Postagem em destaque

Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

Mostrando postagens com marcador Copa do Catar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Copa do Catar. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de junho de 2014

Copa do Mundo do Catar sob suspeita... / BBC

Patrocinador exige que Fifa investigue escolha do Catar para a Copa de 2022

Atualizado em  7 de junho, 2014 - 22:15 (Brasília) 01:15 GMT
Anúncio do Catar como país-seda da Copa de 2022 (AFP)
Documentos vazados indicam que principal dirigente de futebol no Catar buscou apoio para seu país
A Fifa está sob cada vez mais pressão por causa de sua decisão controversa de eleger o Catar como país-sede da Copa do Mundo de 2022.
Um dos seus principais patrocinadores, a Sony, exigiu que a entidade faça "uma investigação adequada" das acusações de corrupção no processo de escolha.
Enquanto isso, o jornal britânco Sunday Times publicou novas alegações com base em milhões de documentos vazados.
A eleição do Catar se deu em dezembro de 2010.
A decisão vem sendo questionada, e o vice-presidente da Fifa, Jim Boyce, chegou a dizer que apoiaria uma nova votação se as acusações foram provadas.

Contatos e favores

Na semana passada, o Sunday Times publicou que o ex-vice-presidente da Fifa no Catar, Mohamed bin Hammam, pagou 3 milhões de libras para autoridades de futebol ao redor do mundo para conseguir o apoio para a escolha do país.
Bin Hammam (AP)
Mohamed bin Hammam está no centro da polêmica
Agora, Bin Hammam é acusado de ter usado seus contatos na família real e no governo do Catar para conseguir acordos e favores para garantir a realização do torneio no país.
Segundo os emails obtidos pelo jornal, alguns deles vistos pela BBC, Bin Hammam:
* Visitou o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir "relações bilaterais entre a Rússia e o Catar um mês antes da votação para os países-sede das Copas de 2018 e 2022.
* Intermediou conversas entre o governo e o executivo da Fifa na Tailândia, Worawi Makudi, para concretizar um acordo de importação de entre o país e o Catar.
* Convidou o ex-executivo da Fifa na Alemanha, Franz Beckenbauer, a ir a Doha apenas cinco meses antes da votação junto com empresários do setor de petróleo e gás, que o haviam contratado como consultor. A empresa disse que explorava investimentos no Catar, mas não chegou a fechar negócios. Beckenbauer negou-se a comentar o assunto.
* Intermediou encontros entre nove executivos da Fifa, entre eles o presidente Joseph Blatter, e membros da família real do Catar.
* Intermediou um encontro entre a equipe de campanha do Catar e o presidente da Uefa, Michel Platini. Platini, que admite ter votado pelo Catar, diz que Bin Hammam não participou da reunião e diz não ter nada a esconder.

Posição desconfortável

O comitê de organização da Copa no Catar divulgou um comunicado na semana passada em que nega - novamente - que Bin Hammam tenha desempenhado qualquer papel na campanha. E Bin Hammam não quis comentar o assunto.
No entanto, os emails parecem mostrar que Bin Hammam, que foi banido do futebol em 2012 por participar de outros escândalo de corrupção, estava de fato trabalhando para garantir o apoio a seu país.
Mesmo que a Fifa e o Catar estejam numa posição desconfortável, ainda não está claro que ele ou a equipe de campanha tenham quebrado regras da Fifa.
Ainda assim, o investigador-chefe da Fifa, o advogado Michael Garcia, agora precisa levar em consideração as revelações mais recentes em sua longa análise de eleições de países-sede da Copa.
Mas acredita-se que Garcia não deve ir muito a fundo nas ações de Bin Hammam já que ele já foi banido pela Fifa.

Leia mais sobre esse assunto