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segunda-feira, 29 de maio de 2017

A Esquerda quer 'passar a perna' na sociedade brasileira com acordo que livra políticos envolvidos na Lava Jato e mais... permanece com o desaforado foro privilegiado !


Acordo sobre sucessão livra Lula e Temer de Moro, diz jornal

Acordo costurado por parlamentares prevê eleição indireta com aprovação do Senado e Câmara e extensão do foro privilegiado, segundo 'O Estado de S. Paulo'

Um grupo de parlamentares articula um modo de fazer a sucessão de Michel Temer na presidência por meio de eleições indiretas num acordo que envolveria livrar Lula e o atual presidente e das mãos de Sérgio Moro na Operação Lava Jato. As informações são de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada neste sábado. O plano também alteraria a reforma da Previdência e uma nova assembleia Constituinte.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Delação cheia de sujeitos ocultos ...!

 https://youtu.be/OdXlyZCE91g

Temer é vítima de uma conspiração - 
REINALDO AZEVEDO FOLHA DE SP - 19/05

  Pesquisem a etimologia da palavra "conspiração". Lá está o verbo "spiiro", que significa "soprar", "respirar", mas também "emitir um odor". A conspiração, então, é uma teia de sopros, respiros e odores subalternos. Metaforicamente, é o cochicho das sombras. Cecília Meireles soube trabalhar tal origem no seu magnífico "Romanceiro da Inconfidência". Pesquisem a respeito.
  É claro que o presidente Michel Temer está sendo vítima de uma conspiração meticulosa e muito bem-sucedida. Todos sabem que os irmãos Joesley e Wesley Batista eram íntimos e grandes beneficiários do regime petista. Aliás, dava-se de barato: querem pegar o PT? Então peguem a JBS. A coisa ganhou até tradução popular. 
  Que jornalista não foi indagado no táxi sobre uma suposta fazenda de Lulinha, em sociedade com a JBS? Que se saiba, tudo conversa mole. Nunca houve. Mas a dupla caiu na rede da Lava Jato.
 Os irmãos foram assediados pela força-tarefa. Sabe-se lá com quantas ameaças. Como não devem ter memória muito limpa do que fizeram nos verões passados, resolveram "colaborar". Mas não com uma delação premiada no molde Marcelo Odebrecht. Não! Empregou-se a tática aplicada no caso Sérgio Machado, aquele que se dispôs a gravar peixões da República. Com a mesma generosidade. Em troca, os filhos de Machado nem processados foram. O criminoso pegou dois anos e três meses de cadeia em sua mansão, em Fortaleza.
  Aos irmãos Batista se ofereceu ainda mais: "Entreguem o presidente da República, apelando a uma conversa induzida, gravada de forma clandestina. Façam o mesmo com o principal líder da oposição, e vocês nem precisarão ficar no Brasil, sentindo o odor dessa pobrada, que vai pagar o pato. Nós os condenaremos a morar em apartamento de bilionário em Nova York. Impunidade nunca mais!"    Querem saber? Sim, sou grato ao Ministério Público Federal e à tal força-tarefa. Oh, sim, também pelos relevantes serviços prestados no combate à corrupção. Lembrando o cineasta Bertolucci, sob o pretexto de caçar tarados, vocês ainda chegam ao fascismo, valentes! Avante, "giovinezza, giovinezza,/ Primavera di bellezza/ (...)/ Per Janot, Dallagnol, la mostra Patria bella". 
 Sim, sou grato a todos os Torquemadas e Savonarolas da política porque admitem, na prática, agora sem nesga para contestação, que eu estava certo.  
 Os procuradores têm um projeto de poder e estão destinados a refundar a República. E, por óbvio, seu viés é de natureza revolucionária, não reformista. Em recente prefácio que escreveu, o juiz Sergio Moro alcançou voos condoreiros: haverá dor. 
  Sim, sou grato a esses patriotas porque, quando afirmei, há meses, que a direita xucra estava se juntando a alguns porras-loucas, com poder de polícia, para devolver o poder às esquerdas, alguns tentaram me tachar de maluco. Perdi amigos –não por iniciativa minha. E, no entanto, tudo está aí, claro como a luz do dia.  
 Então vamos ver. O presidente Michel Temer disse que não renuncia. Sim, ele é um político, é hábil, é consciencioso e certamente saberá avaliar, de forma criteriosa, as circunstâncias. Estas são sempre boas conselheiras dos prudentes. Como ele próprio lembrou, trechos de gravações vêm a público naquele que é o melhor momento do governo.
 No breve pronunciamento que fez nesta quinta, Temer subiu um pouco o tom —ou o som— que lhe é habitual. Havia uma irritação extrema, mas contida (como é de seu feitio). A tensão era óbvia. 
 O Brasil está pronto para ser o território livre do surrealismo jurídico. Ali falava um presidente da República, ninguém menos, a negar a renúncia, mas sem saber do que era acusado. 
Tinha consciência, sim, de que o relator do petrolão no STF, Edson Fachin, já havia aceitado o pedido de investigação. Mas ele próprio não tinha ouvido nada. O conteúdo já foi liberado. 
  Ali falava um presidente da República, ninguém menos, que lutava para não ser refém do Terror Jurídico em curso no país. Sob o pretexto de "cassar tarados". 
 O Brasil afunda, e a esquerda deita e rola.

sábado, 3 de dezembro de 2016

"Ficou entendido que Temer e sua assessoria têm muito a desaprender sobre seus conceitos pré-concebidos."


Temer e assessores têm muito a desaprender 

Josias de Souza



A assessoria do Planalto havia planejado cuidadosamente os erros de Michel Temer. O presidente aterrissaria no aeroporto de Chapecó, testemunharia o desembarque de 50 esquifes, apertaria a mão dos familiares, entregaria medalhas póstumas e daria no pé. Para evitar as vaias, Temer não iria daria ao estádio da cidade, onde seriam velados coletivamente os corpos das vítimas do acidente aéreo com a delegação do time da Chapecoense.
Num rasgo de lucidez, Temer subverteu o planejamento. Empurrado pelas críticas, inventou uma desculpa e foi ao estádio. Na véspera, a assessoria do Panalto dizia que Sua Exclência jamais cogitara ir ao velório. “Não poderia dizer ontem porque, se eu dissesse, a segurança iria colocar pórticos em volta do estádio e revistar as pessoas que entram”, desconversou Temer. “Só comuniquei que vou lá agora, para facilitar a vida de todos.” Hã, hã…
Caindo-lhe a ficha, Temer percebeu ao chegar na 'Arena Condé' que suas preocupações ficaram irrisórias. Descobriu que, diante do sofrimento pungente de uma cidade inteira, sua presidencial figura tornou-se parte do elenco de apoio. Em vez de vaias, Temer ouviu todos os sons aborrecidos que compõem a trilha sonora da morte: choro, soluço, lamúria, condolências. Perto da massa densa de torcedores, o presidente parecia um pequeno homem.
Foi assim, desimportante e quase invisível, que Michel Temer engrandeceu o papel de presidente no velório de Chapecó. Teve a sabedoria de sair discretamente. E sem discursar. Por sorte, Temer se deu conta de que um presidente da República não pode ser apenas uma pose fria. Por trás da pose, com vaias ou sem vaias, é preciso que exista uma noção qualquer de solidariedade. Ficou entendido que Temer e sua assessoria têm muito a desaprender sobre seus conceitos pré-concebidos.

sábado, 26 de novembro de 2016

"Temer, refém de si mesmo" / Ruy Fabiano

Temer, refém de si mesmo

Temer (Foto: Marcos Alves)Michel Temer (Foto: Marcos Alves)
O presidente Michel Temer está na berlinda – não só ele, mas sobretudo a visão pragmática que concebeu para tornar seu curto mandato (que pode encurtar ainda mais) uma gestão de resultados. Concebeu uma equipe à imagem e semelhança do Congresso.
Se lá não há santos – e não há -, Temer entendeu que em seu entorno também não deve haver. É o que os fatos indicam.
Geddel Vieira Lima, mais um ministro que sai no rastro de denúncias de corrupção, é a cara da maioria do Congresso. E é ali que Temer pretende inspirar confiança, em troca de votos.
A lógica é simples: o governo precisa aprovar com urgência temas polêmicos, como a PEC do teto dos gastos públicos. Já a aprovou com folga na Câmara e deve aprová-la no Senado. Há ainda na fila as reformas previdenciária, tributária e trabalhista.
É improvável que as efetue, não ao menos na completude necessária. Mas se já obtiver uma meia-sola, terá feito muita coisa.
Para tanto, é o que se depreende de sua conduta, precisa cativar o colegiado parlamentar, transmitindo-lhe segurança, neste momento em que a Lava Jato está nos calcanhares da maioria. Se colocasse como líder no Congresso alguém de perfil diferenciado – isto é, de ficha limpa -, correria o risco de intimidar seus parceiros.
Isso explica a insistência com o senador Romero Jucá, demitido do ministério do Planejamento, mas reabilitado como líder do governo no Congresso. Em tese, se alguém não tem condições morais para ser ministro, não pode ser líder. Em tese.
Na prática, e dentro da visão pragmática que Temer concebeu, pode e deve, desde que tenha trânsito junto à maioria e competência para fisgar seu apoio. Quanto a isso, Jucá, Geddel, Elizeu Padilha, Moreira Franco, entre outros, são indiscutivelmente talentosos.
Tal opção mostra a essa plateia que o presidente é solidário às suas aflições, razão pela qual retardou ao máximo a saída de Geddel e tentou negociar com o ministro denunciante, Marcelo Calero, uma reconciliação discreta e harmoniosa.
Não deu certo – e por uma razão simples: Calero é de outra turma – Sérgio Cabral, Eduardo Paes, a esquerda fluminense. E cumpria outra missão: detonar Temer. Não era um aliado, mas um infiltrado, egresso da prefeitura carioca, íntima de Lula e Dilma.
A ocasião se apresentou e ele apertou o gatilho. Geddel supôs estar falando com um companheiro de viagem, mas se enganou – e demorou para perceber. Temer idem.
Calero saiu atirando, jogando para a plateia a quem Temer deu as costas: a opinião pública. Muniu-se de provas, chegando ao extremo de gravar uma audiência com o presidente, para detonar não apenas o ministro infrator, mas, sobretudo, o seu chefe.
Deu certo. Temer sai chamuscado do episódio e perde pontos até perante a parcela da população que torcia pelo êxito de seu mandato-tampão – não por ele, mas pela necessidade de o país alcançar alguma estabilidade até as próximas eleições.
Esse contingente hoje se reduziu. O PT vibrou com a performance de Calero e avisa que pedirá o impeachment de Temer, o que dá consistência à tese de que o ministro denunciante não agiu por impulso corretivo, mas também por pragmatismo.
É possível que, em meio a mais essa decepção – a que se soma a do comportamento tíbio do Planalto diante das tentativas parlamentares de se auto-anistiarem dos crimes de caixa dois e propinas -, o PT possa encontrar eco para além de sua hoje esquálida militância. A saída de Temer, avisam os movimentos de rua, constará das manifestações agendadas para o próximo dia 4.
Temer, ao que parece, não entendeu que a principal demanda da sociedade, mais que o próprio saneamento da economia, é a ética. Dispõe-se ao sacrifício, até porque é inevitável, mas não sob a batuta de quem lesou ou age em favor dos que lesaram o país.
O PT foi deposto por corrupção. Ter por sucessor o partido que a ele se associou ao longo de todo o processo de rapina ao erário, o PMDB, já estava difícil de deglutir. Cabia a esse partido, em tais circunstâncias, caprichar na conduta, como o fez, por exemplo, Itamar Franco, após o impeachment de Collor.
Itamar afastou do governo o seu principal colaborador, o então chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves, tão logo este foi denunciado, condicionando sua volta a que provasse sua inocência.
Hargreaves provou e voltou. Temer, em nenhum dos casos análogos, agiu com presteza; em nenhum fez profissão de fé na luta contra a corrupção. Em recente entrevista, chegou a considerar uma eventual prisão de Lula um desserviço ao país, pelo potencial de desestabilização que supõe sinalizar.
Com isso, mostrou que teme algo, que é refém dos que o precederam no cargo. Enfim, tornou-se refém de si mesmo.
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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Uma solução para a EBC ... / Eugênio Bucci

ÊNIO BUCCI

Do jeito que está, a EBC é pesada, perdulária, morosa e acomodou-se ao proselitismo governista

EUGÊNIO BUCCI
02/08/2016 - 09h00 - Atualizado 02/08/2016 11h12
A EBC é a Empresa Brasil de Comunicação, uma estatal vinculada à Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Nela trabalham cerca de 2.500 funcionários e, só em 2016, deverá custar aos cofres públicos algo em torno de R$ 550 milhões.
Como o nome já anuncia, a EBC faz e veicula programas de rádio e televisão, além de difundir notícias na internet. É ela que produz, por exemplo, o horário do Poder Executivo da Voz do Brasil (entre 19 horas e 19h20), o mais antigo, mais retransmitido (a retransmissão é obrigatória por lei) e menos escutado programa de rádio do Brasil. São dela a TV Brasil e algumas emissoras de rádio, como as históricas Rádio MEC e Rádio Nacional do Rio de Janeiro, além da Agência Brasil.

Agora, a EBC foi jurada de morte. Como, além de não dar lucro, também não dá audiência, está na mira do governo interino de Michel Temer. Ou vai virar uma agência governamental de porte modesto ou vai sair de cena. O mais provável é que venha por aí uma combinação das duas alternativas.
Será uma pena. Os assessores de Michel Temer têm razão em metade do diagnóstico: do jeito que está, a EBC é uma estrutura grande demais para benefício público quase nenhum. É pesada, perdulária, morosa e, ao longo do tempo, acomodou-se à função de propagar proselitismo governista. Disso que aí está, realmente, a sociedade brasileira não precisa.

Na outra metade do diagnóstico, estão completamente errados. Eles não se deram conta de que a democracia brasileira precisa de um sistema de comunicação não comercial bem estruturado – e independente, tanto do governo como do mercado. Nisso não vai nenhuma originalidade. Os Estados Unidos e os mais influentes países europeus contam com sistemas desse tipo há várias décadas.

Nos Estados Unidos, as rádios públicas se associam à NPR (a National Public Radio), um complexo que rende boa audiência com programas de qualidade jornalística reconhecida mundialmente. Em televisão, os americanos contam com as emissoras do PBS (Public Broadcasting Service), de excelência provada e comprovada. França, Alemanha, Canadá, Espanha, Portugal, Reino Unido, Canadá e Portugal, entre outros países, dispõem de modelos equivalentes, todos públicos e todos independentes do governo e dos anunciantes.
O Brasil ficou para trás nesse quesito. Agora surge uma oportunidade rara de sanar o atraso. Essa oportunidade consiste em transformar o complexo da EBC num polo verdadeiramente público, e não mais estatal-governamental, para criar no país um embrião nacional de um sistema que não seja contaminado pelo proselitismo governista, pela propaganda religiosa (que virou uma praga na televisão e no rádio do Brasil) e pela publicidade comercial.

A EBC tem potencial para isso. Ela não é um mal em si. O mal que existe dentro dela é o governismo, que gerou ineficiência, corporativismo e baixa audiência. Com sua natureza jurídica de empresa pública federal, é comandada por um Conselho de Administração cujos integrantes, em sua quase totalidade, são diretamente nomeados pela Presidência da República e pelos principais ministérios. O Conselho de Administração é quem dá as cartas. O diretor-presidente também é nomeado pela Presidência. O fato de ele ter um mandato legal de quatro anos (pela lei, não pode ser demitido antes disso) dá a impressão que é independente, mas não é. O Conselho de Administração pode sufocá-lo no dia a dia e o governo de turno, se quiser, pode propor medidas no Congresso e no Supremo Tribunal Federal para afastá-lo ou para neutralizá-lo. É o que o governo Temer vem fazendo com o atual presidente da EBC,Ricardo Melo, que foi nomeado nos estertores do governo Dilma.

Essa pendenga é tola e vã. Nem o mandato do diretor-presidente garante autonomia à EBC (pois quem controla de fato a empresa é o Conselho de Administração, totalmente atrelado ao Poder Executivo), nem sua destituição tornará a EBC menos governista. Trocar o presidente não mudará a natureza da instituição, apenas trocará um governismo por outro.
Se quisesse aposentar o velho padrão e acabar com o aparelhismo, Temer deveria não fechar, mas mudar a EBC em dois aspectos centrais. Primeiro, deveria transformá-la numa fundação, que seria comandada por um Conselho com representantes da sociedade (não mais do governo). Depois, deveria desvinculá-la da Presidência da República e ligá-la ao Ministério da Cultura, mas sem subordinação ao ministro.

Vaia ao presidente interino na abertura da Olimpíada do Rio foi censurada antecipadamente


http://googleweblight.com/?lite_url=http://www1.folha.uol.com.br/esporte/olimpiada-no-rio/2016/08/1798471-organizacao-dos-jogos-prepara-operacao-para-abafar-vaias-a-temer-na-abertura.shtml&ei=Y9ZGoHIp&lc=pt-BR&s=1&m=100&host=www.google.com.br&ts=1470322576&sig=AKOVD67qoiXFIFymGyyMHCLxHxgLLAGstw

Organização dos Jogos prepara operação para abafar vaias a Temer na abertura

PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

A organização da Olimpíada planeja fazer uma operação "abafa vaia" na cerimônia de abertura dos jogos, que se realiza no Maracanã, no dia 5 de agosto.
Logo depois de o presidente interino Michel Temer falar, a organização planeja aumentar o som de uma música ou efeito sonoro de fundo em alto volume no estádio. Segundo a Folha apurou, o objetivo é evitar que as emissoras de televisão captem um possível momento constrangedor com vaias ou xingamentos do público contra Temer.
A participação do presidente interino na abertura vai se restringir à frase "Declaro abertos os Jogos do Rio, celebrando a 31ª Olimpíada da era moderna".
A fala não deve durar mais que dez segundos. A aparição breve do chefe de Estado é uma tradição das cerimônias de abertura.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

domingo, 5 de junho de 2016

Discurso infeliz da presidente afastada...

Neurônio safado 

A assassina da verdade culpa Temer pelo estupro da adolescente no Rio

Por: Augusto Nunes  
“Nós, mulheres, temos que nos sentir menos seguras, menos garantidas quando o governo não é capaz de ter em seu primeiro escalão uma representação da maioria da população. Não digo só as mulheres, mas também os negros da população. A cultura do estupro e a cultura da exclusão social devem ser combatidas por todos os movimentos e também pelos governos”. (Dilma Rousseff,presidente do palácio assombrado, durante uma aparição no Rio de Janeiro, explicando que o caso da adolescente estuprada por 33 homens, entre os quais vários negros, não teria acontecido se ministério de Michel Temer tivesse meia dúzia de mulheres e negros)

domingo, 22 de maio de 2016

Mais sacanagem do PT ... Agora com espionagem dentro de Palácios da República

sábado, maio 21, 2016


PRESIDENTE MICHEL TEMER DESIGNA GENERAL DO EXÉRCITO PARA DESBARATAR ESQUEMA DE ESPIONAGEM DO PT DENTRO DO PLANALTO

Transcrevo como segue reportagem especial da revista IstoÉ que devassa os porões do Palácio do Planalto enquanto a Dilma e o Lula et caterva ainda andavam por lá. Trata-se da criminosa espionagem levada a efeito pela Abin na tentativa de obstruir ações da Justiça. Essa agência de inteligência do Estado brasileiro foi transformada numa espécie do G2 cubano, a agência de espionagem e repressão política da ditadura de Fidel e Raúl Castro. Os arapongas a serviço do PT espionaram o Presidente Michel Temer, o Juiz Sergio Moro e até ministros do STF. 

Com a chegada de Temer à presidência esse esquema delituoso da Abin está sendo aniquilado. O Presidente Michel Temer nomeou o General Sérgio Etchegoyen para desbaratar e vigiar os espiões a serviço da quadrilha de Lula que opera dentro do Palácio do Planalto. Leiam:
O general Sérgio Etchegoyen foi designado pelo Presidente Michel Temer para controlar a ABIN, a agência de inteligência do governo que foi transformada pelo PT no G2 cubano.Foto: IstoÉ
Tanto no Palácio do Planalto como entre ministros do Supremo Tribunal Federal existe a certeza de que nos últimos seis meses agentes da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, teriam espionado o presidente Michel Temer, líderes do PMDB, o juiz Sérgio Moro e até ministros do STF. A descoberta, há cerca de duas semanas, de um grampo ambiental instalado sob a mesa do gabinete do ministro Luís Roberto Barroso confirmou as suspeitas que a equipe do presidente Michel Temer e membros da força tarefa da operação Lava Jato têm desde dezembro. “Foi a Abin que grampeou o gabinete do ministro”, revelou a dois senadores o tenente coronel André Soares, ex-agente da Abin ainda lotado na Presidência da República. No final de março, uma empresa internacional de informações que atua no Brasil há mais de dez anos foi contratada para varreduras e detectou a arapongagem. Os espiões, segundo o levantamento feito pela empresa, seriam agentes da Abin trabalhando a pedido do ex-ministro Ricardo Berzoini, a quem a agência se reportava desde outubro do ano, por determinação da presidente afastada, Dilma Rousseff. Os episódios de bisbilhotagem descobertos a partir de dezembro foram tratados com absoluta discrição pelos auxiliares de Temer e pela equipe de segurança do STF e se mostraram determinantes para o presidente recriar o GSI (Gabinete de Segurança Institucional). A equipe de Temer acredita que sob a tutela do general Sérgio Etchegoyen a Abin possa ser melhor controlada.
ESPIONAVAM TEMER E MORO
Duas semanas antes do Natal os responsáveis pela segurança de Temer passaram a estranhar a presença de “fotógrafos” postados nos limites do Palácio do Jaburu, de onde poderiam registrar todas as visitas recebidas pelo então vice-presidente. Na mesma época, Temer passou a estranhar algumas interferências em suas ligações telefônicas e comentou o fato com pelo menos dois líderes do PMDB muito próximos a ele. Surpresos, os dois disseram estar com o mesmo problema. Diante disso foi contratada a empresa internacional de inteligência. Sessenta dias depois, membros da operação Lava Jato, que pedem para não ter os nomes revelados, receberam informações anônimas denunciando espionagem sobre o juiz Sérgio Moro. O fato teria se confirmado, pois, segundo agentes da Polícia Federal ouvidos por ISTOÉ, o ex-presidente Lula teria sabido com antecedência que seria obrigado a depor coercitivamente e também soube de que sua conversa com Dilma sobre a frustrada nomeação para a chefia da Casa Civil havia sido gravada. Moro teria tornado pública as gravações a partir do momento em que tomou conhecimento de que pudesse estar sendo monitorado pela Abin. Finalmente, no mês passado, a partir de investigação sigilosa feita pela Polícia Civil de São Paulo foi comprovado que o computador pessoal de Marcela Temer, mulher do presidente, havia sido invadido por hackers.
DENTRO DO STF
Oficialmente, a varredura feita há duas semanas pela Secretaria de Segurança do STF no gabinete de Barroso foi uma ação rotineira. Na verdade, porém, todos os gabinetes do Supremo foram vistoriados depois que três ministros receberam informações de que seriam alvos de bisbilhoteiros. “Temos quase certeza de que o pessoal da Abin está envolvido nisso. Por isso não encaminhamos para lá nenhuma investigação”, disse à ISTOÉ um dos agentes de segurança do STF na noite da quinta-feira 19. “Do ponto de vista institucional, é gravíssimo alguém ter a ousadia de colocar um grampo num gabinete do Supremo. É uma desfaçatez absoluta”, afirmou Barroso, responsável pela gestão das penas dos responsáveis pelo Mensalão.
Diante dessas constatações, na semana passada o diretor da Abin, Wilson Trezza acertou sua saída do cargo que ocupa há oito anos. A tendência é a de que ele continue no posto até o final das Olimpíadas, tempo suficiente para que o governo Temer escolha um sucessor, que precisará ser sabatinado pelo Senado antes de assumir. Do site da revista IstoÉ

quarta-feira, 30 de março de 2016

PT teme naufragar junto com Dilma no oceano da morte e congelar suas esperanças


quarta-feira, março 30, 2016 

Temer, Lula e o pós-Dilma -

 ELIANE CANTANHÊDE

ESTADÃO - 30/03

Com o rompimento do PMDB, o foco sai da presidente Dilma Rousseff e passa para o vice Michel Temer, já que o impeachment ganhou ímpeto e tem até um “deadline”: a chegada da tocha olímpica ao Brasil, prevista para meados de maio. A intenção é gerar um ambiente de festa, congraçamento e recomeço – com um novo governo para mostrar ao mundo.

Quanto mais Dilma representa o passado, mais Temer passa a personificar o futuro, para o bem e para o mal. Para o bem, porque o vice sonha entrar para a história como o presidente da transição que reconduziu o País aos trilhos. Para o mal, porque ele vai atrair, junto com montanhas de adesões, também os raios e trovoadas do PT.

Se o discurso do PT e do governo é de que está em curso “um golpe” contra a democracia, agora é hora de dar cara, voz, cor e partido a esse “golpe”. É por isso que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), acusa Temer de “chefe do golpe” e o líder no Senado, Humberto Costa (PT), ameaça: se Dilma for destituída, Temer “seguramente será o próximo a cair”.

É a estratégia do medo, enquanto o Planalto troca as negociações partidárias (no “atacado”) por cooptação deputado a deputado (no “varejo”). Ambas – o medo e o varejo – são de altíssimo risco e de resultados incertos porque, quando a onda encorpa, ninguém segura.

Com o rompimento do PMDB, o cálculo de governo e oposição é que os partidos da base aliada vão debandar. O PSB já se foi e, aliás, fez um programa de TV duríssimo contra o governo na semana passada. O PRB também já vai tarde, apesar de a Igreja Universal do Reino de Deus ter lá seus interlocutores com o Planalto. O PSD libera os correligionários para votarem como bem entenderem. O PP e o PR serão os próximos.

Dilma acha que, além de comprar um voto daqui outro dali no Congresso, é capaz de se sustentar graças aos movimentos sociais alinhados com o PT. Eles vão às ruas agora para gritar contra “o golpe” e são uma ameaça a um eventual governo Temer – como, de resto, a qualquer composição que substitua Dilma e exclua o PT. Isso, porém, depende muito menos de Dilma e do governo e muito mais de Luiz Inácio Lula da Silva.
PT, CUT, UNE, MST... não vão às ruas por Dilma, mas sim por Lula e o que ele chama de “nosso projeto”, ameaçado pela Lava Jato e pela quebradeira da Petrobrás, mas principalmente pelo desastre Dilma, que desestruturou de tal forma da economia a ponto de, como informou o Estado, fechar 4.451 indústrias de transformação num único ano, 2015, e num único Estado, São Paulo, gerando milhões de desempregados. Não foi à toa que em torno de 400 entidades publicaram um contundente anúncio nos jornais de ontem clamando pelo impeachment.

Aí chegamos a Lula e à conversa que ele teve com o vice Michel Temer em São Paulo, em pleno Domingo de Páscoa. Lula não iria a Temer mendigar uma reviravolta do PMDB ou o adiamento da reunião que selou o fim da aliança com o Planalto. Mas Lula iria ao vice, sim, fazer uma avaliação dos cenários (inclusive o de Dilma fora, Temer dentro) e discutir um pacto de convivência que, em vez de destruir a transição com Temer, possa construir uma chance para o PT em 2018. De forma mais direta: Lula e o PT sabem que Dilma está perdida e já discutem o “day after”. Partir para um guerra com Temer em que ninguém sobreviveria ou selar uma trégua para uma recomposição de forças políticas e a recuperação da economia?

Para todos os efeitos, Lula está empenhado ao máximo em salvar Dilma. Na prática, está se mexendo para nem ele nem o PT morrerem com ela. Isso passa por um acordo com Temer e pode chegar a uma ordem de comando para, no caso da posse do vice, o exército vermelho sair das ruas e ficar apenas de prontidão.

sábado, 25 de outubro de 2014

Capa de Veja incomoda o governo do PT / blog Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-capa-de-veja-ou-se-dilma-for-eleita-o-presidente-do-brasil-acabara-sendo-michel-temer-ou-alem-de-dizer-que-a-governanta-sabia-de-roubalheira-na-petrobras-doleiro-diz-que-pode-ajudar-p/


24/10/2014
 às 6:19

A CAPA DE VEJA – Ou: Se Dilma for reeleita, o presidente do Brasil acabará sendo Michel Temer. Ou: Além de dizer que a governanta sabia da roubalheira na Petrobras, doleiro diz que pode ajudar polícia a identificar contas secretas do PT no exterior. Parece que a casa caiu!

PÁGINA DUPLA VEA
O governo segurou dados negativos sobre o Ideb, a miséria e a arrecadação, entre outros, porque teme que eles possam prejudicar a votação da candidata do PT à reeleição. Já é um escândalo porque o estado brasileiro não pertence ao partido. Ao jornalismo não cabe nem retardar nem apressar a publicação de uma reportagem em razão do calendário eleitoral. A boa imprensa se interessa por fatos e disputa, quando muito, leitores, ouvintes, internautas, telespectadores. Na terça-feira passada — há três dias, portanto —, o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, deu um depoimento estarrecedor à Polícia Federal e ao Ministério Público. A revista VEJA sabe o que ele disse e cumpre a sua missão: dividir a informação com os leitores. Se, em razão disso, pessoas mudarão de voto ou se tornarão ainda mais convictas do que antes de sua opção, eis uma questão que não diz respeito à revista — afinal, ela não disputa o poder. E o que disse Youssef, como revela VEJA, numa reportagem de oito páginas? Que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam da roubalheira que havia na Petrobras.
Mais: Youssef se prontificou a ajudar a Polícia a chegar a contas secretas do PT no exterior. Segundo as pesquisas, Dilma poderá ser reeleita presidente no domingo. Se isso acontecer e se Youssef fornecer elementos que provem que a presidente tinha conhecimento das falcatruas, é certo como a luz do dia que ela será deposta por um processo de impeachment. Não é assim porque eu quero. É o que estabelece a Lei 1.079, com base na qual a Câmara acatou o processo de impeachment contra Collor e que acabou resultando na sua renúncia. O petrolão já é o maior escândalo da história brasileira e supera o mensalão.
O diálogo que expõe a bomba capaz de mandar boa parte do petismo pelos ares é este:
— O Planalto sabia de tudo!
— Mas quem no Planalto?, perguntou o delegado.
— Lula e Dilma, respondeu o doleiro.
Youssef diz ter elementos para provar o que diz — e, em seu próprio benefício, é bom que tenha, ou não contará com as vantagens da delação premiada e ainda poderá ter a sua pena agravada. A sua lista de políticos implicados no esquema já saltou, atenção, de 30 para 50. Agora, aparece de forma clara, explícita, em seu depoimento, a atuação de José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras durante o califado de Lula e em parte do governo Dilma. Entre outros mimos, ele revela que Gabrielli o chamou para pagar um cala-boca de R$ 1 milhão a uma agência de publicidade que participava do pagamento ilegal a políticos. Nota: Youssef já contou à PF que pagava pensão mensal a membros da base aliada, a pedido do PT, que variavam de R$ 100 mil a R$ 150 mil.
Pessoas que conhecem as denúncias de Youssef asseguram que João Vaccari Neto — conselheiro de Itaipu, tesoureiro do PT e um dos coordenadores da campanha de Dilma — será fulminado pelas denúncias. O doleiro afirma dispor de provas das transações com Vaccari. Elas compõem o seu formidável arquivo de mais de 10 mil notas fiscais, que servem para rastrear as transações criminosas.
Contas no exterior
É nesse arquivo de Youssef que se encontram, segundo ele, os elementos para que a Polícia Federal possa localizar contas secretas do PT em bancos estrangeiros, que o partido sempre negou ter, é claro. Até porque é proibido. A propósito: o papel de um doleiro é justamente fazer chegar, em dólar, ao exterior os recursos roubados, no Brasil, repatriando-os depois quando necessário.
Por que VEJA não revelou isso antes? Porque Youssef só depôs na terça-feira. A revista antecipou a edição só para criar um fato eleitoral? É uma acusação feita por pistoleiros: VEJA publicou uma edição na sexta-feira anterior ao primeiro turno e já tinha planejada e anunciada uma edição na sexta-feira anterior ao segundo turno. Mas que se note: ainda que o tivesse feito, a decisão seria justificada. Ou existe alguém com disposição para defender a tese de que vota melhor quem vota no escuro?
Quanto ao risco de impeachment caso Dilma seja reeleita, vamos ser claros: trata-se apenas da legislação vigente no Brasil desde 10 de abril de 1950, que é a data da Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade e estabelece a forma do processo. Valia para Collor. Vale para Dilma. Se Youssef estiver falando a verdade — num processo de delação premiada — e se Dilma for reeleita, ela será deposta. Se a denúncia alcançar também seu vice, Michel Temer, realizam-se novas eleições diretas 90 dias depois do último impedimento se não tiver transcorrido ainda metade do mandato. Se os impedimentos ocorrerem nos dois anos finais, aí o Congresso tem 90 dias para eleger o titular do Executivo que concluirá o período.
Informado, o eleitor certamente decide melhor. A VEJA já está nas bancas.
Texto publicado originalmente às 4h25
Por Reinaldo Azevedo