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domingo, 10 de julho de 2016

Uma sugestão para o Brasil... 'Brexit' brasileiro ou 'Bradeus' / Instituto Liberal

domingo, julho 10, 2016

A INGLATERRA LIVRE E O 'BREXIT' BRASILEIRO OU 'BRADEUS'

Por Bernardo Santoro
Transcrito do site do Instituto Liberal
Muito já se falou sobre a questão do “Brexit”, que foi a votação histórica onde a população britânica decidiu pela saída do bloco da União Europeia.
Muitas pessoas ficam em dúvida sobre o porquê de ter havido uma adesão maciça dos liberais a um rompimento de acordo internacional que integrava economicamente o Reino Unido a outras nações, ampliando o mercado dos países envolvidos, especificamente a liberdade de comércio de produtos e serviços e livre-transporte de pessoas.
Essa adesão ocorreu porque integração econômica com um bloco não significa necessariamente o aumento da liberdade econômica.
Em outro texto, esclareci os tipos de acordos de bloco econômico que países podem acordar, são eles: área de tarifas preferenciais, área de livre comércio, união aduaneira, mercado comum, união econômica e integração econômica total.
As áreas de tarifas preferenciais e as áreas de livre comércio são acordos onde os países signatários concordam em isentar de tributação seus produtos e serviços, mas sem nenhuma integração política. Por conta disso, tais acordos são sempre benéficos e promotores de liberdade. É o caso da Aliança do Pacífico, acordo entre Chile, Colômbia, México e Peru para aumento do comércio entre esses países.
Todos os demais tipos de acordos internacionais para formação de blocos envolvem não somente o livre-comércio entre os signatários, mas também algum nível de integração política.
O, por exemplo, é uma união aduaneira, que além de liberar tarifas entre os signatários, exige dos membros que estes somente celebrem acordos de livre-comércio com países fora do bloco com autorização dos parceiros e em conjunto.
Esse tipo de arranjo claramente reduz a liberdade política, e até econômica, do país signatário, que acaba trocando o direito de negociar livremente com todos os países, em favor do acesso livre a mercados de alguns poucos países. Essa normalmente não é uma boa troca, e no caso do Mercosul para o Brasil certamente não é.
A União Europeia é um caso ainda mais grave. Como união econômica, a UE legisla sobre a circulação de pessoas, bens e serviços dentro e fora do bloco, além de possuir moeda comum, parlamento e estruturas de governo, notadamente pouco democráticas pela sua própria lógica, excessivamente centralizadora.
Para um país como o Reino Unido, ele fica proibido de negociar acordos comerciais favoráveis com outros países do mundo sem a autorização da União Europeia, impondo inclusive regulações econômicas que podem ser prejudiciais a aquele membro, tal como ocorre no caso da cota de pesca, com privilégio para os países nórdicos.
Na prática, a concentração de poder na esfera europeia, com aumento da burocracia, da tributação, da máquina pública europeia e das regulações, está reduzindo a liberdade política, e principalmente econômica, do outrora glorioso império britânico.
Isto posto, o “brexit” é, antes de tudo, um grito em defesa da globalização, aqui entendido como a liberdade econômica entre nações, e um grito contra o globalismo, que é a integração política centralizadora e antidemocrática de nações. Globalização e globalismo são duas ideias claramente antagônicas.
Se alguém tiver alguma dúvida sobre isso, basta ver oextraordinário discurso do parlamentar europeu britânico Nigel Farage, ao dizer que o Reino Unido quer sair da União Europeia, mas pretende assinar tratados de livre-comércio com o bloco, nesse espírito de liberdade econômica sem subserviência política.
Se tais negociações renderem frutos, estaremos de frente com uma nova, e melhor, postura dos estados-nação frente ao sensível tema do comércio global, com mais liberdade em todas as áreas.
Um viva ao “brexit” britânico, e já que estamos brincando com as palavras “exit”(saída) e as letras “br” (de Bretanha), por que não usá-las para o também “br” Brasil?
Precisamos de um “brexit” brasileiro, ou seja, é o hora de um “Bradeus”!

terça-feira, 26 de maio de 2015

O Mercosul pode ter surpresas... Uma região invertebrada // El País


DE MAR A MAR

Uma região invertebrada

Dilma está a ponto de romper a aliança comercial com a Argentina



A vizinhança entrou em alvoroço. Dilma Rousseff anunciou que pretende reformular as regras do Mercosul para que Brasil, Uruguai e Paraguai assinem, antes do final do ano, um tratado de livre comércio com a União Europeia. Tradução: distanciada do protecionismo extremo de Cristina Kirchner, Dilma está a ponto de romper a histórica aliança comercial com a Argentina. Evo Morales levanta a voz ao reclamar, contra o Chile, uma saída ao mar para a Bolívia. Não seria novidade, se não tivesse encontrado um eminente advogado: o papa Francisco tornou-se um defensor da causa boliviana. Não é o único ator inesperado neste drama. A China, a potência externa com maior presença na região, vai construir uma ferrovia transoceânica em sociedade com o Brasil e o Peru. Uma indelicadeza para Bachelet e Kirchner, que estavam planejando seu próprio corredor. Contra o que sugere a retórica de seus líderes, a América Latina é hoje uma região invertebrada.
Para a presidenta do Chile, os desgostos não têm fim. Remodelado o Gabinete para superar os escândalos de corrupção, ela pensava em mudar de ares viajando para Roma. O Papa vai recebê-la dia 5 de junho. Mas, antes disso, solicitou à Universidade Católica de Buenos Aires uma fórmula para resolver o litígio do Chile com a Bolívia pela saída ao mar deste país. O encarregado de responder foi o arcebispo Víctor Fernández, reitor daquela universidade. Fernández, que é o representante não oficial de Francisco na Argentina, reuniu na quinta-feira passada 12 intelectuais bolivianos, chilenos e peruanos para sugerir uma solução que, de um ou de outro modo, implica que o Chile ceda um território que considera próprio. Nesse seminário houve a proposta de que o ex-presidente uruguaio José Mujica fosse o intermediário. Morales, que levou o conflito ao Tribunal de Haia, elogiou ontem a iniciativa.
Para Bachelet essas notícias são como chuva ácida. O rechaço à demanda boliviana é, para os chilenos, uma causa nacional. Mas deixa o governo socialista em uma posição desagradável frente à esquerda da região. Um detalhe piora tudo: Morales foi apoiado por Jorge Bergoglio que, apesar de ser o chefe da Igreja, no Chile desperta receios como qualquer outro argentino.
Ao contrário da intervenção no reencontro de Cuba e dos Estados Unidos, essa proposta informal do Vaticano só é aceita por uma das partes em disputa. Será tratada em 5 de junho, quando Francisco receber Bachelet. Um mês depois, ele viajará à Bolívia. O Papa está interessado em conversar com Bachelet sobre outra questão: o projeto de lei para despenalizar o aborto em casos de violação, inviabilidade do feto ou risco de vida da mãe, que ela enviou ao Congresso em janeiro passado. Talvez sobre tempo para que a Presidenta expresse seu mal-estar pela reclamação da Bolívia.
O Brasil e a Argentina também produzem ruídos incômodos. Na quinta-feira passada, depois de um encontro com o uruguaio Tabaré Vázquez, Rousseff declarou: “O Mercosul sempre precisa se adaptar às novas circunstâncias. Nossa prioridade na agenda externa é chegar, este ano, a um acordo com a União Europeia”. Essa definição exige modificar a regra pela qual os membros do Mercosul negociam em conjunto seus acordos comerciais com outros blocos ou países. Esse princípio já havia sido suspenso quando a Venezuela se excluiu da negociação com a União Europeia. Agora a Argentina vai ficar de fora.
O anúncio de Rousseff é impactante. O Mercosul deixará de existir como união aduaneira porque não terá mais uma tarifa externa comum. Vai sobreviver como simples área de livre comércio, na qual os bens circulam sem barreiras alfandegárias. Essa regressão foi facilitada pela desinteligência permanente entre as presidentas do Brasil e da Argentina. Há mais de dois anos elas não realizam encontros bilaterais, apesar de que se comprometeram a realizá-los a cada seis meses. Durante esse tempo, a Argentina continuou sem definir a diminuição alfandegária que exige o tratado com a Europa. O Brasil decidiu terminar a negociação sem seu principal sócio comercial. A novidade foi comunicada há duas semanas pelo chanceler de Rousseff, Mauro Vieira, ao ministro de Economia argentino, Axel Kicillof, e ao chanceler Héctor Timerman em uma viagem que estes fizeram a Brasília. Rousseff continua desmantelando sua primeira administração. Pressionada por uma economia angustiante, teve que admitir o que não se esperava de uma presidenta petista: que o Brasil precisa abrir sua economia porque o mercado interno é insuficiente para garantir o crescimento.


O rechaço à demanda boliviana é, para os chilenos, uma causa nacional
Nessa perspectiva, é preciso ler os anúncios da presidenta durante a visita que está realizando ao México, e também quando, no dia 30 de junho, fará uma visita a Washington, Nova York e Califórnia. Rousseff está governando com o programa de Aécio Neves, seu rival do ano passado. Enfrenta três limitações: os bancos reduziram sua exposição no Brasil; as empresas de infraestrutura têm vedado o crédito por medo de que estejam contaminadas com a corrupção da Petrobras; e o ajuste fiscal vai reduzir o investimento estatal.
Os chineses são velozes no aproveitamento dessas dificuldades. Já se viu como lucraram com a queda do preço do petróleo na Venezuela e com a crise de reservas monetárias da Argentina. Na terça-feira passada, Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, assinaram 35 acordos de investimento. Um deles servirá para injetar 7 bilhões de dólares (21,6 bilhões de reais) na golpeada Petrobras.
Nesses convênios está prevista a construção de uma linha de trem que vai cruzar o Brasil na altura do Amazonas e chegará ao Pacífico pelo Peru. Significa uma bofetada no Chile e na Argentina. No último dia 21 de abril, a embaixada do Chile em Brasília organizou em Santiago um seminário com a participação de funcionários brasileiros e argentinos. Pela enésima vez foi analisado o traçado de corredores bioceânicos através do Brasil, Argentina e Chile. Mas, para raiva de Kirchner e Bachelet, Dilma caiu na tentação da inapelável carteira dos chineses. Quando chegam os ajustes, a primeira coisa que começa a desaparecer é a cortesia.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Aos amigos tudo... O Globo // Míriam Leitão


sábado, fevereiro 21, 2015

Sempre esconder

O GLOBO - 21/02

Brasil aceita a violência do governo venezuelano. A presidente Dilma disse ontem na entrevista uma frase perfeita. Como ato falho. "Nós nunca deixamos de esconder que era 4,5%". Falava da correção da tabela do Imposto de Renda. E esse percentual esconde - ou nunca deixou de esconder, como a presidente prefere dizer - um aumento de imposto, porque é abaixo da inflação do ano, que foi de 6,4%. Em janeiro, já pulou para 7,14% em 12 meses.

 
Essa atualização da tabela abaixo da inflação não é fato raro. Os governos sempre esconderam esse tipo de aumento de imposto e até apresentavam como ganho do trabalhador. No caso da atual presidente, o que agrava o problema é que a inflação esteve sempre, nos seus quatro anos de mandato, longe do centro da meta. Ela "nunca deixou de esconder" que a meta não seria atingida. Dizia que estava convergindo para a meta, mas, no fundo, bastava que não fechasse o ano acima de 6,5%.


Na entrevista, quando uma jornalista perguntou se ela falaria com o embaixador da Venezuela sobre o caso da prisão do prefeito de Caracas, Dilma respondeu: "Não querida. Eu não posso receber um embaixador baseado nas questões internas do país. Eu recebo os embaixadores baseado nas relações que eles estabelecem com o Brasil." O governo "nunca deixou de esconder" que, na verdade, tudo depende do país. Se for o Paraguai, o que acontece lá dentro importa ao Brasil, mesmo que nada tenha a ver com as relações bilaterais. Se um presidente é derrubado, como aconteceu com Fernando Lugo, é um fato reprovável. E realmente é. A Constituição do país permitia, o Brasil reagiu ferozmente. Paraguai ficou fora das decisões do Mercosul. Foi duramente admoestado.

Diferente é a situação da Venezuela. Lá, tudo pode. O falecido presidente Hugo Chávez fez o que quis com as instituições democráticas: fechou jornais, perseguiu opositores, manipulou eleições. Seu sucessor segue na mesma linha. Outro opositor, Leopoldo Lopez, está preso há um ano e lá permanece. Recentemente, sua mulher denunciou que ele foi colocado em solitária. Na quinta-feira, uma polícia fardada e encapuzada invadiu o prédio onde estava o prefeito eleito de Caracas, Antonio Ledezma, e o levou preso. O presidente Nicolás Maduro, a exemplo do seu mentor, fez um pronunciamento, cercado de simpatizantes, dizendo que ele será julgado por conspirar contra a Constituição.

Qualquer liderança oposicionista que se fortalece é simplesmente presa, sem ordem judicial, em manobras indisfarçáveis para se manter no poder a qualquer preço. Quando o governo brasileiro reconhecerá que a cláusula democrática do Mercosul, invocada no caso de Lugo, tem que valer para os abusos dos governos chavistas? A resposta deveria ter sido: "Sim querida, estamos chamando o embaixador para pedir explicações sobre a prisão de um opositor, o prefeito de Caracas." Mas não foi essa a resposta da presidente. Ela prefere continuar escondendo - como nunca deixou de fazer - que para os amigos as normas do Mercosul são flexíveis. Deles, tudo é aceitável.

O governo de Maduro não sabe o que faz. Mergulhou o país em grave crise econômica e social. A inflação a 70%, o país desabastecido, o câmbio enlouquecido. Se o país já estava na penúria com o petróleo a US$ 100, o que dirá agora, que despencou? Tudo isso a presidente poderia dizer que é assunto interno. Mas a quebra de regras democráticas, a prisão de opositores de forma arbitrária e abusiva por um tal "Serviço Bolivariano de Inteligência" são uma ofensa ao tratado do Mercosul que estabeleceu que os governos têm que respeitar o Estado de Direito, a democracia.

Essa cláusula não é um mero enfeite do acordo que uniu os países. Teve que ser parte da base, porque a região sempre foi atingida por ondas autoritárias, ditaduras, caudilhismos. O Mercosul foi assinado por governos que saíram das ditaduras que arruinaram os anos 60, 70 e parte dos 80. Foi um abraço de países, marcados por esse flagelo, que se comprometiam a ser um clube de democracias. Não é possível esconder: a aceitação de que Maduro faça, como fazia Chávez, o que lhe der na telha com as instituições é a quebra desse princípio. O governo petista sempre mostrou que não se importa com isso, se a violação partir de um governo amigo

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A América Latina vai bem, obrigado!!!


 FATOS DO DIA
 CHÁVEZ VIRÁ AO BRASIL PARA PARTICIPAR DE CERIMÔNIA DO MERCOSUL

CARACAS, 9 JUL (ANSA) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que viajará ao Brasil para participar do ato especial que será realizado para formalizar o ingresso de seu país no Mercado Comum do Sul (Mercosul).
  
"Em 30 de julho terei que ir ao ato especial no Brasil para formalizar o ingresso pleno da Venezuela no Mercosul, como poderia não ir?", disse Chávez ontem, durante uma visita a Fuerte Tiuna, em transmissão ao vivo da emissora estatal Venezolana de Televisión (VTV).
  
A medida foi aprovada recentemente diante da ausência do Paraguai no bloco, cujo Parlamento impedia o ingresso da Venezuela no Mercosul.
  
O impeachment de Fernando Lugo fez com que os demais países suspendessem Assunção do grupo até a realização das próximas eleições, previstas para abril de 2013. (ANSA)
09/07/2012 08:27

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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Bastidores da reunião sobre o afastamento do Paraguai do Mercosul...

http://g1.globo.com/platb/blog-do-camarotti/2012/06/29/dilma-adverte-venezuela-para-retomar-fornecimento-de-petroleo-ao-paraguai/

Dilma adverte Venezuela para retomar fornecimento de petróleo ao Paraguai

sex, 29/06/12
por Gerson Camarotti |
categoria Diplomacia
Antes de ser aprovada a inclusão da Venezuela ao Mercosul, a presidente presidente Dilma Rousseff fez uma advertência ao país: era preciso retomar o fornecimento de petróleo para o Paraguai. E caso fosse mantida a decisão do presidente Hugo Chávez de suspender o fornecimento de combustível, o Brasil iria fornecer petróleo para o Paraguai.
O alerta foi repassado pela diplomacia brasileira diretamente ao chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro. A posição de Dilma foi clara nas conversas em Mendoza, na Argentina: “A sanção não pode ser ao povo do Paraguai”. Nos bastidores, Dilma trabalhou diretamente para evitar sanções econômicas. Prevaleceu a tese da diplomacia brasileira de aplicar sanções políticas ao Paraguai.
As sanções políticas ao Paraguai foram definidas num café da manhã entre Dilma, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o presidente do Uruguai, José Mujica. Para ter a segurança jurídica de suspender o Paraguai do Mercosul, a presidente Dilma importou para Mendoza, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Ele apresentou um parecer sobre a legalidade das decisões, baseada numa cláusula do protocolo de Ushuaia, de 2001, que determina normalidade democrática para os membros do bloco.
Segundo relato de um interlocutor próximo, a grande preocupação da presidente Dilma era o de ter respaldo legal das decisões para evitar contestações. Os três conversaram para acertar uma estratégia conjunta, afinar o discurso e evitar qualquer dúvida.
Apesar de algumas críticas à inclusão da Venezuela ao Mercosul, esse interlocutor da presidente Dilma argumentou que essa foi uma decisão pragmática. “Independente do governo Chávez, o que pesou na incorporação da Venezuela ao Mercosul foi uma questão econômica. A Venezuela é um grande mercado para produtos brasileiros, principalmente em período de crise financeira internacional”, argumentou esse interlocutor.
Como o Paraguai era o único país que impedia a inclusão da Venezuela, os demais integrantes do Mercosul aproveitaram a suspensão do país para tomar essa decisão.
Publicado às 19h18

A leviana diplomacia do espetáculo... // Elio Gaspari // Blog Aluízio Amorim


O BRASIL E O PARAGUAI: A LEVIANA DIPLOMACIA DO ESPETÁCULO

Assunção, capital paraguaia: país retoma a senda democrática.
Dificilmente concordo com o Elio Gaspari, mas seu artigo na Folha de São Paulo desta quarta-feira merece destaque aqui no blog. Além disso, o Gaspari tem um magnífico texto. O título original é a "A leviana diplomacia do espetáculo", e faz um crítica perfeita sobre a trapalhada do governo da Dilma a respeito da crise paraguaia. Vale a pena ler:
 
POUCAS VEZES a diplomacia brasileira meteu-se numa estudantada semelhante à truculenta intervenção nos assuntos internos do Paraguai. O presidente Fernando Lugo foi impedido por 39 votos a 4, num ato soberano do Senado.
Nenhum soldado foi à rua, nenhuma linha de noticiário foi censurada, o ex-bispo promíscuo aceitou o resultado, continua vivendo na sua casa de Assunção e foi substituído pelo vice-presidente, seu companheiro de chapa.
Nada a ver com o golpe hondurenho de 2009, durante o qual o presidente Zelaya foi embarcado para o exílio no meio da noite.
Quando começou a crise que levou ao impedimento de Lugo, a diplomacia de eventos da doutora Dilma estava ocupada com a cenografia da Rio+20.
Pode-se supor que a embaixada brasileira em Assunção houvesse alertado Brasília para a gravidade da crise, mas foi a inquietação da presidente argentina Cristina Kirchner que mobilizou o Brasil.
A doutora achou conveniente mobilizar os chanceleres da Unasul, uma entidade ectoplásmica, filha da fantasia do multilateralismo que encanta o chanceler Antonio Patriota.
As relações do Brasil com o Paraguai não podem ser regidas por critérios multilaterais. Foi no mano a mano que o presidente Fernando Henrique Cardoso impediu um golpe contra o presidente Juan Carlos Wasmosy em 1996. Fez isso sem espetacularização da crise. A decisão de excluir o Paraguai da reunião do Mercosul é prepotente e inútil. Quando se vê que o presidente Hugo Chávez, da Venezuela, cortou o fornecimento de petróleo ao Paraguai e que a Argentina foi além nas suas sanções, percebe-se quem está a reboque de quem. Multilateralismo no qual cada um faz o que quer é novidade. Existe uma coisa chamada Mercosul, banem o Paraguai, mas querem incluir nele a Venezuela, que não está na região e muito menos é exemplo de democracia.
Baniu-se o Paraguai porque Lugo foi submetido a um rito sumário. O impedimento seguiu o rito constitucional. Ao novo governo paraguaio não foi dada nem sequer a palavra na reunião que decidiu o banimento.
Lugo aceitou a decisão do Congresso e agora diz que liderará uma oposição baseada na mobilização dos movimentos sociais. Direito dele, mas se o Brasil se associa a esse tipo de política, transforma suas relações diplomáticas numa espécie de Cúpula dos Povos. Vai todo mundo para o aterro do Flamengo, organiza-se um grande evento, não dá em nada, mas reconheça-se que se fez um bonito espetáculo.
O multilateralismo da diplomacia da doutora Dilma é uma perigosa parolagem. Quando ela se aborreceu, com razão, porque um burocrata da Organização dos Estados Americanos condenou as obras da hidrelétrica de Belo Monte, simplesmente retirou do foro o embaixador brasileiro. A OEA é uma irrelevância, mas para quem gosta de multilateralismo, merece respeito.
A diplomacia brasileira teve um ataque de nervos na bacia do Prata. O multilateralismo que instrui a estudantada em defesa de Lugo é típico de uma política externa biruta. O chanceler Antonio Patriota poderia ter se reunido com o então vice-presidente paraguaio Federico Franco 20 vezes, mas se a Argentina queria tomar medidas mais duras, ele não deveria ter ido para uma reunião conjunta, arriscando-se ao papel de adorno.

Golpe no Mercosul... /// Aluízio Amorim

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2012/06/golpe-no-mercosul-manobra-do-brasil.html

Sexta-feira, Junho 29, 2012


GOLPE NO MERCOSUL! MANOBRA DO BRASIL, ARGENTINA E URUGUAI TROCA PARAGUAI PELA VENEZUELA CHAVISTA!

Os coveiros da democracia
Uma manobra de Brasil, Argentina e Uruguai garantiu a entrada da Venezuela no Mercosul. Nesta sexta-feira, o bloco decidiu suspender temporariamente o Paraguai até a realização de novas eleições – marcadas para 2013 – e aprovou a incorporação do país governado pelo ditador Hugo Chávez a partir do próximo dia 31 de julho. A entrada da Venezuela como membro pleno no bloco estava pendente desde 2006, devido à negativa do Congresso paraguaio em ratificar o protocolo de adesão, mas a suspensão do Paraguai, destravou o processo.
O anúncio foi feito pela presidente argentina, Cristina Kirchner, durante o discurso de encerramento da Cúpula do Mercosul, na cidade de Mendoza. 
Com alta dose de hipocrisia, os governantes do grupo, que em nenhum momento mencionaram as artimanhas de Chávez para se manter no poder, afirmaram que a suspensão do Paraguai ocorreu devido ao “rompimento do processo democrático” no país – como tem sido definido pelos sul-americanos o impeachment sofrido pelo presidente Fernando Lugo, ocorrido estritamente dentro das regras da Constituição paraguaia. 
Dilma Rousseff, por exemplo, defendeu da seguinte forma a suspensão paraguaia: “Nossa posição mostra a sobriedade desta região. Há 140 anos vivemos sem guerras, conflitos étnicos ou perseguições religiosas no Mercosul. Fizemos todos os nossos organismos baseados no compromisso fundamental com a democracia, e o protocolo de Ushuaia evidencia isso”. O protocolo de Ushuaia determina que os países-membros do bloco possuam governos democráticos.
A respeito da entrada da Venezuela no bloco, Dilma disse que o Mercosul espera que "o processo contínuo e sistemático pelo qual passou a integração da Venezuela seja concluído" no próximo mês. O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o ingresso da Venezuela no Mercosul já fazia parte da agenda da cúpula, que teve a presença do chanceler venezuelano, Nicolás Maduro. 
Impeachment - Ambas as medidas são uma retaliação aoimpeachment sofrido por Fernando Lugo, na semana passada. Os países latino-americanos criticam o pouco tempo dado à defesa do ex-presidente, que foi substituído de imediato pelo vice, Federico Franco. Cristina Kirchner qualificou nesta sexta-feira como uma "paródia" o julgamento político que levou à cassação de Lugo, e pediu atenção ao que chamou de "golpes suaves" na região.
Além da governante argentina, participaram da reunião em Mendoza os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, Uruguai, José Mujica, Peru, Ollanta Humala, Bolívia, Evo Morales, Chile, Sebastián Piñera, Equador, Rafael Correa, e Suriname, Desiré Bouterse. Colômbia, Venezuela e Guiana foram representados por chanceleres e outros altos funcionários. Do site da revista Veja

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A turma brava de Los Zetas está se aproximando do Mercosul

ansa.it - Ansalatina - SUPOSTO LÍDER REGIONAL DO CARTEL MEXICANO LOS ZETAS É DETIDO NA ARGENTINA
 "Um homem suspeito de ser um líder regional do cartel mexicano Los Zetas foi detido hoje em uma operação da polícia argentina junto a um colombiano e um argentino..." 
http://www.clarin.com/policiales/narcotrafico/Cae-Plata-presunto-integrante-Zetas_0_562743928.html
"En los puntos allanados la Policía secuestró 50 kilos de cocaína, cerca de mil almohadillas térmicas, de distintos tamaños y para distintos usos, compuestas con un gel que tenía la droga diluida, según determinaron los test realizados luego sobre la sustancia. .."