CRÔNICA
Cartas de Buenos Aires: O real valor desta cidade
Turistas brasileiros em Buenos Aires têm reclamado que está tudo mais caro por aqui. E está mesmo. Muito mais. Quando cheguei à Argentina, há três anos, por exemplo, o trajeto do aeroporto de Ezeiza para a cidade custava 80 pesos. Agora são 200 pesos.
É o primeiro choque que o sujeito tem quando sai do avião. Mas há outros. A inflação é um dos principais problemas a ser enfrentado pelo atual governo.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INDEC) prevê para este ano uma inflação de 9,8%. Mas todos sabem que a alta do custo de vida é muito mais veloz do que a divulgada pela Casa Rosada. Economistas privados falam em 25%. Para os curiosos, sugiro espiar o sitewww.inflacionverdadera.com, que publica diariamente os preços de 150 produtos.
Na realidade não precisa de índice. Reconhecido como um dos serviços mais baratos da capital portenha, o táxi é apenas um dos exemplos de como a cidade tem ficado mais cara. Foram dois aumentos pesados somente no ano passado. Hoje, para calcular uma corrida, o ideal é consultar antes o blog viajo en taxi. O bife de chorizo também ficou salgado (não menos de 60 pesos) e valor dos alugueis temporários dispararam.
A boa notícia é que os brasileiros agora podem relaxar, deixar um pouco as compras de lado e realmente curtir a cidade, que oferece um monte de atividades gratuitas(ou quase) e está de matar de linda no Outono.
Caminhar pelos parques nesta época do ano, admirando esculturas de grandes artistas, Rodin inclusive, é uma das melhores pedidas. Entrar em qualquer museu nacional, como o de Belas Artes, recentemente reformado, também não custa nada.
Leia a íntegra em O real valor de Buenos Aires
Gisele Teixeira é jornalista. Trabalhou em Porto Alegre, Recife e Brasília. Recentemente, mudou-se de mala, cuia e coração para Buenos Aires, de onde mantém o blog Aquí me quedo, com impressões e descobrimentos sobre a capital portenha