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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Más informações de assuntos ligados ao governo ... agora na Caixa Econômica Federal, BNDES / G1



10/09/2015 19h13 - Atualizado em 10/09/2015 19h15

Além de prêmios lotéricos, quadrilha fraudava financiamentos, diz PF

Entre crimes, estava uso ilegal de cartões do BNDES e Construcard.
Ex-jogador é suspeito; 54 mandados são cumpridos em GO, DF e 3 estados.

Vitor SantanaDo G1 GO
Polícia Federal investiga quadrilha que fraudava pagamento de prêmios de loteria em Goiânia, Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)Polícia Federal investiga se quadrilha agia em outras áreas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A quadrilha investigada por fraude nos pagamentos de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal também roubava senhas e dados bancários e fraudava finaciamentos, segundo a Polícia Federal. Ao todo, são cumpridos 54 mandados judiciais contra o grupo, em Goiás, outros quatro estados e no Distrito Federal. Entre os suspeitos, está o ex-jogador da Seleção Brasileira, Edilson, e um doleiro.
De acordo com a delegada Marcela Rodrigues de Siqueira, a quadrilha usava cartões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e do ConstruCard, que é o financimento da Caixa para a compra de materiais de construção, para cometer o crime.
“A fraude não é estrutural, ela é na comprovação da obtenção do dinheiro nos estabelecimentos. Eles [quadrilha] entravam em contato com os comerciantes e empresários para passar esses cartões e simular compras inexistentes”, relatou.
Em nota enviada ao G1, a assessoria de imprensa do BNDES informou que está buscando mais informações sobre a investigação em curso para avaliar que medida deverá adotar em relação ao caso.
Já a Caixa Econômica Federal informou que “já vem colaborando com as investigações da Operação Desventura” e que “manterá cooperação integral com as investigações em curso”. A instituição destacou, ainda, que “está tomando todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e afastamentos, nos casos de envolvimento de empregados do banco”.
Mandados
Os 54 mandados judiciais são cumpridos em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Até as 17h, foram cumpridos nove mandados de prisão, 19 conduções coercitivas e 19 buscas e apreensões. No total, 250 policiais federais participam da operação, que tem supervisão do Ministério Público Federal e do Setor de Segurança da Caixa Econômica Federal.
As investigações começaram em outubro do ano passado. Segundo a delegada, o grupo alterava o sistema do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de vários estado e conseguia retirar financiamentos ainda não quitados do registro de veículos.
“De posse de informações privilegiadas e sigilosas, eles obtinham senhas de gerentes específicos, entravam em um sistema que migra para o do Detran e, com isso, conseguiam tirar gravames de veículos de diversas instituições financeiras”, explicou.
“Nos meus mais de 20 anos de Ministério Público, essa quadrilha foi a que vi com maior diversidade de fraudes. Ela é muito eclética. Hoje, a gente espera que tenhamos conseguido desarticular essa quadrilha”, afirmou o procurador da República Hélio Telho.
O ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira Edilson Capetinha (Foto: TV Globo/Reprodução)O ex-jogador da Seleção Brasileira é um dos
suspeitos (Foto: TV Globo/Reprodução)
Loterias
Marcela informou que ainda não é possível calcular o prejuízo total causado pelos integrantes da organização. Porém, foi confirmado que só em fraudes no pagamento de prêmios da loteria, o grupo desviou mais de R$ 60 milhões, valor que seria destinado para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No ano passado, os premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.
A investigação apontou que o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas da Caixa Econômica Federal, que eram escolhidos pela quadrilha por movimentar grandes volumes financeiros e que também seriam os responsáveis por recrutar gerentes do banco para a fraude.
Ainda segundo a PF, quando os criminosos estavam de posse de informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para que eles viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.
"A fraude não está no sorteio, ela está na validação fraudulenta dos bilhetes. Qualquer bilhete premiado tem o prazo de 90 dias para ser retirado. O sistema da Caixa emite um alerta quando falta oito dias para prescrever esse bilhete. Com base nessas informações privilegiada, servidores da Caixa repassava quais seriam esses bilhetes para membros da quadrilha", explicou a delegada.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e corrupção.

terça-feira, 17 de março de 2015

Brasil parece ser paraíso de safados... // G1


17/03/2015 12h17 - Atualizado em 17/03/2015 15h15

Operador de grupo que fraudava financiamento é preso no RJ

Suspeito faria parte de esquema que fraudou financiamento de imóveis.
Segundo PF, ele contou com ajuda de funcionários públicos.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio
A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (17) em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, um homem apontado como operador do esquema responsável por fraudar o financiamento de mais de 100 imóveis no estado entre os anos de 2012 e 2013. A fraude contava com a ajuda de funcionários públicos, inclusive da Caixa Econômica Federal (CEF).
O suspeito não teve o nome divulgado, mas durante mandado de busca e apreensão em sua residência foi encontrada uma arma sem registro.
Todos os imóveis financiados eram do Rio, principalmente na Região dos Lagos. Ainda assim, há mandados de busca e apreensão para São Paulo e Minas Gerais, onde pessoas físicas e empresas são suspeitas de participar na avaliação das residências. Os imóveis tinham sobrepreço ou até mesmo inexistiam. Há ainda o caso de compradores que só existiam no papel, após a fraude de documentos de identificação. Os prejuízos são estimados em R$ 100 milhões.
Segundo a Polícia Federal, em alguns casos o envolvimento reunia vendedor, operador e comprador do imóvel. Em outros, o vendedor não sabia do esquema — mesmo o valor da venda de imóvel sendo depositado diretamente na sua conta. Em todos, porém, empresas lucravam com a comissão da venda e o valor era repartido entre os funcionários da Caixa que participavam do esquema e com os demais operadores.
Ao menos um deles já sinalizou o interesse de participar de um sistema de colaboração premiada para ter sua pena reduzida, caso seja condenado. De acordo com a CEF, alguns dos funcionários envolvidos já foram afastados dos seus cargos. Em suas contas, valores considerados ilícitos pela PF teriam sido depositados.
Crimes
Os suspeitos podem responder por associação criminosa, falsificação de selo ou sinais públicos, falsificação de documentos públicos, estelionato, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.
A Caixa Econômica Federal informou que a operação Dolos, deflagrada nesta terça-feira, foi identificada pelo banco por meio de mecanismos de controle interno. A Caixa encaminhou notícia-crime à Policia Federal, para apuração da ação criminosa.