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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Cachoeira sai do celibato forçado - A Justiça no Brasil é boazinha... a fiança paga pela mulher de Cachoeira será devolvida: cem mil reais!

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/justica-permite-que-andressa-retome-visitas-intimas-para-cachoeira-em-presido-do-df-20120917.html

Justiça permite que Andressa retome visitas íntimas para Cachoeira em presído do DF

Foi determinado ainda que a fiança de R$ 100 mil que ela pagou seja devolvida IMG_1342701338.jpg (525×394)
Do R7A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região autorizou as visitas íntimas de Andressa Medonça ao companheiro, o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso no presídio da Papuda em Brasília (DF). Os desembargadores também ordenaram adevolução dos R$ 100 mil pagos como fiança por Andressa por determinação do juiz federal Mark Yoshida Brandão. 

Andressa Medonça havia sido proibida de visitar Cachoeira por conta de uma denúncia de que teria procurado o juiz federal Alderico da Rocha Santos, responsável pelo processo da Operação Monte Carlo. Ela teria dito possuir um dossiê que envolveria o juiz e outros três magistrados. Ojuiz federal entendeu a ameaça como corrupção ativa, e Andressa pagou R$ 100 mil para não ter a prisão preventiva decretada. 

A corte entendeu que a visita íntima é um direito do preso, que não pode ser suspenso como forma de punição, especialmente quando o autor da suposta infração não foi o preso. A decisão também revogou a proibição determinada a Andressa de manter contato com o juiz federal responsável pelo caso.

domingo, 26 de agosto de 2012

Ser honesto no Brasil é perigoso - Contador quer proteção policial para depor na CPI do Cachoeira - notícias em Política

Notícias da Política do Brasil aparecem mais na página policial...
G1 - Contador quer proteção policial para depor na CPI do Cachoeira - notícias em Política

26/08/2012 07h30 - Atualizado em 26/08/2012 07h30

Contador quer proteção policial para 



depor na CPI do Cachoeira


Ele aparece como responsável por IR de empresas que receberam da Delta.
Ex-mulher dele depôs à CPI; ela consta como sócia da Alberto & Pantoja.


Maria Angélica Oliveira G1, em Brasília

O contador Gilmar Carvalho Moraes afirma estar disposto a depor na CPI do Cachoeira, mas quer proteção – ele diz ter medo de ser morto. Em documentos da CPI, o contador aparece como responsável pelas declarações de imposto de renda de duas empresas que, segundo a comissão, receberam dinheiro da Delta, construtora supostamente vinculada ao grupo do contraventor.
Embora em documentos da Receita Federal recebidos pela CPI constem os números do CPF e do registro profissional de Moraes, ele nega ter feito as declarações de IR das empresas.
O contador afirma que teve os dados pessoais usados e diz ter uma suspeita sobre quem tenha feito isso, mas não quis revelar o nome da pessoa ao G1. Ele relata que, após o escândalo ter sido revelado, a pessoa de quem ele suspeita “desapareceu”. Questionado, afirma que não conhece nenhum dos citados no esquema Cachoeira.
“Nunca nem vi esses caras. Vou falar ‘vem cá, me dá pelo menos um milhão aí porque você me bota num rolo dessa porra e eu sem dinheiro aqui’. (...) Se a Polícia Federal é boa, ela vai saber quem foi que abriu essas contas, quem depositou, o gerente que abriu essas contas de conchavo com alguém. Os caras sabem, não são besta não”, desafia.
O nome de Gilmar Moraes surgiu na semana passada na CPI, quando a ex-mulher dele, a comerciante Roseli Pantoja da Silva, prestou depoimento como suspeita de ser sócia da Alberto & Pantoja, empresa investigada pela Polícia Federal por supostamente receber dinheiro da Delta, construtora que, segundo a PF, mantém vínculos com o grupo do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
“Depois que eu falar no Senado, posso falar na imprensa. Se te conto uma história que você divulga aí, você não vai poder me dar proteção. Então, depois que eu falar com o Senado e que me derem proteção, aí posso falar”, disse o contador.
Moraes afirmou que uma eventual manifestação neste momento sobre o assunto "pode acelerar [os trabalhos na CPI] e pode os caras me matar no outro dia (sic)".
No endereço da empresa, uma oficina
O nome, o CPF e o registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) de Moraes aparecem no campo "responsável pelo preenchimento" da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) no ano de 2011 da Alberto & Pantoja Construções e da Adecio & Rafael Construções, que posteriormente se tornou G&C Construções.
Juntas, as duas empresas receberam R$ 63,3 milhões da Delta de 2010 a 2012, segundo dados obitdos pela CPI. Para a G&C, foram destinados R$ 36,4 milhões, de acordo com a comissão, e, para a Alberto & Pantoja, R$ 26,9 milhões. Segundo a Polícia Federal, a Alberto & Pantoja teria repassado recursos para propina e caixa dois de campanhas.
G1 foi até o endereço da empresa, no Núcleo Bandeirante, no entorno de Brasília, que consta no cadastro da empresa na Receita Federal. No local, funciona uma oficina mecânica. O dono, Eduardo e Silva, diz que aluga o lugar há três anos.
"Olha e vê se aqui funciona uma empresa que vale milhões?", questiona. "Não conheço ninguém desse grupo e não sei como meu endereço apareceu lá."
Ex-mulher na CPI
Criada em 19 de fevereiro de 2010, a Alberto & Pantoja tem como representante "Rosely Pantoja da Silva", o mesmo nome da ex-mulher do contador, mas com duas diferenças: a grafia com "y" ao final do primeiro nome (em vez de ‘i’) e o número de CPF.
Embora possa se tratar de uma homônima, chamou a atenção dos parlamentares da PCI o fato de o ex-marido da comerciante figurar na declaração de imposto de renda da empresa.
Sem advogado, Roseli disse à CPI ter ficado sabendo do envolvimento de seu nome na investigação após ter sido avisada por Gilmar e negou qualquer ligação com o esquema de Cachoeira. Relatou que sequer tem carro e que possui dívidas no banco.
Procuração
A comerciante contou aos parlamentares que, em 2011, passou uma procuração a Gilmar Moraes para que ele a ajudasse a abrir uma loja – o que levantou suspeitas de que essa procuração pudesse ter sido usada na abertura da Alberto & Pantoja.
No entanto, quando ela passou a procuração ao ex-marido, a empresa estava criada havia quase um ano e meio.
“Se eles forem ver a data da procuração, vão ver que a data foi bem recente com relação a essas empresas que abriram sem o meu consentimento”, defende-se o contador.
Polícia Federal
Após o depoimento de Roseli na CPI, parlamentares pediram a convocação de Gilmar Moraes para depor e também a quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Os requerimentos ainda não foram votados.
“Eu vou lá [na CPI] porque quero que eles me mostrem. Já que a Polícia Federal é a melhor polícia que nós temos, quero que eles mostrem alguma ligação minha com esse povo aí, contato meu com esse povo, algum relacionamento meu. Se a Federal é uma polícia eficiente, quero que eles me mostrem”, diz o contador.
O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), diz que, se Gilmar Moraes solicitasse proteção, a CPI poderia pedir a ajuda da Polícia Federal.
"O que foi importante na fala da Roseli é que ficou evidente que eles montaram um esquema não só de se fazer empresas fantasmas, mas como criar pessoas usando nomes parecidos. Então confirma a tese de que construíram empresas fantasmas para servir um esquema de lavagem de dinheiro. Nós podemos ouvir outras pessoas. O Gilmar, por exemplo, é uma pessoa que pode confirmar essa tese."

sábado, 14 de julho de 2012

Mais do mesmo, como sempre


13/07/2012 20h40 - Atualizado em 13/07/2012 21h20

Justiça apreende bens de ex-presidente 

da Valec

Juiz que ordenou confisco dos bens é o mesmo do caso Cachoeira.
Imóveis do ex-dirigente ficarão indisponíveis até o final do processo.
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Escudada na nova Lei de Lavagem de Dinheiro, a Justiça Federal de Goiás determinou nesta quinta-feira (12) o confisco dos bens do ex-presidente da Valec Engenharia Juquinha das Neves, suspeito de desviar recursos de obras públicas. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o embargo do patrimônio do ex-dirigente da estatal seria o primeiro caso de aplicação da regra de combate à ocultação da origem de recursos obtidos por meio de atividades ilegais, que entrou em vigor na terça (10).
A ordem de embargo dos imóveis de Juquinha foi expedida pelo juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que mandou prender o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Em junho, o magistrado pediu para deixar o comando da Operação Monte Carlo após ele e sua família terem sido alvo de ameaças.

Juquinha foi preso pela Polícia Federal (PF), ao lado da mulher e do filho, na quinta-feira (5), durante a Operação Trem Pagador, que investiga desvios de recursos da Valec. A empresa pública, alvo de faxina da presidente Dilma Rousseff em 2011, é responsável pela construção de ferrovias no país.
Além do trio, o sócio do filho de Juquinha também foi detido pelos agentes federais. No entanto, após o vencimento do prazo de cinco dias da prisão temporária, todos foram colocados em liberdade.

De acordo com a PF, o ex-dirigente é suspeito de ocultação e dissimulação da origem de dinheiro e bens imóveis, rurais e urbanos, adquiridos em seu nome e de familiares, com recursos obtidos indevidamente durante sua gestão na Valec (2003 a 2011).

Para o procurador da República Hélio Telho, o patrimônio de Juquinha seria incompatível com o salário de aproximadamente R$ 20 mil que ele recebia na estatal federal. Entre os bens estariam duas casas localizadas em um condomínio de luxo de Goiânia e duas fazendas. Apenas uma das propriedades rurais estaria avaliada em R$ 21,36 milhões.

Os procuradores da República ajuizaram o pedido de penhora dos bens de Juquinha na quarta (11), um dia depois de a Lei de Lavagem de Dinheiro ter sido publicada no Diário Oficial da União.

Já na quinta (12), Moreira Lima acatou a solicitação do MPF e ordenou que os imóveis do ex-dirigente da Valec ficassem indisponíveis. No despacho que determinou o arresto dos bens de Juquinha, Moreira Lima afirmou que as supostas fraudes cometidas pela quadrilha instalada na Valec teriam causado um prejuízos aos cofres públicos de aproximadamente R$ 144 milhões.

“Observa-se que os supostos delitos antecedentes possivelmente acarretaram um dano expressivo aos cofres públicos, justificando-se, assim, o arresto dos bens, indicados pelo MPF, inclusive adquiridos em datas anteriores à empreitada criminosa ou ainda que resultantes de origem lícita, visando resguardar futura reparação dos danos”, justificou o magistrado na decisão.
Nova legislação
Uma das principais inovações da Lei de Lavagem de Dinheiro, sancionada no dia 9 pela presidente Dilma Rousseff, é a previsão de que recursos obtidos por meio de qualquer infração penal e ocultados sejam considerados ilegais. Antes da norma entrar em vigor, somente era considerada lavagem de dinheiro a ocultação de dinheiro oriundo de oito tipos de crimes (tráfico de entorpecentes, contrabando de armas, terrorismo, extorsão mediante sequestro, praticados por organização criminosa, contra a administração pública nacional ou estrangeira, e contra o sistema financeiro).

A punição prevista para as pessoas que cometerem o crime de lavagem de dinheiro continua sendo de 3 a 10 anos de prisão e a multa, que antes chegava a no máximo R$ 200 mil. Atualmente, a penalidade pode alcançar R$ 20 milhões.

Outra novidade da lei é a possibilidade de a Justiça determinar a apreensão de bens registrados em nome de "laranjas", pessoas ou empresas usadas por criminosos para tentar se desassociar formalmente do recurso. Anteriormente, a lei previa a apreensão só para bens ou valores que estivessem em nome do acusado da lavagem de dinheiro.

A alienação dos bens também poderá ser feita de forma mais rápida pelo juiz, evitando que os bens percam valor ao longo do tempo por deterioração. Ela não precisará ocorrer somente após o final do julgamento, como ocorria no passado, mas com o pedido liminar ou cautelar do juiz. Caso haja absolvição, os bens voltam para o réu.

sábado, 9 de junho de 2012

CPI próxima às eleições reforça a ideiade política “suja” na população - Brasil - R7

CPI próxima às eleições reforça a ideiade política “suja” na população - Brasil - R7

CPI próxima às eleições reforça a ideia de política “suja” na população

Especialista garante que políticos bons e ruins se igualam na percepção popular
Collor CPIReprodução Record News
"É um erro a aposta dos partidos de abrir a CPI visando lucros eleitorais"
Bicheiro discutiu venda da casa de Perillo por R$ 2,2 milhões
As luzes das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) sobre escândalos próximos às eleições têm um efeito devastador na imagem dos políticos. Pelo menos é esta avaliação do cientista político e professor-adjunto da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Geraldo Tadeu, para quem a CPI do Cachoeira vai reforçar na imagem do eleitor de todo o País a ideia de que a política é suja e não é exercida em benefício da população.

— O efeito é sempre negativo. Principalmente para os bons políticos, nesse momento em que precisam voltar aos eleitores para pedir votos.

Com formação na Université Panthéon Sorbonne (Paris) e doutorado em ciências políticas, Geraldo Tadeu lembra que 40% da população brasileira reforça suas convicções sobre a política por meio da televisão e classifica a CPI do Cachoeira como uma comissão sem foco ou objetivo, por nascer de fatos já investigados e apurados pela Polícia Federal (operação Monte Carlo), cujo único objetivo será o da batalha política entre partidos.

— As outras CPIs [mensalão, bingos e dos Correios] tinham um foco claro e objetivos bem definidos para a população. Essa, não, veio de denúncias já investigadas e surge para bagunçar. O que fica, do ponto de vista da população é a ideia de que a política é uma atividade suja, em benefício próprio.
Justiça multa PT e Haddad por propaganda antecipada

Para Geraldo Tadeu, o eleitor ainda não tem uma visão clara do que significou a suposta intervenção do ex-presidente Lula sobre o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, na tentativa de atrasar o julgamento dos 38 réus do mensalão, a maioria do PT e de partidos aliados ao seu governo.

— Esse caso ficou muito restrito à mídia impressa e, segundo nossas pesquisas, apenas 20% da população busca informações em mídias impressas. Por isso, talvez, o que tenha ficado na cabeça do eleitor é a versão de algo entre duas pessoas, sem caráter institucional.
Leia mais notícias no R7

O cientista político também classificou como erro a aposta dos partidos que incentivaram a abertura da CPI do Cachoeira visando apenas lucros eleitorais.

— O dragão [CPI] estava quieto, na caverna. Aí disseram, vamos soltar o dragão e depois ele volta. Mas, quando se solta um dragão não se consegue controlar sequer se ele vai morder só os inimigos. Os exemplos são os governadores Agnelo Queiroz (PT), Marconi Perillo (PSDB) e até o Sérgio Cabral (PMDB), que escapou.



terça-feira, 22 de maio de 2012

Está explicado...: depois da aparição das misses candidatas o depoente Cachoeira disse só falaria em outro local


22/05/2012 19h01 - Atualizado em 22/05/2012 19h23
Candidatas a Miss Brasil Globo 'visitam' CPI do Cachoeira

Elas estão em Brasília para a final do concurso, que será nesta quarta-feira.
Andressa Mendonça, mulher do bicheiro, já tinha chamado atenção na sessão.


Glauco Araújo
Do G1, em São Paulo
Candidatas a Miss Brasil Globo posam com José Sarney, presidente do Senado (Foto: Divulgação/Octávio D'Ávila)


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Carta do Capital Petista....

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/a-embromacao-da-carta-capital-e-da-record-por-flavio-morgenstern/


14/05/2012
 às 18:07 \ Feira Livre

‘A embromação da Carta Capital e da Record’, por Flavio Morgenstern

PUBLICADO NO SITE IMPLICANTE
“Jornalismo é publicar algo que alguém não quer que seja publicado.
Todo o resto é publicidade.”
– George Orwell
FLAVIO MORGENSTERN
A Carta Capital publicou na capa dessa semana uma capa fictícia da revista Veja (uma capa dentro da capa), com uma foto de Roberto Civita, atual presidente da editora Abril, e a chamada: “O Nosso Murdoch”. A provocação tenta igualar Roberto Civita a Rupert Murdoch, que fechou um jornal no Reino Unido, o News of the World, após um escândalo revelar que o tablóide fazia escutas ilegais de políticos, celebridades e cidadãos comuns.
O assunto da Carta Capital é a Veja. A revista de Mino Carta apenas saiu do armário e admitiu que não tem muito mais do que falar. Ou alguém se lembra de algum escândalo que tenha sido descoberto pelo jornalismo investigativo da Carta Capital? Algum caso de corrupção flagrado por ela? Algum ministro derrubado?
Não é a primeira vez em que isso ocorre. Quando o escândalo dos aloprados veio à tona, todas as revistas cuidaram de publicá-lo na primeira página. Carta Capital, temendo ficar mal com seus asseclas, esperou, e publicou uma capa em que afirmava que o segundo turno das eleições havia sido produzido por uma “farsa” entre a tríada satânica, responsável por todos os males do mundo: o PSDB, a Veja e a Globo. Todo o busílis foi baseado no fato de que, quando o escândalo vazou, havia um carro do PSDB na frente do hotel antes mesmo de a imprensa lá chegar. É com esse tipo de “fato” que a Carta Capital faz “denúncia”.
A tática funciona. Ninguém, absolutamente ninguém no mundo lê Carta Capital para se informar, e sim para acreditar que não precisa se informar na imprensa maior de idade. A revista é apenas lida para se confirmar o que já se pensa. Seu público é de petistas e esquerdistas de quilates mais violentos. A revista, incapaz de produzir uma denúncia, cega aos trambiques de Brasília ou de qualquer lugar do país e do mundo, muda quanto a qualquer desvio de conduta do PT, funciona apenas para aqueles que querem continuar acreditando na ideologia iluminada da esquerda, e que não podem ler qualquer jornal sem o alto risco de não conseguir mais sustentar a crença na competência e honestidade vermelha.
Suas relações com o governo são desabridas. Suas páginas têm um percentual altíssimo de propaganda estatal ─ percentual absurdamente maior do que o que há em qualquer outra revista. Uma propaganda pode servir para apresentar um produto novo (as vendas do SWU dos pôneis no ano passado valem um curso de marketing), para vendê-lo diretamente (como os anúncios em nossa própria página, ali do lado) ou para firmar uma marca. Como muitas das empresas estatais não têm concorrência, ou ao menos não precisam jogar regras de mercado para se preocupar com elas, não há produtos novos e nem venda direta, resta este último artifício.
Porém, por que firmar tanto a marca de uma empresa às vezes sem concorrentes ─ vamos supor, uma hipotética grande estatal de petróleo? Quando a propaganda não tem retorno auferível em números, e o dinheiro escorre em mão única, é de muito mais bom alvitre compreender que a empresa só está fazendo “propaganda” para financiar uma revista que lhe ajude de volta, falando bem do governo ─ uma espécie de Diário Oficial do Partido, com diagramação de semanal e texto mastigadinho para o leitor médio. Se a artimanha ainda soa teórica, analisemos em números: a Carta Capital possui tiragem média de 75 mil exemplares (menor do que o número de alunos da USP). A Veja possui tiragem de 1,2 milhões. Se você quer “firmar a marca” da estatal de sua preferência (mesmo aquelas sem concorrência, como a empresa de postagem e a de petróleo), em qual das duas revistas vai apresentar a marca ao povão? Nenhum leitor da Carta estranha o fato de o governo que a revista do Mino tanto elogia preferir entupir suas páginas com uma porcentagem muito maior de propaganda estatal. Nunca é demais lembrar: a Carta Capital oferecia desconto em assinatura para filiados ao PT, e a mamata só acabou por denúncia. Da Veja.
Com uma tiragem tão ínfima, é natural que ninguém, fora quem acreditará no Partidão não importa o que a realidade diga, se preocupe com suas páginas. Há também o fator psicológico: Mino Carta já trabalhou com Civita, depois preferiu o reino mais rentável de bajular os adversários da Veja. Primeiro partiu para a defesa de Orestes Quércia, depois chegou no PT e na operação “a culpa é toda da mídia golpista”. Só um psicanalista sem mais o que fazer se preocuparia com a saúde e higiene mental das páginas da Carta Capital. Ou seja, sempre sobra para nós o trabalho paleontológico e pouco higiênico de descer às crostas do jornalismo do Reino Monera.
O nosso capachão
Em coluna de Maurício Dias, após um sem número de ilações e dislates pouco substanciosos sobre a Veja (a velha tática de afirmar generalidades como prova, à guisa de “a revista sapateia as regras do jornalismo”), há um clímax que ultrapassa muito as raias do delírio. Afirmando que “a imprensa brasileira, particularmente, tem assombrosos erros históricos” (erros históricos? alguma nasceu na data errada? alguma publicou algo antes de ela própria existir?), o “prontuário inclui, entre outros, a participação na pressão que levou Vargas ao suicídio, em 1954″. Tradução: se a imprensa faz pressão sobre uma figura pública, um governante, um presidente ou um ditador, ela, a imprensa, está cometendo um erro histórico. Onde já se viu uma coisa dessas?! Liberdade de imprensa não é liberdade para fazer pressão sobre ditadores ─ ainda mais se estes pedem pinico. A Carta Capital usa um argumento pior do que os lunáticos da FOX News, que atribuem à “mídia golpista da Costa Leste” o escândalo que derrubou Nixon. Deixando bem claro: Nixon, um dos piores presidentes do século, estava longe de ser um ditador como Getúlio Vargas.
Antes da “bombástica” matéria de capa, também a coluna do próprio Mino Carta, que exige um grau de leitura very hard, já tasca de cara que a  Mino também afirma que “a corporação é o próprio poder” (interpretem aí), “de sorte a entender liberdade de imprensa como a sua liberdade de publicar o que bem lhe aprouver. A distorcer, a inventar, a omitir, a mentir”. Descontando a velha ojeriza pela liberdade de imprensa dos outros, é o tipo de acusação que faz leitores da Carta Capital jurarem que provaram que sua nêmesis “distorceu, inventou, omitiu e mentiu”, sem apontar uma única linha que comprove o fato.
Ao marcar cada frase da reportagem principal passível de discussão em caneta vermelha, as páginas ficam mais vermelhas do que o jornal do PCO.
A tal reportagem, assinada por Cynara Menezes, afirma que “Veja serviu antes de tudo aos interesses políticofinanceiros (sic) de um grupo organizado de criminosos”. O fato é que Veja usou Cachoeira como fonte ─ o que denunciou a quadrilha do Ministério dos Transportes / Dnit que Dilma mesma acabou por demitir em massa. A quadrilha do Dnit era um aparelhamento de cima abaixo orquestrada por José Dirceu. Havia uma encrenca entre Dirceu e Cachoeira. Para denunciar Dirceu, Veja usou quem tinha as melhores fontes possíveis: seu arqui-inimigo. Alguém aí pensaria em fonte diferente? E por acaso, inverter a lógica também não funcionaria? Criticar Cachoeira acaso seria “servir aos interesses politicofinanceiros (bleaght) de Dirceu”? Ademais, Dirceu e Cachoeira estarem concorrendo em algo já não é vergonha demais pra um país só?
 Reportagem dessa mesma semana no semanário da Abril mostra fotos de Sérgio Cabral na esbórnia em hotéis caríssimos de Paris com Fernando Cavendish, presidente da construtora Delta, atolada, pode-se dizer literalmente, nas obras superfaturadas que forneceram o mar de dinheiro sujo que gerou todo o atual escândalo. As fotos foram publicadas no blog de Anthony Garotinho e de César Maia, ambos inimigos entre si, mas também inimigos de Sérgio Cabral na velha disputa pelo governo do Rio de Janeiro. Acaso Veja estaria “servindo antes de tudo aos interesses políticofinanceiros (sic)” de Garotinho e Maia? Devemos ignorar as fotos graças às fontes? Será que Carta Capital teria coragem de, ao invés de informar uma generalidade, com todas as fontes “melhores” que possui e o jornalismo investigativo de maior qualidade que julga praticar, afirmar claramente qual crime arrolado no Código Penal a revista Veja teria cometido? Tim Lopes, se sobrevivesse, deveria então ser investigado por uma CPI?
Seguem-se três longos parágrafos (cerca de 40% das primeiras 2 páginas de 5) de ilações sobre Rupert Murdoch. É uma comparação tão infundada que ultrapassa os limites da boa-fé. Murdoch praticou escutas ilegais. Veja tinha uma fonte que cagüetou falcatruas de um inimigo. Nenhuma atitude minimamente similar, que dirá qualquer crime, para haver tanta vontade de pechar Civita como “o nosso Murdoch”. Os que adoram criticar a Veja, por sinal, não se furtam a pegar opiniões de gente muy amiga dos chefões das falcatruas inimigas. Quantas vezes por aí você viu Luis Nassif, Vladimir Safatle, Paulo Henrique Amorim et caterva lado a lado a José Dirceu, em evento com dinheiro público, onde todos falam, justamente, sobre mídia? Quem pode dizer que “Nassif, Safatle e Paulo Henrique Amorim servem antes de tudo aos interesses politicofinanceiros de José Dirceu”? E não soa, assim, até crível tal hipótese?
A própria reportagem dá ensejo a tal idéia logo após. Os encontros de José Dirceu, ex-ministro todo poderoso apeado do cargo por ser considerado o “chefe da quadrilha” pelo Procurador Geral da República, aparece como vítima da “parceria Veja-Cachoeira”, quando Dirceu dá queixa na polícia após um repórter da revista tentar entrar no apartamento em que se hospedava em um hotel de Brasília.
A defesa do “chefe da quadrilha”, ao invés de mostrar alguma prova de algo, é prestar uma queixa contra um repórter meio atrapalhado? A reportagem ainda questiona: “qual a relevância da divulgação de encontros feitos à luz do dia em um local público da capital federal?” Ora, um hotel não é um local público, ou Dirceu não poderia dar queixa. E que relevância tem um ex-ministro envolvido em denúncias que somam 111 anos de prisão fazer encontros com o presidente da Petrobras, o ministro do Comércio Exterior, além de deputados do porte de Vaccarezza e senadores (dois do PSDB, pra quem acredita que é uma disputa partidária em jogo)? Não há nada de estranho nisso? Não há nada a estranhar de Dirceu ter sido contratado pela Delta como uma assessor empresarial da única empresa do ramo inteiramente baseada em contratos públicos? Aliás, da principal empresa do PAC, defendido tão aguerridamente pela Carta Capital?

domingo, 13 de maio de 2012

PAC, sigla de Cachoeira Projetos...

http://colunas.revistaepoca.globo.com/guilhermefiuza/2012/05/03/dilma-e-o-fantasma-da-delta/

Dilma e o fantasma da Delta

(Época – edição 728)

Dilma Rousseff pediu à sua assessoria um “pente fino” nos contratos da construtora Delta com o governo federal. A presidente da República quer saber se há irregularidade em alguma dessas obras. O Brasil assiste embevecido a mais uma cartada moralizadora da gerente. Mas o ideal seria ela pedir à sua assessoria, antes do pente fino, uns óculos de grau. Se Dilma não enxergou o que a Delta andou fazendo com seu governo, está correndo perigo: pode tropeçar a qualquer momento num desses sacos de dinheiro que atravessam o seu caminho, rumo às obras superfaturadas do PAC.
Como todos sabem, até porque Lula cansou de avisar, Dilma é a mãe do PAC. Por uma dessas coincidências da vida, a Delta é a empreiteira campeã do PAC. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), as irregularidades nas obras tocadas pela Delta vêm desde 2007. A mãe do PAC teve pelo menos cinco anos para enxergar com quem o seu filho estava se metendo. E a Delta era a principal companhia do menino, andando com ele pelo Brasil afora num variado roteiro de traquinagens. Mas as mães de hoje em dia são muito ocupadas, não têm tempo para as crianças.
Felizmente, sempre tem uma babá, uma vizinha, uma amiga atenta para abrir os olhos dessas mães distraídas. Dilma teve essa sorte, em setembro de 2010. A CGU, que vive controlando a vida alheia – uma espécie de bisbilhoteira do bem –, deu o serviço completo: contou a Dilma e Lula (a mãe e o padrasto) que o PAC vinha sendo desencaminhado pela Delta. Superfaturamento, fraudes em licitações, pagamento de propinas e variadas modalidades de desvio de dinheiro público – inclusive com criminosa adulteração de materiais em obras de infra-estrutura – estavam entre as molecagens da empreiteira com o filho prodígio da então candidata a presidente.
De posse do relatório da CGU, expondo a farra da Delta nas obras do PAC, o que fez Dilma Rousseff? Eleita presidente, assinou mais 31 contratos com a Delta.
Talvez seja bom explicar de novo, para os leitores distraídos como a mãe do PAC: depois da comunicação à administração federal sobre as irregularidades da Delta, a empreiteira recebeu quase R$ 1 bilhão do governo Dilma. Agora a presidente anuncia publicamente que passará um pente fino nesses contratos, e a platéia aplaude a faxina. Não só aplaude, como dá novo recorde de aprovação a esse mesmo governo Dilma (64% no Datafolha), destacando o quesito moralização. Infelizmente, pente fino não pega conto-do-vigário.
Mas o show tem que continuar. E já que o público está gostando, a presidente se espalha no picadeiro. Depois da farra da Delta, que teve seu filé mignon no famigerado Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), Dilma diz que quer saber se a faxina no órgão favoreceu Carlinhos Cachoeira. Tradução: depois de ter que demitir apadrinhados de seus aliados porque a imprensa revelou suas negociatas, Dilma quer ver se ainda dá para convencer a platéia de que o escândalo foi plantado pelo bicheiro. É claro que dá: se Lula repete por aí que o mensalão não existiu (e não foi internado por causa disso), por que não buzinar a versão de que o caso Dnit foi uma criação de Cachoeira?
Pelo que indicam as escutas telefônicas da Polícia Federal, o bicheiro operava com a Delta na corrupção de agentes públicos. Dilma e o PT são candidatos a vítimas desse esquema – daí Lula ter forçado a CPI do Cachoeira. O problema na montagem dessa literatura é que a Delta, mesmo depois da revelação do esquema e da prisão do bicheiro, continua recebendo dinheiro do governo Dilma – R$ 133 milhões só em 2012, e através do Dnit…
A atribulada mãe do PAC não notou a Delta, não percebeu Cachoeira, engordou o milionário esquema deles no Dnit durante anos por pura distração, e agora vai moralizar tudo isso com o seu pente fino mágico. Na próxima rodada das pesquisas de opinião, o vigilante povo brasileiro saberá reconhecer mais essa faxina da mulher destemida, dando-lhe novo recorde de aprovação.
Nesse ritmo, a CPI do Cachoeira vai acabar concluindo que até o escândalo do mensalão foi provocado pelo bicheiro (essa tese já existe). E Dilma conquistará para o PT o monopólio da inocência

sábado, 28 de abril de 2012

A CPMI de Cachoeira está sob suspeita....

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cachoeira-%E2%80%9Cveja%E2%80%9D-e-a-verdade-sobre-o-governo-paralelo-de-jose-dirceu-num-quarto-de-hotel-ou-acabou-a-farsa-ze-tente-outra-vez/
28/04/2012
 às 18:54

CACHOEIRA, “VEJA” E A VERDADE SOBRE O GOVERNO PARALELO DE JOSÉ DIRCEU NUM QUARTO DE HOTEL. OU: ACABOU A FARSA, ZÉ! TENTE OUTRA VEZ!

O subjornalismo a serviço de José Dirceu e da escória do mensalão mudou um pouquinho de tom. Teve de revelar a sua real face. O objetivo é mesmo proteger aquele que é chamado de “chefe de quadrilha” pelo Procurador Geral da República.
Muito bem! Até ontem, a escória fazia marola na rede: “O jornalista da VEJA fez isso e aquilo; está de conluio com Cachoeira…” O inquérito, agora tornado público, deixa claro o que as pessoas decentes já sabiam: o profissional da VEJA atua em busca de informações que interessam ao público. Tanto não estava a serviço de Cachoeira que reportagem da revista sobre a Delta preocupa o grupo. Diálogos entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres flagram os dois se articulando para abafar a repercussão da notícia. SABEM QUEM ESTAVA, NA PRÁTICA, QUERENDO OU NÃO, ATUANDO EM FAVOR DE CACHOEIRA? AQUELES QUE IGNORARAM A REPORTAGEM DA VEJA.
Nota à margem: pessoalmente, sou favorável ao fim do sigilo de justiça em inquéritos por uma razão simples: sempre há vazamento, e quem opera para isso fica impune. Como não se conhece o conteúdo do inquérito, alguns canalhas escrevem o que bem entendem. O que há mesmo lá contra a VEJA? Nada! Só há coisas a favor. Ou então vamos ver.
1: José Dirceu é ex-deputado, cassado por corrupção.
2: José Dirceu é acusado de chefe de quadrilha em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal.
3: José Dirceu é “consultor” de empresa privadas nacionais e estrangeiras.
4: José Dirceu é chefão informal — não tem nem cargo na Executiva — do PT.
Muito bem! Se alguém com esse currículo está se encontrando, de forma clandestina, com autoridades dos Poderes Legislativo e Executivo em quartos de hotel, em meio à crise que resultou na queda do chefe da Casa Civil, pergunta-se:
a) isso é ou não é notícia?
b) isso deve ou não vir a público?
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O clima e o roteiro da CPMI Cachoeira está perdendo a confiabilidade...

Sábado, Abril 28, 2012

DADOS DA CPI VAZAM E SÃO PUBLICADOS EM SITE QUE TEM ZÉ DIRCEU E DELÚBIO SOARES COMO ARTICULISTAS.

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai acionar a Polícia Federal e o Ministério Público Federal para apurar os responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas do inquérito que tramita sob segredo de justiça na Corte para investigar ligações entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira, depois que o relator do inquérito, ministro Ricardo Lewandowski, conversou longamente com o presidente do tribunal, ministro Carlos Ayres Britto. Ambos estavam consternados e consideraram absurdo o fato de dados sigilosos já estarem disponíveis a setores da imprensa. O site de notícias Brasil 247 publicou o pedido do Ministério Público para abertura de inquérito contra o senador Demóstenes.
Até agora, tiveram acesso ao inquérito os advogados das partes. Nesta sexta-feira, Lewandowski também liberou o acesso à CPI mista do Congresso Nacional que investiga as relações de Cachoeira, além do Conselho de Ética do Senado e da Comissão de Sindicância da Câmara dos Deputados, que investigam o envolvimento de parlamentares com o bicheiro. Como o presidente da CPI , senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), não foi encontrado em seu gabinete, o inquérito ainda não foi entregue às comissões. Do site de O Globo