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sábado, 28 de setembro de 2013

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October 31st, 2012
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Coluna de Cláudio Humberto / Diário do Poder

  • 28 DE SETEMBRO DE 2013
    Aspirante a disputar a Presidência da República, o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), saiu otimista de conversa com seu desafeto José Serra, que ameaçava se filiar ao PPS ou PSD para concorrer ao Planalto. Durante encontro em São Paulo, Aécio acertou a permanência do ex-governador no PSDB, pelo qual ele disputará vaga no Senado na chapa de reeleição do governador Geraldo Alckmin.

  • Aécio previa há meses que Serra dizia-se presidenciável para garantir a candidatura ao Senado com apoio do governador Geraldo Alckmin.

  • A expectativa no PSDB é que José Serra anuncie a decisão de ficar no partido ainda nesta segunda (30), a tempo de negociar novas filiações.

  • Serra recuou de deixar o PSDB após encontrar dificuldades no PSD, que está alinhado com Dilma, e no PPS, que tem pouco tempo de TV.

  • A criação do PSD de Gilberto Kassab é atribuída a Serra, que também atraiu o PPS de Roberto Freire para sua área de influência.

  • O desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, Megbel Ferrreira, não tem do que reclamar, a não ser do vexame: apesar de condenado pelo plenário do Conselho Nacional de Justiça, que o considerou culpado de acusação gravíssima, apenas o aposentou por favorecer empresa em acordo com a prefeitura de São Luís. Para Megbel Ferrreira, afinal, curtir a inatividade com vencimentos integrais.

  • A deputada Fátima Bezerra (PT-RN), aspirante ao Senado, avisou que não há hipótese de o PT subir no mesmo palanque do PSDB e DEM.

  • Após cumprir a suspensão dos seus direitos políticos, o ex-senador Luiz Estevão (PRTB) poderá ser candidato a retornar ao Senado.

  • Outro político enrolado na Justiça, José Roberto Arruda, filiado ao PR, tenta viabilizar a candidatura, de novo, ao governo do Distrito Federal.

  • O presidenciável Aécio Neves participa neste sábado do Encontro Regional PSDB Sul, no Paraná, justo onde o presidente estadual, Valdir Rossoni, sofre fortes críticas pelo perfil “coronelista”.

  • A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) contou a parlamentares amigos que o governo já atingiu R$ 10 milhões em emendas empenhadas, em média, para deputados aliados.

  • O dono do PDT, Carlos Lupi, responsabiliza o ex-ministro e desafeto Brizola Neto (RJ) e o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira (SP), pela série de denúncias que atingiu em cheio o Ministério do Trabalho.

  • Novo mentor de política externa, o ex-jornalista Franklin Martins não viu o discurso de Dilma de perto porque ele é proibido de entrar nos EUA por ter participado do sequestro do embaixador americano, em 1969.

  • Desmotivados com os baixos salários e a falta de estrutura das Forças Armadas, militares estão coletando assinaturas pela votação da Medida Provisória 2215/01, conhecida como Lei de Remuneração dos Militares.

  • Presidente do PEN, Adilson Barroso diz que a sigla tem 99% de chance de ter “candidata muito forte” para Presidência em 2014: “Só não revelo o nome para não falarem que estou atrapalhando a criação da Rede”.

  • As embaixadas da Indonésia e do Japão, seguem o mau exemplo das demais, e demitem funcionários sem pagar direitos trabalhistas. Neste caso, a versão asiática do trabalho-escravo dos médicos cubanos.

  • Passou em branco no Twitter a reestreia da conta @dilmabr, três anos depois, fazendo piadas com seu fake @dilmabolada, de Jeferson Monteiro, seguindo uma linha de humor que não combina com ela.

  • …entusiasmado com a reestreia de Dilma no Twitter, Lula também vai abrir uma conta: @denovo2014.



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Excesso de zelo promove truculência contra jornalista brasileira em Yale...

EXCESSO

Correspondente de jornal brasileiro é presa e algemada nos EUA

A jornalista foi algemada e por quase cinco horas mantida incomunicável dentro de um carro policial e em uma cela do Departamento de Polícia da Universidade de Yale


27/09/2013 | 18:47 | AGÊNCIA ESTADO
A correspondente do Estado em Washington, Cláudia Trevisan, foi detida na Universidade de Yale, uma das mais respeitadas dos Estados Unidos, ao aguardar a saída do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de uma conferência no local. A jornalista foi algemada e por quase cinco horas mantida incomunicável dentro de um carro policial e em uma cela do Departamento de Polícia da universidade. Sua liberação ocorreu apenas depois de sua autuação por "transgressão criminosa".
O caso foi acompanhado pelo Itamaraty, em Brasília, e especialmente pela embaixada brasileira em Washington e pelo consulado em Hartford, Connecticut, que colocou à disposição da jornalista seu apoio jurídico. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, estava em Nova York e foi informado por assessores sobre o incidente. Claudia, pouco antes de ser presa, conseguiu informar um diplomata da embaixada brasileira por telefone.
Claudia Trevisan é correspondente do Estado em Washington desde o final de agosto. Nos últimos cinco anos, atuou em Pequim, na China, onde foi também diretora da Associação de Correspondentes Estrangeiros. Por outros meios de comunicação brasileiros, havia trabalhado como correspondente em Buenos Aires e em Pequim.
"Eu não invadi nenhum lugar", declarou ela, ao mostrar-se indignada pela acusação policial e por sua prisão."Passei cinco anos na China, viajei pela Coreia do Norte e por Miamar e não me aconteceu nada remotamente parecido com o que passei na Universidade de Yale", completou, ainda abalada.
A jornalista havia sido destacada para cobrir a visita do ministro Joaquim Barbosa à Universidade de Yale, onde participaria do Seminário Constitucionalismo Global 2013. O evento era fechado à imprensa, mas, por dever de ofício, ela esperaria pelo ministro do lado de fora do auditório. Claudia foi detida após pedir informação a um policial. O processo de prisão teve uma sequência não usual nos EUA.
O Estado manifestou sua indignação à Escola de Direito da Universidade de Yale pela prisão arbitrária. Solicitou também respostas a cinco perguntas pontuais sobre o episódio e seu acesso às imagens de câmeras de segurança do prédio de Woolsey Hall, para comprovar o fato de Claudia ter obedecido as instruções do policial. A resposta dessa instituição está sendo aguardada.

" Um Congresso quase dispensável..." / Alessandro Melchior


Um Congresso subterrâneo, quase dispensável

A forma rebaixada com que o Parlamento tem discutido a “minirreforma eleitoral” revela a incapacidade dos parlamentares de entender que as instituições que se tornam defasadas são substituíveis ou subjugadas, diz colunista
Realizar a discussão em torno da reforma política da forma rebaixada e tacanha como a maioria do Congresso brasileiro tem feito, é relegar o Poder Legislativo às profundezas da sua atual mediocridade por mais longos anos. E querer arrastar consigo essa demanda desesperada por cidadania que o nosso povo tem apresentado de formas tão variadas em tão diversas ocasiões.
As manifestações de junho e julho, extensamente analisadas por estudiosos, políticos e curiosos, sinalizaram, entre outros temas, a angústia da sociedade com a corrupção. Não com essa corrupção apontada e alimentada seletivamente pela grande mídia privada. Mas pela corrupção sistêmica do Estado brasileiro já assinalada por inúmeros estudos e pesquisas, aquela que liga umbilicalmente a política com os interesses privados, seja como meio ou como fim.
Uma coisa, todavia, é consensual. A angústia da cidadania brasileira com a estrutura política. E aqui o problema central. As pessoas, cotidianamente em pesquisas de opinião, segmentadas ou gerais, ou na expressão visual dos atos recentes, não fazem qualquer referência aos penduricalhos que o Congresso tem chamado de “minirreforma” ou “reforma possível” entre suas demandas.
Milhares de pessoas que vão às ruas sem saber o porquê. Milhões de pessoas que ocupam seu tempo com coisas diferentes, mais ou menos legítimas, não querem saber de suplência de senador, redução do tempo de propaganda eleitoral, prazo para troca de nomes nas chapas.
Todos esses temas são de interesse corporativo. Alguns, obviamente, precisam ser revistos e fazem parte de um arcabouço falido. Mas são os acessórios. É antidemocrática a forma de eleição dos suplentes de senador, assim como a própria existência de uma Câmara alta, pra sermos mais objetivos. Mas não se pode acreditar que esse seja o grande problema da vida política nacional. Nem se pode usar o argumento das possibilidades/correlação de forças para justificar essa agenda minimalista que o Congresso tenta passar.
As pessoas estão desacreditadas do nosso sistema político. Poderíamos alegar como tentativa de consolo que a cidadania “de urna” é a realidade de quase todo o mundo. Vamos nos ater a esse tipo de rebaixamento argumentativo? Devemos buscar uma cidadania diurna, cotidiana. Envolver as pessoas passa por criar instrumentos para arejar os espaços institucionais. Para transformar em realidade os desejos legítimos e justos por mais direitos sociais.
Milhões de brasileiros não veem na política um caminho para isso. Muito trabalho midiático para desvalorizar e desqualificar a política e qualquer solução coletiva para as angústias compartilhadas, isso é fato. Mas uma estrutura hierarquizada e profundamente excludente ainda se faz presente. Assegurar a participação de jovens, mulheres, negros, pobres nesses espaços não é só garantir a representação da diversidade demográfica, étnica, sexual e geracional brasileira. É também garantir a possibilidade de que as inquietudes do nosso povo possam ser vocalizadas. Não apenas as inquietudes dos bastidores do poder protagonizadas pelos senadores brancos de cabelos da mesma cor e deputados lobistas, de todos os lobbies possíveis e imaginários.
Acabar com o financiamento privado de campanhas eleitorais, criar instrumentos para permitir a renovação política e geracional, tanto nos espaços institucionais eletivos quanto nos partidos políticos, são algumas das necessidades prementes em torno dessa discussão.
O Congresso brasileiro, representação fidedigna, em sua composição majoritária, da defesa dostatus quo, pode, legalmente, fazer uma reforma política profunda. Agora ou depois. Como bem podia ter feito antes, é claro. Politicamente, no entanto, precisa ter a capacidade de entender que as instituições que se tornam defasadas são substituídas ou subjugadas. O Parlamento faz bem à democracia, mas não nesse papel quase cotidiano de rebaixar a níveis subterrâneos as poucas discussões importantes que, às vezes, tomam conta da sociedade.
Nesse papel anódino, ele é quase dispensável.

Demonstração de fragilidade da Polícia Militar na Baixada Fluminense / O Dia

 - Atualizada às 

Presos sob custódia rendem PM e escapam do Hospital Adão Pereira Nunes

Polícia faz operações em várias comunidades de Duque de Caxias para tentar recapturar os fugitivos

LUARLINDO ERNESTO
Rio - Três presos que estavam internados sob custódia no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, fugiram na manhã desta sexta feira. Eles renderam um soldado do 15º BPM (Duque de Caxias) que fazia a vigilância de 11 presos. De acordo com nota divulgada pela PM, quatro suspeitos dominaram o policial, mas um deles foi recapturado na saída.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os fugitivos foram identificados como Marcos Luiz Santos, Maurício Júnior Santos e Leonardo Pereira Santos.
Uma enfermeira viu os presos descendo do quarto andar do prédio do hospital, com o soldado dominado. Ela avisou aos outros PMs que faziam a segurança do hospital. Um carro da lavanderia foi usado na fuga dos três detentos. O veículo foi encontrado nas proximidades do campo do Aliado, no Jardim Primavera, em Caxias.
Segundo o comandante do 15º BPM, tenente-coronel Ranulfo Brandão Filho, a PM faz operações em várias comunidades de Duque de Caxias na tentativa de recapturar os fugitivos. Todos os soldados que estavam de plantão no hospital estão prestando depoimento na Delegacia de Polícia Judiciária da PM, no bairro da Posse, em Nova Iguaçu.
Agentes da 59ª DP (Duque de Caxias) vão investigar o caso.
    Tags: Hospital Adão Pereira Nunes , Saracuruna , Fuga

    A notícia deixa a Polícia Militar sem defesa para o episódio; 1 policial tomando conta de 11 bandidos em um hospital é demonstração de falta de inteligência e de logística

    Viver é perigoso! "Foi um alívio enorme"! Leia a história de Petrov que monitorava possíveis ataques dos USA


    Conheça o homem que pode ter salvado o mundo de uma guerra atômica

    Por BBC Brasil 


    Há 30 anos, Stanislav Petrov estava monitorando possíveis ataques de mísseis dos EUA, quando teve uma surpresa

    BBC
    Há trinta anos, no dia 26 de setembro de 1983, o mundo escapou de um possível desastre nuclear. Nas primeiras horas do dia, os sistemas de alerta balístico da União Soviética detectaram mísseis vindo em direção à região.

    BBC
    Petrov não se vê como herói, mas diz que URSS teve sorte por ter sido ele quem estava trabalhando

    Vinte anos depois do fim da URSS: Muitos gostariam de voltar no tempo
    Leituras de dados de computador sugeriam que havia sido lançado um ataque dos EUA. O protocolo soviético determinava que a atitude a ser tomada em casos como esse seria o lançamento imediato de um ataque nuclear de retaliação.
    Mas Stanislav Petrov — cujo trabalho era monitorar lançamentos de mísseis em países inimigos — decidiu não relatar o ataque a seus superiores, apostando na interpretação de que se tratava de um alerta falso.
    Ele tinha ordens claras de, em casos como esse, reportar imediatamente o ocorrido a seus superiores. A opção segura seria a de passar a responsabilidade das decisões para seus superiores.
    Mas sua decisão pode ter salvado o mundo. "Eu tinha todos os dados ( para sugerir que havia um ataque de mísseis em andamento ). Se eu tivesse mandado meu relato para meus superiores, ninguém teria contestado meus dados", disse Petrov à BBC – 30 anos depois daquele dia.
    Petrov – que se aposentou e hoje vive em uma pequena cidade perto de Moscou – era parte de uma equipe treinada que trabalhava em uma das primeiras bases de alerta da União Soviética, não muito longe da capital. Seu treinamento foi bastante rigoroso, e suas ordens sempre foram claras.
    Seu trabalho era registrar qualquer ataque com mísseis e relatá-los aos líderes militares e políticos. No clima político de 1983, uma retaliação imediata seria a opção mais provável.
    Mas Petrov congelou diante da situação. "A sirene tocou, mas eu fiquei parado por alguns segundos, encarando a tela vermelha com a palavra 'lançado' escrita", disse. O sistema, com bom nível de confiabilidade, estava alertando sem grandes margens para dúvida de que os EUA tinham lançado um míssil.
    "Um minuto depois, a sirene soou de novo. Um segundo míssil havia sido disparado. Depois um terceiro, um quarto e um quinto. Os computadores mudaram o alerta de 'lançado' para 'ataque de mísseis'."
    "Não havia regras sobre quanto tempo tínhamos para ponderar antes de relatar um ataque. Mas nós sabíamos que cada segundo de adiamento era uma perda de tempo precioso, e que a liderança política e militar da União Soviética precisava ser alertada sem atrasos."
    "Tudo que eu precisava fazer era pegar o telefone e fazer contato direto com os altos comandantes – mas eu não conseguia me mexer. Eu me sentia como se estivesse sentado em cima de uma frigideira", lembrou Petrov.
    Ele resolveu consultar fontes secundárias, como especialistas que operam radares de satélites, que disseram não ter detectado mísseis. Mas o que mais chamou sua atenção foi a intensidade dos alertas feitos pelos computadores.
    "Havia 28 ou 29 testes de segurança. Depois que o alvo fosse identificado, o alerta teria que passar por todos esses testes. Eu não via como isso podia ser possível nessas circunstâncias."
    Petrov chamou o plantonista do quartel-general do Exército soviético e alertou para uma falha no sistema. Caso estivesse errado, a primeira explosão nuclear poderia acontecer em poucos minutos.
    "Vinte e três minutos depois eu percebi que nada tinha acontecido. Se um ataque de verdade tivesse acontecido, eu já teria recebido notícias. Foi um alívio enorme", ele lembrou, com um sorriso.
    'Sorte que era eu'
    Agora, 30 anos depois, Petrov avalia que a probabilidade de o ataque ser real era de 50%. Ele admite que nunca teve certeza de que se tratava de um alerta falso.
    Ele afirma que foi o único entre seus colegas que tinha tido uma educação em escolas civis. "Meus colegas eram soldados profissionais, ensinados a dar e receber ordens."
    Ele acredita que, caso tivesse sido outra pessoa no seu lugar, provavelmente o alerta teria sido informado aos superiores. Dias depois, Petrov foi repreendido por suas ações naquele dia. Mas curiosamente não foi por ter tratado tudo como alerta falso – mas sim por erros cometidos na hora de escrever tudo no livro de registros.
    Por dez anos, ele não falou sobre o assunto. "Eu achava que era uma vergonha para o Exército soviético que nosso sistema tivesse falhado desta forma."
    Depois do colapso da União Soviética, a história foi amplamente contada na imprensa e Petrov ganhou vários prêmios internacionais. Apesar de tudo, ele não se vê como um herói. "Era meu trabalho", diz ele. "Mas eles tiveram sorte que era eu quem estava trabalhando naquela noite."
      Leia tudo sobre: petrov • urss • união soviética • armas nucleares • programa nuclear • eua •guerra fria