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segunda-feira, 18 de abril de 2016

E agora Brasil?


 MUITO GRAVE! PF DISPÕE DE DOCUMENTOS QUE PROVAM UMA PARCERIA ENTRE O PCC E O GRUPO TERRORISTA HEZBOLLAH. PIOR: O BRASIL SEGUE SEM LEI QUE PUNA O TERROR PORQUE O GOVERNO PETISTA E AS ESQUERDAS NÃO QUEREM


Por: Reinaldo Azevedo  

A coisa é espantosamente grave! A Polícia Federal reúne desde 2008 provas de que traficantes ligados ao grupo terrorista Hezbollah, que domina o sul do Líbano, atuam em nosso país em parceria com o PCC. O epicentro dessa ação, em nosso território, é Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai). Há muito os órgãos de segurança dos Estados Unidos consideram essa região infiltrada pelo terror, coisa que o governo brasileiro se nega a admitir. Documentos obtidos pelo jornal “O Globo” apontam que a parceria entre o terrorismo e o crime organizado teve início em 2006. Traficantes libaneses de cocaína, ligados ao Hezbollah, teriam aberto canais para a venda de armas ao PCC. Quando esses traficantes são presos no Brasil, contam com a proteção da facção criminosa nos presídios.
Pois é. Isso é especialmente grave porque o Brasil é uma das poucas democracias do mundo — talvez seja a única — que não dispõe de uma lei para punir o terrorismo. Todas as iniciativas nesse sentido são barradas pelo próprio governo petista e pelas esquerdas porque, por óbvio, ações como as perpetradas, por exemplo, pelo MST e pelo MTST entrariam, sem exagero, na categoria de “terroristas”. O Inciso VIII do Artigo 5º da Constituição afirma que o Brasil repudia o terrorismo. O Inciso XLIII do Artigo 5º estabelece que o crime é inafiançável e insuscetível de graça, isto é, não pode ser anistiado. Mesmo assim, não existe uma lei para puni-lo. É uma piada macabra.
Não é a primeira vez que o terrorismo dá mostras de atuar no Brasil. Em maio de 2009, foi preso no país um libanês identificado como “K”. Tratava-se de Khaled Hussein Ali, nada menos do que um homem da Al Qaeda. Era o responsável mundial pelo “Jihad Media Battalion”, uma organização virtual usada como uma espécie de relações públicas online da Al Qaeda, propagando pela internet, em árabe, ideais extremistas e incitando o povo muçulmano a combater países como os EUA e Israel. Casou-se no Brasil, teve uma filha e vive tranquilamente na Zona Leste de São Paulo.
Reportagem  da VEJA de Abril de 2011 informava que o iraniano Mohsen Rabbani, procurado pela Interpol, entrava e saía do Brasil com frequência sem ser incomodado. Funcionário do governo iraniano, ele usa passaportes emitidos com nomes falsos para visitar um irmão que mora em Curitiba. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) descobriu que Rabbani já recrutou pelo menos duas dezenas de jovens do interior de São Paulo, Pernambuco e Paraná para cursos de “formação religiosa” em Teerã. “Sem que ninguém perceba, está surgindo uma geração de extremistas islâmicos no Brasil”, disse, então, o procurador da República Alexandre Camanho de Assis. Rabbani é acusado de arquitetar atentados contra instituições judaicas que vitimaram 114 pessoas em Buenos Aires, nos anos de 1992 e 1994. Calma, que tem mais!
Análise de processos judiciais e de relatórios do Departamento de Justiça, do Exército e do Congresso americanos, como informou a VEJA em 2011, expõe laços de extremistas que vivem ou viveram no Brasil com a Fundação Holy Land (Terra Santa, em inglês), uma entidade que, durante treze anos, financiou e aparelhou o Hamas, o grupo radical palestino que desde 2007 controla a Faixa de Gaza e cujo objetivo declarado é destruir o estado de Israel. A Holy Land tinha sede em Dallas, no Texas, e era registrada como instituição filantrópica. Descobriu-se que havia enviado pelo menos 12,4 milhões de dólares ao Hamas e que ajudava o grupo a recrutar terroristas nos Estados Unidos e na América do Sul.
Em 2001, a entidade entrou para a lista de organizações consideradas terroristas pela ONU e, em 2008, seus diretores foram condenados na Justiça americana por 108 crimes, entre os quais financiamento de ações terroristas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A maior pena, de 65 anos de prisão, foi para Shukri Abu Baker, fundador, presidente e diretor executivo da Holy Land, que hoje cumpre a duríssima pena numa cadeia do Texas. Curiosamente, passou despercebido o fato de que Baker é brasileiro. Mais do que isso: durante muitos anos ele manteve operações no Brasil, e alguns de seus comparsas ainda estão por aqui.
Em depoimento ao Congresso nos EUA em 2010, o então embaixador americano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roger Noriega, afirmou que as operações da Holy Land na Tríplice Fronteira eram comandadas pelo xeque Khaled Rezk El Sayed Taky El-Din. De fato, informou reportagem da VEJA em 2011, o clérigo islâmico aparece nas agendas telefônicas da Holy Land como um contato “importante” na América do Sul. Noriega  confirmou também informações de que, em 1995, El-Din hospedou em Foz do Iguaçu Khalid Sheikh Mohammed, terrorista da Al Qaeda que organizou os atentados de 11 de setembro de 2001.
O xeque ficou à frente da mesquita de Guarulhos por onze anos, mas pediu demissão em junho de 2010. Em 2011, era diretor para assuntos islâmicos da Federação das Associações Muçulmanas no Brasil (Fambras). À revista VEJA, então, El-Din negou envolvimento com a Holy Land e com Shukri Baker. Outro contato da Holy Land no Brasil, de acordo com uma investigação encomendada pelo Departamento de Justiça americano em 2005, era Ayman Hachem Ghotme, considerado o principal arrecadador de fundos para o Hamas na Tríplice Fronteira.
Encerro
Pois é… A Polícia Federal tem agora elementos que indicam que o terror e o crime organizado fizeram uma parceria. E o Brasil segue sem uma lei que possa dar a essa associação a devida punição. Não tem porque o governo petista e as esquerdas não  querem

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Pois é... por votos faz-se cada coisa!



04/04/2014 
 às 4:51


Minha coluna na Folha: “O samba-da-presidenta-doida”

Leiam trechos da minha coluna da Folha desta sexta:
Existe a revisão virtuosa da história. À medida que se descobrem novos documentos, que se apela a saberes não convencionais para as ciências humanas, que se estudam fontes de narrativas antes consideradas fidedignas, o passado pode ganhar novo contorno em benefício da precisão. É o oposto do que está em curso nestes dias, nos 50 anos do golpe militar de 1964. A memória histórica foi abolida em benefício da memória criativa e judiciosa. Dilma se tornou a personagem-símbolo desse saber que se erige como nova moral. Na solenidade de privatização do aeroporto do Galeão, resolveu apelar a Tom Jobim e citou o “Samba do Avião”. Segundo disse, a música ligava o Brasil de hoje ao do passado ao “descrever” a chegada ao país dos brasileiros que voltavam do exílio, depois da anistia, “após 21 anos”.
É o samba-da-presidenta-doida. A música é de 1962, o golpe foi desferido em 1964, e a Lei da Anistia é de 1979, quando os exilados, então, começaram a voltar –15 anos, portanto, depois do golpe, não 21. A canção faz uma evocação lírica do Rio; nada a ver com protesto. Ao contrário até: o narrador revela aquele doce descompromisso bossa-novista: “Este samba é só porque/ Rio, eu gosto de você”… Não havia nada de programático a ser interpretado: “A morena vai sambar” queria dizer que a morena iria sambar. Sugiro um estudo aos teóricos do Complexo Pucusp: o mal que o golpe fez à cultura metafórica brasileira.
(…)
Na quarta, um desenhinho animado da presidente, em sua página oficial no Facebook, dava “um beijinho no ombro” para “us inimigo”. Uma “Dilma Popozuda” é evidência de arrogância e descolamento da realidade, não de graça. Dilma Bolada está no comando.
Para ler a íntegra, clique aqui
Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 5 de março de 2014

Preste atenção na Venezuela: ela ensina como vencer, com protestos bem organizados, um governo corrupto, incompetente, cínico...!!!



05/03/2014
 às 2:13

Há um ano, morria Chávez; a Venezuela está nas ruas; cresce solidariedade internacional à luta por democracia; Dilma manda “Top Top Garcia” se sujar de sangue na festa do chavismo

Marcha Venezuela
Há exatamente um ano, no dia 5 de março de 2013, morria Hugo Chávez, o homem que só ascendeu ao poder, em 1999, em razão de uma grave crise política na Venezuela. Ele permaneceu no poder por 14 anos, boa parte do tempo como ditador, e criou um modelo de governo que conduziu o país ao colapso.
Nicolás Maduro, o psicopata que sucedeu o coronel liberticida, tentará nesta quarta-feira, mais uma vez, instituir o culto à memória do tirano. As milícias armadas do chavismo foram convocadas para grandes manifestações públicas. O risco de confronto é grande.
Nesta terça, - {(sem 'porras locas' e sem máscaras, intervenção de JF)]- milhares de venezuelanos (fotos) voltaram às ruas para protestar contra o governo. Os motivos vão se multiplicando: crise econômica, autoritarismo, violência, pedido para que se apurem as responsabilidades pelos 18 mortos nos protestos etc. Para o desespero de Maduro, a luta da população venezuelana começa a despertar a solidariedade internacional.
Marcha Venezuela três
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou uma resolução em que “deplora os atos do governo que constituem uma afronta à vigência da lei, a indesculpável violência perpetrada contra os líderes da oposição e contra os manifestantes e os crescentes esforços para usar politicamente leis criminais para intimidar a oposição política do país”.
Também a Câmara do Chile teve uma atitude decente. Aprovou uma resolução, que deve ser examinada nesta quarta pelo Senado, que insta o presidente do país, Sebastián Piñera, a convocar o embaixador chileno em Caracas para expressar sua repulsa aos atos de violência.
Ex-presidentes de países latino-americanos cobraram o diálogo com a oposição em nome dos princípios da Carta Democrática Interamericana. Assinam a nota Oscar Arias Sánchez, da Costa Rica, também Prêmio Nobel da Paz; Ricardo Lagos, do Chile; Alejandro Toledo, do Peru, e Fernando Henrique Cardoso, do Brasil.
O governo Dilma, no entanto, este impávido colosso, segue mudo. Na verdade, pior do que isso. Marco Aurélio “Top Top”  Garcia, assessor da presidente para assuntos internacionais, deve estar presente hoje às festas oficiais em homenagem a Chávez. Não há como dizer de outra maneira: ao fazê-lo, o governo Dilma suja as mãos no sangue dos opositores venezuelanos.
Marcha Venezuela dois

Por Reinaldo Azevedo

sábado, 25 de janeiro de 2014

Suruba ideológica no Leblon com direito a filmagem internacional... / Reinaldo Azevedo


25/01/2014
 às 6:07

Uma suruba ideológica no Leblon

Leitores me convidam a escrever sobre um vídeo que já circulou muito por aí. O busílis é o seguinte. No domingo, haviam marcado um rolezinho no Shopping Leblon — um desses de protesto. O shopping fechou as portas, e os “conscientes da Zona Sul” ficaram do lado de fora, falando em nome dos “pobres”, que não compareceram ao evento. Entre os rolezeiros, estava um rapaz fantasiado de Batman, figura frequente nos protestos no Rio desde junho.
Sempre chega a hora em que o Batman tem de enfrentar o Pinguim, materializado, no caso, na figura corpulenta do cineasta Dodô Brandão, que decidiu bater boca com o mascarado. Aí outras pessoas entraram no embate. Era uma verdadeira suruba de conceitos políticos e ideológicos mal compreendidos — tudo ali, na esquina das avenidas Ataúlfo de Paiva e Afrânio de Melo Franco, no Leblon. Com câmera na mão, a equipe de uma TV francesa tentava entender por que o representante dos jacobinos e o dos girondinos estavam brigando…
Segue o vídeo. Volto depois.
http://youtu.be/M-XXNRyC4uA
Vamos entender Dodô Brandão
É a encarnação da esquerda do Leblon. Como ele mesmo confessa, “ganha muito dinheiro” — se for numa atividade privada e à custa do seu talento, devemos aplaudi-lo por esse particular. Mesmo bem-sucedido no regime capitalista brasileiro, ele é um homem consciente, certo? Não gosta do capitalismo e menos ainda do “capitalismo americano”, do qual o Batman, segundo ele, seria um “símbolo”.
Dodô certamente vem daquele tempo em que fazia sucesso entre as esquerdas um livreco chamado “Para Ler o Pato Donald”, escrito por Ariel Dorfman e Armand Mattelard, que denunciava as terríveis manipulações ideológicas nas personagens de Walt Disney. Para ele, pois, tudo o que vem daquele país está carregado de uma carga de ideologia imperialista.
É claro que Dodô não estava bravo com o Batman da hora por causa disso. A sua preocupação é outra. Trata-se, como fica claro, de um governista entusiasmado. Assim, protestos que, para ele, acabarão por desestabilizar o governo são negativos. E, ora, ora, além de chamar o outro de “idiota”, não lhe ocorreu ofensa maior do que classificá-lo de “direita”. Uma senhora reagiu. “Não é direita, não”. Falo dela daqui a pouco.
Vamos entender o Batman
O Batman certamente pertence à mesma classe social de Dodô, percebe-se pelo vocabulário e pela sintaxe, mas não tem os mesmos compromissos intelectuais que tem o adversário da hora — embora também ele fale em nome do povo. Leiam o que diz: “Eu venho para as ruas combater. A quantos protestos você veio? Quantas vezes você para as ruas lutar PELA população? Eu luto PELO meu povo. E você, luta por quem?”.
O Batman integra a categoria dos “conscientes” da zona Sul que avaliam que basta sair às ruas e declarar seu amor à justiça social para fazer a sua parte.
“Eu sou de direita”
O Batman rolezeiro não estava fazendo sucesso. Uma senhora, com uma, digamos, dignidade conservadora lhe diz: “O Carnaval ainda está longe, rapaz, e você está com essa palhaçada!”. Enquanto o bate-boca avançava, outra mulher gritava contra o Batman: “Manipulado, manipulado, manipulado!”. Será que ela estava com Dodô? Não exatamente.
Ao tentar se explicar à equipe de TV Francesa, o cineasta começou a recitar a cartilha do PT: “Esses caras são uns caras de direita, que não querem ver que o país avançou, que tem emprego…”.
Aí a que gritava o: “Não é de direita, não!”. Responde Dodô: “De direita, fascista!”. Ela retoma: “Fascista, sim, mas de direita, não! Porque eu sou de direita e não faria isso.” Alguém pergunta, também com uma câmera na mão: “Por que ele é manipulado, senhora?”. E ouve a seguinte resposta: “Porque esse movimento já foi desmascarado. Existe, sim, um plano comunista, totalitarista no país. Será que ninguém vê isso?”.
Talvez fosse a única com alguma razão. Enquanto isso, ao fundo, ouve-se o petista: “Eu lutei contra a ditadura, eu lutei pela democracia neste país, continuo lutando… Tem que ter conteúdo. Esse cara vem dizer que o Batman vai salvar o Brasil? Esse merda vestido de Batman?”.
Aí se dá um momento muito interessante. Um dos franceses, justificando o rolezinho, diz que, no Rio, há discriminação contra as pessoas das “comunidades [leia-se: favelas], que querem fazer coisas como qualquer um”. Dodô e a mulher que se diz “de direita” negam. Ela reage primeiro: “Só na cabeça de estrangeiro mal informado, tá? Estão fomentando o ódio entre irmãos aqui”. O dilmista concorda: “Não tem discriminação nenhuma! O que esse cara faz é fomentar a separação. Não tem discriminação nenhuma! Muito pelo contrário”.
Aí Dodô deu o seu entendimento da integração de classes: “Eu moro aqui… Se você for ali em frente à delegacia, tem a Cruzada [um conjunto habitacional popular da região]. Nós estamos ali, bebendo, tudo junto. Eu sou um cara que ganhou muito dinheiro, eu sou um cineasta, eu faço cinema, eu sou bom assalariado. Eu estou bebendo ali com os caras que moram na Cruzada, são nossos amigos”.
O outro francês quer saber se ele não acha que o dinheiro da Copa deveria ser investido na favela, não numa infraestrutura que vai beneficiar os ricos. Dodô diz que isso é uma “grande besteira”. E se atrapalha ao tentar explicar que a grana da Copa e a do Orçamento não se misturam. Ao fundo, grita a mulher de direita: “O legado será dívida”. O governista segue adiante, afirmando que o mundial será financiado por um certo “dinheiro da Fifa”. Sabem como é… Cineastas costumam ter muitas ideias na cabeça mesmo quando outros estão com uma câmera na mão.
O Batman se aproxima, sem máscara, e ainda tenta responder. Recebe uma sonora vaia dos presentes. Um homem afirma: “Vai procurar emprego!”. Alguém pergunta com ironia se um rolezinho só de gente de classe média e classe alta seria aceitável. Um senhor presente diz a coisa certa e óbvia: “shopping não é lugar para isso”.
Querem saber?
Essa história de Dodô de que o Batman é um símbolo do imperialismo é uma grande tolice. O mascarado até brinca: “Queria que fosse um Supertupã?”. Suas explicações sobre a separação dos dinheiros é também capenga — há, sim, uma montanha de recursos públicos na Copa do Mundo, embora ele tenha razão ao dizer que são orçamentos distintos. O que não diz é que o governo incompetente que ele defende é incapaz de gastar de forma eficiente até a grana que está à disposição porque faltam projetos e capacidade operacional.
Mas não está de todo errado quando aponta o caráter estúpido dos rolezinhos — não os originais, que a molecada fazia em São Paulo e eram apenas imprudente —, mas esses outros, de protesto, que são uma invenção das esquerdas cretinas e dos descolados que se querem conscientes e pretendem falar em nome do povo.
Aliás, a gente nota, parte do “povo” parou para ouvir. E vaiou o Batman. Esse militantismo doidivanas, que se diverte atrapalhando a vida alheia, criando dificuldades para que as pessoas organizem sua rotina, seu cotidiano, já começa a provocar fastio também nos pobres.
Um tanto certa está aquela senhora que aponta a existência de um “plano” — só não digo que ele seja comunista; totalitário é. Não sei qual é do “Batman”. Mas não creio que ele seja, como acusa Dodô, um agente do Garotinho. Acho que não. Ele é filho, isto sim, da cultura petista da reclamação, que sempre estimulou esse tipo de manifestação.
Dodô, como bom petista (simpatizante, ao menos, com certeza, ele é), classifica como “de direita” tudo aquilo de que ele não gosta e tudo aquilo que ele não entende. É claro que está errado. Os rolezinhos políticos — não os originais — são, ao contrário, um fruto da cultura de esquerda, que nunca viu mal nenhum em atropelar a legalidade em nome de uma “causa”. Antes de os amigos de Dodô chegarem ao poder, faziam exatamente isso. E atenção! Ainda fazem quando a baderna é útil à sua causa. Os ditos sem-teto — um movimento umbilicalmente ligado ao PT — tem feito rolezinhos violentos São Paulo afora dia sim, dia também. E não estão usando a máscara do Batman. Será que, nesse caso, Dodô acha a ação “progressista”? Quanto ao tal Batman, dizer o quê? Rolezinho no Leblon??? O senso de ridículo, até onde sei, também pode ser desenvolvido por mascarados.
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 8 de setembro de 2013

Está explicado! Manifestação à base de 'cafetinagem ideológica'

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/homem-do-povo-que-lidera-protesto-contra-alckmin-recebe-r-11-380-por-mes-da-assembleia-legislativa-de-sp-e-trabalha-para-a-lideranca-do-pt/
14/08/2013
 às 14:26

“Homem do povo” que lidera protesto contra Alckmin recebe R$ 11.380 por mês da Assembleia Legislativa de SP e trabalha para a liderança do PT

O PT tenta promover hoje a bagunça em São Paulo. Um dos principais, vamos dizer assim, agitadores do protesto é um sujeito chamado Raimundo Vieira Bonfim. Quem é? Deixemos que ele próprio se identifique, como faz em seu perfil no Twitter.
Isso mesmo! É advogado e coordenador-geral de uma tal “Central de Movimentos Populares”. Até aí, bem, né? Ele poderia ser apenas um abnegado, interessado no bem coletivo. A gente sabe como existem verdadeiros mártires da causa popular, certo?
Ocorre que Bonfim é um quadro do PT. Chegou à Assembleia Legislativa em 1995 como funcionário do então deputado estadual Paulo Teixeira, hoje deputado federal. Bonfim é funcionário da liderança do PT na Assembleia e tem um salário em nada popular: R$ 11.380,00, pagos religiosamente pelo povo.
É a expressão mais acabada do que costumo chamar de “democracia sob cabresto” ou de “democracia tutelada”. Por quê? Movimentos que poderiam ser, vá lá, a expressão genuína e legítima ou de minorias ou de populações vulneráveis nada mais são do que uma franja de um partido político. Ou esse partido se apodera de uma organização popular, aparelhando-a, ou se oferece para o serviço da “cafetinagem” ideológica.
A independência de Bonfim fica evidente, por exemplo, na foto em que faz uma “caminhada” ao lado do então candidato à Prefeitura Fernando Haddad ou em que posa diante da estrela do seu partido.


A página do PT na Assembleia faz a convocação para o protesto e avisa que o tal Bonfim estará na Casa (que lhe paga o salário), com a sua tropa, para protestar contra o governo Alckmin etc. e tal.
Coroamento

Os vazamentos sobre as investigações ainda preliminares do Cade, que apura a eventual formação de cartel — e não só em São Paulo —, buscavam, num primeiro momento, chegar ao ato de hoje. No sábado, em reunião do PT, Lula garantiu a Alexandre Padilha, que será o candidato do partido ao governo de São Paulo, que agora ele “entrou no jogo”.
É isto: o chefão dos “movimentos populares” é regiamente pago pela Assembleia Legislativa para servir aos interesses eleitorais do PT e fingir que fala em nome do povo.
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Um pouco de sorte para serem eleitos... e com ajuda de Satanás


01/04/2013
 às 4:51

Feliciano, Wyllys e o tal Satanás

Só uma coisa deve andar crescendo no Brasil mais do que a burrice e a intolerância: o número de pessoas dispostas a votar em Marco Feliciano (PSC) nas próximas eleições legislativas. Ele conta com cabos eleitorais fortíssimos: o principal é Jean Wyllys (PSOL-RJ), que, em 2014, também não precisará mais de Chico Alencar. Ainda que ambos rejeitem a parceria, dançam um minueto. São os antagonistas da narrativa. A imprensa faz a campanha de ambos.
Feliciano conta ainda com a assistência involuntária das Fernandas, mãe e filha, da imprensa, das ONGs, do site Avaaz (aquele comandado por Pedro Abramovay) e dessa algaravia dos politicamente corretos, segundo quem, sob certas circunstâncias, a gente pode dar um pé no traseiro da democracia.
E Feliciano não se faz de rogado.
Não vai renunciar porque, a exemplo do seu antípoda nessa pantomima, também não é besta. Se cai fora, tangido pela gritaria, ele se desmoraliza. Se fica, se fortalece no embate com a… gritaria. A Folha desta segunda dá destaque a uma fala sua num culto num ginásio da cidade mineira de Passos, ocorrido na sexta. Enquanto ele falava aos fiéis, do lado de fora do templo, ocorriam os protestos. Ele mandou ver: “Essa manifestação toda se dá porque, pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de Espírito Santo conquistou o espaço que até ontem era dominado por Satanás”.
Pois é… E agora? Na Câmara, ele está sendo tratado como “pastor”, e querem deslegitimá-lo por isso, o que é o fim da picada, por mais que se discorde de suas ideias. No culto, pois, ele pode, como resposta, lembrar a sua condição de deputado. O que fazer? Não há nada a fazer. Ainda que pareça exótico e ainda que eu não acredite nisto, o fato é que ele é livre para achar que Satanás comandava a comissão antes de sua chegada. Já que tentam demonizá-lo, ele resolve identificar o demônio naqueles que o atacam.
Não vejo como Feliciano possa ser tirado de lá, a menos que renuncie. Caso se operem estratégias pouco regimentais e manobras para torná-lo inviável, tanto melhor para a sua campanha de 2014. Não precisará fazer muito esforço. Quem anda perdendo com tudo isso é a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que tem outros assuntos na pauta. O deputado do PSC resolveu fazer do limão uma limonada: “A natureza deles é gritar, xingar, falar palavras de ordem. É dar beijos no meio da rua, tirar a roupa. A natureza deles é expor um homem como eu, pai de família, ao ridículo”.
Essa questão está se transformando num confronto de caricaturas. E a degradação contínua do debate decorre do fato de se ignorarem os parâmetros e os fundamentos de uma sociedade democrática. Os inconformados com a presença de Feliciano na comissão dispõem dos mais variados meios — e do apoio quase unânime da imprensa — para fazer chegar a sua voz à sociedade.
Inaceitável é impedir o pleno funcionamento de um Poder da República porque grupos organizados não concordam com o pensamento de um deputado. Da mesma sorte, é pura expressão da truculência tentar inviabilizar os cultos religiosos de que ele participa. Duvido que tenha tido antes, em sua trajetória política, inimigos tão úteis. Até o Caetano Veloso e o Chico Buarque já se pronunciaram. Sobre a presença dos condenados José Genoino e João Paulo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, nem um nem outro disseram nada. Tampouco se manifestaram outros artistas e celebridades.
Sei lá o que anda a fazer Satanás. Não tenho intimidade com o coisa-ruim. Mas dá para saber perfeitamente bem o que andam a fazer os tolos e os oportunistas.
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 19 de março de 2013

Que tal exigir exame de saúde mental para presidentes de nações sul-americanas ?



18/03/2013
 às 16:01

Depois de comandar difamação do papa, Cristina, a Louca, tenta transformá-lo num chavista

Estamos acostumados à falta de limites de Luiz Inácio Lula da Silva. Com frequência, vai muito além do razoável — ou do “rasoavel”, segundo a ortografia ora consagrada pela Escolinha do Professor Mercadante (ver post) —, escalando a montanha na megalomania com incrível agilidade. Mas ainda não é páreo para Cristina Kirchner, a presidente da Argentina. Resisto a ver traço de loucura em governantes; quase sempre, agem por método mesmo. No caso desta senhora, no entanto, a suspeita de patologia — progressiva — se mostra a cada dia mais plausível.
Ela esteve com o papa Francisco, depois de seus arruaceiros na Internet, liderados por Horacio Verbtisky, terem tentado difamar, inutilmente, o Sumo Pontífice. Como jogar o povo argentino contra o papa? O jornalista-pistoleiro Verbitsky já havia dado a senha em um de seus textos, ao lembrar o caso das Malvinas. Cristina cobrou a intermediação do papa na questão, a favor, é evidente, do pleito argentino. Quando apenas cardeal, Jorge Bergoglio chegou a dizer que as ilhas pertencem a seu país de origem.
Mas ele é agora um pastor universal. E certamente tem mais o que fazer do que se ocupar dessa questão. O papa pode, e até deve, se oferecer como mediador de conflitos. Mas a mediação, por definição, não tem lado. Cristina, a Louca, pretende agora usar as Malvinas como uma espécie de teste para o novo papa. O resultado é conhecido: o Reino Unido não vai abrir mão do controle das ilhas. Venceu, inclusive, uma guerra, provocada por uma ditadura moribunda e violenta.
O governo argentino soltou uma nota oficial sobre o encontro. É um tijolaço, que reproduzo, na íntegra, no pé deste texto. Destaco dois trechos que remetem àquela loucura à qual me referi.
Papa transformado num chavistaNas palavras de Cristina, o papa foi transformado, assim, numa espécie de chavista com  o sumo manto sacerdotal:
“(…) O papa me falou da Pátria Grande, da América Latina e do papel que estão cumprindo os diferentes governantes da América Latina. Disse que era formidável o que estavam fazendo esses governantes, trabalhando unidos para a Pátria Grande — empregou esse termo, o que definitivamente me comoveu. Era o termo que empregavam San Martín e Bolívar”.
ComentoÉ possível que, até por gentileza, o papa realmente tenha se referido aos esforços dos vários governos e coisa e tal ou mesmo à tal “Pátria Grande”, mas certamente não para endossar violências institucionais dos tiranetes bolivarianos. Que “Pátria Grande bolivariana” é essa? O que Bolívar ou San Martín dizem ao Brasil, por exemplo?, que ocupa 47% da América do Sul e 40% da América Latina?
Curioso! Segundo os vagabundos que Cristina mobilizou para atacar o papa, Francisco pertenceria a um grande complô para dominar a América Latina e enfraquecer esses magníficos governantes. Agora, depois da visita, segundo entendi, o papa já começou a falar com sotaque chavista. A loucura segue adiante. Cristina decidiu se comportar como a sua psicóloga ou juíza:
“Eu o vi sereno, eu o vi seguro, eu o via em paz, tranquilo, e poderia dizer que eu o vi ocupado e preocupado com a imensa tarefa de conduzir o Estado do Vaticano, com o compromisso de mudar as coisas (…)”
Cristina, que não tem problema nenhum, como se sabe, sugere que o papa está com uma imensa tarefa pela frente. Não se duvide! Ela própria, que está com os ombros leves e a alma tranquila, pelo visto, se ofereceu para ser sua confessora.
Minha solidariedade ao povo argentino. É claro que isso não vai acabar bem. Abaixo, a íntegra do aloprado comunicado oficial do governo.
*
La Presidenta pidió al Papa su intermediación en la cuestión Malvinas
La presidenta Cristina Fernández de Kirchner afirmó que solicitó al papa Francisco “su intermediación para lograr el diálogo entre las partes” y que “se cumplan las múltiples resoluciones de las Naciones Unidas”. Dijo que le impactó que el Papa le habló de la Patria Grande.
La presidenta Cristina Fernández de Kirchner afirmó que solicitó al papa Francisco su intermediación para lograr el diálogo en la cuestión Malvinas, “un tema muy sentido para nosotros, los argentinos”, acotó.
La Jefa de Estado brindó una declaraciones a los periodistas tras ser recibida en audiencia por el Papa Francisco,  y luego de compartir un almuerzo a solas con su Santidad, en la residencia Santa Marta, lugar que habita el Santo Padre hasta que  se reacondicione el albergue oficial destinado a los papas.
Recordó además “lo que nos tocó vivir, mucho más dramático, en 1978, entre la Argentina y Chile” que tenían dos dictaduras, la de Pinochet y de Videla y que llevó “a punto de un enfrentamiento bélico por el Canal Beagle”.
 “En aquel momento por la intermediación de Juan Pablo II, a través del cardenal (Antonio) Samoré se llegó a un entendimiento que fue plebiscitado en democracia, que fue el Acuerdo del Beagle”.
Ahora, destacó la Presidente hay “una oportunidad histórica diferente, más favorable” pues el Reino Unido y la Argentina tienen gobiernos democráticos. “No hay peligro de ninguna naturaleza bélica, más allá de la militarización del Reino Unido en el Atlántico Sur” dijo y puso de relieve quela Argentina “es un país más que pacífico”.
Explicó que la solicitud es “que se  cumplan las múltiples resoluciones de las Naciones Unidas para sentarnos al dialogar, le pedimos su intermediación para lograr dialogo entre las partes”, precisó.
La Jefa de Estado señaló la necesidad en un mundo globalizado, complejo, que “comencemos todos los que tenemos responsabilidades en el mundo, que se cumplan las resoluciones de las Naciones Unidas, organismo madre que agrupa a todos los países del mundo”. Se deben cumplir las más de veinte resoluciones de la ONU, del Comité de descolonización, de los foros internacionales como la Celac, la Unasur, la de los países africanos en su Declaración de Malabo.
“Estamos reclamando el diálogo  y le hemos pedido a Francisco que interceda para que ese diálogo entre el Reino Unido y la Argentina pueda llevarse a cabo”.
Luego la Presidenta sostuvo que el propio Papa sacó un tema de conservación que “me impactó mucho y muy bien. Me habló de la Patria Grande, de Latinoamérica y del rol que están cumpliendo los distintos gobernantes de América Latina. Dijo que era formidable lo que estaban cumpliendo los distintos gobernantes, trabajando unidos para que la Patria Grande –utilizó ese término-,  me conmovió definitivamente, era el término que utilizan san Martin y Bolívar, me dijo”.
“Veo muy bien unidad de ustedes trabajando por la Patria Grande” le expresó el Sumo Pontífice.
La Presidenta comentó que quería trasmitir a los periodistas europeos lo que significa el término Patria Grande, “para un argentino y un latinoamericano escuchar en boca del Papa el término Patria Grande  y sobre todo quienes pensamos de determinada manera; me impresiono mucho”, así que “redoblarte esfuerzos para seguir en estas dirección”, afirmó.
Luego explicó que otro tema de conversación durante el almuerzo a solas en la residencia Santa Marta fueron temas que “él siempre se interesó y nosotros también, porque son puntales en política en materia laboral: la  trata de persona en general y especialmente la esclavitud. Le expliqué la política que desarrollamos; somos querellantes en muchas causas de trabajo esclavo. Hay una gran compromiso de Francisco en la lucha contra el trabajo esclavo y trata de personal con la cual nos sentimientos absolutamente identificados”.
Sostuvo que en ese punto coincidieron en que “no es un fenómeno contemporáneo; hace a la condición humana el hecho de que haya gente que tengan es actitud hacia su prójimo. Debemos combatir fuertemente los que tenemos responsabilidad; él también ha dicho que ha sido constante”, en su vida.
La Presidenta dijo que además lo invitó a visitar la Argentina, teniendo en cuenta, además, que no  solamente es el jefe de la Iglesia católica, apostólica y romana; es el jefe de Estado Vaticano” y explicó que para concretar la visita requiere de dos invitaciones: por parte del Estado que lo invitó y su representante, en este caso la Presidenta, y de  la conferencia Episcopal del país al cual lo ha invitado. “Todos sabemos en julio estará en Brasil en el encuentro mundial de la juventud” y además tiene adelante una multiplicad de tareas. “Quedamos en que vamos a seguir trabajando sobre esa fecha”  para la visita a la Argentina.
Luego la presidenta brindó su impresión personal por el encuentro con el Papa, que dijo, resume en tres palabras:  “lo vi sereno, lo vi seguro, lo vi en paz ,tranquilo,  y podría decirle lo vi ocupado y preocupado por lo que va a hacer la inmensa tarea de conducción el Estado Vaticano, con el  compromiso de cambiar las cosas que él sabe , que son las demandas que ha interpretado; se ha empezado en ver y se verán en políticas que el oportunamente decidirá. Lo vi rtanquilo, sereno en paz”, afirmó.
Por Reinaldo Azevedo