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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Olha isso ... ! O nosso ex-presidente tem o mesmo problema e um tratamento jurídico diferente ...Será cultural a diferença ?

Olha só quem foi depor...

Nem seus seguidores, nem a imprensa francesa disseram que ele está sendo perseguido pela Justiça ou que é alvo de uma conspiração política que põe em risco a democracia
Nicolas Sarkozy (Foto: AFP)Nicolas Sarkozy (Foto: AFP)
Ricardo Noblat
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi indiciado por financiamento ilegal de campanha. Ele está envolvido no escândalo sobre as contas da sua campanha presidencial de 2012.
Ontem, Sarkozy passou o dia sendo interrogado no Tribunal de Grande Instância de Paris.
A Justiça quer esclarecer qual foi o papel do ex-presidente no esquema que permitiu a seu partido burlar o limite legal de gastos de campanha, fixado em 22,5 milhões de euros na França (R$ 100 milhões).
Sarkozy é aspirante a candidato a presidente da República nas eleições do próximo ano.
Nem seus seguidores, nem a imprensa francesa disseram até agora que ele está sendo perseguido pela Justiça ou que é alvo de uma conspiração política que põe em risco a democracia.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Mais uma sacanagem com o eleitor brasileiro... A CNBB promove a liturgia sombria / Percival Puggina



VOCÊ QUER FINANCIAR AS CAMPANHAS ELEITORAIS DO PT, PCdoB, PCB, PSOL, PSTU E PCO?




Na última terça-feira, dia 24, a CNBB cobrou do STF uma deliberação sobre a proposta, há um ano em mãos do ministro Gilmar Mendes, que acaba com o financiamento privado das campanhas eleitorais. Essa permanente dedicação da CNBB às pautas políticas sempre me impressiona. No caso, mais uma vez, a tese que a Conferência abraça é a tese do PT.
 O partido reinante, há bom tempo, vem reafirmando seu desejo de que o financiamento das campanhas seja proporcionado pelo Orçamento da União. Orçamento "da União", você sabe, é aquele documento que autoriza o governo a usar nosso dinheiro. Embora a maioria dos brasileiros acredite que os recursos do erário são "do governo", o fato é que o governo não tem recursos próprios. Todo esse dinheiro procede do povo brasileiro, por ele é gerado, a ele pertence e para ele deve retornar em bons serviços e investimentos. Você concorda com incluir entre suas obrigações o financiamento das campanhas eleitorais?
 O PT parece já haver convencido muita gente de que sim, de que essa conta tem que ser paga por nós. Entre os fieis adeptos da tese se inclui a CNBB, parceira nas boas e más horas petistas. No entanto, é bom sabermos que essa moeda tem dois lados e dois beneficiários. A decisão de acabar com o financiamento privado cria a obrigação de fazê-lo com recursos tomados do nosso bolso e define que o PT e o PMDB serão os principais beneficiados. Por serem a dupla hegemônica da política nacional, ambos abocanharão a parcela maior desses recursos.
 Depois de tudo que se ficou sabendo através da operação Lava Jato e do petrolão, depois de conhecida a lavagem de dinheiro público em empresas privadas para financiamento dos partidos da base do governo, essa dedicação à tese do financiamento público é de uma hipocrisia estarrecedora. Ademais, não há como impedir com segurança absoluta o financiamento privado através de caixa 2.
Por fim, o financiamento público obrigatório comete contra os cidadãos uma violência que, no meu caso, se configura assim: o dinheiro dos impostos que eu pago será usado, contra a minha vontade, para financiar campanhas eleitorais de todos os partidos. Certo? Então, meu suado dinheirinho apropriado pelo Estado estará financiando as campanhas do PT, do PSOL, do PSTU, do PCdoB, do PCB, do PCO e assemelhados. Me digam se isso não é um completo disparate.
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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.