Termina nesta terça-feira, dia 29, o prazo para inscrição dos candidatos ao título de Homem sem Visão de Setembro. Por enquanto, estão na disputa Chico Buarque, Joaquim Levy e Luciana Lóssio. O troféu mensal será entregue a vencedor da votação na enquete que estará à disposição dos leitores-eleitores entre 30 de setembro e 1° de outubro.
Chico Buarque foi lançado por centenas de leitores-eleitores impressionados com a entrevista que concedeu ao companheiro João Pedro Stédile, chefão do MST e general do exército fantasma de Lula. Num dos melhores piores momentos da conversa, Stédile e Chico prometem lutar até a morte para garantir que a Petrobras continue sob o controle dos quadrilheiros do Petrolão.
Joaquim Levy, ministro da Fazenda, ficou com cara de campeão ao enxergar um “pacote fiscal” no embrulho que quer trazer de volta a falecida CPMF, ressuscitada com outro nome para que o povo financie o fechamento do rombo aberto pela estupidez econômica, pela inépcia administrativa e pela incompetência política dos governos lulopetistas.
Luciana Lóssio, advogada com larga folha de serviços prestados ao PT e, por isso mesmo, ministra do Tribunal Superior Eleitoral desde 2013, entrou na briga de foice por não conseguir enxergar uma única irregularidade nas campanhas de Dilma ou nas prestações de contas do partido que trata como inocente desde quando ainda cursava a Faculdade de Direito.
Indique seu preferido ou lance outro candidato, amigo. Faltam poucas horas para o começo da votação na enquete que escolherá o ganhador da penúltima vaga na finalíssima de dezembro.
Tags: Chico Buarque, HSV, Joaquim Levy, Luciana Lóssio, setembro
Em 1min45, um porta-voz dos brasileiros traídos descreve o paraíso dos corruptos
Tags: corrupção, Dilma Rousseff, Lula, Petrobas, PT, Serra Pelada, Serra tomada
O jurista Hélio Bicudo estará no centro do Roda Viva desta segunda
O jurista Hélio Bicudo estará no centro do Roda Viva desta noite, ao lado da advogada Janaína Paschoal. A bancada de entrevistadores será composta por Diego Escosteguy (editor-chefe da revista Época), Bela Megale (repórter de Política da Folha), José Alberto Bombig (editor de Política do Estadão), Flávio Freire (coordenador de Nacional e Política da sucursal do Globo em São Paulo) e Laura Diniz, do site Jota.Info.
O programa, com ilustrações em tempo real do cartunista Paulo Caruso, começará às 22 horas, com transmissão ao vivo da TV Cultura. Entre outros temas, será debatido o pedido de impeachment apresentado ao Congresso por Bicudo e Janaína.
Tags: Hélio Bicudo, PT, Roda Viva, TV Cultura
Rolf Kuntz: Um governo em liquidação
Publicado no Estadão
ROLF KUNTZ
Num aperto danado, com 985 mil empregos formais fechados em um ano, a presidente Dilma Rousseff resolveu vender o Ministério da Saúde ao PMDB, em troca de proteção contra o impeachment e de apoio a medidas de ajuste. A oferta, quase no estilo “família vende tudo”, envolve um pacote ministerial. Mas a decisão de trocar o companheiro Arthur Chioro por um peemedebista qualquer tem significado particular.
“A tragédia e a chanchada” e outras sete notas de Carlos Brickmann
Publicado na Coluna de Carlos Brickmann
CARLOS BRICKMANN
É uma frase clássica de Karl Marx, o grande ídolo da esquerda que estudou: a História acontece como tragédia e se repete como farsa.
Fernando Collor, tentando salvar seu governo ameaçado pelo impeachment, montou o Ministério dos Notáveis, com Marcílio Marques Moreira, Célio Borja, Eliezer Batista. Não se salvou; e jogou a culpa pela tragédia pessoal em seus ministros, por terem compromisso maior com o país do que com o governo.
Fernando Collor, tentando salvar seu governo ameaçado pelo impeachment, montou o Ministério dos Notáveis, com Marcílio Marques Moreira, Célio Borja, Eliezer Batista. Não se salvou; e jogou a culpa pela tragédia pessoal em seus ministros, por terem compromisso maior com o país do que com o governo.
Dilma Rousseff, tentando salvar seu governo ameaçado pelo impeachment, anunciou publicamente que iria demitir o ministro da Saúde para entregar o cargo ao PMDB. Não conseguiu encontrar um nome, e a crise continua; e o ministro que deixou de ser ministro continua a ser ministro, só que sem mandar nada.
J. R. Guzzo: Fim de feira
Publicado na versão impressa de VEJA
J. R. GUZZO
Tudo que começa mal acaba mal, mas o governo da presidente Dilma Rousseff conseguiu trazer uma novidade para esse antigo ensinamento da sabedoria popular ─ está sendo capaz de acabar mal o que nunca chegou a começar. Um dia, mais cedo ou mais tarde, a presidente vai atravessar pela última vez a porta do Palácio do Planalto; é possível, até mesmo, que só acabe indo embora no fim do seu período oficial no emprego, em 1º de janeiro de 2019, data que cada vez menos gente ainda acha que é para valer. Mas, seja lá qual for o dia da saída, Dilma já está acabando. Deixa atrás de si, apenas, algo que Vinicius de Moraes descreveria como uma casa muito engraçada, que não tinha teto, não tinha nada; nela ninguém podia entrar não, porque a casa não tinha chão. É claro que muita gente acha bem pouca graça, ou não acha graça nenhuma, na conta que a presidente está assinando para largar em cima da mesa. Trata-se de um caso raro, sem dúvida: ao contrário do que em geral acontece com as casas, seu governo foi demolido, por ela própria, antes de ser construído. Mas é certo que será isso, precisamente, que vai sobrar após os “X” anos e “Y” meses, dias e horas que Dilma terá passado na Presidência da República: um sombrio trabalho de remoção de entulho, com preço exorbitante, sem previsão de entrega e com resultado final incerto. Seu destino, para quem acredita em destino, era ser derrotada ao fim da linha. Para quem não acredita, ela está acabando mal simplesmente porque nunca fez o mínimo necessário para acabar de outro jeito.
Fatiamento? O nome certo é trapaça
Sempre que craques da Justiça ameaçam golear campeões da bandidagem, juízes do Supremo Tribunal Federal arranjam algum pretexto para atrapalhar atacantes cujo esquema tático é tão singelo quanto eficaz: aplicar a lei. Foi assim no julgamento do mensalão: os delinquentes estavam a um passo da prisão em regime fechado quando o STF exumou um certo “embargo infringente”.
O palavrão em juridiquês reduziu crime hediondo a contravenção de aprendiz, transformou culpado em inocente e acabou parindo duas brasileirices obscenas: a quadrilha sem chefe e o bando formado por bandidos que agem individualmente, nunca em grupo. Agora incomodado com o desempenho exemplar do juiz Sérgio Moro, dos procuradores federais e dos policiais engajados na Operação Lava Jato, o Supremo inventou o que a imprensa anda chamando de “fatiamento” do escândalo.
Fatiamento coisa nenhuma. O nome certo é trapaça.
Fernando Gabeira: Navegando no pântano
Publicado no Estadão
FERNANDO GABEIRA
Navegando no pântano do Rio Pandeiros, no norte de Minas, tive uma intuição sobre o curso das coisas no Brasil. As plantas aquáticas dominavam o caminho, não se via água. Onde estava o leito do rio? Nosso objetivo era alcançar o São Francisco onde o Rio Pandeiros desemboca.