Saldo de fundo esquecido por brasileiros sobe para R$ 1,5 bilhão. Saiba como sacar
Dependentes de cotistas de fundo da década de 60 também podem retirar grana
O trabalhador que declarou Imposto de Renda entre 1967 e 1981 e aplicou parte do tributo no fundo de investimento, batizado de 157, pode ter um dinheiro extra à sua espera. OR7 apurou que ainda existem 2,6 milhões de aplicações que somam R$ 1,5 bilhão para resgate, informou a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) — órgão do governo que regula o mercado financeiro.
O saldo do fundo passa por constante atualização monetária. Há dois anos, o valor era de R$ 800 milhões. De acordo com especialistas, entre as explicações para a falta de procura, está o esquecimento por parte do trabalhador e, até mesmo, morte do titular da aplicação. Porém, nos casos de cotistas mortos, seus dependentes diretos podem recuperar o dinheiro — saiba como no quadro abaixo.
À época, para incentivar o mercado de capitais, o governo ofereceu a oportunidade de direcionar uma média de 10% do IR para o Fundo 157, que foi criado mediante decreto de mesmo número, em 1967. O fundo foi extinto em 1983 e milhões de contribuintes se convenceram de que haviam perdido o dinheiro.
Herdeira consegue sacar saldo do Fundo 157
Bancos dificultam saques por herdeiros
O direito ao benefício não prescreve, ou seja, o saldo pode ser resgatado a qualquer momento. O cotista também pode manter a aplicação para resgatar no futuro, já que se trata de um investimento e o saldo continua rendendo.
Especialista em mercado de capitais do Salusse Marangoni Advogados, Marcelo Lapolla observa que muitos dos rendimentos do Fundo 157 podem ter "virado água", já que a rentabilidade está sujeita à volatilidade do mercado.
— Pode acontecer de o banco haver concentrado o investimento em apenas um ou poucos títulos que, com o tempo, sofreram desvalorização. Há histórias de sucesso de retiradas de R$ 30 mil, por exemplo, mas também há casos decepcionantes de apenas R$ 4 disponíveis para saque.
Consulta
O saldo do fundo passa por constante atualização monetária. Há dois anos, o valor era de R$ 800 milhões. De acordo com especialistas, entre as explicações para a falta de procura, está o esquecimento por parte do trabalhador e, até mesmo, morte do titular da aplicação. Porém, nos casos de cotistas mortos, seus dependentes diretos podem recuperar o dinheiro — saiba como no quadro abaixo.
À época, para incentivar o mercado de capitais, o governo ofereceu a oportunidade de direcionar uma média de 10% do IR para o Fundo 157, que foi criado mediante decreto de mesmo número, em 1967. O fundo foi extinto em 1983 e milhões de contribuintes se convenceram de que haviam perdido o dinheiro.
Herdeira consegue sacar saldo do Fundo 157
Bancos dificultam saques por herdeiros
O direito ao benefício não prescreve, ou seja, o saldo pode ser resgatado a qualquer momento. O cotista também pode manter a aplicação para resgatar no futuro, já que se trata de um investimento e o saldo continua rendendo.
Especialista em mercado de capitais do Salusse Marangoni Advogados, Marcelo Lapolla observa que muitos dos rendimentos do Fundo 157 podem ter "virado água", já que a rentabilidade está sujeita à volatilidade do mercado.
— Pode acontecer de o banco haver concentrado o investimento em apenas um ou poucos títulos que, com o tempo, sofreram desvalorização. Há histórias de sucesso de retiradas de R$ 30 mil, por exemplo, mas também há casos decepcionantes de apenas R$ 4 disponíveis para saque.
Consulta
A busca informa, inclusive, o banco em que o valor está disponível. Com o passar dos anos, muitas cotas foram transferidas para outras instituições financeiras. Quem mantinha a aplicação no extinto Banco Bamerindus, por exemplo, deve sacar o saldo no HSBC.
Vale ressaltar que as informações são baseadas em dados de abril de 1996, fornecidos pelos próprios bancos. Quem sacou depois desse período não tem mais direito. Mais informações também podem ser obtidas pelo 0800 722 5354.
Cuidado com intermediários
A CVM alerta quanto a oportunistas, que se apresentam como representantes da entidade e cobram para “auxiliar” o cotista no processo.
Eles chegam a exigir, segundo a entidade, depósito antecipado que seria utilizado para pagamento de impostos ou taxas referente à operação, o que não existe.
O órgão esclarece que ninguém está autorizado a intermediar o resgate da aplicação. Somente o próprio cotista ou representante legal pode resgatar a grana do Fundo 157.