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terça-feira, 30 de junho de 2015

Efeito colateral da apuração de ilícitos... Pimentel X. Cardozo / Veja

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/na-mira-da-pf-pimentel-apura-vazamentos-e-constrange-cardozo


BRASIL
SEGURANÇA

Na mira da PF, Pimentel apura vazamentos. E constrange Cardozo

Pedido coloca ministro da Justiça, já em processo de fritura no partido, em nova saia-justa: ele teme ser acusado de agir sob pressão do PT


Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT)(Valter Campanato/Agência Brasil/VEJA)

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), orientou seus advogados a pedirem abertura de investigação sobre o vazamento de informações sigilosas da Operação Acrônimo, da Polícia Federal (PF). Segundo disseram fontes do governo mineiro ao jornal O Estado de S. Paulo, o pedido deve ser formalizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro responsável por processos contra governadores, mas o alvo é mesmo a PF.

O pedido coloca numa saia-justa o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF é subordinada. Na semana passada, a Executiva Nacional do PT aprovou convite para o ministro explicar ao partido as ações da PF nas Operações Acrônimo e Lava Jato. Segundo pessoas próximas ao ministro, Cardozo está disposto a instaurar a investigação sobre o vazamento na Acrônimo, mas teme o desgaste político de ser acusado de agir sob pressão do partido, por causa do convite feito pelo PT.

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Fontes do ministério lembram que Cardozo nunca se negou a investigar supostos abusos da PF e chegou a instaurar um procedimento em relação ao vazamento de peças do inquérito que apura a formação de cartel no metrô de São Paulo a pedido de tucanos, em agosto de 2013.

Agora, o ministro, que já é alvo de fritura por parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por 'não controlar as investigações da Polícia Federal contra o partido', deve entrar também na linha de tiro da oposição - que poderá acusá-lo de pressionar a PF.

A Operação Acrônimo investiga indícios de caixa dois na campanha que elegeu Pimentel no ano passado. A primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, é uma das investigadas.

(Com Estadão Conteúdo)30/06/2015 às 08:23 - Atualizado em 30/06/2015 às 08:23