecentes. Em contrapartida, o país que não presta simplesmente não presta. E ainda sofreu pouco, se considerarmos que somos já 10 milhões de desempregados para sustentar 100 mil cargos de confiança petralhas aboletados nesse governo. Inclusão social é isto. Inclua só o meu na parada. Parei.

A nossa Democracia funciona aos arroubos, aos arrancos, aos arrastões do PT

sexta-feira, fevereiro 19, 2016


STF BOLIVARIANO SOLTA DELCÍDIO

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, soltou o senador Delcídio do Amaral (PT/MS) , mas impôs a ele restrições.  Teori revogou a prisão do ex-líder do governo Dilma no Senado, que terá de ficar em casa “no período noturno e nos dias de folga”. Delcídio não poderá deixar o País e terá de comparecer quinzenalmente à Justiça.
A decisão do ministro Teori foi tomada na ação cautelar 4039 proposta pelo advogado Maurício Silva Leite, que defende o senador, nesta sexta-feira, 19.
O ex-líder do Governo no Senado foi preso no dia 25 de novembro, por decisão da Corte máxima, sob suspeita de tramar contra a Operação Lava Jato – com medo da delação premiada de Nestor Cerveró , que o envolve no esquema de propinas na estatal petrolífera, o senador teria oferecido apoio financeiro e fuga para o ex-diretor de Internacional da Petrobrás.
Em dezembro, o procurador-geral da República Rodrigo Janot chamou Delcídio de ‘agente criminoso’. Em manifestação enviada ao Supremo, na qual pediu a permanência do petista na prisão, o chefe do Ministério Público Federal sustentou que Delcídio ‘se trata de agente que não mede as consequências de suas ações para atingir seus fins espúrios e ilícitos’. Na ocasião, os argumentos de Janot foram acolhidos pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo, que então manteve de pé o decreto de prisão preventiva do senador.
O ex-líder ficou alguns dias preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Depois foi transferido para um quartel de um batalhão da Polícia Militar na capital federal. Do site do Estadão
INDECÊNCIA
Enquanto a grande mídia sempre cupincha do PT se limitou a noticiar como normal mais essa indecência, pelo menos O Antagonista anotou com precisão este comentário:
Teori Zavascki soltou um senador da República que deu a entender que tinha ministros do STF no bolso, que planejava sumir com Nestor Cerveró, que pretendia suprimir provas criminais e, por último, mas não menos importante, que recebeu propina do petrolão.
É um país incrivelmente indecente.

Charge do Sponholz no blog de Aluizio Amorim

Humor de Sponholz

Charge de Chico Caruso no blog do Ricardo Noblat

Humor de Chico Caruso
Charge (Foto: Amarildo)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

"Mulheres e cachorros" / João Pereira Coutinho

terça-feira, fevereiro 16, 2016

 JOÃO PEREIRA COUTINHO

Mulheres e cachorros -

Folha de SP - 16/02

Dúvidas sobre o casamento, todos temos. Mas Charles Darwin enfrentou o dilema com o racionalismo característico do século 19. Em 1838, perante o dilema de casar ou não casar com a prima Emma Wedgwood, o eminente cientista resolveu fazer uma lista com os prós e contras do matrimônio.

Conhecia a história, mas confesso que nunca tinha lido a lista com atenção. Um jornal inglês, no aniversário do nascimento de Darwin (12 de fevereiro) e antes do dia de São Valentim, publicou essa preciosidade.
Então encontramos duas colunas, nas quais razões para não casar suplantam incentivos para dar o nó.

Entre as primeiras, Darwin elenca o fim da liberdade para ir onde quiser; a necessidade de socializar com os parentes da mulher; a diminuição do dinheiro disponível para livros (e do tempo correspondente para lê-los); e a hipótese de haver discussões conjugais que são sempre uma perda de tempo (grande verdade, Charles).

Nas razões para casar, Darwin é mais lacônico: é bom ter companhia (sobretudo na velhice); é bom ter alguém para tomar conta da casa; e, bem vistas as coisas, "uma mulher sempre é melhor que um cachorro".

Apesar da escassez de motivos, Darwin acabou por casar. Podemos fazer listas e listas e listas. Mas o amor que sentimos por uma mulher acaba com qualquer lista.

Passaram quase dois séculos. E esse amor que Darwin sentia por Emma -visível nos seus escritos mais pessoais- talvez não se ajuste aos tempos modernos. Hoje, as manifestações de afeto do sexo masculino podem ser formas sutis de degradação do feminino. Estranho?

Longe disso. Ainda sobre o dia de São Valentim, a jornalista Jessica Abrahams escreveu na revista "Prospect" um ataque a esse dia apaixonado.

Para Abrahams, a data de São Valentim só expressa o "sexismo benevolente" que os homens ainda cultivam em relação às mulheres. Esse "sexismo", apesar de "benevolente", é apenas outra forma de subjugar o sexo feminino, atribuindo às mulheres um papel "démodé" e francamente inferior.

Oferecer flores, chocolates ou simplesmente "fazer a corte" é reduzir a mulher a um sujeito passivo e, quem sabe, sexualmente disponível. Exatamente como ocorre quando um cavalheiro abre a porta a uma dama ou paga a conta do jantar.

As palavras de Abrahams são corajosas e certeiras. Experiência pessoal. Durante anos, perdido em clichês conservadores, também eu abria portas a senhoras ou torrava o cartão de crédito em refeições elaboradas. Mas um dia, em Lisboa, um exemplar da espécie rosnou qualquer coisa contra o meu "sexismo benevolente".

Acordei do meu sono embestado e, sem exagero, renasci para a masculinidade. Para começar, os jantares eram pagos rigorosamente a meias -bebida a bebida, azeitona a azeitona-, e a poupança permitiu-me investir o pecúlio em livros, viagens e farras privadas.

E, em matéria de portas abertas, devo ter quebrado várias dentaduras a senhoras emancipadas. No início, ainda pensei em avisar: "Cuidado com a porta, madame!". Mas isso seria mais um gesto de "sexismo benevolente", especialmente quando a libertação das mulheres permite que elas paguem do próprio bolso uma reconstituição dentária.

Claro que, na relação entre sexos, ainda conservei por uns tempos noções arcaicas de afeto e galanteio. Flores, chocolates, mensagens privadas. Agora, graças a Jessica Abrahams, compreendo que reduzi as mulheres a um papel submisso e indigno. Mil perdões a todas elas.

E mil avisos a todos eles: rapazes, não sejam selvagens. Tratar uma mulher como mulher é, segundo Jessica Abrahams, agir de acordo com "pressupostos baseados em papéis de gênero". Melhor não agir. Melhor não ter pressupostos. Se isso significar uma separação permanente entre eles e elas, paciência: melhor a extinção da espécie do que o "sexismo benevolente".

E para quem pensa no casamento, nada melhor que reler a lista de Darwin e riscar os argumentos a favor do "sim". Até porque Darwin estava errado. "Uma mulher sempre é melhor que um cachorro?"

Isso é sexismo benevolente. Porque há mulheres e mulheres. E há cachorros e cachorros.


Lula > "Não aguento mais falar disso"... Isso quer dizer : Triplex no Guarujá; sítio de Atibaia... etc / Dora Kramer

Perdidos no espaço - 

DORA KRAMER

O ESTADO DE S. PAULO - 17/02

De acordo com relato de seus companheiros, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva fez um desabafo na reunião do conselho político do PT: “Não aguento mais falar disso”. Não aguenta? Diz como se alguma coisa estivesse falando a respeito das quatro investigações das quais é alvo no Ministério Público e na Polícia Federal.

Na realidade nua e muito crua o que ele não suporta é ser questionado por correligionários que lhe pedem uma orientação sobre como enfrentar o assunto perante a sociedade. Lula (agora e sempre) quer apenas que o defendam. O problema é que não lhes fornece argumentos consistentes e suficientes para tal. Sendo assim, os pobres fiéis não têm alternativa: vestem a saia-justa e deixam que as batatas quentes lhes queimem as mãos, pagando o preço do constrangimento público.

Ocorreu com a presidente Dilma Rousseff, com o presidente do PT, Rui Falcão, com os ministros da Casa Civil e da Justiça, para citar só os de patente mais alta. Constrangida entre o dever de ofício petista e as obrigações de chefe de Estado, Dilma equilibrou-se nessa corda bamba dizendo que o antecessor é vítima de “grande injustiça”. Qual violação de direitos mesmo? A presidente não pode detalhar sem incorrer no risco de desqualificar o trabalho das instituições do País a que comanda.

Em situação embaraçosa semelhante viram-se envolvidos os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça). À falta de argumentos objetivos, pronunciaram-se como se acabassem de descobrir a pólvora. Wagner apontou a existência de uma “caçada” por comprovações do envolvimento de Lula em procedimentos ilícitos – criminal e eticamente falando. Já José Eduardo Cardozo constatou o “interesse” da oposição em macular a imagem do líder petista.

Limitaram-se, ambos, a fazer cair chuva no molhado. Tal seria se à oposição interessasse endeusar a figura do adversário que tanto a demonizou enquanto estava com cacife alto. Quanto à referida “caça”, o que existe é a busca por elementos de prova por parte do MP, da PF e do Poder Judiciário na estrita observância do dever de esclarecer se as suspeitas em torno de Lula e companhia são verdadeiras ou falsas, se ele – na condição de beneficiário maior – tinha ou não o domínio sobre os fatos infratores.

Perdido nesse espaço de pouca luz e muitas sombras esteve também o presidente do PT, Rui Falcão, que anunciou a discussão sobre a situação de Lula como pauta principal do encontro do conselho do partido, para ser logo desmentido pelo chefe, indisposto que estava para discutir “questões pessoais” naquele encontro. A pauta, por escolha dele, foi o governo da sucessora.

E o conteúdo, claro, as agruras pelas quais não se sente minimamente responsável. “Se persistir a crise, o povo não defenderá o governo”, ponderou no intuito evidente de desviar o debate e se postar no papel daquele que soluciona, quando, hoje, é o que produz problemas.

É de se perguntar até quando os petistas vão achar interessante (e, sobretudo, producente) celebrar o comandante que só pensa em si, na hora do naufrágio, deixa cada um por si.

Falso brilhante. A liberação de ministros e secretários por parte de presidente e governadores, para assumir os mandatos parlamentares e votar na eleição da liderança na bancada de partidos não deixa de ser uma fraude.

Eles votam, elegem quem seus “donos” determinam, voltam para suas atividades e não participam como integrantes de fato do grupo de deputados representantes dos eleitores.

"No biênio 2015- 2016, o PIB está contraindo algo em torno de 7,7%..." Míriam Leitão

Efeito da recessão - 

MÍRIAM LEITÃO

 GLOBO - 17/02

Vivemos uma queda que ainda não chegou ao fim e que muito provavelmente será a pior recessão da nossa história. No biênio 2015- 2016, o PIB está contraindo algo em torno de 7,7%. As vendas do varejo ampliado caíram 8,6% no ano passado, segundo o IBGE divulgou ontem. Mesmo assim, como tudo na economia, há dois lados nesta moeda. E da forma mais amarga possível está sendo feito um ajuste.

Um dos lados é a coleção dos efeitos que se pode chamar de positivos da queda do consumo, como a redução do ritmo da inflação, o afastamento de riscos, como o apagão, e a melhora externa. Não serve de consolo. Todos os bons resultados poderiam ser conseguidos com boa administração da política econômica. A recessão é sempre um momento doloroso, mas é nela que o diretor do Banco Central Altamir Lopes se baseia para dizer que a inflação pode cair mais do que o mercado está calculando e ficar em 6,5%. Segundo ele, a recessão permitirá que a taxa de 2016 fique no teto da meta. A previsão das instituições financeiras, ouvidas pelo Boletim Focus, está acima de 7,5%.

É triste a situação de esperar que a má notícia traga a boa, mas é isso que tem acontecido. Houve uma redução forte do consumo de energia provocada pela recessão, que derrubou a produção industrial, e pelo tarifaço, que reduziu a demanda das famílias. Isso fez com que o país superasse o risco do apagão. O governo se vangloria de ter evitado o pior, mas não foi por gerenciar bem a crise. Foi decorrência da maior queda da produção industrial da série histórica e do corte no consumo familiar. O certo teria sido a presidente Dilma Rousseff admitir em 2013 que errara ao baixar a tarifa em 2012. Isso permitiria uma correção mais suave e uma adaptação ao período de baixo nível de chuvas. A correção foi adiada por razões eleitorais. Por isso, e só por isso, o país foi atingido pelo tarifaço de 2015.

O ajuste externo também é resultado em parte do encolhimento da economia brasileira. A queda da importação é maior do que a diminuição da exportação, e o superávit comercial nasceu por disso. As importações de petróleo foram reduzidas como resultado do petróleo reequilibrando a balança setorial, que estava com um rombo explosivo.

Não precisávamos estar na situação de contar com a recessão para fazer o trabalho de reduzir um pouco a pressão inflacionária, diminuir o consumo de energia e reequilibrar as contas externas. Tudo poderia ter sido feito pela forma correta. As tarifas de energia não deveriam ter servido para uma demagogia eleitoreira, os preços dos combustíveis não deveriam ter ficado defasados, quando o petróleo estava subindo para além de US$ 100. Se o governo não tivesse cometido esses erros, a Petrobras não teria tido o prejuízo calculado pelos especialistas entre U$ 50 bilhões a U$ 60 bilhões importando combustíveis a preços mais altos do que os que podia vender no mercado interno. As empresas distribuidoras de energia não teriam enfrentado o desequilíbrio financeiro que as fez tomar empréstimos bancários para cobrir dificuldades de caixa.

Hoje, o país poderia aproveitar a onda deflacionária na área de energia, que reduziu a inflação em todos os países do mundo. Pelos erros do passado, o mundo inteiro está com deflação no setor energético, pela queda dos preços do petróleo, mas só o Brasil tem justamente na energia o mais importante fator a elevar a inflação.

A alta de preços agravou a recessão, ao tirar poder de compra das famílias e reduzir a confiança para os investimentos dos empresários. E não é garantido que a queda do PIB reduza a pressão inflacionária. O índice está tão alto que qualquer choque que ocorra, qualquer piora das expectativas, qualquer nova desvalorização cambial vai continuar mantendo a inflação elevada.

O mundo estava ajudando nos últimos anos com a economia americana se recuperando, a Europa saindo da crise e a China crescendo. Houve uma piora rápida das expectativas em relação ao cenário mundial. Se o Brasil piorou quando o mundo estava melhorando, o que acontecerá agora que a situação se agrava aqui e fica mais instável nas principais economias do mundo?

A recessão acaba corrigindo alguns desequilíbrios, mas é a pior forma de ajustar uma economia.

Uma farra excepcional de 46 bilhões de reais... É real, leia / Eliane Cantanhêde

quarta-feira, fevereiro 17, 2016

O silêncio dos bons - 

ELIANE CANTANHÊDE

O Estado de S. Paulo - 17/02

Na Bancoop, os dirigentes pintaram e bordaram, deixando centenas de famílias a ver navios e tríplex no Guarujá. No Petros (Petrobrás), no Postalis (Correios), na Previ (BB) e na Funcef (CEF), os presidentes e diretores também fizeram a maior farra, deixando milhares de funcionários com uma aposentadoria incerta e uma dívida já estimada em R$ 46 bilhões.

O que uma cooperativa de bancários de São Paulo tem a ver com os fundos de pensão das principais estatais brasileiras? Todas viveram o mesmo aparelhamento, com o mesmo modo de fazer as coisas e personagens que têm origens parecidas: os presidentes da Bancoop e dos fundos de pensão eram do PT, ou indicados pelo partido de Lula, e fizeram carreira em sindicatos. Exemplo: João Vaccari Neto, da Bancoop, ex-tesoureiro do PT e hoje preso na Lava Jato.

É preciso reconstituir essa história e mostrar o que há de tão intrigantemente igual na escolha dos dirigentes, na origem sindical e partidária de cada um, na ausência de limites entre público e privado, na forma invertida de tirar da maioria para favorecer a minoria do poder. Como lembrou o chefe da Casa Civil, o também petista Jaques Wagner, “quem nunca comeu melado, quando come...” A turma encheu a pança.

Há muitos detalhes cruéis nessa trama, mas o principal deles é que os governos passam, os partidos passam, os presidentes dos fundos de pensão passam, mas as vítimas ficam e se tornam vítimas para sempre. Aí, entra uma curiosidade, resvalando para uma cobrança: como tudo isso pôde acontecer, durante tanto tempo, atingindo tanta gente, prejudicando tantas instituições, e ninguém meteu a boca no trombone? 

Funcionários do Banco do Brasil, da Petrobrás, dos Correios, da Caixa Econômica Federal são historicamente reconhecidos e admirados por vestirem a camisa e defenderem suas instituições. Por que, depois da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, eles passaram a também não ver, não ouvir, não saber e não falar? Um mistério.
Vejamos a Petrobrás. O desastre e o escândalo que marcaram para sempre a história da maior empresa brasileira refletiram diretamente sobre a gestão do fundo de pensão dos funcionários, desenrolando-se dia após dia, semana após semana, anos após anos, à luz do sol, envolvendo bilhões de reais, dólares, euros. E não havia um só diretor, gerente, engenheiro, secretária, telefonista, garçom, servente, motorista, para defender a companhia e impedir que o Titanic afundasse?

A bem da verdade, registro aqui que, em outubro de 2011, dois anos e meio antes do início da Lava Jato, recebi o e-mail de um engenheiro da Petrobrás que, obviamente, assinava com um pseudônimo, “Miamoto Kojuro”: “Causa espanto o que vem acontecendo nas obras de expansão das refinarias e de construção das novas, na verdade, em praticamente todos os empreendimentos que levam o nome Petrobrás”.

Segundo esse engenheiro, “se a corrupção no Ministério dos Transportes chocou a opinião pública, levando a uma pseudo faxina do governo, motivada por denúncias da imprensa, o que acontece na Petrobrás excede em muito as irregularidades dos Transportes”. E acrescentava algo que o juiz Sérgio Moro agora diz claramente: “Notadamente empresas doadoras de campanha para o PT são bem aquinhoadas na Petrobrás. (...) Mesmo que orcem as obras baixo, elas nunca perdem dinheiro mediante os mais diversos expedientes”.

“Kojuro”, se você estiver me lendo, entre em contato, por favor!
Aliás, senhores funcionários da Petrobrás e da Petros, do BB e da Previ, da ECT e do Postalis, da CEF e da Funcef, é hora de falar. Além das suas instituições, os atingidos são o País e cada um de vocês. Como ensinou Martin Luther King Jr. (1929-1968), o pior não é o grito dos violentos, corruptos, desonestos e sem caráter. “O que preocupa é o silêncio dos bons.”


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Manifestação de profissionais de agitação do PT nesta quarta-feira em São Paulo foi a favor de Lula ... / Joice Hasselmann

quarta-feira, fevereiro 17, 2016


TERRORISTAS COMANDADOS POR LULA ATACAM EM SÃO PAULO. POLÍCIA ENTROU EM AÇÃO. VÃO FICAR IMPUNES?

A jornalista Joice Hasselmann neste vídeo explica o que houve no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, onde estavam previstos os depoimentos de Lula e sua mulher Marisa e que foram cancelados por uma jogada bolivariana do PT que, lamentavelmente, tem o apoio de elementos do Ministério Público. Afinal, na última hora do dia de ontem o CNMP arvorou-se na condição de Juiz e cancelou os depoimentos previstos para esta quarta-feira.

A grande mídia, como sempre, continua tentando relativizar os fatos. Fala em grupos a favor e contra o PT que se enfrentaram nas imediações do prédio do Fórum.

Mas na verdade não existe nenhum grupo a favor do PT, mas profissionais da agitação comunista financiados pela bandalha chefiada por Lula. 

De outro lado, havia sim manifestantes anti-PT legítimos e que não são organizados por nenhum partido político.
Polícia Militar cercou os terroristas comandados por Lula nas imediações do Fórum Criminal da Barra Funda em São Paulo
Houve pancadaria e manifestantes oposicionistas foram seriamente feridos. Os bate-paus do PT chegaram em ônibus fretados de todas as partes do país, segundo relata a jornalista Joice Hasselmann neste vídeo. A polícia entrou em ação.

Entretanto, o jornalismo chulé, vagabundo e mentiroso a serviço de Lula e seus sequazes dentro das redações de todos os grandes veículos de mídia tenta relativizar os fatos. 

Por tudo isso, este vídeo de Joice Hasselmann é importante. Desde ontem ela trabalha na cobertura desse evento. Clique AQUI para ir diretamente à página de Joice no Facebook onde há mais vídeos e fotos da deletéria e criminosa agressão dos bate-paus do PT contra cidadãos brasileiros que estavam exercendo a sua cidadania e cobrando a punição dos bandidos do PT.

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Walmart fechou 60 lojas no Brasil / Época Negócios

Walmart enfrenta tropeços no mercado brasileiro
 http://flip.it/wOW-o

Walmart enfrenta tropeços no mercado brasileiro

Varejista fechou 60 lojas no país
17/02/2016 - 13H09 - POR REUTERS


Walmart  (Foto: Divulgação)
















Quando Wal-Mart Stores começou sua expansão na cidade de Campo Gr de (MS) sete anos atrás, a economia estava crescendo e executivos se mostravam ansiosos para abrir lojas mesmo emlocalizações desvalorizadas ou ruas de sentido único que levam para fora da cidade.
Isso não durou. No fim de dezembro, a varejista norte-americana fechou suas lojas de atacado Maxxi em Campo Grande como parte de uma reestruturação que encerrou 60 unidades no Brasil, incluindo alguns supermercados. Consumidores dizem que as lojas não podiam competir em termos de sortimento, preço e localização.
"Não estava claro para quem era o Maxxi. Não era barato o suficiente para os pobres. Mas não havia apelo para a classe média", disse Ordecy Gossler, 40 anos, contador que preenchia seu carrinho de compras com artigos de limpeza no Atacadão, rede rival controlada pelo francês Carrefour.
"Quando anunciaram em dezembro que os dois Maxxi fecharam, ninguém do meu escritório sabia onde eles ficavam."
Atualmente, o Walmart tem apenas um supermercado na cidade de 850 mil habitantes, cuja demografia marcada por consumidores parcimoniosos pareceu em algum momento adequada à maior varejista do mundo. A empresa fechou a outra unidade na cidade no fim do ano passado, conforme o tráfego caiu no shopping center que deveria ser sua âncora.
A saída de Campo Grande é emblemática das questões mais amplas que o Walmart enfrenta no Brasil, que foi por algum tempo destino importante de varejistas estrangeiros e outras companhias, mas que desacelerou. E o desempenho ruim da maior economia da América Latina mostra como as táticas que ajudaram o Wal-Mart a ter sucesso nos Estados Unidos às vezes não funcionam em outros países.
Os resultados internacionais têm sido anêmicos, apesar do investimento de capital de US$ 22 bilhõesnos últimos cinco anos. No ano passado, o Walmart gerou margem de lucro operacional de 4,5% nos mercados internacionais, bem abaixo do retorno de 7,4% publicado nos EUA.
Buscando retornos mais altos, o presidente-executivo do Walmart, Doug McMillon, anunciou em outubro uma revisão estratégica para os ativos globais da companhia. Alguns analistas especularam que o Walmart poderia sair do Brasil, assim como de outros países da América Latina, onde já está fechando outras 55 lojas.
O recuo no Brasil também remete a outros problemas registrados pela empresa no exterior, incluindo Coreia do Sul e Alemanha, dois mercados que o Wal-Mart abandonou em 2006.
No Brasil, em particular, a empresa tem sido afetada por localizações ruins de suas lojas, operações ineficientes, problemas trabalhistas e preços não competitivos.
O Walmart disse que não comentaria seus resultados financeiros no Brasil antes da divulgação do balanço trimestral da companhia em 18 de fevereiro. Mas pessoas com acesso aos números disseram à Reuters que o Walmart publicou perdas operacionais no Brasil nos últimos sete anos.
Jo Newbould, porta-voz da varejista, disse que o fechamento de lojas é parte dos esforços da empresa de "administrar ativamente" seus ativos globais e que tem trabalhado para reduzir custos no Brasil.
David Cheesewright, chefe das operações internacionais do Wal-Mart, disse em entrevista que a companhia não tem planos de deixar o Brasil.
Ele citou a decisão da companhia de investir na integração de seus sistemas computacionais como uma evidência do comprometimento com esse mercado.
(Por Brad Haynes e Nathan Layne)

Olha isso ... ! O nosso ex-presidente tem o mesmo problema e um tratamento jurídico diferente ...Será cultural a diferença ?

Olha só quem foi depor...

Nem seus seguidores, nem a imprensa francesa disseram que ele está sendo perseguido pela Justiça ou que é alvo de uma conspiração política que põe em risco a democracia
Nicolas Sarkozy (Foto: AFP)Nicolas Sarkozy (Foto: AFP)
Ricardo Noblat
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi indiciado por financiamento ilegal de campanha. Ele está envolvido no escândalo sobre as contas da sua campanha presidencial de 2012.
Ontem, Sarkozy passou o dia sendo interrogado no Tribunal de Grande Instância de Paris.
A Justiça quer esclarecer qual foi o papel do ex-presidente no esquema que permitiu a seu partido burlar o limite legal de gastos de campanha, fixado em 22,5 milhões de euros na França (R$ 100 milhões).
Sarkozy é aspirante a candidato a presidente da República nas eleições do próximo ano.
Nem seus seguidores, nem a imprensa francesa disseram até agora que ele está sendo perseguido pela Justiça ou que é alvo de uma conspiração política que põe em risco a democracia.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Brasileiras falam bem de patrões americanos e mal de patrões brasileiros... // BBC

'Americano não manda, pede': a experiência de brasileiras que foram ser domésticas nos EUA

  • Há 4 horas
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Atraídas por bons pagamentos, jornadas flexíveis e a possibilidade de progredir na carreira, imigrantes brasileiras nos Estados Unidos vêm dedicando décadas de suas vidas a um dos serviços menos valorizados no Brasil: o trabalho doméstico.
Em partes do Estado de Massachusetts, onde se estima que a comunidade brasileira some 300 mil pessoas, o setor é hoje dominado por brasileiras, que contam com um batalhão de trabalhadoras e fundaram empresas especializadas em limpeza.
Vinda na década de 1980 nas primeiras levas de imigrantes, a mineira Célia Fernandes, 56, trabalha como diarista na região de Boston há mais de 20 anos.
Limpando em média cinco casas por dia, ela recebe mensalmente cerca de US$ 5.600 (R$ 22.400). Com o dinheiro, comprou o carro que dirige até a casa dos clientes, paga as prestações de uma casa de três andares - dois deles alugados para outras famílias - e ainda cobre os gastos da filha, que cursa farmácia numa universidade local.


BBC Brasil
Image captionLimpando em média 5 casas por dia, Célia comprou um carro, uma casa e paga a universidade da filha

Costureira em Guanhães, sua cidade natal, Fernandes se uniu a outros imigrantes para entrar nos Estados Unidos pela fronteira com o México, a pé. Ela diz que o grupo esperou 28 dias pelo momento certo de atravessar a fronteira. "A gente usava roupas rajadas para se misturar com o deserto."
Ao entrar nos Estados Unidos, logo se instalou em Massachusetts e começou a trabalhar como doméstica. Hoje Fernandes é cidadã americana, condição de uma minoria dos imigrantes brasileiros no país, e alcançou o topo da hierarquia no ramo. Ela se tornou "dona de schedule", diarista que negocia diretamente com os empregadores e costuma contratar ajudantes para auxiliá-las na limpeza.
Muitas imigrantes que começam como ajudantes ambicionam chegar a "donas de schedule", posição associada a maior estabilidade e independência.
"Eu faço meu horário, o dia que eu quero. Elas (as clientes) já sabem: se nevar, eu não vou", diz Fernandes, que hoje limpa 45 casas, algumas há mais de 20 anos.
Ela conta que uma das principais diferenças entre o trabalho doméstico no Brasil e nos Estados Unidos é a forma de calcular o pagamento. Nos Estados Unidos, o valor costuma se basear no total de horas trabalhadas, modelo que tende a encurtar as jornadas, enquanto no Brasil patrões e empregados geralmente combinam uma quantia para um determinado número de tarefas.
São raros nos Estados Unidos os trabalhadores domésticos fixos, que atuam em uma só casa. Muitas domésticas se referem a seus empregadores como clientes, e não patrões.
Como geralmente não há vínculos formais entre trabalhadores e empregadores, imigrantes sem documentos conseguem desempenhar as funções com mais facilidade. Por outro lado, podem ficar mais vulneráveis a abusos que trabalhadores americanos e não usufruem das redes de proteção social.

Vantagens de ser brasileiro

Algumas imigrantes brasileiras foram além e abriram empresas de limpeza pra atender a clientela.
A paulista Lilian Radke chegou aos Estados Unidos aos 18 anos com uma bolsa para jogar vôlei - modalidade em que era profissional - e cursar administração de empresas na Universidade de Arkansas.
Hoje Radke preside a Unic Pro, companhia com 65 funcionários e responsável pela limpeza de 72 prédios em Massachusetts.


BBC
Image captionLilian preside empresa com 65 funcionários e diz que ser brasileira é uma vantagem no ramo

Para ela, ser brasileira conta pontos no ramo. "Às vezes um americano não consegue ter uma empresa de limpeza porque teria de falar português ou espanhol com os funcionários", diz, referindo-se à mão de obra majoritariamente latino-americana na região.
Radke afirma que o setor atrai imigrantes por não exigir o domínio do inglês e pagar mais que muitas ocupações de escritório.
As vantagens, diz ela, fazem com que muitos imigrantes brasileiros - inclusive vários com diplomas universitários - optem por permanecer no ramo indefinidamente.

'Herança da escravidão'

A professora universitária e diretora executiva do Centro do Trabalhador Brasileiro em Boston, Natalícia Tracy, diz que o trabalho doméstico tem feições distintas no Brasil e nos Estados Unidos.


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Image captionNatalícia diz que trabalho doméstico nos EUA é mais valorizado que no Brasil

"Quando você trabalha como trabalhador doméstico aqui, eles (patrões) não mandam em você: eles pedem e agradecem", diz Tracy.
Já no Brasil, segundo ela, a profissão é "muito desvalorizada". "Acho um absurdo que (no Brasil) você tenha de usar uniforme para mostrar ao mundo que você é menos", afirma.
Tracy também critica o fato de muitos trabalhadores domésticos no Brasil acessarem as casas de patrões por entradas e elevadores separados. "Vejo isso como o que restou da escravidão, (como práticas) de desvalorizar as pessoas", diz.
Tracy conta, porém, que nem todas as imigrantes brasileiras têm boas experiências como trabalhadoras domésticas nos Estados Unidos.
Ela mesma diz ter sido submetida a condições análogas à escravidão ao trabalhar como babá para a família brasileira que a levou ao país, nos anos 1990.
Tracy diz que, além de cuidar de um bebê de dois anos, executava todas as tarefas da casa e dormia numa varanda com "cimento grosso no chão".

Longas jornadas



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Image captionEdilene ainda aguarda regularização de situação migratória

Pode haver problemas quando patrões brasileiros viajam aos Estados Unidos com suas domésticas e mantêm o esquema de trabalho vigente no Brasil.
A brasiliense Edilene Almeida, que se mudou para Boston para servir uma família brasileira em 2009, afirma que sua jornada às vezes se estendia das 6h às 21h.
"Eu ficava esperando um tempão, sentada, até ele (patrão) pedir comida. Se pedisse às nove horas, eu dava comida; se pedisse às 8, eu achava bom, que terminava mais cedo. "
Quando os patrões deixaram o país, ela não quis continuar a servi-los e ficou para tratar um tumor benigno na cabeça. Hoje Almeida estuda inglês e trabalha como babá enquanto aguarda pela regularização de seu status migratório.
Embora seus sete filhos estejam no Brasil e ela tenha netos que jamais conheceu, diz que pretende voltar ao país "só para passear".