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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Gestão de Cristina Kirchner inferniza economia argentina

Crise argentina | 17/04/2013 05:55

Está difícil conviver com Cristina Kirchner

A economia argentina entra numa espiral de problemas provocados por políticas arcaicas e populistas comandadas por Cristina Kirchner. Sofrem argentinos, sofrem brasileiros que fazem negócios com o país vizinho

Roberta Paduan e Natalia Montagna, de 

Handout/Getty Images
Cristina Kirchner
Cristina Kirchner: sua obsessão intervencionista está levando o país para a beira do abismo
Buenos Aires - É preciso ter coragem para fazer o que o aposentado argentino Vicenzo Milano (que usou um pseudônimo para não ser identificado) fez há um mês. Acompanhado de um amigo, Milano dirigiu 1 800 quilômetros, de sua casa, em Buenos Aires, a Itapema, em Santa Catarina, levando 150 000 dólares em dinheiro vivo.
Após 35 horas de viagem, ele fechou a compra de um imóvel no Brasil e respirou aliviado. Suas economias, de mais de três décadas de trabalho, estavam finalmente protegidas.
O risco de ser assaltado na estrada pesou menos que o medo de manter a poupança da vida inteira em casa (o temor de uma desvalorização do peso e até um de um confisco faz com que hoje nenhum argentino deposite dólares no banco).
O rumo da economia sob o comando da presidenteCristina Kirchner está provocando um clima de salve-se quem puder. No Brasil, o impacto da deterioração no vizinho do sul também é sentido de maneira severa.
Além de ser o terceiro destino das exportações brasileiras (reduzidas 20% em 2012), a Argentina concentra duas centenas de filiais de empresas com matriz no Brasil. Quase todas tiveram planos de negócios frustrados em razão da inflação galopante e das medidas intervencionistas de Buenos Aires.
No início de abril, a subsidiária da brasileira Deca, a Deca Piazza, fabricante de louças e metais sanitários, fechou as portas, demitindo os 140 funcionários que lhe restavam.
Em março, a mineradora Vale suspendeu um investimento bilionário de extração de potássio na província de Mendoza, que seria a maior injeção de capital estrangeiro no país. A empresa de alimentos JBS reduziu sua operação de cinco para um só frigorífico. Já a operadora logística ALL, concessionária de duas ferrovias no país desde 1999, tenta vender ambas as concessões há mais de um ano.
Hoje, a inflação, que roda perto dos 30% ao ano, é o ponto nevrálgico da economia argentina. Em três anos, a escalada de preços transformou em 11 bilhões de dólares o projeto de extração de potássio da Vale, quase o dobro do valor orçado originalmente.
“O pior é que o modo como a inflação foi tratada não só alimentou a alta dos preços como também criou uma armadilha dificílima de desarmar”, afirma Juan Barboza, economista do banco de investimento Itaú BBA em Buenos Aires.
O populismo norteou a maneira de Cristina Kirchner lidar com o tema. “Ela preferiu quebrar o termômetro em vez de medir a febre e tomar os remédios certos para curar a infecção”, afirma Alberto Alzueta, presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira. “Ou seja, em vez de elevar juros e segurar gastos públicos, interveio no órgão de estatística para negar a alta de preços.” 
Para completar, cresceu a interferência nos negócios. Medidas para segurar a inflação e evitar o desabastecimento de carne no país atingiram em cheio o JBS. O governo determinou que, a cada 2,5 quilos de carne exportada, os frigorí­fi­cos vendam 1 quilo ao mercado domés­ti­co a preço tabelado e abaixo do custo.
Em vigor até hoje, a regra demoliu os pla­nos do JBS, que entrou na Argentina em 2005 com a compra da Swift. 
O objetivo era tornar a operação de lá grande fornecedora de carne fresca para a Eu­ropa. Mas, para compensar as vendas fracas no mercado interno, o JBS teve de aumentar o preço da carne exportada a um valor que tornou inviáveis as ven­das externas. Resultado: quatro de seus cinco frigoríficos foram desativados.
O único ainda em atividade produz alimentos industrializados de baixo valor agregado, como hambúrgueres. Nos últimos meses, o governo apelou para o congelamento geral de preços. A medida, que deveria terminar em março, já foi estendida até o fim de junho e tem grande chance de durar até outubro, quando haverá eleições legislativas.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Exportações argentinas diminuem, o dólar sobe ....

http://www.ieco.clarin.com/economia/Caen-exportaciones-ponen-presion-dolar_0_705529480.html

ECONOMÍA

23 MAY 2012 01:13h

TRABAS AL COMERCIO

Caen las exportaciones y ponen más presión al dólar

Es la primera vez en 30 meses. Bajan 6% respecto de 2011 por la sequía y las trabas de Moreno. Los menores ingresos llevan también al freno a importados. La compra de bienes de capital cayó 46%.
PorISMAEL BERMÚDEZ
Por primera vez en 30 meses, en abril la Argentina exportó menos que en igual mes de 2011.
La caída fue del 6% .
Eso se debió a un conjunto de factores, como la menor demanda mundial y la baja de los precios internacionales por la crisis que afecta a buena parte del planeta, pero también a razones locales, entre los que se destacan, la menor cosecha, los tironeos comerciales con Brasil y Uruguay y la apreciación del peso con relación al euro y al real.
Esta disminución de las ventas al exterior implica menores ingresos de divisas . De ahí que con este escenario, el Gobierno acentuó las restricciones a las importaciones e impuso un cepo casi total a la compra de dólares . Estas medidas afectaron aun más la actividad económica interna y también a las exportaciones. Y recrearon con mayor intensidad el mercado paralelo del dólar.
Aún así, con menores ventas al exterior, el superávit comercial creció porque hubo un freno muy fuerte a las importaciones.
Los datos oficiales del INDEC indican que en tanto las ventas al exterior disminuyeron un 6%, las importaciones se contrajeron un 14%.
Así, el mes pasado el excedente comercial sumó U$S 1.827 millones, casi un 23% más que en abril de 2011. La casi totalidad de ese excedente fue comprado por el Banco Central que destinó gran parte de esas divisas a cancelar deuda.
El anterior retroceso exportador comenzó en noviembre de 2008 y duró hasta octubre de 2009, en medio un contexto de fuerte recesión . En 2009, la economía cayó más del 3%, según las mediciones alternativas.
Ahora, algunos especialistas sostienen que la caída de las exportaciones es otro indicador de que la desaceleración económica podría dar lugar un ciclo recesivo.
La caída de las exportaciones- bajaron de U$S 7.149 millones a U$S 6.687 millones – U$S 462 millones menos – y fue casi generalizada ya que abarcó a la mayoría de los rubros y a buena parte de las regiones y países.
Los mayores retrocesos afectaron a las manufacturas agropecuarias (-11%), los productos industriales (-9%) y los bienes primarios (-4%). Y se vendió menos al Mercosur, a los países del NAFTA, Unión Europea, Asia, Medio Oriente y Norte de África.
Por productos, el mayor descenso se verificó en harinas y pellets de soja, por caídas tanto de las cantidades vendidas como en los precios. Le siguieron los porotos de soja, el aceite de girasol y de soja. Entre las manufacturas industriales, cayeron las ventas de aluminio, de tubos sin costura, de aceros para entubación o producción de petroleo y las ventas de autos, en especial a Brasil.
En cambio, aumentaron las ventas de trigo a Marruecos, Brasil y Perú, petroleo crudo a Chile y EE.UU. y biodiesel a España y Países Bajos. Llamativamente se exportó un 22% más de petroleo mientras aumentó la factura de Combustibles y Lubricantes un 46%.
En los primeros 4 meses del año, el excedente comercial es de U$S 4.795 millones, casi un 57% más que en el iguales meses de 2011. Las exportaciones sumaron U$S 24.971 millones (+ 4%), mientras las importaciones sumaron U$S 20.175 millones (-4%).
En los primeros 4 meses de 2012 las mayores caídas de las exportaciones se dan en la soja, autos, aluminio y naftas.
Básicamente, ahora el superávit comercial está concentrado en la región asiática, Chile, Medio Oriente, Corea, India, Norte de África y algunos países latinoamericanos. En cambio, el comercio es deficitario con China, Brasil, NAFTA, Japón, Y está casi equilibrada con la Unión Europea.