Postagem em destaque

Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

sábado, 3 de dezembro de 2016

São Pedro participa da festa de premiação da Chapecoense



Associação Chapecoense de Futebol com Neto Menezes Pamella Keuren e outras 44 pessoas.
2009 - Série D
2011 - Série C
2013 - Série B
2014 - Série A
2016 - Final da Sul-Americana....
Ver mais





2009 - Série D
2011 - Série C
2013 - Série B
2014 - Série A
2016 - Final da Sul-Americana.
Não cansaram de subir e chegaram ao Céu.
#ForçaChape
 — com Don Tiago EL TGMayron Ramon GdmMayron Ramon Araujo e outras 45 pessoa

"STF DA FRUSTRAÇÃO À DEPRECIAÇÃO" / Percival Puggina


STF DA FRUSTRAÇÃO À DEPRECIAÇÃO

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

Quando acontece de modo singular, tem-se a frustração. Quando se repete, a irritação. Quando se torna frequente, vem a depreciação. Lembremos. Ao concluir-se a votação do impeachment da presidente Dilma, a senadora Katia Abreu apresentou aquele famoso destaque propondo o fatiamento da pena para que o impeachment não acarretasse perda dos direitos políticos. Tratava-se de um arreglo tramado em sigilo, durante reuniões de elevada hierarquia, que acabou se transformando em decisão política com a qualidade jurídica de caderno de armazém. Quem discursou em favor da medida? Renan Calheiros, que justificou a providência com o consistente argumento segundo o qual aplicar o impeachment e sua consequência natural seria dar um coice depois da queda. E quem proporcionou aval jurídico àquela decisão (dizendo que não estava a fazer isso, como soe acontecer no STF)? O ministro Ricardo Lewandowski, que presidia o Senado transformado em tribunal. Ele argumentou que se aceita a dupla punição, a presidente estaria inabilitada até para ser merendeira de escola. E Dilma, que perdeu o mandato por crime de responsabilidade, pode, em tese, concorrer novamente em 2018... Frustração!
Passaram-se 90 dias. Ontem pela manhã, no plenário do Senado, ocorreu uma sessão temática sobre o tema Abuso de Autoridade, objeto da controversa emenda ao projeto das medidas contra corrupção. Entre os convidados de Renan Calheiros, para um previsível antagonismo, o ministro Gilmar Mendes e o juiz Sérgio Moro. Ante um magistrado sereno e consistente em sua exposição, o ministro partiu para a arrogância e menosprezou os dois milhões de assinaturas populares às Dez Medidas contra a Corrupção. Disse: "Aprendi em São Paulo que quem contrata o sindicato dos camelôs, em uma semana consegue 300 mil assinaturas". Ficou visível ao lado de quem Gilmar Mendes estava, dois dias após as indecorosas deliberações do dia 30 na Câmara e o empenho de Renan em aprová-las no Senado horas mais tarde. Irritação!
Logo após a sessão temática, o STF se reuniu para deliberar sobre o pedido de abertura de ação penal contra Renan Calheiros. O MPF apontava evidências de cometimento de dois crimes, mas um deles ganhou o almejado prêmio da prescrição por decurso de prazo, tão desejado quanto frequente. Contudo, para desgosto de três ministros, a acusação de peculato prosperou e o seguimento da ação penal foi aprovado por 8 a 3. Quais três? Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Pois é.
Na sequência da mesma sessão, julgava-se, com seis votos favoráveis e nenhum contrário, a ação movida pela Rede sobre o impedimento de que réu em ação penal possa ocupar cargo na linha sucessória da Presidência da República (situação em que ficara Renan Calheiros pela decisão anterior). Com seis votos favoráveis, a questão já estava resolvida e Renan Calheiros podia começar a esvaziar as gavetas. A menos que...? A menos que Toffoli fizesse o que fez tão logo lhe coube falar, ou seja, pedisse vistas e levasse o processo para engavetá-lo sem prazo para devolver a seus pares. Depreciação!
A nação quer ir para um lado e o STF, em total dissintonia, vai para outro. É a isso que nos conduz um quarto de século de indicações autorrotuladas progressistas. Temos um STF que não conheceu formação de quadrilha no mensalão. Temos um STF onde não há uma única, singular e solitária voz que expresse convicções liberais ou conservadoras. Pode parecer amargo este texto, mas quanto mais complexos os sentimentos e mais difícil a tarefa de expressá-los, mais necessário se torna fazê-lo.
________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

"Ficou entendido que Temer e sua assessoria têm muito a desaprender sobre seus conceitos pré-concebidos."


Temer e assessores têm muito a desaprender 

Josias de Souza



A assessoria do Planalto havia planejado cuidadosamente os erros de Michel Temer. O presidente aterrissaria no aeroporto de Chapecó, testemunharia o desembarque de 50 esquifes, apertaria a mão dos familiares, entregaria medalhas póstumas e daria no pé. Para evitar as vaias, Temer não iria daria ao estádio da cidade, onde seriam velados coletivamente os corpos das vítimas do acidente aéreo com a delegação do time da Chapecoense.
Num rasgo de lucidez, Temer subverteu o planejamento. Empurrado pelas críticas, inventou uma desculpa e foi ao estádio. Na véspera, a assessoria do Panalto dizia que Sua Exclência jamais cogitara ir ao velório. “Não poderia dizer ontem porque, se eu dissesse, a segurança iria colocar pórticos em volta do estádio e revistar as pessoas que entram”, desconversou Temer. “Só comuniquei que vou lá agora, para facilitar a vida de todos.” Hã, hã…
Caindo-lhe a ficha, Temer percebeu ao chegar na 'Arena Condé' que suas preocupações ficaram irrisórias. Descobriu que, diante do sofrimento pungente de uma cidade inteira, sua presidencial figura tornou-se parte do elenco de apoio. Em vez de vaias, Temer ouviu todos os sons aborrecidos que compõem a trilha sonora da morte: choro, soluço, lamúria, condolências. Perto da massa densa de torcedores, o presidente parecia um pequeno homem.
Foi assim, desimportante e quase invisível, que Michel Temer engrandeceu o papel de presidente no velório de Chapecó. Teve a sabedoria de sair discretamente. E sem discursar. Por sorte, Temer se deu conta de que um presidente da República não pode ser apenas uma pose fria. Por trás da pose, com vaias ou sem vaias, é preciso que exista uma noção qualquer de solidariedade. Ficou entendido que Temer e sua assessoria têm muito a desaprender sobre seus conceitos pré-concebidos.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

"Falido, fedido e vingativo" / Nelson Motta

Falido, fedido e vingativo

O ‘AI-5 do crime organizado’ foi aprovado na Câmara para amordaçar a Justiça e salvar parlamentares da Lava-Jato
Renan Calheiros, presidente do Senado (Foto: Divulgação)

Renan Calheiros, presidente do Senado (Foto: Divulgação) 
Chega a ser comovente, mas não pelos motivos que ele imagina, ver Renan Calheiros, de olho rútilo e lábio trêmulo, falando na OAB que o nosso sistema político está “falido, fedido e caquético”, como se não tivesse nada a ver com isso, como se o sistema tivesse chegado à podridão por si mesmo, sem a colaboração decisiva dos parlamentares e, principalmente, dele.
Mas ele diz que a culpa é da legislação, não dos que a avacalharam: são vítimas do sistema perverso... Como alguém no poder há tanto tempo, com 12 processos no STF, pode falar isso sem rir ou avermelhar? Não é só o sistema que está falido, fedido e caquético...
Com tantos escândalos e privilégios indecentes, sempre às custas do contribuinte, Renan deve saber como chegamos tão baixo. E como ele contribuiu para isso. São os mesmos que corromperam e aviltaram o sistema que vão reformá-lo? Ensandecido com a reação da Lava-Jato, Renan tentou até votar com urgência no Senado o “AI-5 do crime organizado” aprovado na Câmara para amordaçar a Justiça e salvar os parlamentares, mas o que resta de bom senso e dignidade na Casa o impediu.
No Brasil, os bandidos querem julgar os xerifes. Depois de tratar os juízes e procuradores com tanto desprezo e hostilidade, esperamos que Renan seja acusado e julgado por eles com o desprezo e a hostilidade que merece. Que se faça justiça e ele apodreça na cadeia. Já o deputado baiano Aleluia é radicalmente contra a instituição do “reportante do bem”, chamado whistleblower nos Estados Unidos, que permite a qualquer cidadão denunciar crimes e receber recompensas.
O deputado diz que vamos virar uma “República de delatores” (os Estados Unidos viraram uma?), ele prefere que continuemos como uma “República de ladrões”, e se esqueça de que só existe delator se houver crimes a delatar... agora só falta propor uma lei que torne a omertà obrigatória.
Em uma de suas últimas entrevistas, Paulo Francis dizia não acreditar em reencarnação, “mas, se houver, vou levar meu ectoplasma para Brasília e infernizar essa canaille.” Domingo, o ectoplasma de Francis vai estar gritando na rua.
       Nelson Motta é jornalista

Arte de Sponholz

Sponholz: podridão.

"Fora Renan" é faixa de protesto em frente à sua casa...

sexta-feira, dezembro 02, 2016


CRESCE A PRESSÃO: GRUPOS PROTESTAM NA FRENTE DA CASA DE RENAN CALHEIROS EXIGINDO SUA SAÍDA DO PRESIDÊNCIA DO SENADO

Protesto na frente da casa do senador Renan Calheiros nesta sexta-feira. Foto: DP by BandNews.
Um grupo de manifestantes se reuniu em frente à residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (2). Com vassouras e uma faixa, eles pedem a saída de Renan do cargo. “Réu não pode presidir o Senado! Fora Renan”, diz a faixa. O senador não estava em casa no momento do protesto.
Renan virou réu por crime de peculato nesta quinta-feira (1) por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de usar dinheiro de propina para pagar pensão da filha fora do casamento. A decisão do STF deu força à campanha "Fora Renan", iniciada há duas semanas em Maceió, nos moldes das campanhas vitoriosas "Fora Dilma" e "Fora Cunha".
O peemedebista é acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, teve despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal e teve uma filha, pagas pela empresa.
Renan apresentou ao Conselho de Ética do Senado recibos de venda de gados em Alagoas para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão, mas os documentos são considerados notas frias pelos investigadores e, por conta disso, Renan foi denunciado ao Supremo. Do site Diário do Poder

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

"Quem paga a milionária defesa dos acusados na Lava Jato? / blog de Aluizio Amorim

quinta-feira, dezembro 01, 2016


DELAÇÃO PODE DESVENDAR MISTÉRIO: QUEM PAGA A MILIONÁRIA DEFESA DOS ACUSADOS NA LAVA JATO?

Ao menos uma centena de advogados criminalistas vivem expectativa de nova fase da Operação Lava Jato, mas desta vez os alvos seriam eles próprios. É que, em sua delação premiada, a Odebrecht finalmente esclareceu um grande mistério: quem paga a milionária defesa dos acusados na Lava Jato. Executivos revelam que empreiteiras enroladas na investigação bancam a defesa milionária de políticos enrolados. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Ainda não se sabe o que empreiteiras como Odebrecht gastaram (e ainda gastam) com advogados de políticos, mas pode chegar ao bilhão.
Por meio de quebra de sigilo e rastreamento, a Lava Jato pode chegar à origem eventualmente ilícita de honorários advocatícios.
A investigação da origem dos pagamentos aos mais caros criminalistas do País deve ser cuidadosa, para não ofender a lei e melindrar a OAB.
Os escritórios e o exercício da advocacia são protegidos por legislação que garante aos profissionais direitos e prerrogativas especiais. Do site Diário do Poder

Deputado Weverton Rocha leva tomatada em aeroporto.

O suicídio de um Parlamento / Percival Puggina

http://www.puggina.org/artigo/puggina/o-suicidio-de-um-parlamento/9246



O SUICÍDIO DE UM PARLAMENTO

por Percival Puggina. Artigo publicado em 


 Na madrugada desta quarta-feira, 30 de novembro, o Parlamento brasileiro suicidou-se moralmente num acesso de fúria contra tudo e contra todos. Do alto de suas gravatas, deputados federais urravam ódio nos microfones. Eles odiavam seus colegas probos, indignavam-se, numa indignação despida de dignidade, ante bons exemplos. E aplaudiam comparsas. Condutas íntegras faziam explodir sentimentos primitivos. Nada, porém, trazia mais espuma à boca e sangue aos olhos do que a atividade de policiais, promotores e magistrados. Tais funções, um dia, poderiam apontar crimes e sinalizar o rugoso caminho da cadeia.
Que país é esse - pensava o Parlamento suicida - onde não mais se pode roubar em paz? Como obter mandato para servir ao povo em nobre atividade sem tomar dinheiro desse mesmo povo? Que mal atacou nossa gente, outrora dócil e tolerante, para levá-la às praças clamar contra meus negócios? De onde saiu essa corruptofobia? Tudo isso pensava e contra tudo isso vociferava o Parlamento enquanto o elevador da arrogância ascendia ao topo das torres gêmeas. E, dali, a queda livre até o solo.
Não se diga que o finado ainda emite sinais vitais. Com efeito, coração bate, pulmões respiram, aparelho digestivo digere. Mas está morto. Morto como um peso morto. É um traste, esse suicida moral. Nós assistimos tudo! Como não atestar, então, seu óbito? O Antagonista resume assim, no rescaldo da madrugada:
• crime de responsabilidade para juízes e procuradores,
• prisão por desrespeito às prerrogativas dos advogados,
• criminosos não terão de devolver a fortuna acumulada com propinas,
• tempo de prescrição continuará com réu foragido,
• partidos não poderão ser punidos pelo roubo.
Estas medidas, que favorecem a Frente Parlamentar da Corrupção, ou Orcrim, no relato de O Antagonista, foram aprovadas pelos partidos com estas proporções:
• PCdoB 100% pró-ORCRIM.
• PT: 98% pró-ORCRIM.
• PRB: 95% pró-ORCRIM.
• PDT: 87,5% pró-ORCRIM.
• PR: 83% pró-ORCRIM.
• PMDB: 82% pró-ORCRIM.
• PP: 81% pró-ORCRIM.
• DEM: 71% pró-ORCRIM.
• PSD: 61% pró-ORCRIM.
• PSB: 57% pró-ORCRIM.
• PSDB: 24% pró-ORCRIM.
Domingo, dia 4 de dezembro, estaremos nas avenidas e praças do Brasil como testemunhas do que aconteceu e protagonistas dos princípios e valores que em algum momento, ali adiante, haverão de prevalecer. Há que cumprir o dever moral da persistência! Covardes e inúteis seremos se jogarmos a tolha ante cadáveres morais.
__________________________

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A Câmara Federal votou a favor da CORRUPÇÃO...nesta madurgada

quarta-feira, novembro 30, 2016


VERGONHOSO E INFAME: DEPUTADOS PROMOVEM UM GOLPE CONTRA A NAÇÃO BRASILEIRA.

Clique sobre a imagem para ver como se comportaram os partidos na votação. E AQUI para ver tudo no site da Câmara dos Deputados.
A Câmara dos Deputados promoveu mais um golpe contra o Brasil e os brasileiros ao desfigurar o pacote de medidas contra a corrupção. E fizeram na calada da noite, de madrugada, com fazem os bandidos e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, não se fez de rogado e anuiu ao golpe afirmando que foi uma decisão "democrática do plenário". 
Sabe-se, todavia, que ao longo do debate muitos deputados zombavam e escarneciam daqueles poucos que defendiam o projeto original. A Nação brasileira está perante um embuste, uma sacanagem, um verdadeiro 'golpe de Estado", porquanto faz tábula rasa de uma exigência da maioria esmgadora do povo brasileiro que não aguenta mais esse banquete de abutres, cujos comensais agora querem transformar em lei o direito de pilhar os cofres públicos, de roubar impunemente.
É de estarrecer e não há palavras capazes de descrever o que acaba de ocorrer na Câmara dos Deputados local que já pode ser tipificado como "Câmara dos Horrores". 
O troço agora vai ao Senado presidido por Renan Calheiros contra o qual há uma penca de denúncias de corrupção e roubalheiras. 
Se a maioria dos senadores convalidar a decisão da Câmara ter-se-á, sem qualquer dúvida, um golpe de Estado que concede aos detentores do poder liberdade para pilhar os cofres públicos sem cerimônia. Além do mais cuidaram de aprovar medidas que intimidam juízes, promotores e procuradores.
O site de Veja fez um resumo do que ocorreu. Leiam:
Os golpistas em ação. Foto: Veja.

GOLPE NA CALADA DA NOITE
Em uma votação que varou a madrugada desta quarta-feira, o plenário da Câmara aprovou uma série de mudanças no pacote de medidas contra corrupção proposto pelo Ministério Público Federal. Para o relator do projeto, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o pacote foi completamente desconfigurado.
Apesar de terem desistido de incluir no pacote a anistia à prática do caixa dois, os deputados incluíram medidas controversas e retiraram do texto propostas consideradas essenciais do projeto. O projeto seguirá agora para a apreciação do Senado.
“O objetivo inicial do pacote era combater a impunidade, mas isso não vai acontecer porque as principais ferramentas foram afastadas. O combate à corrupção vai ficar fragilizado e, com um agravante, que foi a essa intimidação aos investigadores”, disse o relator.
Ao final da votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o resultado e disse que se tratou de uma decisão “democrática do plenário”. “Mesmo que não tenha sido o que alguns esperavam, isso foi o que a maioria decidiu”, disse.
Desde que o projeto foi votado na comissão especial na semana passada, líderes partidários não esconderam o descontentamento com o relatório elaborado por Lorenzoni. Segundo os parlamentares, o projeto contemplava apenas os interesses do Ministério Público.
Na madrugada desta quarta, o chamado texto-base do projeto foi aprovado praticamente por unanimidade, mas depois disso diversas modificações no projeto foram aprovadas. A primeira delas foi a inclusão no pacote da previsão de punir por crime de abuso de autoridade magistrados, procuradores e promotores. A emenda, que obteve o apoio de 313 deputados, foi vista como uma retaliação por membros da força-tarefa da Operação Lava Jato. Muitos dos que votaram a favor da medida são investigados por conta do esquema de corrupção da Petrobras.
Os deputados também incluíram a possibilidade de punir policiais, magistrados e integrantes do MP de todas as instâncias que violarem o direito ou prerrogativas de advogados. A emenda foi patrocinada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Entre as medidas que foram retiradas do texto está a criação da figura do “reportante do bem”, que era uma espécie de delator que não havia participado do esquema de corrupção, mas que contaria tudo o que sabia e seria premiado com até 20% dos valores que fossem recuperados.
Os deputados também retiraram do pacote a previsão de dar mais poder ao Ministério Público em acordos de leniência com pessoas físicas e jurídicas em atos de corrupção.
A Câmara derrubou ainda a responsabilização dos partidos políticos e dirigentes partidário por atos cometidos por políticos filiados às siglas. Outra medida suprimida foi a tipificação do crime de enriquecimento ilícito e das regras que facilitavam o confisco de bens provenientes de corrupção.Do texto original enviado pelo Ministério Público Federal, foram mantidos no pacote apenas a criminalização do caixa dois de campanha eleitoral, o aumento de punição para crime de corrupção (com crime hediondo a partir de 10.000 salários mínimos, ou seja, mais de 8 milhões de reais), a transparência para tribunais na divulgação de dados processuais, limitação de recursos para protelação de processos e ação popular, este último incluído pelo relator no pacote. Do site de Veja

terça-feira, 29 de novembro de 2016

"Não podemos tolerar a esculhambação que é a política"... ex-ministro Calero

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/politica/noticia/2016/11/calero-nao-podemos-tolerar-a-esculhambacao-que-e-a-politica-8540553.html

Crise em Brasília

Calero: "Não podemos tolerar a esculhambação que é a política"

No Facebook, ex-ministro da Cultura desmentiu rumores de que teria "agido a serviço do PSDB" ao denunciar Geddel 

Por: Estadão Conteúdo
29/11/2016 - 11h08min | Atualizada em 29/11/2016 - 11h08min
Calero: "Não podemos tolerar a esculhambação que é a política" Tomaz Silva/Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero negou, em seu perfil no Facebook, na manhã desta terça-feira que tenha "agido a serviço do PSDB" ao denunciar o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), o que levou à saída de ambos do governo Michel Temer (PMDB).
Calero se referia a informações que circulam em redes sociais de que o seu antigo partido iria se beneficiar com a desestabilização da gestão Temer. Ele também mencionou uma foto que vem sendo veiculada em que aparece junto com a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e afirmou que a busca por uma explicação para a sua denúncia reflete a "deterioração moral e ética" do país.
"Infelizmente, sabemos que fazer o certo tem o seu preço. Como disse em recente entrevista, sabia que qualquer coisa fariam ou farão para minar minha reputação e credibilidade, como se eu é que tivesse feito algo de errado. Nossa deterioração moral e ética chegou a um nível tal, que muita gente acha 'impossível' alguém simplesmente fazer o correto e buscam uma 'explicação' que não existe. Não podemos mais tolerar a esculhambação que é a política do nosso país", escreveu o ex-ministro no Facebook.
Quanto à deputada, Calero disse não ter ligações com ela, e afirmou que a foto que circula foi tirada quando ele era secretário de cultura do município do Rio. Sobre sua filiação ao PSDB, explica que ficou no partido por "quase 10 anos" e que, desde setembro de 2015, está no PMDB."Jamais agiria a favor de terceiros", afirmou.
Calero denunciou Geddel por agir em benefício próprio ao tentar intervir numa decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na Bahia para a liberação da construção de um prédio em Salvador no qual tem um apartamento. Depois da revelação, Calero pediu demissão, seguido de Geddel, na semana seguinte.
 

"Não podemos tolerar a esculhambação que é a política...

https://www.google.com.br/amp/amp.dc.clicrbs.com.br/amp/8540553/calero-nao-podemos-tolerar-a-esculhambacao-que-e-a-politica?client=ms-android-sonymobile

"Não podemos tolerar a esculhambação que é a política"


No Facebook, ex-ministro da Cultura desmentiu rumores de que teria "agido a serviço do PSDB" ao denunciar Geddel 

Por: Estadão Conteúdo
29/11/2016 - 11h08min | Atualizada em 29/11/2016 - 11h08min
Calero: "Não podemos tolerar a esculhambação que é a política" Tomaz Silva/Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero negou, em seu perfil no Facebook, na manhã desta terça-feira que tenha "agido a serviço do PSDB" ao denunciar o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), o que levou à saída de ambos do governo Michel Temer (PMDB).
Calero se referia a informações que circulam em redes sociais de que o seu antigo partido iria se beneficiar com a desestabilização da gestão Temer. Ele também mencionou uma foto que vem sendo veiculada em que aparece junto com a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e afirmou que a busca por uma explicação para a sua denúncia reflete a "deterioração moral e ética" do país.
"Infelizmente, sabemos que fazer o certo tem o seu preço. Como disse em recente entrevista, sabia que qualquer coisa fariam ou farão para minar minha reputação e credibilidade, como se eu é que tivesse feito algo de errado. Nossa deterioração moral e ética chegou a um nível tal, que muita gente acha 'impossível' alguém simplesmente fazer o correto e buscam uma 'explicação' que não existe. Não podemos mais tolerar a esculhambação que é a política do nosso país", escreveu o ex-ministro no Facebook.
Quanto à deputada, Calero disse não ter ligações com ela, e afirmou que a foto que circula foi tirada quando ele era secretário de cultura do município do Rio. Sobre sua filiação ao PSDB, explica que ficou no partido por "quase 10 anos" e que, desde setembro de 2015, está no PMDB."Jamais agiria a favor de terceiros", afirmou.
Calero denunciou Geddel por agir em benefício próprio ao tentar intervir numa decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na Bahia para a liberação da construção de um prédio em Salvador no qual tem um apartamento. Depois da revelação, Calero pediu demissão, seguido de Geddel, na semana seguinte.