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sábado, 29 de outubro de 2016

A Era de Aquário faz sua parte... Mais limpeza na Fifa


Com contratos forjados, dirigentes são suspeitos de desviar milhões da Copa no Brasil

LAUSANNE – A renda obtida pelos três principais cartolas da Fifa com a Copa do Mundo no Brasil está sob suspeita e passará a ser investigada pela Justiça da Suíça e dos EUA. Os indícios apontam que Joseph Blatter, Jerome Valcke e Markus Kattner elaboraram contratos ilegais para justificar o desvio de quase R$ 100 milhões gerados na Copa de 2014. Em cinco anos e em diversos outros contratos e salários, os três dirigentes da Fifa garantiram para si mesmos cerca de US$ 80 milhões (R$ 284 milhões).
Na noite de quinta-feira, a Fifa foi alvo de mais uma operação de busca e apreensão, com milhares de páginas sendo levadas pela polícia suíça. O Ministério Público em Berna confirmou a operação indicando que ela faz parte da enquete sobre a corrupção no futebol. No dia seguinte, a entidade respondeu com a revelação da suspeita de enriquecimento ilícito pelos principais dirigentes da organização.
Todos os três dirigentes citados já foram afastados. Mas o inquérito vem revelando que os problemas são bem maiores que a própria polícia imaginava. «As evidências parecem revelar um esforço coordenado pelos trêx ex-dirigentes da Fifa para se enriquecer por meio de aumento de salários, bonus de Copa do Mundo e utros incentivos, totalizando US$ 80 milhões em apenas cinco anos », disse Bill Burck, um dos advogados do escritório Quinn Emanuel e que hoje defende a Fifa.
Segundo fontes em Berna consultadas pelo Estado, os contratos relativos à Copa no Brasil chamam em especial a atenção dos investigadores.
Blatter recebeu US$ 12 milhões (R$ 42,46 milhões) por sua contribuição para realizar a Copa no Brasil em 2014. O valor era quatro vezes seu salário anual. Valcke, que chegou a sugerir que o Brasil recebesse um “chute no traseiro”, recebeu mais US$ 10 milhões (R$ 35,38 milhões), contra US$ 4 milhões (R$ 14 milhões) para Kattner. Assim, somariam US$ 26 milhões (R$ 93 milhões) em prêmios e bônus.
Mas são as condições impostas nos contratos que abriu as suspeitas de que tenham sido somente forjados para justificar os pagamentos. Todos eles foram assinados no mesmo dia, 19 de outubro de 2011. Blatter autorizou o pagamento para Valcke, enquanto era o próprio Valcke quem assinava a autorização para o dinheiro que iria para Blatter. No caso de Kattner, o contrato foi assinado por Blatter e Valcke.
Os critérios também foram considerados como suspeitos. Para o pagamento do bônus pela Copa para Valcke e Kattner, bastava que os jogos do Mundial fossem disputados.
O valor pagos aos dirigentes é superior até mesmo aos prêmios dados às seleções que participaram da Copa. Apenas a Alemanha, campeã, recebeu mais que os cartolas. Em quarto lugar, o Brasil recebeu US$ 18 milhões em prêmio.
Outro aspecto examinado pela Justiça é a transferência do dinheiro que deveria ao futebol e que, segundo a apuração, terminou nas contas dos executivos.
De cada nove dólares gastos no Mundial, oito vieram de recursos públicos brasileiros. Mas a mesma Copa que foi paga pelo contribuinte gerou uma renda inédita para a Fifa, de US$ 5,7 bilhões. Oficialmente, a entidade explicava que esse dinheiro seria revertido ao futebol, inclusive com um fundo de legado ao Brasil de US$ 100 milhões.
O Mundial do Brasil não foi o único a ser alvo de desvios. Seis meses depois do fim da Copa da Africa do Sul, os três dirigentes receberam de forma retro-ativa US$ 23 milhões pelo torneio, em prêmios.
Já enquanto a bola rolava no Brasil, em junho de 2014, Valcke ainda assinaria um contrato para receber outros US$ 16 milhões na Copa da Rússia, em 2018, ao lado de Kattner.
Cláusulas – O restante dos pagamentos gerou suspeitas depois que os contratos revelaram que o dinheiro foi garantido ainda em 2010 e previa que os valores seriam distribuídos até 2019, mesmo que Blatter, Valcke e Kattner fossem demitidos por justa causa de seus cargos. As cláusulas violam a lei suíça.
Segundo a investigação, um mês antes da eleição presidencial de 2011, tanto Valcke como Kattner receberam um contrato de 8 anos e meio, até 2019. O acordo foi assinado com Blatter que, naquele momento, ainda concorria contra Mohammed Bin Hamman.
Nessa renovação, os dirigentes se deram amplos aumentos. Em caso de demissão ou se Blatter não fosse eleito, Valcke ainda receberia US$ 18 milhões. O contrato ainda previa que todos os gastos com advogados e multas cobradas pela Justiça sobre os três dirigentes teriam de ser pagos pela própria Fifa, « mesmo que eles fossem condenados ».
Indiciamento – A enquete também mostrou que o aumento de salários continuou até mesmo depois das prisões, em maio de 2015. Blatter assinou naquele momento um contrato aumentando seu salário para US$ 3 milhões, incluindo uma cláusula que previa um prêmio de US$ 12 milhões se ele terminasse seu mandato.
Um dia depois, Kattner teu seu contrato renovado até 2023 e modificado para garantir que ele seria pago, mesmo sendo demitido. Por meio de seu advogado, Blatter respondeu que vai provar que todos os pagamentos foram « adequados, justos e em linha como os demais chefes de federações esportivas ».
Guerra – O caso foi revelado no momento em que o novo presidente da Fifa, Gianni Infantino, é alvo de questionamentos. O suíço é acusado por Kattner de ter mandado apagar documentos confidenciais, de ter feito gastos desproporcionais e de ter tomado decisões sem consultar os demais membros.
Um documento com 14 páginas foi entregue por Kattner para o Comitê de Ética da Fifa, na esperança de que isso pudesse gerar uma suspensão do novo presidente.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Fifa promove eleição para presidente amanhã, dia 26 de fevereiro. São 5 candidatos / DW

FUTEBOL

Os candidatos à presidência da Fifa

Reunimos em vídeos curtos o que você precisa saber sobre os cinco aspirantes ao cargo máximo do futebol mundial.
Gianni Infantino, o braço direito de Platini
Infantino, de 45 anos, conta com o apoio de famosos para sua candidatura à presidência da Fifa. Ícones do futebol, como Figo, Fabio Capello, Roberto Carlos e José Mourinho, estão entre os apoiadores.
A Uefa o escolheu depois que o presidente da associação, Michel Platini, foi suspenso do futebol por suspeita de corrupção. Durante muitos anos, Infantino, secretário-geral da Uefa, foi o braço direito de Platini.
 
Assistir ao vídeo02:23

Infantino

O xeique Salman bin Ebrahim al-Khalifa, do Barein
O fato de não manter relações estreitas com nenhum dos líderes suspensos da Fifa dá ao xeique Salman bin Ebrahim al-Khalifa, do Barein, credibilidade para promover uma investigação completa e imparcial dos escândalos que envolvem a federação.
Se eleito, Salman, de 50 anos, pretende dirigir a Fifa a partir do Barein. Ele tem o apoio do xeique Ahmad al Fahad al Sabah, do Kuweit, um influente incentivador do esporte. Também as associações da Ásia e da África teriam assegurado seus votos a Salman.
 
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Salman bin Ebrahim al-Khalifa

O príncipe Ali bin al-Hussein da Jordânia
Ali, de 40 anos, o príncipe Ali bin al-Hussein é o presidente da Federação Jordaniana de Futebol e um dos vice-presidentes da Fifa. Ele se candidata pela segunda vez ao cargo. No ano passado, concorreu contra o presidente afastado Joseph Blatter e levou a eleição para o segundo turno. Porém, desistiu antes da nova votação.
 
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Ali bin Al-Hussein

O empresário Tokyo Sexwale, da África do Sul
O sul-africano Mosima Gabriel "Tokyo" Sexwale, de 62 anos é membro da comissão antirracismo da Fifa. Ele começou a se engajar no futebol durante a Copa de 2010, quando participou da comissão organizadora do Mundial na África do Sul. Embora não pesem acusações contra ele nos escândalos de corrupção da Fifa, ele tem estreitas ligações com Blatter.
 
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Tokyo Sexwale

O diplomata francês Jérôme Champagne
Durante 11 anos, ele foi secretário-geral adjunto da Fifa, até ser demitido por Blatter em 2010. Champagne, de 57 anos, fez carreira diplomática antes de começar no futebol. Por 15 anos, representou a França em países como Brasil, de 1995 a 1997, Estados Unidos, Cuba e Omã.
Se eleito presidente da Fifa, ele pretende questionar a data dos jogos no Mundial de 2022, no Catar, marcados para novembro e dezembro, em vez de junho e julho.
 
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Jérôme Champagne


quarta-feira, 3 de junho de 2015

"E preciso refundar a Fifa" / Editoria de El País / JB


Resultado de imagem para bola de futebol em pedaços

Esportes 

'El País' (editorial):  É preciso refundar a Fifa

Renúncia de Blatter é oportunidade para dotar organização mundial de futebol de maior transparência

Jornal do Brasil
O jornal espanhol El País, publicou nesta terça-feira (02/06) um editorial repercutindo a renúncia de Joseph Blatter e propondo uma reformulação da entidade máxima do futebol. “Blatter renunciou como presidente da Fifa, organismo que dirige o futebol mundial, apenas 72 horas após ser reeleito em Zurique após uma eleição surpreendente e vergonhosa. Blatter não conseguiu suportar a pressão da onda de corrupção descoberta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI que, por enquanto, já levou para a prisão sete dirigentes da organização. A frase com a qual argumentou sua renúncia não tem indiretas: ‘Meu mandato não conta com o apoio de todos’; isso já era sabido na semana passada, quando alguns de seus protegidos foram presos.
O futuro imediato da FIFA é um próximo congresso extraordinário no qual se elegerá o sucessor de Blatter. Esse é o momento perfeito para ocorrer uma refundação institucional que acabe com as facilidades atuais para as práticas corruptas. Deveria ser imposta uma limitação de mandatos, tanto na presidência como na diretoria; a licitação pública para escolha das sedes das Copas do Mundo e dos contratos firmados; e submeter a Fifa a auditorias externas e internas, de contas e de gestão. Substituir Blatter é simples; mudar a gestão para criar uma organização transparente é mais complicado.
Ángel María Villar ainda não anunciou que seguirá os passos de Blatter, a quem apoiou firmemente como mostra de afeto entre compadres, e renunciará à presidência da Federação Espanhola de Futebol. Mas, no entanto, seria o apropriado".
Tags: blatter, corrupção, crise, escândalo, fifa, futebol, suíça
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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Veja histórico de denúncias contra a Fifa... Elas existem há mais de 20 anos // BBC


Fifa é alvo de denúncias há mais de duas décadas; veja histórico

  • Há 8 horas
Ricardo Teixeira, presidente da CBF de 1989 a 2012, e Joseph Blatter, presidente da Fifa desde 1998: os dois estão envolvidos em denúncias de supostos esquemas de corrupção
A Fifa, que, às vésperas de seu Congresso, teve oito dirigentes presos pelo FBI, já vinha enfrentando acusações de corrupção havia mais de duas décadas.
Já em 2002, o jornal britânico Daily Mail denunciava um suposto esquema de compra de votos que teria ajudado Joseph Blatter a se eleger na Fifa – o suíço venceu Lennart Johansson na ocasião por 111 a 80 votos e, desde então, comanda a entidade.
Mas foi a partir de 2010 que as denúncias de corrupção começaram a ser investigadas mais a fundo. E também a envolver dirigentes brasileiros.
Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de 1989 a 2012 e então membro do Comitê Executivo da Fifa, foi citado em boa parte delas. A primeira veio em novembro de 2010, dias antes da reunião da Fifa que decidiria as sedes dos Mundiais de 2018 e 2022 – que acabaram com Rússia e Catar, respectivamente –, quando a BBC mostrou documentos da empresa de marketing esportivo ISL comprovando o pagamento de propina a Teixeira.
Os documentos fizeram parte de uma investigação da promotoria da Suíça, que também envolveu o mentor de Teixeira e homem forte da Fifa desde 1974, João Havelange. Presidente da entidade máxima do futebol até 1998, Havelange também teria recebido suborno da ISL, de 1992 a 2000. Os dois juntos teriam embolsado R$ 45 milhões.
A investigação confirmou as irregularidades dos dirigentes, mas terminou com um acordo judicial – a Fifa teria aceitado devolver o dinheiro à ISL, que já havia decretado falência na época.
"Ah é? Devolvi dinheiro? Então, cadê? Por que ninguém mostra?", disse Teixeira à revista Piauí em julho de 2011, sua última entrevista antes de sair de cena. "Eu nem era do Comitê Executivo nessa época, iam me subornar para quê?"
Brasileiro João Havelange presidiu a Fifa de 1974 a 1998, quando foi substituído por Joseph Blatter, secretário geral de sua gestão
No ano seguinte, em maio de 2011, o então presidente da Federação Inglesa, David Triesman, alegou que Teixeira e outros três dirigentes da entidade (Jack Warner, vice-presidente da Fifa à época, Nicolás Leóz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol e Worawi Makudi, presidente da Federação Tailandesa) pediram suborno a ele para votarem na Inglaterra na eleição da sede da Copa do Mundo de 2018.
Ainda em 2011, às vésperas da eleição para a presidência da entidade, vazou a informação de que o candidato catariano Mohammed Bin Hamman havia comprado votos para o pleito. Foi Chuck Blazer, então secretário geral da Concacaf (Confederação Norte-Americana de Futebol) e um dos réus confessos na investigação mais recente feita pelo FBI, que começou a denunciar a possível compra de votos na eleição da Fifa. A entidade fez uma investigação interna e suspendeu por toda a vida o catariano por violação do Código Ético.
Em 2012, foi a vez da própria Fifa publicar a documentação que comprovava a propina paga pela ISL a Teixeira e Havelange e afastar os dois da entidade – Havelange era considerado "presidente de honra" da Fifa na época.
A escolha do Catar, em 2010, para sediar a Copa de 2022 tem sido alvo de várias denúncias de irregularidade. O país tinha derrubado a Austrália, Japão, Coreia do Sul e, por último, Estados Unidos (14 votos a 8) para ganhar a chance de receber o Mundial. Em 2013, a revista francesa France Football denunciou um suposto esquema de pagamento de propina a dirigentes da Fifa para assegurar a vitória do Catar. Mais uma vez, apareceu o nome de Ricardo Teixeira como um dos beneficiados com o suborno.
Escolha do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022 foi polêmica e também gerou denúncias de corrupção na Fifa
Pressionada, a Fifa anunciou uma investigação interna da Comissão de Ética sobre a escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022. O relatório final, de 350 páginas, feito pelo ex-promotor americano Michel J. García, foi entregue no ano passado. Mas o conteúdo dele nunca foi divulgado pela entidade, que decidiu arquivar o caso concluindo que não houve irregularidades nas duas eleições.
García chegou a apelar à Comissão Disciplinar da Fifa para reabrir o caso, mas renunciou depois de ter seu pedido negado em dezembro do ano passado.
Nesta semana, as denúncias de corrupção na Fifa não vieram de um ex-dirigente, jornal ou relatório, vieram da polícia federal americana, o FBI. É provável que venham à tona várias novas revelações. O promotor americano Kelly Currie avisou que a investigação está apenas no início. "Quero deixar bem claro: este é só o começo do nosso esforço, não o final."

Escândalos anteriores no Brasil

Envolvido nos escândalos da Fifa, Ricardo Teixeira também foi alvo de investigações no Brasil por supostos casos de corrupção na CBF.
Entre 1998 e 2000, duas CPIs sobre o assunto foram abertas no Congresso - uma na Câmara, para investigar os contratos da CBF com a empresa de material esportivo Nike, e outra no Senado, chamada CPI do futebol.
Ricardo Teixeira foi alvo de investigação na CPI da CBF/Nike istalada na Câmara em 2000
A comissão da Câmara durou nove meses. O relatório final, feito pelo deputado Silvio Torres (PSDB), propôs o indiciamento de 34 nomes, entre dirigentes do futebol, empresários e outros envolvidos com irregularidades na CBF.
Mas todas as investigações acabaram arquivadas, e Ricardo Teixeira conseguiu proibir o relatório de ser tornado público – não é possível encontrá-lo na internet. O livro CBF/Nike, escrito por Aldo Rebelo, presidente da CPI, e Silvio Torres, relator, foi embargado pela Justiça.
"No Brasil, ele (Ricardo Teixeira) saiu ileso. Ele sempre teve uma rede de proteção política, jurídica e até judicial. Por conta do futebol, ele conseguia inibir muitas das iniciativas contra ele", disse o relator da CPI à BBC Brasil.
Em sua última entrevista, Teixeira desdenhou da CPI. "Reviraram tudo e não acharam nada. Foi tudo arquivado. E aí? O Ministério Público é incompetente, então?", disse à Piauí.
Agora é o sucessor de Teixeira que é alvo de investigação. José Maria Marin foi detido pela polícia suíça em Zurique e é suspeito de ser um dos cinco beneficiários de uma propina de US$ 110 milhões para negociações de direitos de transmissão de quatro edições da Copa América (2015, 2016, 2019 e 2023).

Veja a cronologia de denúncias:

Fevereiro de 2002: Denúncias do jornal Daily Mail dão conta de que Joseph Blatter teria comprado votos para sua primeira eleição na Fifa, em 1998.
Novembro de 2010: BBC divulga documentos da ISL comprovando pagamento de propina da empresa a João Havelange e Ricardo Teixeira.
Maio de 2011: Ex-presidente da Federação Inglesa, David Triesman, denuncia que recebeu proposta de suborno de Jack Warner, Nicolás Leóz, Ricardo Teixeira e Worawi Makudi em troca de votos na Inglaterra na eleição da Fifa para sede do Mundial de 2018.
Maio de 2011: Surgem denúncias de compra de votos do candidato catariano à eleição para a presidência da Fifa, Mohammed Bin Hamman.
Julho de 2011: Bin Hamman é banido por toda a vida de suas atividades na Fifa por violar o Código de Ética da entidade.
Maio de 2012: Fifa divulga documentos da ISL que comprovam pagamento de propina a Havelange e Teixeira e afasta os dois dos cargos na entidade.
Janeiro de 2013: Revista France Football divulga denúncias de que Teixeira, Leóz e o então presidente da Associação Argentina de Futebol, Julio Grondona (falecido em 2014) teriam recebido propina para votar no Catar como sede da Copa de 2022.
Setembro de 2014: Promotor americano Michael J. García entrega à Fifa relatório de 350 páginas sobre escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Novembro de 2014: Comissão de Ética da Fifa concluiu que não houve irregularidades nos dois processos e impede divulgação do relatório usando o princípio da confidencialidade.
Dezembro de 2014: Michel J. García renuncia após ter apelo à Comissão Disciplinar da Fifa por reabertura de investigação interna negado.
Maio de 2015: Sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, são presos em Zurique por acusações de corrupção. Departamento de Justiça norte-americano divulga investigação sobre extorsão, lavagem de dinheiro e corrupção dentro da entidade.