Postagem em destaque

Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

Mostrando postagens com marcador Ipanema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ipanema. Mostrar todas as postagens

domingo, 17 de agosto de 2014

Sequestro no Rio... No Brasil nem sequestro organizado por bandidos é pra valer...

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/08/homem-que-fez-refem-em-igreja-se-entrega-no-rio.html
Refém fica mais de 2 horas sob a mira de revolver em pleno altar de igreja na zona sul do Rio

17/08/2014 19h11 - Atualizado em 18/08/2014 06h53

Após fazer ajudante de padre refém em missa no Rio, homem se entrega

Ação foi encerrada por volta de 19h, quase 2h30 após invasão ao templo.
Jovem foi dominado depois de assalto na Rua Visconde de Pirajá.

Daniel SilveiraDo G1 Rio
Ministro da eucaristia da Igreja Nossa Senhora da Paz é feito refém neste domingo (17) (Foto: José Conde/Arquivo pessoal)Ministro da eucaristia da Igreja Nossa Senhora da Paz foi feito refém neste domingo (17) (Foto: José Conde/Arquivo pessoal)
O homem que fez um ajudante de padre refém durante missa na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Zona Sul do Rio, se entregou na noite deste domingo (17) por volta de 19h (veja no vídeo ao lado). O sequestro começou aproximadamente às 16h30 no altar do santuário, que fica nas esquinas das ruas Visconde de Pirajá e Joana Angélica, após a fuga de um assalto a uma drogaria, a dois quarteirões dali. O refém era Eduardo Amaral, ministro da eucaristia da paróquia, que passa bem.
Só pedia a Deus pela minha vida e pela vida dele [do autor do sequestro]. Ele achou que eu era o padre, ele me escolheu."
Eduardo Amaral, ministro da eucaristia e refém
Antes de ir à delegacia, o religioso falou rapidamente com a imprensa sobre os momentos em que passou com o sequestrador. "Só pedia a Deus, agradecia a Deus pelo dom da vida. E pedia muito pela minha vida e pela vida dele", relatou Amaral.
O responsável pelo sequestro é Carlos Alberto de Souza Júnior, de 35 anos, segundo a Polícia Civil. Ele, que não tem antecedentes criminiais, seria morador da comunidade do Cantagalo e teria problemas psicológicos, segundo familiares. O caso foi encaminhado para a 14ª DP (Leblon). Carlos Alberto vai pernoitar no local e, na segunda-feira, seguirá para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. Ele vai responder por roubo qualificado, tentativa de homicídio e sequestro.
Eduardo Amaral foi mantido refém por mais de duas horas (Foto: Daniel Silveira/G1)Eduardo Amaral foi mantido refém por mais de 2h
(Foto: Daniel Silveira/G1)
A invasão ao templo aconteceu instantes após o roubo de uma drogaria, na altura da Rua Garcia D'Ávila. Clientes de um restaurante próximo ao local se desesperaram e se jogaram no chão. Na fuga, um dos criminosos trocou tiros com um PM que percebeu a movimentação. Eles tentaram fugir, rendendo um taxista. O motorista Pedro Eduardo Gomes de Mesquita, de 51 anos, reagiu. Ele disse que viveu momentos de tensão. "Ele bateu na porta do carro, eu pensei que era para pedir informação e abri o vidro e ele apontou a arma", disse o taxista.
Ato contínuo, o motorista do táxi agarrou o revólver, que foi puxado pelo autor do sequestro. O dedo do motorista ficou preso e sofreu um corte. Ele foi levado ao Hospital Municipal Miguel Couto, mas já teve alta após receber dez pontos na mão direita.
Sem conseguir fugir, Carlos Alberto correu armado para a igreja, onde a missa das 16h30 era realizada, enquanto o comparsa fugiu. Houve correria, mas as outras pessoas conseguiram deixar o local da missa.
Delegada estava na igreja (Foto: Daniel Silveira/G1)Delegada estava na igreja (Foto: Daniel Silveira/G1)
Delegada estava na igreja
Valéria Aragão, titular da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), estava entre as fiéis que foram surpreendidas na igreja. Em conversa com agentes, ela ouviu relatos de que o pai do jovem e a irmã estavam no local e poderiam ser utilizados na negociação. Os familiares contaram que o jovem faz tratamento contra esquizofrenia há mais de 10 anos e faz uso de bebida alcoólica.
Ele é apontado pelos parentes como uma pessoa agressiva, apesar de não ter antecedentes criminais. Durante a ação, Carlos Alberto repetia que o comparsa teria sido morto e, por isso, pediu a presença de jornalistas na igreja para que sua integridade física fosse preservada. "Tudo foi pensado e feito para que transcorrese da maneira mais segura possível", minimizou a delegada.