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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Exigência de aumento de produção da plataforma que explodiu no Espírito Santo pode ser uma das causas do desastre que matou 5 funcionários da Petrobras

Navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus (Foto: Divulgação/ Marinha)
Foto do G1

ANP exigiu aumento da produção da plataforma da Petrobras dias antes da explosão

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015 10:53 BRST
 
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras recebeu exigência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para aumento da produção da plataforma Cidade de São Mateus poucos dias antes da explosão que deixou cinco trabalhadores mortos, quatro desaparecidos e 26 feridos no litoral capixaba, nesta semana.
A determinação foi uma condicionante apresentada pela ANP para a aprovação do Plano de Desenvolvimento dos Campos de Camarupim e Camarupim Norte, onde está lotada a plataforma, operada pela norueguesa BW Offshore a serviço da Petrobras.
Segundo ata de reunião de diretoria da autarquia, realizada na quarta-feira da semana passada, a Petrobras deve apresentar estudos para redução da capacidade ociosa da Cidade de São Mateus até janeiro de 2016.
Além de incluir informações para perfuração e interligação de um novo poço produtor no reservatório, a agência reguladora também exigiu estudos para a interligação de novo poço produtor no campo de Golfinho, vizinho dos dois campos.
A FPSO Cidade de São Mateus, que armazena e produz petróleo e gás, operava a cerca de 40 km da costa, segundo a ANP, produzindo cerca de 2,25 milhões de metros cúbicos por dia de gás.
O volume é equivalente a aproximadamente 3 por cento da produção de gás da Petrobras em dezembro, que atingiu ao todo naquele mês 73,5 milhões de metros cúbicos/dia.
A produção de gás é escoada por duto para terra e, segundo ficha técnica publicada pela BW Offshore, a FPSO tem capacidade de armazenagem de 700 mil barris. Já a produção de petróleo é de 350 metros cúbicos de óleo/dia.
Camarupim é operado pela Petrobras, que tem 100 por cento da concessão. Já Camarupim Norte é operado pela Petrobras, com 65 por cento, em parceria com a brasileira Ouro Preto Energia, que detém os demais 35 por cento.
No campo de Golfinho, a Petrobras detém 100 por cento da concessão.  Continuação...