As conclusões foram obtidas depois de 27 astronautas serem analisados ao cérebro através de exames de ressonância magnética. Em média, os profissionais tinham passado 108 dias no espaço, cerca de três meses e meio. Oito deles voltaram ao espaço por mais um período médio de 39 dias e foram examinados de novo. Os profissionais tinham feito missões nos vaivéns espaciais ou tinham ficado na Estação Espacial Internacional durante mais tempo.
“Os exames revelaram uma combinação variada de anormalidades após uma exposição cumulativa à microgravidade tanto de longo como de curto prazo”, explicou Larry Kramer, médico radiologista e investigador da University of Texas Medical School, Houston, e líder do estudo.
A situação é muito semelhante à hipertensão intracraniana, uma condição médica rara que ainda não está explicada e que ocorre quando aumenta a pressão dentro do crânio, o que faz pressionar tanto o cérebro como a parte interior dos olhos.
“Estas mudanças que ocorrem durante a exposição à microgravidade podem ajudar os cientistas a compreender melhor os mecanismos responsáveis pela hipertensão intracraniana em pacientes que não fazem viagens espaciais”, sugeriu Kramer em comunicado.
O estudo aconteceu depois de alguns astronautas queixarem-se de alterações na visão, alguns para melhor outros para pior, depois das viagens ao espaço. Dos 27 astronautas observados, nove tinham um expansão do fluído espinal à volta do nervo óptico, seis tinham a parte de trás do olho achatada, quatro tinham o nervo óptico inchado e três tinham alterações na hipófise, uma glândula que segrega várias hormonas.
Uma das alterações provocadas pela microgravidade é uma mudança na distribuição dos fluidos corporais que migram das pernas para a parte anterior do corpo. Este fenómeno faz inchar a cara dos astronautas e apaga as rugas da pele. Mas uma potencial alteração no cérebro dos astronautas será uma novidade caso se confirmar.
“Se é produzido mais fluído espinal, ou se é menos reabsorvido, aumenta-se a pressão dentro do cérebro. Já que o crânio é osso, não há nada que deixe a tensão libertar, com uma excepção, os olhos. Isso leva a um achatamento do olho, e por isso a visão altera-se”, disse Volker Damann, citado pelo Guardian. O especialista é responsável pelo departamento médico da Agência Espacial Europeia, em Colónia, Alemanha.
“Há enormes ramificações políticas, sociais e individuais só em relação a esta ideia”, disse Kramer, citado pelo Guardian. “Considere-se o impacto possível de uma proposta para uma missão humana a Marte ou até o conceito de turismo espacial. Podem estes riscos serem mitigados? Será que as anomalias detectadas podem ser completamente revertidas? O próximo passo é confirmar estas descobertas, definir uma causa e trabalhar para se encontrar uma solução baseada em provas sólidas.”
“Os exames revelaram uma combinação variada de anormalidades após uma exposição cumulativa à microgravidade tanto de longo como de curto prazo”, explicou Larry Kramer, médico radiologista e investigador da University of Texas Medical School, Houston, e líder do estudo.
A situação é muito semelhante à hipertensão intracraniana, uma condição médica rara que ainda não está explicada e que ocorre quando aumenta a pressão dentro do crânio, o que faz pressionar tanto o cérebro como a parte interior dos olhos.
“Estas mudanças que ocorrem durante a exposição à microgravidade podem ajudar os cientistas a compreender melhor os mecanismos responsáveis pela hipertensão intracraniana em pacientes que não fazem viagens espaciais”, sugeriu Kramer em comunicado.
O estudo aconteceu depois de alguns astronautas queixarem-se de alterações na visão, alguns para melhor outros para pior, depois das viagens ao espaço. Dos 27 astronautas observados, nove tinham um expansão do fluído espinal à volta do nervo óptico, seis tinham a parte de trás do olho achatada, quatro tinham o nervo óptico inchado e três tinham alterações na hipófise, uma glândula que segrega várias hormonas.
Uma das alterações provocadas pela microgravidade é uma mudança na distribuição dos fluidos corporais que migram das pernas para a parte anterior do corpo. Este fenómeno faz inchar a cara dos astronautas e apaga as rugas da pele. Mas uma potencial alteração no cérebro dos astronautas será uma novidade caso se confirmar.
“Se é produzido mais fluído espinal, ou se é menos reabsorvido, aumenta-se a pressão dentro do cérebro. Já que o crânio é osso, não há nada que deixe a tensão libertar, com uma excepção, os olhos. Isso leva a um achatamento do olho, e por isso a visão altera-se”, disse Volker Damann, citado pelo Guardian. O especialista é responsável pelo departamento médico da Agência Espacial Europeia, em Colónia, Alemanha.
“Há enormes ramificações políticas, sociais e individuais só em relação a esta ideia”, disse Kramer, citado pelo Guardian. “Considere-se o impacto possível de uma proposta para uma missão humana a Marte ou até o conceito de turismo espacial. Podem estes riscos serem mitigados? Será que as anomalias detectadas podem ser completamente revertidas? O próximo passo é confirmar estas descobertas, definir uma causa e trabalhar para se encontrar uma solução baseada em provas sólidas.”